O Secretário Municipal de Saúde de Salvador, Léo Prates, anunciou nesta terça-feira (16) que as doses da vacina para a covid-19 na capital baiana acabaram. Com isso, a campanha de vacinação está suspensa até o recebimento de uma nova remessa do imunizante.

"Lamentamos o fim das primeiras doses da vacina para COVID-19! Nesse momento estamos suspendendo a vacinação em Salvador, para 1ª dose, continuando apenas com a 2ª dose! Aguardamos o recebimento de novas doses do Governo Federal para dar continuidade ao Plano de Vacinação", publicou o secretário.

A previsão era vacinar a população até às 17h, mas em alguns pontos antes de 12h já não havia mais vacina. No Parque de Exposições, por volta das 10h, a fila tinha quase 1 km de extensão quando a vacina terminou. Funcionários saíram em busca de mais doses para atender a demanda.

Na Arena Fonte Nova o atendimento é exclusivo para profissionais de saúde que receberam a primeira dose e que, agora, vão receber a segunda. Porém, muitos idosos com 83 anos ou mais compareceram ao drive thru e o movimento foi tamanho que a coordenação mandou buscar as doses da primeira etapa que ainda estavam sobrando para atender esse público.

No 5º Centro de Saúde Clementino Fraga, nos Barris, o movimento foi intenso desde as primeiras horas. A fila já estava formada antes mesmo do início da vacinação. O resultado dessa corrida aos postos foi o fim das 2.550 últimas doses que sobraram do último lote da CoronaVac enviado para Salvador.

Na cidade, apenas idosos com idades acima de 83 estavam recebendo as primeiras doses da vacina contra a covid-19. "A vacinação das primeiras doses deve ser suspensa hoje. O governo federal nos informou que enviaria [novas doses] no dia 23. Então, até lá, deve ficar suspensa", disse o secretário.

Ainda não há definição de quantas doses Salvador deve receber nessa nova remessa. "Não tem um número exato de quantas doses virão. A gente está esperando a definição do quantitativo. Isso tem complicado nosso planejamento porque não sabemos quantas pessoas poderemos vacinar", pontuou Prates.

Segunda dose
Já a aplicação da segunda dose para quem recebeu a Coronavac vai continuar acontecendo na capital. Diferente do que aconteceu na primeira aplicação, profissionais da saúde podem se dirigir a pontos de fixos de vacinação.

As doses estarão disponíveis para os trabalhadores da saúde em 14 postos fixos: USF Itapuã, Centro de Saúde Péricles Laranjeiras (Fazenda Grande do Retiro), USF Imbuí, CSU Castelo Branco, Centro de Saúde Nelson Piauhy Dourado (Águas Claras), Centro de Saúde Virgílio de Carvalho (Bonfim), USF Colina de Periperi, USF Vista Alegre, USF Tubarão, CSU Pernambués, USF San Martin III, USF Vale do Matatu, USF Resgate e Arena Fonte Nova (parte de cima/superior). Além disso, dois drive-thrus serão montados para a iniciativa, sendo um na Arena Fonte Nova e outro no Centro de Convenções, na Boca do Rio.

Todos os pontos de campanha funcionarão das 8h às 17h, e a expectativa é que aproximadamente 1,4 mil pessoas recebam a segunda dose hoje. Prates alerta para a data exata para receber a segunda dose. "A especificação para a Coronavac é de 28 dias, tem que ser no 28º dia, se tiver 27, não vai ser vacinado", explicou.

E os idosos serão vacinados por equipes volantes da SMS e não precisam se deslocar.

Leitos
A taxa de ocupação de leitos na capital continua preocupando as autoridades. Salvador amanheceu com 33 pessoas aguardando regulação nas UPAs. Esse é o mesmo número dessa segunda (15) sendo que foram reguladas 43. No auge da pandemeia, eram 60 regulações diárias.

Ao todo, a cidade tem 985 leitos exclusivos para covid-19, sendo 579 de UTI e 406 clínicos.

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De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) neste domingo (14), 64% dos leitos destinados no estado para pacientes com a covid-19 estão ocupados. Em relação à ocupação de leitos de UTI, o número é ainda mais elevado: 71%. Pelo menos nove unidades de saúde da Bahia estão com 100% de ocupação de leitos por conta do avanço da doença nas últimas semanas. O cenário é de preocupação entre profissionais de saúde e gestores do estado e do município.

Os hospitais sem vagas na Bahia são: Hospital Geral Cleriston Andrade (100% de ocupação de leitos clínicos - Feira de Santana), Hospital Santa Helena (100% de ocupação de leitos de UTI adulto - Camaçari), Hospital De Campanha Covid19 Itaigara Memorial (100% de ocupação de leitos clínicos - Salvador), Hospital do Subúrbio (100% de ocupação de leitos clínicos - Salvador), Hospital Regional Dantas Bião (100% de ocupação de leitos clínicos - Alagoinhas), Hospital Regional Costa Do Cacau (100% de ocupação de leitos clínicos - Ilhéus), Hospital Calixto Midlej Filho (100% de ocupação de leitos clínicos - Itabuna), Hospital Manoel Novaes (100% de ocupação de leitos de UTI pediátrica - Itabuna), Hospital São Vicente (100% de ocupação de leitos de UTI adulto - Jequié).

A Bahia já contabiliza 629.849 casos confirmados da doença, 15.392 casos ativos e 10.735 óbitos. Somente neste domingo, 2.584 casos foram registrados e 61 óbitos. A taxa de mortes vem crescendo conforme os dias de 2021 vêm passando. No primeiro dia do ano, foram registrados 30 óbitos diários. No dia 1º de fevereiro, o número subiu para 39. Na última sexta-feira (12), foram 67 mortes.

A Sesab informou que, na última semana, os números demonstraram uma tendência de crescimento dos óbitos e de quadros clínicos mais graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. “Neste cenário, o Governo da Bahia abriu novos leitos de terapia intensiva nos municípios de Camaçari, Seabra e Barra nos últimos dias e estão previstas ampliações nas cidades de Ilhéus e Porto Seguro, em um esforço para reduzir a pressão na rede assistencial” diz o boletim.

No sábado, o governador Rui Costa alertou para risco de colapso no sistema de saúde. Segundo ele, a Bahia está hoje com níveis de transmissão iguais aos de agosto de 2020, quando os casos ainda cresciam. A média de pacientes para serem regulados nas unidades de saúde, que alternava entre 30 e 40 na Bahia, chegou a 83.

Para Rui, o cenário indica chances de colapso na rede. "Se continuar esse ritmo de crescimento da doença na Bahia, em duas ou três semanas nós podemos estar pior do que estávamos em julho do ano passado e corremos o risco de ter colapso no sistema de saúde, o que, em nenhum momento nós tivemos desde o início da pandemia", disse.

O governador fez um pedido à população, para que as pessoas não deixem de usar máscara, de higienizar as mãos e de ter distanciamento social. "Fica o meu apelo a você. E se tiver algum sintoma, não acredite no presidente da República. Não é uma gripezinha, a doença mata", enfatizou.

Desgaste dos profissionais

De acordo com a médica Ana Rita Freire, presidente do sindicato dos médicos do estado da Bahia (Sindimed), o número de pacientes atendidos e internados vem crescendo desde novembro de 2020, quando teve uma queda significativa.

“Em setembro, outubro e novembro, nós ficamos bem animados porque a gente reduziu muito os números e, tanto na rede pública quanto privada, foram desmobilizadas alas dedicadas à covid e hospitais de campanha. Mas foi uma esperança que não se concretizou e existe uma sensação de frustração. Hoje, a gente já percebe uma reversão disso. Um dos hospitais em que eu trabalho, já começa a fazer um sistema de contingenciamento de cirurgias eletivas, justamente para que não haja um colapso do sistema. Isso a gente também tem que atribuir às festividades de final de ano e um certo relaxamento da própria população”, explica Ana Rita.

A presidente também ressalta que, além do maior número de casos de covid, há o risco de ainda mais peso ser colocado sobre o sistema de saúde por conta dos atendimentos de outras doenças que deixaram de ser feitos em 2020 por causa da pandemia. “É o somatório de pacientes que estão sendo internados e operados por doenças que não podem mais esperar, porque já esperou quase um ano, e também pacientes dessa nova onda de contaminação de covid. Existe uma apreensão entre a classe médica de que ocorra uma exaustão do sistema, mas a gente torce para que não”, pontua ela.

Mesmo com a vacina já sendo aplicada em idosos e profissionais de saúde, a luz no fim do túnel ainda parece longe. “Em 2020, era uma doença nova, desconhecida, a gente não sabia o que fazer, o que funcionava. Hoje, temos vacina e uma experiência maior. Mas também, por surpresa, temos um desdobramento dessa doença já em crianças, com quadros gastrointestinais e até cardiológicos já sendo acompanhados”, diz a presidente do Sindimed.

A queda dos números entre setembro e novembro de 2020 e o início da vacinação foram sinal de esperança, mas que duraram pouco. Os casos voltaram a subir e o ritmo da imunização é lento. Enquanto isso, profissionais de saúde seguem doando tempo e esforço na linha de frente do combate ao coronavírus. “Não existe a opção de falta de energia, a gente tem que lutar. Os profissionais de saúde, principalmente nesse momento de pandemia, não podem se dar ao luxo de faltar energia, embora a gente tenha um efetivo esgotado, cansado e, sobretudo, mal reconhecido pelos agentes públicos”, finaliza a médica.

Situação na capital

Em Salvador, a situação também é de alerta e preocupação, já que três dos nove hospitais com 100% de ocupação são da capital e ainda há risco de que a cidade tenha que suprir a demanda do interior do estado. De acordo com o boletim deste domingo, 72% dos leitos de UTI adulto exclusivos para covid-19 em Salvador estão ocupados. O índice nessas unidades chegou a cair para perto de 50% em agosto de 2020.

Procurado pelo CORREIO, o secretário de saúde municipal, Léo Prates, afirmou que a pasta está acompanhando com atenção o quadro da covid-19 na capital. “Apesar de termos fechado sábado com 70% de taxa de ocupação de leitos de UTI, um índice que vem se sustentando ao longo do tempo, a gente sente um aumento da pressão sobre as UPAs. Ontem, nós, com o governo do estado, regulamos cerca de 54 pessoas”, disse o secretário.

Prates destacou ainda que o sistema de saúde está sob pressão e pediu a colaboração da população. “A gente precisa ter atenção, as pessoas precisam redobrar os cuidados porque estamos bem preocupados com essa situação da pressão sobre o sistema de saúde. A demanda por internação nos hospitais vem crescendo, as pessoas precisam entender que a pandemia não acabou”, completou.

Na última sexta-feira (12), o prefeito Bruno Reis (DEM) deu o recado: caso a taxa de ocupação nas UTIs e os números de contaminados pelo coronavírus continuem em ritmo de galope acelerado, adotará novamente medidas mais rígidas de isolamento social para frear a trajetória de crescimento da covid já a partir desta semana.

“O que mais preocupa a gente são os números de novos casos diários, o fator RT (que mede quantos são infectados por alguém contaminado) e a velocidade de aceleração. Então, há risco real de estar circulando outra cepa na cidade, muito mais agressiva, que tem feito os números crescerem, a ponto de trazer grande preocupação”, emendou Reis.

Hospitais cheios...e ruas também

Moradores do bairro da Barra, em Salvador, vêm registrando cenas de muita aglomeração no local nos finais de semana. Os registros mais recentes são do domingo passado, dia sete de fevereiro. As imagens mostram pessoas juntas, algumas delas sem máscaras, no Porto e no Farol, onde apresentações artísticas atraem soteropolitanos e turistas.

Na última quarta-feira, um vídeo de um Bell Marques fake puxando um falso trio elétrico na frente do Farol da Barra viralizou nas redes sociais. Apesar da ausência de aglomeração, algumas pessoas dançavam em volta sem máscara. Na ausência do Carnaval, as alternativas têm sido as praias e os bares.

O prefeito Bruno Reis relembrou que nenhuma comemoração está permitida para os dias de Carnaval, independentemente do número de participantes. Decreto do governo do estado só permite que sejam realizadas solenidades, formaturas e casamentos, sem shows ou músicas ao vivo. Já o decreto municipal autoriza somente voz e violão, em bares e restaurantes.

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A Bahia registrou 47 mortes e 3.253  novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta (11). No mesmo período, 2.958 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Esse é o novo recorde de mortes do ano, e maior registrado por dia desde 2 de outubro de 2020, quando foram registrados 49 óbitos. No entanto, as mortes registradas no boletim desta quinta ocorreram em diversas datas. 42 delas ocorreram em 2021, sendo cinco delas nesta quarta (10), número que ainda pode crescer. 

Isso porque, segundo a Sesab, a existência de registros tardios e acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções.

A Sesab confirma uma tendência de aumento do número de óbitos em virtude do crescimento de casos graves, e anuncia que a partir desta sexta (12) serão abertos 20 novos leitos de UTI no Hospital Geral de Camaçari (HGC). O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.543, representando uma letalidade de 1,70%.

Recuperados e ativos

Dos 620.042 casos confirmados desde o início da pandemia, 595.314 já são considerados recuperados e 14.185 encontram-se ativos. Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,87%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.173,46), Itororó (10.788,93), Itabuna (9.908,41), Muniz Ferreira (9.444,89), Conceição do Coité (9.148,50). Na Bahia, 40.990 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

A Bahia registrou 47 mortes e 3.253  novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta (11). No mesmo período, 2.958 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Esse é o novo recorde de mortes do ano, e maior registrado por dia desde 2 de outubro de 2020, quando foram registrados 49 óbitos. No entanto, as mortes registradas no boletim desta quinta ocorreram em diversas datas. 42 delas ocorreram em 2021, sendo cinco delas nesta quarta (10), número que ainda pode crescer. 

Isso porque, segundo a Sesab, a existência de registros tardios e acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções.

A Sesab confirma uma tendência de aumento do número de óbitos em virtude do crescimento de casos graves, e anuncia que a partir desta sexta (12) serão abertos 20 novos leitos de UTI no Hospital Geral de Camaçari (HGC). O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.543, representando uma letalidade de 1,70%.

Recuperados e ativos

Dos 620.042 casos confirmados desde o início da pandemia, 595.314 já são considerados recuperados e 14.185 encontram-se ativos. Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,87%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.173,46), Itororó (10.788,93), Itabuna (9.908,41), Muniz Ferreira (9.444,89), Conceição do Coité (9.148,50). Na Bahia, 40.990 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.  

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A Bahia registrou 3.253 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com as informações divulgadas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), nesta quinta-feira (11). As informações fazem parte do boletim diário da pasta que ainda contabiliza 620.042 casos confirmados, desde o início da pandemia.

Do total de casos, 595.314 já são considerados recuperados e 14.185 encontram-se ativos. Segundo dados do boletim, a Bahia totaliza 47 mortes registradas em diferentes datas, o que representa uma letalidade de 1,70%. O total de óbitos no estado é de 10.543.

O boletim também informa que 358.775 pessoas já foram vacinadas contra o coronavírus até às 14h desta quinta. Na sexta-feira (12) serão abertos 20 novos leitos de UTI no Hospital Geral de Camaçari (HGC), reduzindo assim, a pressão na rede assistencial da Região Metropolitana.

Ainda sobre a doença, os casos confirmados de Covid-19 ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,87%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes são: Ibirataia (12.173,46), Itororó (10.788,93), Itabuna (9.908,41), Muniz Ferreira (9.444,89), Conceição do Coité (9.148,50)

De acordo com o boletim da Sesab, 997.868 casos descartados e 144.832 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17h desta quinta-feira.

Na Bahia, 40.990 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma disponibilizada pela secretaria de saúde estadual.

Mortes por raça, cor e sexo
Dentre os óbitos, 56,67% ocorreram no sexo masculino e 43,33% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,15% corresponderam a parda, seguidos por branca com 19,90%, preta com 14,62%, amarela com 0,61%, indígena com 0,14% e não há informação em 9,59% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 70,62%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,21%).

Leitos de UTI
Dos 2.125 leitos ativos na Bahia, 1.346 estão pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 63%.

Desses leitos do estado, 1.038 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 72% (749 leitos). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 53%, com 19 das 36 unidades sendo usadas.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 54% da ocupação, e a pediátrica com 77%.

Em Salvador, a taxa de ocupação da UTI adulto é de 72% e a pediátrica 59%. Os leitos clínicos adulto e pediátrico estão 73% ocupados.

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A Bahia registrou 44 mortes e 3.450 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta (10). No mesmo período, 3.003 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Esse é o maior número de mortes registrado por dia desde 3 de outubro de 2020, quando foram registrados 46 óbitos. No entanto, as mortes registradas no boletim desta quarta ocorreram em diversas datas. 39 delas ocorreram em 2021, sendo cinco delas nesta terça (9).

Dos 616.789 casos confirmados desde o início da pandemia, 592.356 já são considerados recuperados e 13.937 encontram-se ativos.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,86%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.166,93), Itororó (10.695,71), Itabuna (9.849,31), Muniz Ferreira (9.444,89), Conceição do Coité (9.133,49).
Na Bahia, 40.888 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Óbitos
De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.496, representando uma letalidade de 1,70%.

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Em meio à alta de casos de covid-19 no país e ao avanço de novas variantes do coronavírus no mundo, incluindo uma cepa com origem no Amazonas, o Brasil reduziu o número de exames de sequenciamento genético do vírus, procedimento que tem como objetivo justamente verificar as linhagens circulantes em cada região e identificar o surgimento de novas variantes.

Entre março e maio de 2020, início da pandemia, foram realizados 1.823 sequenciamentos no país. Já entre novembro e janeiro, foram 585 genomas sequenciados, conforme dados da Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir das amostras depositadas no site Gisaid, banco online de sequenciamentos com dados do mundo inteiro.

O depósito das análises no sistema Gisaid pode demorar algumas semanas e esse atraso pode ter algum impacto na redução, mas, segundo pesquisadores, apenas isso não explicaria a queda expressiva de 68% no número de genomas sequenciados entre os dois períodos. De acordo com cientistas, o número mais alto de análises feitas no início da pandemia tem relação com esforços de grupos de pesquisa que, em muitos casos, remanejaram recursos já existentes para outros estudos na investigação do coronavírus

Somam-se a isso desafios como o baixo número de laboratórios especializados, recursos limitados e dificuldade na compra de insumos. Só um grupo de pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) sequenciou quase metade dos genomas de amostras coletadas em abril. O trabalho pôde ser feito porque os cientistas já tinham garantidos recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) originalmente direcionados para o estudo de arbovírus. "Foram 427 sequências realizadas em abril. Depois, começamos a tentar entender transmissão intrahospitalar e fizemos muitos sequenciamentos do primeiro semestre", diz Ester Sabino, professora do IMT.

O grupo ainda trabalha no sequenciamento de genomas do SARS-CoV-2, mas reduziu o ritmo no segundo semestre por dificuldades na obtenção de insumos. "Focamos em sequenciar amostras de projetos específicos coletadas no primeiro semestre. De outubro a inicio de dezembro, ficamos sem reagentes por alguns problemas de importação", diz Ester.

A cientista diz que seu grupo passou a integrar a rede Coronaômica, instalada em outubro pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) para ampliar a vigilância genômica no País. A rede repassará reagentes para o grupo da USP processar 200 amostras, mas os recursos ainda não foram enviados.

O coordenador da rede, Fernando Spilki, explica que os trâmites burocráticos para compras de insumos por parte de órgãos do governo atrasam o processo, mas ressalta que os insumos já estão sendo distribuídos. "Há uma série de cuidados com o uso da verba pública, mas os investimentos estão chegando. Claro que devemos ampliar os sequenciamentos e, para isso, precisamos de ainda mais recursos, mas estamos conseguindo, mesmo com as limitações, identificar as novas variantes", diz ele, que também é professor da Universidade Feevale.

A comunidade científica também reclama dos vetos do presidente Jair Bolsonaro à lei que previa a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) que estavam contingenciados. A liberação da verba, prevista em R$ 4,3 bilhões, poderia acelerar a compra de insumos.Além da rede do MCTI, há laboratórios de referência definidos pelo Ministério da Saúde que recebem rotineiramente amostras de todos os Estados

A média de exames enviados por Estado é de 12 por mês. Em janeiro, a pasta montou uma rede de quatro laboratórios para ampliar o número de genomas sequenciados diante do surgimento de novas cepas, mas os números ainda estão são baixos. O projeto prevê sequenciar 1.200 amostras em 16 semanas.

Questionado, o MCTI disse que a rede Coronaômica tem feito "uma excelente cobertura do território nacional", com porcentagem similar a de países como os Estados Unidos. O País depositou cerca de 2,6 mil genomas no Gisaid, o equivalente a 0,02% dos casos registrados. O Reino Unido já sequenciou 215 mil genomas, o equivalente a 5,3% das suas infecções.

Já a África do Sul fez 3,3 mil sequenciamentos (0,22% do total). Já o Ministério da Saúde destacou a instalação da rede de quatro laboratórios para o sequenciamento de 1,2 mil genomas, mas não comentou a queda no número de análises atuais em relação ao início da pandemia. "Nos meses de outubro a inicio de dezembro, ficamos sem reagentes por alguns problemas de importação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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A Bahia registrou 40 mortes e 3.584 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira. No mesmo período, 3.222 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%). Dos 613.339 casos confirmados desde o início da pandemia, 589.353 já são considerados recuperados e 13.534 encontram-se ativos.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,82%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.160,40), Itororó (10.622,12), Itabuna (9.771,46), Muniz Ferreira (9.444,89) e Conceição do Coité (9.121,48). Na Bahia, 40.778 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 40 óbitos que ocorreram em diversas datas. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.452, representando uma letalidade de 1,70%.

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O secretário municipal de Saúde de Salvador, Leonardo Prates, anunciou, em entrevista coletiva, no começo da noite desta terça (9), uma mudança de estratégia na campanha de vacinação de Salvador. Com as 108.980 doses de vacina disponibilizadas para Salvador se aproximando do final, a Secretaria Municipal de Saúde vai interromper a vacinação para trabalhadores da saúde a partir desta quarta-feira (10). A ideia inicial da prefeitura era a suspensão de todo o serviço na capital.

No entanto, o Governo do Estado comunicou à Prefeitura a disponibilização de mais 8 mil doses, que serão entregues ainda hoje. Todas essas doses extras serão disponibilizadas para vacinar idosos de 87 a 85 anos. Com a mudança de estratégia nesta quarta (10), apenas idosos com 87 anos ou mais serão vacinados, na quinta (11), apenas idosos com 86 anos ou mais, e na sexta (12), apenas idosos com 85 anos ou mais.

"Nosso temor é essa interrupção no meio de fase. Eu agradeço ao secretário Fábio Vilas-Boas e ao governador Rui Costa, por essa parceria, e a disponibilização de oito mil doses extras. Serão metade da Coronavac e metade da Oxford. Essas vacinas serão todas disponibilizadas para finalizarmos a vacinação de idosos até 85 anos, até sexta-feira”, disse o secretário.

Prates criticou as mudanças de planejamento do Governo Federal, que após anunciar número maior para o estado, voltou atrás, prejudicando o planejamento local. Ele fez um apelo pela disponibilização de novas doses para a Bahia. A expectativa do secretário é que a Bahia receba mais doses até sexta-feira (12). "É difícil planejar em cima disso. O Governo Federal mudando perspectivas. (..) Apelamos por mais doses para a Bahia”, disse.

O secretário destacou que Salvador tem potencial para avançar na vacinação assim que tiver o número de doses suficiente para, segundo ele, colocar “todo time na rua”. "A interrupção é muito ruim para nosso sistema. E além disso, nós temos um potencial muito maior de execução do que fizemos. Mas não fizemos porque não adianta pingar doses espalhadas, até por uma questão de controle, mas temos capacidade para até nove drives, temos 150 salas de vacinação. Temos estrutura, mas precisamos ter a vacina”.

Novas ferramentas para a campanha

O secretário anunciou também que, nos próximos dias, o prefeito Bruno Reis disponibilizará um aplicativo que permitirá o acompanhamento em tempo real da situação das filas de vacinação, o Filômetro. O aplicativo vai permitir que o cidadão veja, em tempo real, qual melhor opção de local para ir se vacinar naquele momento.

Ainda segundo Prates, as pessoas que já se vacinaram com a primeira dose serão comunicadas por sms para retornar ao local de vacinação para receber a segunda dose. O nome dos aptos a receberem no momento correto também será disponibilizado pela Prefeitura no site da SMS, uma vez que os prazos para segunda dose são diferentes a depender do tipo da vacina que a pessoa recebeu.

“Vamos lembrar as diferenças das vacinas. Se a pessoa recebeu a Coronavac, o prazo para a segunda dose (de 14 a 28 dias), se foi a vacina da Oxford, é outro prazo (de 90 dias). Então vai entrar no site e vai colocar o nome e saber se já é para receber a segunda dose ou não”.

O secretário também respondeu questionamentos da imprensa. Entre eles, sobre o número de idosos acima de 90 anos vacinados: 8.278. O número é acima dos pouco mais de 6 mil do planejamento inicial da prefeitura. “As pessoas que não estavam cadastradas fizeram o cadastro no 5º Centro e estão cadastradas no SUS. Questionam que podem ser pessoas do interior. Mas eu não posso negar vacina para as pessoas dentro do grupo, além do mais, elas fizeram cadastramento como munícipes de Salvador”, esclareceu.

Até que o Estado receba novas doses, Salvador deve aguardar novos passos sobre sua campanha de vacinação, que por hora fica exclusiva para idosos entre 87 e 85 anos, de quarta (10) até sexta (12).

A Bahia registrou 39 mortes e 1.809 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,3%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta segunda-feira (8). No mesmo período, 1.952 pacientes foram considerados curados da doença (+0,3%).

Dos 609.755 casos confirmados desde o início da pandemia, 586.131 já são considerados recuperados e 13.212 encontram-se ativos. Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,81%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia ((12.153,87)), Itororó ((10.607,40), Itabuna ((9.710,02), Muniz Ferreira ((9.444,89) e Conceição do Coité ((9.104,97)).

Na Bahia, 40.667 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Óbitos

O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 39 óbitos que ocorreram em diversas datas. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.412, representando uma letalidade de 1,71%.

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A pandemia do novo coronavírus, que atingiu em cheio o Brasil e já causou a morte de mais de 231 mil pessoas no Brasil - mais de 10 mil na Bahia -, também ajudou a aumentar em 45,3% o número de óbitos por doenças respiratórias em Salvador no ano passado. Elas passaram de 7,3 mil em 2019 para 10,5 mil em 2020. Entre as doenças deste tipo, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) explodiu, registrando crescimento no mesmo período de 574% - aumento de 19 para 109 mortes. Logo em seguida aparecem as mortes por causas indeterminadas, com aumento de 73,1% - salto de 41 em 2019 para 71 no ano passado.

Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil, plataforma administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que utiliza dados da Central de Informações do Registro Civil (CRC). Os números mostram ainda que, em 2020, mais soteropolitanos viveram o luto com a perda de um ente querido. É que, no total, 21.408 pessoas morreram em Salvador, um número 40% maior do que a quantidade de mortes registradas no ano anterior, 15.313 pessoas.

Dessas mortes ocorridas em 2020, 3,6 mil foram de pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado de covid-19. Uma dessas vítimas foi o designer baiano Beto Cerqueira, que morreu no dia 10 de outubro de 2020, após ter ficado 22 dias internado no hospital de campanha da Arena Fonte Nova. Beto tinha 67 anos, tinha dois filhos e era casado há mais de quatro décadas com Sylvia Maria Braga.

“Foi muito dolorido e ainda está sendo. Eu sempre choro quando falo disso. O pior de tudo era que, quando ele estava internado, eu não podia vê-lo, mas todo dia mandava um áudio para ele dizendo que estava junto, que ele ia se recuperar logo. As assistentes sociais que mostravam. Minha filha que foi reconhecer o corpo e até hoje ela sofre também. Fica um sentimento de revolta, pois ele poderia ainda estar aqui conosco”, lamenta Sylvia.

Assim como muitos baianos, ela teve que iniciar o ano de 2021 aprendendo a viver sem o seu companheiro. “Não está sendo fácil. Eu, às vezes, me sinto só. A companhia dele me faz falta. Foram 43 anos de casados, o que é toda uma vida. Está sendo difícil”, confessa.

Motivo
Para a médica pneumologista Larissa Voss Sadigursky, que atende em clínicas privadas de Salvador, não há dúvidas de que o aumento de mortes em 2020, inclusive as por causas respiratórias, está relacionada com a pandemia da covid-19. É que a pandemia sobrecarrega o sistema de saúde.

"Tem várias bactérias e vírus que causam doenças respiratórias, mas a covid-19 é altamente transmissível e afeta muitas pessoas, que precisam de atendimento médico e internação. Isso é todo o problema, pois há um sufocamento no sistema de saúde, algo que a gente viu no mundo todo”, afirma.

No caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave, Larissa lembra que nem todas as mortes são por causa da covid-19 e que o aumento de notificações pode estar relacionado também à presença de outras doenças que causam a SRAG. “A própria pneumonia pode evoluir para uma síndrome grave. Doenças inflamatórias também. Antes da covid-19, as pessoas já morriam por isso. Mas, a presença da pandemia, é claro, afeta no número de mortes”, aponta.

Já o professor Adelmo Machado Neto, que também é médico pneumologista e ensina na Rede UniFTC, está preocupado com o aumento de mortes por causas indeterminadas em 2020, o que pode representar um caso de subnotificação de óbitos por covid-19.

“O excesso de mortes indeterminadas confunde o epidemiologista, pois dentro disso deve ter covid-19, mas outras causas também. Esses erros não são incomuns, às vezes não são intencionais, é fruto de uma falta de conhecimento. Só que os dados precisam ser revistos para que possamos fazer políticas públicas adequadas. Essas mortes indeterminadas precisariam ser avaliadas”, defende.

O professor Anselmo também destaca que nem toda morte por causa respiratória está ligada à covid-19, mas argumenta que há uma necessidade de maior investigação epidemiológica dos casos. “Para dizer que foi covid-19, tem que ter o teste positivo. E pra isso ser possível, é preciso uma persistência na busca diagnóstica, devido aos falsos negativos que os testes podem dar. Conheço pessoas que só na quarta vez que foi testada recebeu a confirmação da doença. As autoridades precisam ter esse cuidado”, relata.

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) também aponta a pandemia como o motivo do crescimento de mortes em 2020. "Sem dúvidas, a covid-19 contribuiu com aumento dos óbitos por SRAG. No entanto, as causas indefinidas precisam ser investigadas e não deve-se contabilizar à covid-19", diz a nota.

Adielma Nizarala, médica infectologista da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), também atribui esse crescimento de mortes à pandemia, embora acredite que haja influência da presença de outros vírus nos números. "Nós tivemos ao mesmo tempo a influenza junto com a covid-19. Tudo isso contribui", explica.

Sobre as mortes com causas não identificadas, Nizarala as atribui às mortes em casas, de formas naturais. "Essas não vão para o serviço de verificação de óbito. Não é como as causas violentas, que precisam ir para o Instituto Médico Legal (IML). Não há um serviço que busque identificar qual foi aquela causa específica das mortes não violentas. Isso contribui para o aumento", diz.

Números
Os dados coletados no Portal da Transparência do Registro Civil mostram também que o número de mortes em domicílio disparou na Bahia quando se comparam os anos de 2019 e de 2020, registrando um aumento de 20,9%. As mortes por causas respiratórias fora de hospitais cresceram 20,9%, sendo que novamente a SRAG foi a que registrou a maior variação, de 86%. Também cresceram os óbitos por septicemia (28%) e causas indeterminadas (72%). Os registros de óbitos, feitos com base nos atestados assinados pelos médicos, apontam que 428 baianos morreram de covid-19 em suas casas.

Sobre os óbitos com causas não identificadas, a infectologista Adielma Nizarala, da SMS, cita as mortes em casa.

“Essas não vão para o serviço de verificação de óbito. Não é como as causas violentas, que precisam ir para o Instituto Médico Legal (IML). Não há um serviço que busque identificar qual foi aquela causa específica das mortes não violentas. Isso contribui para o aumento”, diz.

Ainda dentro das mortes por causas respiratórias em Salvador, as que foram por insuficiência respiratória, pneumonia e septicemia praticamente não variaram entre 2019 e 2020. Na primeira houve um pequeno aumento de 1.441 mortes para 1.458. Já os casos de pneumonia e septicemia tiveram uma leve redução de, respectivamente, 2.183 para 1.956 e 3.573 para 3.311 mortes.

Já na Bahia como um todo, houve aumento em 34,6% no número de óbitos por doenças respiratórias, que passaram de 20.862 para 28.096, na comparação entre 2019 e 2020. No estado, as mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também registraran crescimento de 386%, seguido pelas de causas indeterminadas, que registraram aumento de 19,6%. No total, 89.756 pessoas morreram na Bahia em 2020.

Todos esses dados foram coletados do Portal da Transparência na última sexta-feira (5). Os números, no entanto, podem aumentar ainda mais, assim como a variação da média anual, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência.

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