Bahia registra 130 mortes por Covid-19 em boletim com segundo maior número de óbitos
O maior número de vítimas foi contabilizado no boletim de 26 de fevereiro, com 137 óbitos. Desde o início da pandemia, a Bahia já rgistrou 13.589 mortes, o que representa uma letalidade de 1.80%.
Dentre os óbitos, 55,98% ocorreram no sexo masculino e 44,02% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,98% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21,09%, preta com 14,97%, amarela com 0,52%, indígena com 0,14% e não há informação em 8,31% dos óbitos.
O percentual de casos com comorbidade foi de 69,12%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,07%).
Além dos dados sobre óbitos, o boletim ainda aponta que nas últimas 24 horas foram registrados 4.749 novos casos de Covid-19 na Bahia. Dos 753.584 casos confirmados desde o início da pandemia, 722.302 já são considerados recuperados, 17.693 encontram-se ativos. Na Bahia, 44.540 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
No total, 176.195 estão em investigação e 1.082.228 foram descartados. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta-feira.
A Sesab informou também até as 15h desta quarta, 489 solicitações de internação em UTI adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação da Bahia. Outros 180 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. A pasta detalha que o número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.
O boletim informa também o número de vacinados no estado. De acordo com a Sesab, 787.857 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, dos quais 279.466 receberam também a segunda dose, até as 15h desta quarta-feira.
Leitos Covid-19
Segundo boletim desta terça, dos 2.813 leitos ativos na Bahia, 2.107 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 75%.
Desse total, 1.316 leitos são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 86% (1.134 leitos ocupados). A taxa dos leitos de UTI pediátrica é de 64%, com 23 das 36 unidades ocupadas.
Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 65% da ocupação, e a pediátrica tem ocupação de 60%.
Em Salvador, dos 1.518 leitos ativos, 1.203 estão com pacientes internados, o que representa taxa de ocupação geral de 79%. A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 87% e a pediátrica de 63%.
Os leitos clínicos para adultos estão com ocupação de 73%. Já nos leitos pediátricos, a taxa de ocupação é de 62%.
Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta.
Barreiras chega a 93% de ocupação de UTIs, e especialistas alertam para cenário ainda pior
Enquanto a ocupação dos leitos gerais na Bahia chegou a atingir 84% no início de março, a região Oeste ostentava 49%. Mas esse cenário mudou. De acordo com dados dessa terça-feira (16) da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a taxa de ocupação geral de Barreiras está em 62%, sendo 93% para UTIs e 40% para leitos clínicos. A preocupação de especialistas e gestores é com a transferência de pacientes de outras regiões e com o surgimento de novas variantes.
Na região, o Laboratório de Agentes Infecciosos e Vetores da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) já identificou a circulação de duas variantes: P1 e P2 da covid-19. Na última leva de análises, das 20 amostras estudadas, 19 foram apontadas como P2 e, uma, como P1. De acordo com o professor Jaime Henrique Amorim, pesquisador no laboratório, já se sabe que elas são mais transmissíveis, ou seja, se espalham mais rapidamente.
“Até novembro do ano passado, a gente não tinha identificado nenhuma variante que chamamos de variante de preocupação. A partir de dezembro, detectamos a P2 e, em fevereiro deste ano, comprovamos que ela já tinha se espalhado de maneira significativa na região. Agora, temos também a P1, que vamos analisar”, explica Amorim.
O professor e pesquisador se preocupa com a possibilidade de chegada das variantes do Reino Unido, a B117 e a Kent. “De acordo com as pesquisas, elas são as que já foram comprovadamente relacionadas com as formas mais graves da doença e maior letalidade. Essas, nós não identificamos aqui ainda”, afirma. “A variante do Reino Unido implica casos mais graves, casos em crianças. Se ela chegar aqui, teremos muita dificuldade porque temos uma quantidade de leitos pequena, a região não tem estrutura para isso”, aponta.
Regulação
De acordo com dados da Sesab, a região Oeste da Bahia está com taxa de ocupação de leitos de UTI em 94% e de leitos clínicos em 55%. Até então, 12 pacientes aguardavam por regulação para UTI na segunda-feira (15).
Para Amorim, isso demonstra o alerta para o cenário atual dos hospitais, que, segundo ele, é reflexo da regulação de pacientes de outras regiões para o Oeste da Bahia. “Antes de a gente começar a ter regulação de pacientes para cá, Barreiras estava com uma porcentagem de ocupação em torno de 45%, mas hoje isso cresceu bastante, em torno dos 60%. A gente precisa de uma investigação epidemiológica, mas sabemos que isso tem interferência da regulação que pode, inclusive, implicar na disseminação de variantes”, analisa ele.
O secretário de saúde de Barreiras, Melk Neves, concorda, mas diz que não havia outra saída. Segundo o secretário, a taxa de ocupação das UTIs tem chegado a 100% e a taxa dos leitos de enfermaria vem apresentando crescimento. Isso traz uma outra preocupação: o estoque de oxigênio.
De acordo com o secretário, por enquanto, a situação está sob controle, mas, caso as tendências dos números se confirmem, pode haver desabastecimento. “Nos hospitais onde a gente tem tanques, não temos problemas. No Hospital Municipal Eurico Dutra, a gente está sob controle, mas a empresa fornecedora, White Martins, já comunicou que, se a demanda de leitos aumentar, corremos um sério risco de desabastecimento por falta de cilindros”, afirma.
“Essa é a nossa preocupação porque também estamos muito longe dos centros de abastecimento. São quatro caminhões que fazem bate e volta, mas, por conta da distância, o caminhão leva três dias para sair daqui, carregar e voltar”, acrescenta Neves.
Situação de emergência
Devido ao crescente número de pessoas infectadas com o novo coronavírus no Estado da Bahia, principalmente na região Oeste, a prefeitura de Barreiras decretou situação de emergência por 60 dias. O decreto foi publicado no Diário Oficial de segunda-feira (15).
A declaração de situação de emergência pode ser prorrogada ou revogada conforme alteração do quadro pandêmico vivenciado pelo município. Dessa forma, durante esse período, fica dispensada a instauração de procedimento licitatório com fundamento no art. 24, IV da Lei nº 8.666/93, para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus.
Adultos ultrapassam idosos e representam 60% de internados em Salvador
Com falta de ar e sem conseguir respirar, Josenita Barbosa, 59 anos, foi levada por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paripe. Ela chegou no local às 12h dessa terça-feira (16). Antes, passou a manhã tentando ser atendida no posto de saúde de Fazenda Coutos, até que passou mal e foi transferida. “É a segunda vez que venho aqui. No dia 11 já tinha vindo, mas mandaram eu voltar para casa”, contou a senhora antes de entrar na unidade de saúde.
Josenita faz parte do grupo que vêm sendo mais afetado pela segunda onda da pandemia. O número de pessoas adultas, entre 30 e 59 anos, internadas por conta de covid-19 aumentou em Salvador nos últimos meses e ultrapassou a quantidade de idosos na mesma situação. Nesta terça-feira (16), durante um evento virtual, o prefeito Bruno Reis (DEM) afirmou que na primeira onda da pandemia, no ano passado, pessoas com 60 anos ou mais representavam 60% dos internamentos.
“Na primeira onda, nas nossas UPAs, de cada 100 pacientes, 60 eram idosos. Agora, são 40. Hoje, temos 60% de adultos, pessoas de 30 a 59 anos; enquanto no passado a maioria dessas vagas era ocupada por idosos”, afirmou Reis.
Além da negligência de parte da população mais jovem em lidar com a doença, relaxando as medidas preventivas, outros dois fatores foram apontados pelo prefeito como cruciais para fazer a balança inverter: “primeiro, a vacina já começa a surtir efeito e, em segundo lugar, esse cenário mostra que a cepa do vírus é mais agressiva, e que ela tem, como a gente vem evidenciando, o poder de gerar sintomas mais graves, tanto que os pacientes chegam mais debilitados nas UPAs, e estão permanecendo por mais tempo nas unidades”.
Professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a médica infectologista Jacy Andrade concorda com o prefeito e aponta os mesmos fatores. “Isso está acontecendo não só aqui em Salvador. É no Brasil todo. São pessoas jovens que estão se infectando mais, em parte pela característica do vírus de maior transmissibilidade das variantes, mas também porque os jovens estão circulando mais, fazendo aglomerações. No geral, os idosos estão mais em casa e já começaram a ser vacinados. Tem a questão do vírus e do comportamento da população”, advertiu a especialista.
Leitos comprometidos
Bruno Reis diz também que a mudança de perfil etário dos pacientes serve para confirmar que a vacina é a forma mais eficiente para se proteger do coronavírus. Ele frisou que a internação prolongada dos adultos está sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde, porque reduz a rotatividade e atrasa a liberação dos leitos para novos pacientes, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) onde essa disputa é mais acirrada.
Daniela Gomes Silva, 34, conhece bem essa realidade. Seu irmão Diego Gomes Silva, 37, está internado na UTI do Hospital São Rafael com covid-19. Toda a família foi contaminada, inclusive o pai, Francisco de Assis Silva, 74, que não tem plano de saúde e está dependendo do atendimento no SUS. Anteontem, após 24 horas de luta da família, ele finalmente foi admitido no gripário de Paripe. Só conseguiu a vaga porque uma pessoa mais jovem foi regulada para o hospital.
“Lá dentro as pessoas que estão internadas são realmente mais jovens. Meu pai tem comorbidade, está num tratamento de câncer, mas sua situação parecia ser melhor do que a dos outros quando a gente o deixou. Só que como já se passou um dia e não tenho nenhuma notícia dele, vim até aqui [à UPA] para saber como ele está. Se não tivesse tantos jovens contaminados, ele com certeza teria uma assistência de saúde melhor. Infelizmente, os mais novos não estão ligando mais para nada, não estão pensando nos outros”, desabafou Daniela.
A reportagem percorreu outros gripários e UPAs de Salvador, onde verificou a presença de pessoas mais jovens em busca de atendimento. Em Marback, Vanesca Fonseca acompanhava o irmão Valdemiro Fonseca, 40, que estava deitado e não conseguia falar por causa das dores que sentia e da febre. “Eu estou aqui desde 7h e até agora, meio-dia, não fomos atendidos. Lá dentro está cheio e é também de gente jovem”, contou Vanesca.
Na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Pirajá, Elislane Assis, 23, esperava sua mãe Andreia Assis, 42, receber atendimento. “Também já entrei e conferi que está cheio. Os jovens infelizmente não estão respeitando. Conheço vários que vão para aglomerações. Ainda bem que os paredões diminuíram, graças a esse toque de recolher, pois agora a polícia leva mesmo quem está na rua depois das 20h. Por isso sou a favor das medidas de restrições”, defendeu Elislane.
Contaminados
De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), os casos de covid-19 entre pessoas de 30 a 59 anos correspondem a 56,76% do total. São mais de 425 mil pessoas infectadas com essa idade desde o começo da pandemia. Já as mortes das pessoas dessa faixa etária correspondem a 23,32% do total, ou seja, 3.139 mortos, o que representa uma taxa de letalidade de 0,74%.
Em Salvador, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os casos entre pessoas com 30 a 59 anos correspondem a 61% do total. O órgão não divulga o número absoluto de casos, nem mesmo o percentual de mortes por faixa etária.
Outro fato de preocupação é o número de pessoas aguardando por uma vaga em um leito de UTI, que voltou a subir em Salvador. Ontem, as UPAs amanheceram com 87 pacientes na fila da regulação. No dia anterior, eram 80 pessoas nessa situação. A taxa de ocupação dessas acomodações está em 87%. Todos os pacientes que estão esperando por uma vaga de UTI, ontem, eram adultos. Além deles, havia outras 25 pessoas na fila por um leito clínico, 23 adultos e duas crianças, mesmo após 107 pacientes terem sido regulados no dia anterior
Às 18h dessa terça, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na capital baiana era de 86%. Esse dado mostra o quanto o sistema de saúde está sobrecarregado. Na UPA de Paripe, durante os 30 minutos que a reportagem esteve no local, cinco ambulâncias do Samu chegaram para trazer pacientes. Nem todos tinham casos suspeitos de covid-19.
O agricultor Mario Rocha Silva, 56, não aguentou esperar a ambulância quando viu Rosane Soares de Sousa, 43 anos, passar mal com falta de ar. “Eu estava indo para meu sítio em Simões Filho e vi ela pedindo ajuda. Fiquei sensibilizado. Coloquei ela dentro da minha vã e trouxe para cá. Acabei perdendo meu dia de trabalho, mas faz parte”, disse.
Minutos depois, a filha da jovem Naiara Soares de Sousa, 20 anos, chegou ao local e disse que, apesar da falta de ar, não há suspeita de covid-19. “Ela tem problema de pressão e acho que pode ter sido uma crise”, disse.
Taxa de transmissão
Cada grupo de 100 contaminados pelo coronavírus tem o potencial de transmitir o vírus para outras 115 pessoas em Salvador. Isso porque a taxa de transmissão – Fator RT - da covid-19 na cidade, que estava em 1,27 até 26 de fevereiro, baixou para 1,15. O número, embora ainda preocupante, demostra que as medidas de isolamento e a suspensão dos serviços não essenciais na cidade estão surtindo efeito, afirmou ontem o prefeito Bruno Reis, com base nos dados do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde.
O cálculo da taxa é complexo e leva em conta o número e o grau de novas infecções em um determinado tempo. O índice serve para mostrar quão contagiosa é a covid-19. Se o RT for menor que 1, é indício de que os níveis de contágio estão caindo. Igual a 1 indica estabilidade e, maior do que 1, mostra que cada indivíduo infeccioso causa, em média, mais do que uma nova infecção, representando crescimento da propagação da doença na população, como ainda é o caso de Salvador.
Bruno também explicou que Salvador tinha 2.912 casos ativos da doença em 26 de dezembro e que esse número, até segunda-feira (15), era de 1.565 casos. “Ou seja, tivemos uma redução de quase 50%. Vejam que as medidas de isolamento estão dando certo. Estão evitando que mais pessoas contraiam o vírus na cidade”, argumenta.
Mais uma vez, a professora Jacy Andrade concorda, acrescentando a importância da vacinação nesse processo. “A maneira mais adequada de controlar a pandemia é a vacina. Uma outra que temos é o distanciamento e uso da máscara. Pode ser que todos os dados tenham relação com a vacina ou com um maior distanciamento por causa do toque de recolher”, diz.
Bahia tem 4.608 novos casos de Covid-19 em 24h; boletim registra 118 mortes
Foram registrados 4.608 novos casos de Covid-19 em 24h na Bahia, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) divulgado nesta terça-feira (16). De acordo com a Sesab, foram contabilizadas 118 mortes.
Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro dos óbitos foram contabilizados no boletim desta terça. No total, 13.459 pessoas morreram vítimas da Covid-19 no estado, o que representa letalidade de 1,80%.
Com os novos dados, a Bahia registrou 748.835 casos de Covid-19 desde o início da pandemia.
De acordo com a Sesab, 17.374 casos de Covid-19 estão ativos na Bahia. Ao todo, 44.467 profissionais da saúde tiveram diagnóstico positivo para a doença.
A Sesab informou também que na Bahia, até as 15h desta terça, 477 solicitações de internação em leitos de UTI adulto constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Além disso, haviam também 186 pedidos de regulação para leitos clínicos adulto.
O boletim informa também o número de vacinados no estado. De acordo com a Sesab, 739.357 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, dos quais 272.576 receberam também a segunda dose até as 15h desta terça.
Leitos Covid-19
Segundo boletim desta terça, dos 2.773 leitos ativos na Bahia, 2.097 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 76%.
Desse total, 1.296 leitos são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 86% (1.120 leitos ocupados). A taxa dos leitos de UTI pediátrica é de 64%, com 23 das 36 unidades ocupadas.
Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 67% da ocupação, e a pediátrica tem ocupação de 46%.
Em Salvador, dos 1.488 leitos ativos, 1.191 estão com pacientes internados, o que representa taxa de ocupação geral de 80%. A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 87% e a pediátrica de 59%.
Os leitos clínicos para adultos estão com ocupação de 75%. Já nos leitos pediátricos, a taxa de ocupação é de 76%.
Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça.
O boletim completo pode ser acessado no site da Sesab e por uma plataforma disponibilizada pela secretaria.
Bahia recebe nova remessa de vacinas na madrugada desta quarta
A Bahia receberá, na madrugada desta quarta-feira (17), uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a carga com 308.600 doses está programada para chegar às 3h30 ao aeroporto de Salvador em um voo comercial. A remessa é do imunizante Coronavac, fabricado pelo Butantan, em São Paulo.
Esta é a oitava remessa de vacinas que chega ao estado. Com as doses desta quarta, a Bahia chegará a 1 milhão 598 mil e 400 doses recebidas, entre Coronavac e Oxford, desde o dia 18 de janeiro, quando chegou a primeira remessa.
De acordo com o Governo do Estado, as vacinas serão enviadas para o interior da Bahia pelo Grupamento Aéreo da Policia Militar, após a organização das doses feita pela equipe da coordenação de imunização.
Elas serão encaminhadas para as centrais regionais no interior da Bahia, de onde serão despachadas para os municípios.
Segundo a Sesab, 283 municípios estão aptos a receber a nova remessa das vacinas. Isso porque, a Comissão Intergestores Bipartite da Bahia (colegiado que reúne representantes das secretarias de saúde municipais e a estadual) pactuou que apenas os municípios que aplicaram 85% ou mais das doses recebidas anteriormente podem receber novas doses.
Com essa nova remessa, os municípios que conseguirem alcançar as metas da primeira fase, poderão ampliar a aplicação das doses para idosos de 70 anos ou mais, de forma decrescente de idade.
Cidades do interior da Bahia sofrem com falta de oxigênio e já operam no limite
É com o estoque de oxigênio no fim que hospitais municipais de cidades do interior baiano têm operado nos últimos dias. Por causa do crescimento de casos graves de covid-19 e da demora na regulação dos pacientes, a demanda por oxigênio hospitalar cresceu além da capacidade dos fornecedores suprirem as prefeituras. A situação nos municípios se tornou pública depois que o prefeito de Queimadas, André Andrade (PT), postou vídeo em suas redes sociais expondo o problema.
“Nesse final de semana tivemos nove internamentos de uma vez só. Antes eram apenas dois internados. A empresa que nos fornece não tinha oxigênio. E a situação da nossa região está um pouco complicada também. Pedimos ajuda de cidades vizinhas e não conseguimos, pois todas estão com dificuldades. Hoje, graças a Deus, estamos recebendo um carregamento, mas ainda assim a situação está crítica. Isso é na Bahia toda”, desabafou o secretário de Saúde de Valente, Arnaldo Amaral.
Tanto Valente quanto Queimadas ficam no nordeste baiano e possuem população de cerca de 25 mil habitantes. De acordo com os boletins epidemiológicos municipais, os casos ativos de covid-19 nas duas cidades têm aumentado. O problema é que, segundo os gestores desses municípios, tudo tem acontecido rapidamente e sem dar tempo para o sistema de saúde absorver a demanda.
“No domingo passado eram dois pacientes internados. Em uma semana o número saltou para 14, todos demandando oxigênio, alguns consumindo até 20 litros por hora. Um botijão do grande pega apenas 50 litros. Isso sem contar os pacientes que já receberam alta, estão em casa, mas mesmo assim têm dificuldade de respirar e precisam de suporte de oxigênio”, relatou o prefeito da cidade de Queimadas.
No município, a empresa que normalmente fornece o material para a cidade alegou não ter mais como suprir a demanda. A solução encontrada foi ir até Feira de Santana fazer um contrato com uma outra fornecedora. “Antes disso, eu pedi socorro para as cidades vizinhas de Cansanção e Santa Luz, mas tá difícil, todo mundo trabalhando no limite. De dois em dois dias temos que buscar oxigênio”, conta.
Demanda excessiva
Em Cipó, cidade de quase 20 mil habitantes, também localizada no nordeste baiano, o consumo de oxigênio hospitalar aumentou em seis vezes nos últimos dias. Segundo a assessoria de comunicação do Município, houve um dia em que o fornecedor não conseguiu entregar o gás, que chegou na iminência de faltar. “Conseguimos outra empresa. Na hora a gente nem pensou duas vezes, corremos para comprar, pois não íamos deixar os pacientes morrerem”, diz nota da prefeitura.
Nessa cidade, o hospital municipal possui apenas três leitos para pacientes com covid-19. Outros leitos de retaguarda, usados para casos mais graves, estão na cidade de Antas. “Só que lá também está cheio. Estamos agora preparando uma nova ala do hospital, que até estava em reforma, para criarmos leitos de retaguarda aqui mesmo”, explica a nota.
Cipó, inclusive, permaneceu sem mortes por covid-19 até o dia 4 de março. Desde então, em apenas 11 dias, quatro óbitos foram registrados, sinal do avanço da doença na cidade que possui ainda 409 casos confirmados e 27 ativos, segundo o último boletim epidemiológico. Já Valente tem 1.791 casos positivos, 138 ativos e 15 mortes. Queimadas, por sua vez, aparece com 43 casos ativos e 13 falecimentos em decorrência da covid-19. O número de casos totais não foi divulgado pelo município no seu boletim.
Para o prefeito André Andrade, o problema vivido pelos três municípios é uma realidade das pequenas cidades do interior baiano. “Os grandes hospitais são abastecidos diretamente com um caminhão. Salvador, Feira de Santana, esses municípios grandes não têm esse problema. Mas a gente que é cidade pequena vive de licitação, que é vencida por pequenas empresas. Só que agora, em 24 horas, consumimos o que antes era gasto em 30 dias”, disse.
O secretário de saúde de Valente também segue essa linha de pensamento. “Nós estamos torcendo para as coisas se estabilizarem para não chegarmos no patamar de Manaus. Meu fornecedor informou hoje [Segunda, 15] que a White Martins disse para ele que ia reduzir a quantidade fornecida. Se reduz de lá, reduz aqui. Só me resta apelar para ele não vender para outros setores, apenas a saúde. Tô apelando também para os donos de clínicas segurarem as compras”, disse Arnaldo Amaral.
White Martins
Em nota, a White Martins informou que "o fornecimento de oxigênio segue sendo realizado com o objetivo de manter todos os seus clientes medicinais abastecidos no Estado da Bahia, conforme estabelecido em contrato". Ainda segundo a empresa, o consumo de oxigênio nas instituições de saúde baianas registrou um aumento médio de 20% nas primeiras duas semanas de março, em comparação com as duas semanas anteriores. A empresa acrescentou ainda que não é fornecedora de oxigênio da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.
"A companhia tem mantido constante contato com os seus clientes e autoridades de saúde locais sobre as variações de consumo de oxigênio. Nestas oportunidades, a empresa solicita que sejam comunicadas formalmente e previamente as necessidades de acréscimo no fornecimento do produto bem como a previsão da demanda. Isso porque compete às instituições de saúde públicas e privadas sinalizar qualquer incremento real ou potencial de volume de gases às empresas fornecedoras", acrescenta a nota.
"Estes estabelecimentos são responsáveis pela gestão da saúde e têm acesso a dados que compõem o panorama epidemiológico da COVID-19, como o índice e a velocidade de contágio da doença, o crescimento da taxa de ocupação de leitos, a abertura de novos leitos, a implantação de hospitais de campanha, a quantidade de pacientes atendidos, bem como a classificação dos casos. A White Martins – como qualquer fornecedora deste insumo – não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca da evolução abrupta ou exponencial da demanda", finaliza o texto com o posicionamento da empresa.
Medidas para conter o vírus
Em meio ao agravamento da pandemia, as gestões municipais baianas estão implementando medidas para controlar a disseminação da covid-19. Em Cipó, uma reunião foi realizada nessa segunda-feira (15) para decidir por uma aprovação de restrições mais severas. Em Valente, a decisão já está tomada e um lockdown começa a valer nessa quarta-feira, 17. O comércio, com exceção somente de postos de gasolina, terá que funcionar em sistema delivery. “Só deixamos os postos abertos, pois precisamos abastecer os veículos da saúde”, disse o secretário de saúde da cidade.
Em Queimadas, as medidas mais duras já estão valendo desde a última sexta-feira, 12. Agências bancárias, lotéricas e a feira municipal não estão mais funcionando pelo menos até o próximo domingo, 21. “São serviços que contribuem para movimentar muitas pessoas na cidade”, justificou o prefeito, que também proibiu o transporte de passageiros nas estradas da cidade.
“Pode-se contar que é um tipo de lockdown. Aqui tá parecendo feriado de finados com as ruas vazias”, disse Andrade, que recebeu uma ligação do governador Rui Costa, preocupado com a situação do município.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) disse que o abastecimento de oxigênio segue normal em todas as unidades da rede estadual.
“Temos elevada capacidade de armazenagem nos hospitais, pois utilizamos tanques em vez de cilindros. Além disto, temos contrato com diversos fornecedores que tem condições de dobrar a produção caso seja necessário, não havendo risco de faltar oxigênio”, explicaram.
No caso das cidades que relatam risco ou até mesmo falta do gás, a Sesab explica que os municípios são orientados a informar à Central Estadual de Regulação para que, se necessário, os pacientes sejam transferidos para outros locais que tenham o recurso indicado.
Bolsonaro escolhe médico Marcelo Queiroga para substituir Pazuello no Ministério da Saúde
O presidente Jair Bolsonaro escolheu o médico Marcelo Queiroga para substituir Eduardo Pazuello como ministro da Saúde.
Queiroga se reuniu na tarde desta segunda-feira (15) com Bolsonaro no Palácio do Planalto. Segundo o presidente, a nomeação de Queiroga será publicada na edição desta terça-feira do "Diário Oficial da União" e haverá uma transição de "uma ou duas semanas" entre o novo ministro e o antecessor.
"Foi decidido agora à tarde a indicação do médico, doutor Marcelo Queiroga, para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias. Tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje", afirmou Bolsonaro a apoiadores ao chegar no início da noite à residência oficial do Palácio da Alvorada.
Antes de se reunir com Queiroga, Bolsonaro conversou no domingo e nesta segunda com a médica Ludhmila Hajjar. Mas a negociação fracassou, e a médica afirmou que não aceitaria convite para se tornar ministra. A médica, que se especializou no tratamento da Covid, afirmou que não houve "convergência técnica" entre ela e Bolsonaro.
Quarto ministro na pandemia
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga será o quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia de Covid, há pouco mais de um ano. O Brasil acumula mais de 278 mil mortes em razão da doença.
Antes de Queiroga, comandaram o ministério o médico e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS); o médico Nelson Teich; e o general do Exército Eduardo Pazuello.
Marcelo Queiroga é natural de João Pessoa. Formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba, fez residência em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Tem especialização em cardiologia, com área de atuação em hemodinâmica e cardiologia intervencionista.
Em dezembro do ano passado, Queiroga foi indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A indicação ainda não foi votada pelo Senado Federal.
No currículo enviado ao Senado, Queiroga informou ser diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa, e cardiologista do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita (PB).
Bahia registra 102 mortes e 1.163 novos casos covid nas últimas 24h
A Bahia registrou 102 mortes e 1.163 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta segunda (15). No mesmo período, 3.341 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).
Apesar das 102 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta segunda. Destas, 87 ocorreram em 2021.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 13.341, representando uma letalidade de 1,79%.
Dos 744.227 casos confirmados desde o início da pandemia, 712.692 já são considerados recuperados, 18.194 encontram-se ativos.
Situação da regulação de Covid-19
Às 15h desta segunda-feira, 482 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 179 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.
Bahia acerta a compra de 9,7 milhões de doses da Sputnik V
O Governo da Bahia e o Fundo Soberano Russo celebraram o contrato para a compra de 9,7 milhões de doses da vacina Sputnik V. O ato aconteceu na tarde desta segunda-feira (15), por meio de reunião virtual, entre o governador Rui Costa, o CEO do Fundo Soberano, Kirill Allexandrovich Dmitriev, e o presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias. O primeiro lote com doses do imunizante chegará à Bahia no mês de abril. Na reunião, o governador Rui Costa agradeceu o apoio para viabilizar a chegada das vacinas de forma célere.
“Foram seis meses de muito trabalho e com ação na Suprema Corte brasileira para viabilizar essa compra tão importante da Sputnik V e finalmente tudo deu certo. Estamos passando por uma crise muito profunda do sistema de saúde neste pior momento da pandemia. As vacinas nos ajudarão a passar por este momento tão difícil. O povo baiano e nordestino agradece muito essa ajuda e esperamos que, a partir dessa parceria, possamos concretizar outras parcerias com a Rússia e o laboratório”.
CEO do Fundo Soberano Russo, Kirill Allexandrovich Dmitriev também agradeceu a parceria com o Governo da Bahia. “Esta parceria é muito importante para o nosso país, nesse contexto de acordos para a produção de vacinas contra o coronavírus. Nossa parceria começou no primeiro dia em que assinamos o protocolo de intenções e estamos à disposição executar a aquisição das vacinas da melhor forma possível. Lembramos que a Sputnik V já foi vendida para 51 países”, afirmou.
As doses da vacina Sputnik V, compradas pelo governo do estado, vão chegar em quatro lotes em abril, maio, junho e julho. As doses poderão ser aplicadas assim que chegarem ao estado, informou o governador Rui Costa.
"Esse plano sempre garantiu que utivesse uma equidade entre os estados, para que toda a população tivesse acesso às vacinas. Portanto, essas vacinas comporão o plano nacional de imunização. Os assessores ainda vão se reunir para saber como se dará essa formalidade jurídica, mas o fato é que chegarão 2 milhões em abril, 5 milhões em maio, 10 milhões em junho e 20 milhões em julho", detalhou o governador.
Rui ainda enfatizou que as doses poderão ser aplicadas imediatamente, mesmo sem a aprovação da Anvisa. "A compra que estamos fazendo se baseia na lei aprovada no Congresso, que permite a compra e aplicação da vacina de laboratórios que já tenham sido aprovados em outros países, como laboratório russo, chinês, da Europa. Não precisa passar pelo processo de regularização na Anvisa. Essa vacina comercializada em 49 países em todo o mundo", explicou.
O Ministério da Saúde também vai comprar doses da Sputinik V, conforme anunciado pela pasta na última pasta na tarde da sexta-feira passada (12), a União vai se responsabilizar pela compra de 10 milhões de doses do imunizante. A quantidade adquirida pela Bahia serão extras e não tem relação com esse acerto do Ministério.
A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a Covid-19, segundo resultados preliminares publicados na revista científica "The Lancet", uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.
A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.
A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, depois de Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Moderna. Quando isso acontece, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.
No entanto, ainda não houve liberação da vacina por parte da Anvisa. Vice-presidente da União Química, representante da vacina no Brasil, Miguel Giudicissi afirmou que a empresa está reunindo os documentos solicitados pela agência reguladora para avaliação.
Recorde após recorde: fila da regulação está 4 vezes maior que na primeira onda
Um recorde quem vem sendo batido nas últimas semanas tem deixados as autoridades sanitárias preocupadas em Salvador: o número de pacientes na fila de regulação está 4 vezes maior do que na primeira onda da pandemia. No domingo (14), as equipes conseguiram regular 103 pacientes com covid-19 das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para hospitais. Um número nunca visto desde que a pandemia começou, em março de 2020. Porém, nesta segunda (15), outras 137 pessoas amanheceram na fila aguardando por uma transferência. Mais um recorde.
Nesta segunda, durante a apresentação da Operação Chuva, o prefeito Bruno Reis comentou o cenário. “Nós regulamos, nas últimas 24h, 103 pacientes e, mesmo assim, amanhecemos com 137 pacientes aguardando regulação. Estamos falando de 240 pessoas. Esse é o recorde de toda a história da pandemia em Salvador. No ano passado, no pior momento da crise, esses números somados não passavam de 65 pessoas. Nós estamos em 240. Isso é quatro vezes mais”, afirmou Bruno Reis.
A maior demanda é por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Dos 137 pacientes aguardando por regulação, 77 deles são pessoas adultas e três crianças à espera de uma UTI. Outros 53 adultos e quatro crianças precisam de uma acomodação na enfermaria. Os números surpreenderam até quem está habituado com o sistema.
Bruno Reis citou que a prefeitura tem 28 estruturas para atendimento a pacientes com covid-19, e voltou a afirmar que a abertura de novos leitos é o que tem evitado que o sistema de saúde entre em colapso, mas que a prefeitura está no limite e precisa contar com o apoio da população.
“Só abrir leitos não vai resolver o problema. É como se estivéssemos em uma tempestade tentando conter o alagamento com baldes, não será suficiente. Só vamos conseguir conter o avanço da pandemia se a gente conseguir parar de transmitir o vírus. Se as pessoas que estão com covid ficarem em casa não vão passar para ninguém, e quem está sem covid ficar em casa não terá o risco de contrair a doença”, disse.
Escalada
Os números estão crescendo desde o início de março. No primeiro dia eram 90 pacientes aguardando regulação nas UPAs. No dia seguiram, eram96 pessoas. No terceiro dia, 107 pacientes, e no quarto dia 117. Na quinta-feira (11), o número alcançou 129 pessoas, e se repetiu no dia seguinte. O secretário municipal de Saúde, Léo Prates, contou que o município tem adotado algumas estratégias para tentar evitar o caos.
“Estamos trabalhando com três manobras. Uma é a regulação dos próprios pacientes com coronavírus. A segunda, é o giro interno dentro das unidades. Tenho duas unidades que são problema em termo de pressão, as UPAs de Pirajá e dos Barris, então, seria retirar [a demanda] delas e passar para outras. A terceira manobra que estamos utilizando é tentarmos regular mais pacientes de UTI geral para possibilitar que a UPA fique vazia”, afirmou o secretário.
Ele citou outras duas manobras. Primeiro, a decisão de transformar quatro Unidades de Saúde Básica (UBS) em espaços para atendimento de pacientes com covid com quadro de saúde de menor gravidade. Isso aconteceu nas UBSs de Pirajá e Itapuã, que já estão em funcionamento, e do Imbuí e IAPI, que começaram a operar nesta segunda (15).
A segunda estratégia é deixar nove ambulâncias com equipes preparadas, quatro em Pirajá e cinco na UPA dos Barris, pra garantir leito de passagem, em caso de superlotação das unidades, até que surja uma vaga.