A Prefeitura e o governo do Estado iniciam nesta terça-feira (19) a vacinação contra a Covid-19. A expectativa é imunizar, com a Coronavac, cerca de 2,5 mil pessoas entre idosos abrigados nas Obras Sociais Irmã Dulce, na Cidade Baixa, além dos trabalhadores que atuam na Base Central do Samu 192, no Pau Miúdo, na UPA e Gripário de Pirajá/Santo Inácio, bem como na UPA e Gripário Barris, na UPA e Gripário Brotas, no Hospital Municipal de Salvador (HMS) e no abrigo Dom Pedro II. O prefeito Bruno Reis começa a imunização na Osid, às 7h, caso as doses desembarquem na noite de hoje (18) na cidade.

Para o início da estratégia no município, o governo federal encaminhou cerca de 42 mil doses da Coronavac. Esse quantitativo tem a capacidade de proteger cerca de 21 mil pessoas, uma vez que o imunizante prevê uma dose de reforço após 14 dias da primeira aplicação.

Para essa primeira remessa, está previsto a imunização dos idosos abrigados em instituições de longa permanência do município, trabalhadores da saúde que atuam na rede de urgência e assistência direta aos pacientes com o novo coronavírus (UPAs, Gripários, Samu 192)e hospitais, incluindo os de campanha).

A estratégia utilizada para essa primeira remessa será através de 11 equipes volantes nos próprios locais selecionados. Por isso, a população não deve se direcionar a nenhum ponto de vacinação neste momento. A programação segue recomendação de informe técnico emitido pelo Ministério da Saúde.

Um cronograma será construído diariamente na capital, de acordo com a disponibilidade de vacinas. A cada nova remessa encaminhada ao município, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ampliará a imunização dos grupos prioritários.

Insumos - Depois de retornar de Brasília, onde participou hoje (18) de uma reunião com técnicos do Ministério da Saúde para tratar da distribuição dos imunizantes, o prefeito Bruno Reis e o titular da SMS, Leo Prates, estiveram na central de logística do município, na BR-324, para vistoriar os insumos que serão entregues aos vacinadores, a exemplo de agulhas, seringas, algodão e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

"Salvador deve receber hoje, às 22h, as oses destinadas à cidade para o início da vacinação. Essas doses vão chegar em um voo da Azul e, de lá, serão transportadas para nosso complexo de saúde na Vasco da Gama, onde está tudo preparado para receber as vacinas. Salvador se preparou com a devida antecedência, para a gente iniciar a imunização do público prioritário", disse Bruno Reis.

"Essa primeira remessa encaminhada pelo Ministério Saúde será utilizada para reforçar, neste primeiro, momento a proteção dos profissionais da linha de frente no enfrentamento à Covid-19 e os idosos dos abrigos de Salvador. À medida que novas doses cheguem na cidade, seja por envio do governo federal ou por aquisições por esforços próprios da Prefeitura, seguiremos ampliando a implementação das fases, de acordo com o previsto em nosso Plano Municipal de Imunização", explicou Leo Prates.

Estrutura - Duas vans e 55 veículos utilitários já estão preparados para transportar as doses da vacina contra a Covid-19 em Salvador. As doses da Coronavac – imunizante desenvolvido pelo instituto Butantan e a chinesa Sinovac – devem chegar a Salvador na noite desta segunda-feira (18). Após desembarcarem na capital baiana, as doses serão transportadas da central da Secretaria da Saúde do Estado para a da SMS, na Vasco da Gama. Profissionais de segurança farão a escolta do transporte.

A SMS convocou 150 vacinadores hoje para a atuação contra a Covid-19. Os profissionais chamados estavam no cadastro de reserva do último Processo Seletivo Simplificado do órgão e serão contratados por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). A expectativa da gestão é contratar temporariamente outros 250 profissionais quando a vacinação estiver a todo vapor, totalizando 400 novos vacinadores para a estratégia contra a doença. A SMS vai capacitar todos os profissionais convocados.

Entre o público considerado prioritário, a Prefeitura espera vacinar, nos 12 distritos sanitários da cidade, 571.847 pessoas, a maior parte idosos entre 60 e 74 anos (185.556), seguidos daqueles com comorbidades (149.068) e trabalhadores da área da saúde (102.997).

Há 313 dias esperávamos por esse momento. A pandemia foi decretada pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020. Desde então, apenas uma pergunta importava. Dos textos acadêmicos aos memes da internet, do Vale do São Francisco ao Extremo Sul da Bahia, da Praia do Flamengo a São Tomé de Paripe. Nas missas, nos cultos e nos terreiros a interrogação era a mesma. Até que nesse dia 19 de janeiro, numa manhã ensolarada de terça-feira, podemos dizer: a vacinação começou!

Depois de uma segunda-feira tumultuada com o horário do desembarque das 376 mil doses da Bahia (42 mil de Salvador) alternando entre o início da manhã e altas horas da noite, elas chegaram para a alegria e o alívio de todos. E a vacinação começou por nada mais nada menos que o espaço criado e mantido por Santa Dulce dos Pobres. Os idosos das Obras Sociais Irmã Dulce foram os primeiros a serem imunizados, e o sorriso era tão grande que dava para ver até mesmo por trás da máscara.

O dia amanheceu com movimento aparentemente calmo na Cidade Baixa, mas essa tranquilidade foi mudando ainda nas primeiras horas da manhã. A presença dos repórteres atraiu a atenção de curiosos, e todos pararam a rotina por um instante para observar de longe, ou mais de pertinho, espreitando através de uma grade, de um muro ou de uma porta entre aberta o que estava acontecendo. Parecia que todos ali esperavam pela noiva na igreja no dia do casamento. Até que às 7h10 ela chegou.

Coronavac é o nome dela. Não que isso importe muito. A eficácia da vacina sempre foi a prioridade independentemente da origem do medicamento, ao menos foi o que sempre afirmaram as autoridades baianas. A vacinação aconteceu dentro do santuário de Santa Dulce, e a primeira pessoa imunizada foi a enfermeira Maria Angélica de Carvalho, 53 anos, que trabalha no Hospital Couto Maia.

"É um momento de gratidão a Deus e a todos os profissionais que contribuíram para esse momento", disse Maria Angélica.

A idosa Lícia Pereira Santos ressaltou a alegria do momento. "Me sinto muito feliz de ter sido convidada. É um momento de alegria", disse.

(Foto: Arisson Marinho/CORREIO)

Quem também foi vacinado foi o médico socorrista do Samu Wenderson Barbosa, que ressaltou a luta de trabalhar na pandemia. "O mais difícil é lidar com o distanciamento dos nossos próprios familiares. Com a vacina, espero que tudo isso mude. Sem tirar todas as medidas de precaução, mas muito mais fortalecido para enfrentar tudo isso", disse. Uma representante indígena também participou da solenidade e foi vacinada.

Autoridades
O governador, Rui Costa (PT), e o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), chegaram cedo. Eles destacaram a importância da vacinação e disseram que aguardam novas remessas das vacinas.

"Salvador precisa de 168 mil doses na primeira fase, chegaram 42 mil. Nós aqui estamos adotando a estratégia de aplicar somente metade das vacinas que chegam para garantir que as pessoas recebam a segunda dose. Com isso iremos imunizar pouco mais de 21 mil pessoas. Não adianta as pessoas irem para posto de saúde e hospitais, pois ainda não há vacina em hospitais", explicou o prefeito.

A dificuldade de manter a campanha de imunização, segundo Reis, é ter quantidade suficiente de doses. "Nosso problema aqui não são insumos, profissionais, logística, armazenamento e estrutura, o problema é o fornecimento da vacina. Desde que assumi a prefeitura no dia 1º de janeiro a palavra de ordem foi o enfrentamento da pandemia, primeiro porque vamos salvar milhares de vidas e depois reestabelecer a parte econômica e social, para retornarmos à nossa rotina de normalidade", completou.

O governador Rui Costa falou que hoje é um dia de esperança. "É uma emoção grande, uma luta, quase 1 ano nesse sofrimento e hoje, como trabalhamos muito ao longo desses meses, começamos a ver a luz no final do túnel. Ainda é uma longa caminhada, ainda não tem vacinas para todo mundo. Estamos tentando conseguir autorização junto ao STF para a Sputnik. Espero que a Justiça ajude a acelerar a vacinação. É mais uma vacina disponível para gfarantir a imunização das pessoas", afirmou.

Ele falou ainda sobre as dificuldades para a aquisição de doses. "Não tem espaço para uma negociação com o Butantan, visto que o Ministério da Saúde requisitou todas as vacinas. O que estamos buscando é a vacina russa. Somos 15 milhões de pessoas, precisamos de 30 milhões de vacinas para aplicar as duas doses. Nesse primeiro lote, de 376 mil, não conseguiremos sequer vacinar as pessoas da área de saúde, que são quase 400 mil pessoas", afirmou.

As 42 mil doses da Coronavac enviadas pelo Governo Federal são suficientes para proteger cerca de 21 mil pessoas em Salvador, uma vez que o imunizante prevê uma dose de reforço após 14 dias da primeira aplicação. Para essa primeira remessa, está previsto a imunização dos idosos abrigados em instituições de longa permanência, trabalhadores da saúde que atuam na rede de urgência e assistência direta aos pacientes com o novo coronavírus (UPAs, Gripários, Samu 192) e hospitais, incluindo os de campanha.

A estratégia utilizada para essa primeira remessa será através de 11 equipes volantes nos próprios locais selecionados. Por isso, a população não deve se direcionar a nenhum ponto de vacinação neste momento. A programação segue recomendação de informe técnico emitido pelo Ministério da Saúde.

Um cronograma será construído diariamente na capital, de acordo com a disponibilidade de vacinas. A cada nova remessa encaminhada ao município, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ampliará a imunização dos grupos prioritários.

Vacina
Desenvolvida através de uma parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o laboratório brasileiro do Instituto Butantan, a CoronaVac foi alvo de uma queda de braço entre o Governo Federal, outras autoridades públicas e a cientistas, até que a novela chegou ao fim no domingo (17) com a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso da medicação em todo o país.

A eficácia dela é de 100% para casos graves, 78% para casos leves e de 50% de maneira global. A chegada da vacina em janeiro, quase um ano depois do início desse pesadelo, traz uma esperança em dias melhores ao mesmo tempo que faz refletir sobre o desenrolar dessa caminhada, e essa sensação pode não ser por acaso.
Na mitologia romana existia um Deus de nome Jano que era responsável pelas mudanças. Ele é representado por duas faces que olham em direções opostas, observando ao mesmo tempo o passado e o futuro. Foi da derivação do nome dele que surgiu Janeiro, o mês das transformações.

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A Bahia vai receber 319.520 doses da Coronavac nesta segunda-feira (18). A divisão com a quantidade de doses por estado foi divulgada pelo Ministério da Saúde, na noite de domingo (18). Dessa forma, serão vacinadas 179.361 pessoas, considerando as duas doses necessárias.

O número de doses não contempla o total de pessoas que fazem parte do grupo prioritário da fase 1, segundo o plano de vacinação do governo do estado. Nesta fase, estão contemplados trabalhadores da área de saúde, idosos com mais de 75 anos, brasileiros acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência, indígenas e comunidades tradicionais, totalizando 1.791.438 de pessoas. Para atender a todas, serão necessárias 3.582.876 doses.

Segundo o Ministério da Saúde, com essas primeiras doses serão vacinadas, na Bahia, 9.788 pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas; 829 pessoas com deficiência institucionalizadas; 27.201 indígenas; e 142.087 profissionais da saúde, o que corresponde a 34% desse público.

A expectativa da Secretaria estadual da Saúde (Sesab) era receber 422 mil doses. De acordo com o plano divulgado pelo governo estadual, as doses serão levadas por via terrestre para as cidades da Região Metropolitana de Salvador, Feira de Santana, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Serrinha, Mundo Novo, Itaberaba, Amargosa e Cruz das Almas. Por via aérea, a entrega será nas cidades de Gandu, Ilhéus, Itabuna, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Paulo Afonso, Cícero Dantas, Jequié, Itapetinga, Juazeiro, Jacobina, Brumado, Vitória da Conquista, Irecê, Ibotirama, Boquira, Caetité, Barreiras, Santa Maria da Vitória, Seabra, Senhor do Bonfim e Guanambi.

A quantidade de doses entregue a cada estado considera a primeira e a segunda dose e também a perda técnica, segundo o ministério.

A vacinação está prevista para começar na próxima quarta-feira (20), às 10h, em todo o país.

Chegada das doses
Na Bahia, a sede do Grupamento Aéreo da Polícia Militar será o ponto de guarda das doses de vacinas que chegarão ao estado. De acordo com o Governo do Estado, o local foi escolhido de maneira estratégica, com o objetivo de facilitar a distribuição do material em todo o estado, de maneira mais rápida.

Camaras frigoríficas já estão no Graer. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), municípios distantes mais de 300 quilômetros da capital baiana terão as doses enviadas por aeronaves. As demais devem ser entregues por meio terrestre com escolta da Polícia Militar para garantir a segurança no deslocamento.

Distribuição
A distribuição das vacinas será feita com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e caminhões com áreas de carga refrigeradas. As companhias aéreas Azul, Gol, Latam e Voepass também farão o transporte gratuito das caixas de vacinas para todos os estados que necessitem de transporte aéreo.

Após a entrega das vacinas aos estados, os governos estaduais irão se encarregar de levar as vacinas até os municípios em parceria com o Ministério da Defesa.

Os primeiros voos sairão de São Paulo, primeiramente para o Distrito Federal e para as capitais de 10 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

Veja divisão das doses da Coronavac para cada estado:
Região Norte

Rondônia - 33.040
Acre - 13.840
Amazonas - 69.880
Roraima - 10.360
Pará - 124.560
Amapá - 15.000
Tocantins - 29.840
Total de doses - 296.520

Região Nordeste

Maranhão - 123.040
Piauí - 61.160
Ceará - 186.720
Rio Grande do Norte - 82.440
Paraíba - 92.960
Pernambuco - 215.280
Alagoas - 71.080
Sergipe - 48.360
Bahia - 319.520
Total de doses - 1.200.560

Região Sudeste

Minas Gerais - 561.120
Espírito Santo - 95.440
Rio de Janeiro - 487.520
São Paulo - 1.349.200
Total de doses - 2.493.280

Região Sul

Paraná - 242.880
Santa Catarina - 126.560
Rio Grande do Sul - 311.680
Total de doses - 681.120


Região Centro-Oeste

Mato Grosso do Sul - 61.760
Mato Grosso - 65.760
Goiás - 182.400
Distrito Federal - 105.960
Total de doses - 415.880

 

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A Bahia registrou 32 mortes e 3.041 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde deste domingo, 17. No mesmo período, 3.902 pacientes foram considerados curados da doença (+0,8%).

Dos 537.772 casos confirmados desde o início da pandemia, 516.078 já são considerados recuperados e 12.056 encontram-se ativos. Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,35%).

Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (10.704,02), Muniz Ferreira (8.811,64), Conceição do Coité (8.617,07), Itabuna (8.426,86) e Itororó (8.424,10). Na Bahia, 38.607 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Óbitos

O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 32 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.638, representando uma letalidade de 1,79%.

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A Diretoria Colegiada da Anvisa (Dicol) da Anvisa aprovou, em reunião extraordinária realizada neste domingo (19) , o uso emergencial de vacinas de Oxford e CoronaVac contra a Covid-19 no Brasil. A votação da diretoria foi finalizada com todos os cinco votos a favor do uso das vacinas.

A Anvisa informou nesse sábado, 16, que Fiocruz e Butantan terminaram a entrega de documentos sobre as vacinas. Uma equipe de cerca de 50 pessoas trabalhou na análise dos dois processos. Os pareceres técnicos foram entregues à diretora Meiruze Freitas, farmacêutica e servidora da agência, que será a relatora do processo. Ela é responsável pela área que trata do registro de medicamentos e vacinas.

A primeira apresentação técnica da reunião foi a do gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, que está apresentando detalhes sobre os estudos da Coronavac - a autorização da vacina do Butantan será a primeira a ser avaliada.

Ele informou que, no processo de recebimento de dados, foram realizadas 41 comunicações entre a agência e o instituto. Entre as informações apresentadas pelo Butantan estão os testes de estabilidade do imunizante, que determinarão o prazo de validade e as condições de armazenamento.

De acordo com Mendes, os testes apontaram que, para a matéria-prima, o teste demonstrou validade de seis meses, mas que essa validade pode ser extrapolada para 12 meses para o produto final contanto que o Butantã apresente dados extras de monitoramento. O armazenamento do produto deverá ser numa temperatura de 2ºC a 8ºC.

O estatístico da Anvisa Leonardo Fábio Filho apresentou os cálculos que foram refeitos pela agência para verificar a eficácia do produto calculada pelo Butantan. A equipe da agência confirmou o índice de 50,4% de eficácia geral apresentado pelo Butantan. "Refizemos todos esses cálculos, vamos fazer outros ainda, recebemos a base de dados brutos na quinta-feira e estávamos até agora pouco rodando as análises", disse.

Mendes ressaltou que, nas análises de segurança, a Anvisa também confirmou a segurança da vacina. De acordo com o diretor, não ocorreu nenhuma reação adversa grave entre os voluntários.

Embora tenham confirmado os dados principais de eficácia e segurança, os técnicos da Anvisa apresentaram algumas incertezas que ainda permanecem sobre o resultados da vacina. Os servidores ressaltaram não foi possível calcular a eficácia da vacina por faixa etária, principalmente entre idosos. "A quantidade de idosos (infectados na amostra) era muito pequena e não permitiu estabelecer perfil de segurança e eficácia da vacina para esse grupo. O baixo número de casos, três no grupo placebo e 2 no grupo vacinal, não permitem conclusões mais robustas", disse Mendes.

Ele ressaltou como incerteza ainda a dúvida sobre a eficácia do imunizante contra casos moderados e graves, já que o número de infecções com esse quadro de gravidade também foi pequeno. Com isso, como já mencionado pelo próprio Butantan, a análise de 100% de eficácia não tinha ainda relevância significativa.

O gerente-geral de medicamentos disse ainda que o Butantan não apresentou os dados de eficácia de acordo com o intervalo entre a primeira e a segunda dose - que pode ser administrada de 14 a 28 dias após a dose inicial.

O servidor da Anvisa afirmou ainda que faltam relatórios mais completos de imunogenicidade, que mostram a quantidade de anticorpos produzidos pelos voluntários.

Laboratórios serão notificados logo após decisão
Butantan e Fiocruz serão notificados pela Anvisa sobre a decisão após a reunião. "Também será publicado no portal da Agência um relatório com as bases técnicas da avaliação sobre a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de cada vacina contra a covid-19", diz a Anvisa.

Apenas farmacêuticas que realizaram estudos clínicos de fase 3 no País podem pedir o aval para aplicar a vacina neste formato, pelas regras atuais da agência. O uso emergencial pode ser feito mesmo com estudos de desenvolvimento do produto em andamento.

A Anvisa esteve no centro de brigas políticas durante a pandemia. O governo de São Paulo levantou suspeitas sobre interferência política no órgão quando, em novembro, estudos da Coronavac foram suspensos - decisão comemorada pelo presidente Jair Bolsonaro. Servidores da agência chegaram a lançar nota defendendo a autonomia do órgão.

Corrida para a vacina
O aval da Anvisa abrirá uma corrida entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, pela "primeira foto" da vacinação contra a covid-19 no Brasil.

O Ministério da Saúde planeja começar a campanha nacional na quarta-feira, 20, às 10h. Como revelou o Estadão, o Palácio do Planalto pode receber uma cerimônia, na terça-feira, 19, para marcar o começo da campanha. Não está descartado aplicar a primeira dose durante este evento, mas a pressão pela crise em Manaus (AM) pode levar o governo a desistir da cerimônia em Brasília.

O governo paulista apontava 25 de janeiro como data para o começo de sua campanha, mas Doria já afirma que poderá vacinar imediatamente após a decisão da Anvisa. O governador fará um pronunciamento à imprensa, do Hospital das Clínicas da USP, após a reunião da Anvisa.

Ainda é incerto, porém, como será o começo da vacinação no país. Os planos do governo Bolsonaro de receber 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca no domingo, 17, foram adiados pelo governo da Índia. O presidente Bolsonaro disse na sexta-feira, 15, que a entrega deve levar mais dois ou três dias, mas o governo não confirma nem sequer em que data o voo que em direção à Índia deixará o Brasil para receber esta vacina.

Após a negativa da Índia, o ministério pediu para o Butantã entregar imediatamente todas as 6 milhões de doses da Coronavac que estão prontas para uso. O governo de São Paulo respondeu que enviará esta carga, mas pede para que as doses que serão aplicadas na população paulista sigam no Estado. O impasse pode parar na Justiça, reconhecem autoridades dos dois lados da disputa.

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A Bahia registrou 5.471 novos casos de covid-19 em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta sexta-feira. Esse é maior número de casos registrados em um só dia pela Bahia desde 22 de julho, quando foram registrados 6.401 casos. De acordo com o Boletim divulgado pela Sesab o número seria o segundo maior número de contaminados por dia desde o começo da pandemia. Na nota, a Sesab considera o dia 22 de julho como o dia de maior registro em 24h.

No entanto, segundo o Acompanhamento Diário de Casos da própria Sesab, a data de maior registro de casos em 24h teria sido no dia 22 de junho, com 8.822 casos. Divergências à parte, o número é um dos mais altos desde o início da pandemia, e, de acordo com a Sesab, é reflexo, sobretudo, das festas e aglomerações ocorridas no final do ano e da retomada das notificações por parte de alguns municípios que tiveram as equipes de vigilância reestruturadas devido às novas gestões.

Ainda segundo o boletim desta sexta, dos 528.539 casos confirmados desde o início da pandemia, 508.189 já são considerados recuperados e 10.775 encontram-se ativos.Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,59%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (10.625,65), Muniz Ferreira (8.703,85), Conceição do Coité (8.593,05), Itabuna (8.272,56), Jucuruçu (8.174,45).

Na Bahia, 38.408 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 32 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.575, representando uma letalidade de 1,81%.

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Após uma reunião com o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (14), prefeitos disseram que, de acordo com o ministro Eduardo Pazuello, a vacinação contra a Covid-19 começará em todo o país na quarta-feira (20) da semana que vem. A data depende de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial das vacinas Coronovac e Astrazeneca. A decisão da Anvisa sai no domingo (17).

"De acordo com @ministropazuelo, próxima segunda chegam as 2 milhões de doses da Astrazeneca para estados. Há também as 6 milhões da Coronavac. Anvisa liberando domingo, distribuem na terça para iniciar na quarta, dia 20. Ou seja: 8 milhões de doses para janeiro", escreveu o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), em uma rede social.

Algumas outras prefeituras que também saíram da reunião informando que o governo marcou a data do dia 20 foram as de: Salvador, Curitiba, Cuiabá, Maringá, Ribeirão Preto e Araucária (PR).

"Em Curitiba, vamos vacinar primeiro os grupos prioritários. Os 70 mil profissionais de saúde, e todos os idosos de Curitiba, que são perto de 300 mil pessoas", afirmou o prefeito Rafael Greca (DEM). "Será em 20 de janeiro".

Procurado pelo G1, o Ministério da Saúde ainda não confirmou a data. Pazuello recebeu mais de 130 prefeitos. A maioria participou virtualmente.

O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Jonas Donizete, ex-prefeito de Campinas, afirmou que eventual atraso no voo que vai buscar doses de vacina na Índia pode alterar a data.

"Embora tenha sido mencionado a data do dia 20, às 10h da manhã, essa data está pendente deste dois fatores: da logística de voo e da aprovação da Anvisa", afirmou.

Doses
A Frente Nacional dos Prefeitos disse ainda que, na reunião, Pazuello apresentou a seguinte previsão de quantas doses de vacina o país terá nos próximos meses:

Janeiro: 8 milhões
Fevereiro: 30 milhões
Abril: 80 milhões
Equipamento
Jonas Donizete também disse que a maioria das cidades tem quantidade suficiente de agulhas e seringas para iniciar a vacinação.

"A gente vai passar para o ministro uma ideia de como estão as cidades. E para isso eu fiz uma conversa antes com os prefeitos. A notícia boa para a população é que a maioria das cidades está preparada para a vacinação, com seringas, agulhas”, afirmou.

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A Bahia registrou 32 mortes e 3.094 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira, 13. No mesmo período, 2.111 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%). Dos 518.955 casos confirmados desde o início da pandemia, 501.688 já são considerados recuperados e 7.755 encontram-se ativos.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,35%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (10.573,41), Muniz Ferreira (8.676,91), Conceição do Coité (8.558,52), Itabuna (8.178,29) e Jucuruçu (8.174,45). Na Bahia, 37.935 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Óbitos

O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 32 óbitos que ocorreram em diversas datas.A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.512, representando uma letalidade de 1,83%.

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (13) que a vacinação no Brasil começará ainda em janeiro, e que o governo federal irá enviar um avião à Índia para buscar duas milhões de doses prontas da vacina contra a covid-19. O imunizante utilizado será o da farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, ambas do Reino Unido.

"Vamos vacinar em janeiro. Hoje (quarta-feira, 13) decola o avião para ir buscar 2 milhões de doses na Índia. É o tempo de viajar, apanhar e trazer. Já está com o documento de exportação pronto", afirmou Pazuello.

De acordo com a companhia aérea Azul, responsável pelo transporte das vacinas, o avião irá decolar na quinta-feira (14), às 23h, saindo de Recife. Serão 15 horas de voo sem escalas até Mumbai, na Índia, onde a aeronave receberá 15 toneladas de carga. O avião deve pousar sábado (16), às 15h, no Rio de Janeiro, de onde as doses seguirão diretamente para a Fiocruz, que produz a vacina no país.

"Nós temos duas vacinas para janeiro muito promissoras, todos acompanham, a vacina da Fiocruz/AstraZeneca e a do Butantan com Sinovac. São 8 milhões de doses. Quando a Anvisa concluir suas análises de segurança e eficácia, três, quatro dias depois nós estamos distribuindo a vacina no Brasil", complementou Pazuello.

Sobre a autorização do uso emergencial das duas vacinas, o ministro informou que a Anvisa irá se pronunciar no dia 17 de janeiro. "Botem aí os números para frente. Se a Anvisa alongar para o dia 20, 22, botem os números para frente, mas é janeiro (a vacinação)", afirma.

O ministro finalizou seu discurso com uma alfinetada política, afirmando que toda a pressão sobre as vacinas se tratava de questões partidárias, de bandeira e de interesses particulares.

"Nós vacinamos trezentos milhões de doses por ano e vamos fazer igual com a vacina contra Covid-19. O resto é apenas pressão política, pressão partidária, pressão de bandeira, pressão de interesses particulares. Nós não saímos do nosso rumo nenhum minuto", concluiu.

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A Bahia registrou 27 mortes e 2.105 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24 horas, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira, 12. No mesmo período, 1.842 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%). Dos 515.861 casos confirmados desde o início da pandemia, 499.577 já são considerados recuperados e 6.804 encontram-se ativos.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,35%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (10.553,81), Muniz Ferreira (8.663,43), Conceição do Coité (8.533,00), Jucuruçu (8.174,45) e Itabuna (8.152,97).

Na Bahia, 37.811 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 27 óbitos que ocorreram em diversas datas. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.480, representando uma letalidade de 1,84%.

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