A Bahia registrou 80 mortes e 2.916 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) neste domingo (14). No mesmo período, 3.356 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Apesar das 80 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados neste domingo.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 13.239, representando uma letalidade de 1,78%.

Dos 743.064 casos confirmados desde o início da pandemia, 709.351 já são considerados recuperados, 20.474 encontram-se ativos.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h deste domingo, 495 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 255 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, vai deixar o comando da pasta nos próximos dias. A informação é do jornal "O Globo", junto à fontes do Planalto. O ministro teria comunicado ao presidente, Jair Bolsonaro, que estaria com problemas de saúde e que vai precisar de mais tempo para se reabilitar.

Pressionado pelos parlamentares do Centrão, a provável saída do ministro coincide com o auge dos pedidos de mudança no comando da pasta sob a justificativa de má gestão durante a pandemia da covid-19 no país.

Os prováveis substitutos de Pazuello na saúde são os médicos cardiologistas Ludhmilla Abrahão Haijar e Marcelo Queiroga, este último presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Além desses dois nomes, o deputado federal Dr. Luizinho, do PP, também teria sido indicado ao cargo.

A mudança no ministério da Saúde seria estratégica para o bloco do Centrão, já que segundo deputados deste grupo, com a volta de Lula ao cenário eleitoral, o Centrão ganha mais força para pleitear espaços na administração pública.

Nome forte, Ludhmila Abrahão Hajjar representaria mudança significativa

De acordo com a analista política Andreia Sadi, o nome de Ludhmila Abrahão Hajjar é o preferido de parlamentares e conta com apoio em diversos partidos e ainda teria interlocução no STF. Ela é professora da Associação de Cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, diretora da Sociedade Brasileira de Cardiologia, coordenadora de cardio-oncologia do InCor, e participa de atividades assistenciais, de ensino e pesquisa.

Em 2020, ela fez parte da comissão que se reuniu com presidente Jair Bolsonaro para discutir o uso da cloroquina. O grupo falou ao presidente sobre a falta de evidência da droga. Ela já afirmou em entrevistas que “cloroquina não é vacina”, e que não existe tratamento padrão para a Covid, além de ter afirmado que a melhor estratégia para evitar transmissão seria intensificar as medidas de isolamento.

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A Bahia registrou 101 mortes e 5.124 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta sexta (12). No mesmo período, 4.363 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%).

O registro de mortes do boletim desta sexta mantém a tendência de alta desde o final de fevereiro, trazendo mais de 100 óbitos por coronavírus por dia.

Apesar das 101 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta sexta. Os números também representam o crescimento de casos graves no estado, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs.

Das 101 mortes, 98 ocorreram em 2021. Levando em conta apenas os boletins desta semana, a partir de segunda-feira (8), é possível afirmar que pelo menos 315 pessoas morreram na Bahia desde a última sexta (5) até esta sexta (12) vítima de covid-19. Número que tende a crescer se ampliado o leque de boletins analisados, e que ainda deve contar com atualizações futuras.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 13.062, representando uma letalidade de 1,78%.

Dos 735.666 casos confirmados desde o início da pandemia, 701.553 já são considerados recuperados, 21.051 encontram-se ativos.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h desta sexta-feira, 513 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 219 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a demonstrar preocupação com o quadro da pandemia no Brasil, cobrando medidas "sérias" e "clareza" de autoridades e todos os envolvidos para enfrentar o problema. "A situação no Brasil certamente tem piorado, com incidência muito alta de casos e aumento das mortes pelo país, bem como uma elevação muito rápida na ocupação de UTIs e muitas áreas pelo país vendo lotar os leitos de UTIs", afirmou o diretor executivo da entidade, Michael Ryan, durante entrevista coletiva virtual.

Ryan lembrou que em várias áreas do país os sistemas de saúde estão "bastante pressionados", notando também o aumento das porcentagens de testes positivos para a doença.

Ele comentou o risco que isso representa, não apenas para as fronteiras nacionais. "O que acontece no Brasil importa, e importa globalmente."

A OMS notou que, caso o quadro na emergência de saúde continue a piorar no país, isso terá impacto em outras nações da região. "Certamente gostaríamos de ver o Brasil indo em direção diferente, mas será necessário um grande esforço para isso", disse Ryan, completando que vê o sistema de saúde local "consideravelmente pressionado".

Segundo ele, muitos países nas Américas se movem agora "em direção positiva" na pandemia, mas "não o Brasil".

"Não tenho dúvida de que a ciência e o povo brasileiros podem contornar essa situação. A questão é: eles podem conseguir o apoio de que necessitam para fazer isso?", questionou ainda Ryan

Preocupação com cepa

A epidemiologista responsável pela resposta da OMS à pandemia de covid-19, Maria Van Kerkhove, lembrou do fato de que uma cepa do vírus, a P.1, localizada inicialmente em Manaus, é "fonte de preocupação" e circula pelo País.

Segundo ela, a variante parece transmitir mais e há a sugestão segundo algumas pesquisas de que ela pode ser "mais severa". Kerkhove disse que uma cepa mais contagiosa tende a colocar mais pressão sobre o sistema de saúde, mas notou que ainda assim o vírus "pode ainda ser controlado", com medidas de saúde pública como máscaras, distanciamento social e lavagem de mãos.

Ela lembrou também que o diagnóstico do vírus continua a funcionar diante dessas novas cepas. Kerhove disse que as variantes devem continuar a surgir, por isso a entidade tem um sistema de monitoramento com a finalidade de monitorá-las.

Medidas sérias

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus também comentou o quadro. Ele disse já ter visitado várias vezes e mencionou a capilaridade do sistema de saúde nacional, baseado nas comunidades. Ele comentou que "pensava que o sistema de saúde no Brasil poderia se sair melhor" na pandemia, dizendo estar "realmente intrigado" com o caso brasileiro. "A situação no Brasil nos deixa bastante preocupados, não apenas com a alta nos casos, mas também das mortes", ressaltou.

Segundo ele, para conter o problema é necessária a adoção de "medidas sociais muito sérias" e também "uma mensagem clara" das autoridades sobre a situação e as medidas e também para fazer valê-las. "A situação no Brasil está ficando muito séria e, começando do governo, todas as partes devem levá-la a sério", recomendou.

Tedros lembrou ainda na coletiva que, quando mais o vírus circular, maior a chance de que surjam cepas capazes de tornar a proteção das vacinas menos eficaz.

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O Ministério da Saúde assinou, hoje (12), um contrato para receber 10 milhões de doses da vacina Sputnik V que serão importadas da Rússia pelo laboratório brasileiro União Química. O cronograma de entregas apresentado pelo laboratório prevê inicialmente a chegada ao Brasil de 400 mil doses até o final de abril, 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões ao cabo junho.

“Chegamos a um bom entendimento para receber a Sputnik V, iniciado em ainda em agosto de 2020, quando a Rússia aprovou o uso desse imunizante para seus cidadãos. Aprofundamos essas negociações já no mês seguinte e agora temos mais um reforço para salvar vidas e fortalecer nosso Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 (PNO)”, disse o Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.

A farmacêutica também informou ao ministério que pretende fabricar a substância em plantas que possui em São Paulo e no Distrito Federal para atender a demanda nacional, possibilidade que será avaliada pelo MS nas próximas semanas e que poderá levar à concretização de outro acordo comercial. “Agora, para que possamos efetivamente aplicar a Sputnik V em nossa população e realizar os pagamentos após cada entrega de doses dessa vacina, só necessitamos que a União Química providencie com a Anvisa, o quanto antes, a autorização para uso emergencial e temporário", lembrou.

A Sputnik V ainda não tem aprovação para uso no Brasil. Por enquanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas de Oxford/AstraZeneca e a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A Pfizer/BioNTech, das farmacêuticas da Alemanha e dos Estados Unidos, foi aprovada em caráter definitivo.

Eficácia
A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados na revista científica "The Lancet", uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.

A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.

Cronograma
400 mil doses até o final de abril
2 milhões no fim de maio
7,6 milhões em junho

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Com apenas seis dias da sua reabertura, o hospital de campanha da Arena Fonte Nova já registra 97% de ocupação em seus leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os dados são desta quarta-feira (10).

A unidade, que foi inaugurada em junho do ano passado e desativada em outubro após um controle no avanço da pandemia, precisou ser reabertura na última quinta-feira (4) para tratamento de pacientes com covid-19.

Nessa fase inicial de reabertura, a unidade disponibilizou 30 leitos de UTI e 20 leitos clínicos. A unidade especializada em casos mais graves já está com 29 pacientes, o que representa 97% da ocupação, enquanto a outra possui 18 internados, chegando a 90% de ocupação, segundo dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

Dos pacientes que estão internados na UTI, seis precisam de suporte de ventilação mecânica.

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O presidente Jair Bolsonaro vai sancionar, nesta quarta-feira (10), o projeto elaborada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que autoriza a compra de vacinas contra a covid-19 pelos municípios, pelos estados e pelo setor privado. A informação é do blog do jornalista Lauro Jardim, de "O Globo".

As vacinas que poderão ser compradas serão aquelas que já estão registradas no país ou possuem autorização temporária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A ação de Bolsonaro vem um dias após Rodrigo Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira, enviarem um ofício ao Planalto cobrando explicações sobre o calendário de vacinação. Ambos foram convidados pelo presidente para participarem do ato de assinatura na tarde de hoje.

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As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão levando até cinco horas para encontrar um hospital para pacientes que têm plano de saúde, em Salvador. Com unidades da rede privada lotadas, algumas com 100% de ocupação nos leitos de UTI Covid-19, muitos pacientes recorrem ao serviço público. Segundo o secretário municipal de Saúde, Leo Prates, a situação do setor público, que já estava pressionado, piorou com a demanda de pacientes da rede privada. Ontem, a taxa de ocupação dos leitos públicos estava em 85%.

Em entrevista à TV Bahia, Leo Prates afirmou que, pela primeira vez na história de Salvador, a prefeitura tem que dar apoio ao setor privado. “A gente esticou o sistema de saúde e, mesmo assim, continua pressionado. Nunca vivemos a rede privada em pré-colapso, sem receber pacientes, o que agrava a situação das nossas Upas”, afirmou o titular da SMS.

Embora não concorde com afirmação de que a rede particular esteja em pré-colapso, Mauro Adan, presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (Ahseb), confirmou que há lotação. “Os hospitais privados da Bahia estão com taxa de ocupação muito elevada. Os casos têm aumentado muito, além das urgências e traumas que precisam ser atendidas. Mas estamos conseguindo honrar nossos compromissos”, afirmou.

Mauro também afirmou que não há recomendações na rede privada para que as pessoas com plano de saúde procurem o setor público. “As pessoas que têm planto não estão excluídas do SUS, ou seja, elas também têm direito ao serviço público. O nosso sistema é suplementar. Mas quem tem planto tem sido atendido”, acrescentou.

Pacientes
A aposentada Zoraide Mendes, 81 anos, mesmo com o pagamento do plano de saúde em dia, passou por um sufoco. Com sintomas e teste positivo realizado numa clínica privada, ela foi direto ao Hospital da Bahia para conseguir atendimento médico. “O rapaz do guichê disse que não atendia mais covid-19, pois estava tudo lotado. Nem da emergência eu passei. Se tivesse que morrer, morreria lá”, lembra a idosa, que teve ânsia de vômito, falta de apetite, garganta inflamada e febre.

Com a recusa no atendimento, ela voltou para casa e decidiu com a família ser acompanhada à distância por profissionais da saúde que já a conheciam. “Minha filha tem uma amiga que é médica, eu tenho uma sobrinha que é casada com um urologista e o meu cardiologista ficou muito preocupado comigo. Todos eles me ajudaram e, graças a Deus, eu fui mais forte que esse vírus”, acrescentou a idosa, que acredita que a situação não foi mais séria porque ela tomou a primeira dose da vacina no mês passado e aguarda se recuperar para tomar a segunda.

Mesmo com problemas renais e com a idade que lhe coloca no grupo de risco, dona Zoraide não procurou a rede pública. Mas o coordenador do Samu, Ivan Paiva, conta que o número de pacientes que têm plano mas precisou procurar uma unidade pública na hora do aperto cresceu na capital nos últimos 30 dias.

“A gente já tem, mais ou menos, um mês com essa demanda, e isso tem sido progressivo. O Samu sempre atendeu pacientes com planos de saúde, como por exemplo, em situações de infarto ou AVC, sempre foi rotina fazer esse atendimento, mas regulando o paciente para hospitais da rede privada. Agora, devido à indisponibilidade, estamos tendo que alocar esses pacientes no SUS”, afirma Paiva.

Quando a pessoa tem plano de saúde, a prioridade do Samu é encontrar uma vaga na rede particular, para que não seja preciso ocupar um leito público. “Às vezes, isso leva 4 ou 5 horas. A gente mantém esse atendimento na tentativa de buscar esse leito antes de alocar no público, mas não conseguindo e essa ambulância sendo necessária para outro atendimento, deixamos no leito SUS, para liberar a ambulância”, diz.

Paiva afirma que a rede privada tem feito esforços para criar novos leitos, mas que a demanda está acima da capacidade. Anteontem, as ambulâncias do Samu fizeram 80 transferências. Foi um recorde para um único dia. Ele voltou a dizer que a situação está crítica, e a pediu para que a população se protegesse.

Hospitais particulares
O presidente da Ahseb diz que os casos de pacientes que tiveram dificuldade para achar vaga na rede privada são pontuais e pediu que a população colabore não espalhando o vírus. “A taxa de ocupação está elevada. Os hospitais estão cheios. Não estou dizendo que tenha hospital vazio e que esteja fácil. A população precisa entender as recomendações das autoridades de saúde para evitar a transmissão do vírus”.

O Hospital da Bahia, onde dona Zoraide buscou atendimento, disse que a unidade não está “recusando pacientes” que precisam de internação. “A internação é constatada no atendimento médico. Se por ventura o paciente foi lá, não conseguiu atendimento (em algum momento pontual) e foi recomendado que procurasse outro hospital, é justamente visando o bem do paciente, que terá atendimento imediato em uma unidade que tenha vaga”, disse o hospital, em nota.

O Hospital da Bahia também disse que abriu mais 30 leitos de UTI há uma semana e, mesmo assim, se encontra com 100% de ocupação de leitos Covid. “Quando a demanda aumenta muito, temos pontualmente que restringir atendimentos em determinados momentos”, acrescenta a nota.

Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed-BA), a cirurgiã plástica Ana Rita de Luna confirma que tem chegado relatos na associação da lotação nas unidades privadas. “Infelizmente, os nossos colegas relatam que vários hospitais da rede privada estão quase com uma exaustão no número de leitos de covid-19. Eles estão transformando enfermarias e leitos cirúrgicos em UTIs”, disse.

Mesmo com o cenário caótico, ela explica que os profissionais preferem trabalhar na rede privada do que na pública pela estabilidade no salário. “No SUS há o fenômeno do atraso e calote, o que desestimula o médico a arriscar sua própria vida. Na rede privada, isso não está acontecendo. O que chega é a notícia de exaustão de leitos e recursos de materiais hospitalares, por a demanda estar alta”, conclui.

Rede Pública
O gripário que fica ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Barris amanheceu ontem com os 20 leitos de enfermaria e as quatro salas vermelhas (similares a leitos de UTI) lotadas. No decorrer da manhã, oito pacientes foram transferidos, mas ao menos outros 20 aguardavam atendimento do lado de fora.

Um dos funcionários contou que tem sido recorrente a presença de pessoas com plano de saúde na unidade. “É porque alguns planos só estão fazendo o teste para covid-19 depois de oito dias do aparecimento dos sintomas. Então, o paciente tem a consulta, recebe as orientações, mas não faz o teste. Por isso, eles acabam procurando a gente, porque sabe que aqui o teste será feito logo”, disse o homem, que não quis ser identificado.

Ele contou também que, na semana passada, se surpreendeu com um paciente que estava internado no gripário. “Ele tinha plano de saúde da Petrobras, ou seja, aceita em vários lugares. Mas quando ele precisou, os hospitais estavam todos lotados”, disse.

Além do gripário, a prefeitura construiu uma tenda com mais dez leitos de UTI ao lado da UPA, mas todos eles também estão ocupados. O coordenador médico da UPA e do Gripário dos Barris, Abevailton Silva, disse que a unidade está atendendo cerca de 200 pacientes por dia. Ele agradeceu ao esforço das equipes de saúde para agilizar os atendimentos e transferências, e contou que a demanda está alta.

“Em razão de nossa estrutura ficar no centro da cidade, a procura é muito grande. Naturalmente, nesse maior contingente de pacientes teremos uma parcela mais expressiva que precisará de atendimento mais intensivo. Nos quatro leitos para pacientes críticos [sala vermelha] chegamos a transferir 12 pessoas em 36 horas. Isso significa que, em cada 36h, conseguimos atender pelo menos 3 pessoas em cada leito”, afirmou.

O auxiliar de produção Luís Henrique Damião Santos, 30, foi um dos pacientes atendidos na unidade. Na quinta-feira (4), deu entrada com falta de ar, cansaço, dor de cabeça e febre. O resultado saiu ontem: negativo para covid-19. Ele disse que, mesmo assim, foi orientado a fazer um novo teste.
“Eu tomei os cuidados recomendados, mas precisava sair para trabalhar. Como uso o transporte público, acredito que devo ter pegado no caminho para o trabalho. As pessoas precisam levar isso a sério. A pior sensação da vida é você procurar ar para respirar e não encontrar. Eu não desejo isso a ninguém”, disse.

O pai dele, o auxiliar administrativo Eduardo Damião Santos, 62, contou que na quinta, quando estiveram pela primeira vez na unidade, a demanda estava alta. “O pátio estava cheio de pacientes. A gente chegou 8h e saímos daqui às 17h”, disse.

Taxa de ocupação dos hospitais particulares de Salvador
Hospital da Bahia: 100%
Hospital Santa Izabel: 100%
Hospital Aeropoto: 100%
Hospital Jorge Valente:
Leitos de UTI Adulto - 100%
Leitos clínicos Adulto - 90%
Leitos de UTI pediátricos - 0% (estão vagos)
Leitos clínicos pediátricos - 0% (estão vagos)
Os hospitais Teresa de Lisieux, Português, Aliança, Cardiopulmonar e São Rafael não divulgaram a taxa de ocupação.

Hospitais públicos de Salvador com 100% de ocupação às 19h de terça (9)*
Hospital Português (leitos SUS)
Maternidade Professor Jose Maria De Magalhaes Neto
Hospital Municipal De Salvador (HMS)

*De acordo com a Sesab

Tira Dúvidas dos Planos de Saúde na pandemia
Tenho direito a fazer os testes?
Tem direito ao teste os convênios com segmentações ambulatorial, hospitalar e referência. Desde março de 2020, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a cobertura obrigatória dos planos de saúde nos testes, mas apenas após solicitação do médico. Em agosto do mesmo ano, deixou de ter a obrigatoriedade da solicitação do médico para casos específicos, como pacientes cuja prescrição tem finalidade de retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com casos confirmados, além de testes rápidos e verificação de imunidade pós-vacinal. Caso o plano não indique um lugar, pode ser feito o teste e depois solicitar o reembolso.

Como marcar exame clínico?
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que todos os planos de saúde priorizem os atendimentos relacionados ao coronavírus. Durante a pandemia e com a necessidade do isolamento social, pacientes menos graves podem fazer consulta por meio de telessaúde, ou telemedicina, com a utilização da rede assistencial, da mesma forma que seriam realizadas no sistema presencial em consultórios e clínicas. Contudo, a operadora do plano não é obrigada a escolher o médico da preferência do cliente. Além do primeiro atendimento, o paciente terá um acompanhamento até o fim da quarentena. Os exames solicitados pelo médico também terão a cobertura do plano, incluindo os testes de covid-19. Caso o paciente precise de atendimento presencial, é preciso marcar a consulta com seu plano, que vai direciona-lo para o médico, dependendo da demanda do profissional. Não se aplica aos casos que exijam atendimento emergencial.

Há garantia que serei internado no hospital particular?
Enquanto tiver vaga no hospital que o plano cobre, sim. Contudo, não é garantido, principalmente se houver um colapso na rede particular de saúde. Caso necessite de atendimento imediato por conta da covid-19 e o hospital não tenha mais leitos de UTI disponíveis, procure seu plano para orienta-lo. A ANS recomenda que o beneficiário sempre busque orientações junto à operadora do seu plano de saúde. Na hipótese de não haver disponibilidade de prestador (ou leito) integrante da rede assistencial que ofereça o serviço, a operadora deverá garantir o atendimento em prestador não integrante da rede assistencial no mesmo município. Caso o beneficiário seja obrigado a pagar os custos do atendimento, o reembolso será efetuado nos limites estabelecidos no contrato.

Meu plano pode reajustar valores?
a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) congelou os preços em 2020, por conta da pandemia. Porém, os planos puderam fazer reajustes este ano e pesou no bolso, pois a cobrança foi retroativa e parcelada durante 12 meses, acrescendo cerca de 5% a mais no boleto. No total, o aumento pode chegar a 35%, em meio à crise financeira e pandemia. A Defensoria Pública da União (DPU) recomendou à ANS a suspensão dos reajustes dos planos de saúde em 2021, além das cobranças retroativas.

Em caso de inadimplência durante atendimento, o plano pode interromper o tratamento?
A lei que regula os planos de saúde proíbe qualquer interrupção de tratamento por inadimplência durante uma internação hospitalar, ou "o não-pagamento da mensalidade por período superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos últimos doze meses de vigência do contrato, desde que o consumidor seja comprovadamente notificado até o quinquagésimo dia de inadimplência", diz a lei.

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A Bahia registrou 103 mortes e 4.650 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta terça (9). No mesmo período,4.872 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

O registro de mortes do boletim desta terça mantém a tendência de alta desde o final de fevereiro, trazendo mais de 100 óbitos por coronavírus por dia.

Apesar das 103 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta terça.

Os números também representam o crescimento de casos graves no estado, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. Das 102 mortes, 100 ocorreram em 2021. Levando em conta apenas os boletins de hoje e de segunda-feira (8) é possível afirmar que pelo menos 129 pessoas morreram na Bahia entre sexta (5) e esta terça (9) vítima de covid-19.

Com as mortes registradas nesta terça, o número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 12.735, representando uma letalidade de 1,77%.

Dos 720.068 casos confirmados desde o início da pandemia, 688.301 já são considerados recuperados, 19.032 encontram-se ativos.

Situação da regulação de COVID-19

Às 15h desta terça-feira, 446 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 175 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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A Bahia registrou 1.413 novos casos da Covid-19 nas últimas 24h, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (8) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). De acordo com a Sesab, 102 óbitos foram contabilizados.

Apesar de terem sido registrados no boletim desta segunda, as mortes aconteceram em datas diversas. Na Bahia, 12.632 pessoas morreram vítimas da doença, desde o início da pandemia.

Segundo o levantamento, no mês de março, o dia com o maior número de óbitos foi sábado (6), com 21 mortes contabilizadas. [Veja o levantamento abaixo]

De acordo com o boletim, 715.418 casos de Covid-19 foram registrados desde o início da pandemia no estado. A Sesab informou ainda que o número de casos ativos na Bahia é de 19.357.

Ao todo, 43.712 profissionais da saúde foram diagnosticados com a doença.

O boletim informa também o número de vacinados na Bahia. Segundo a Sesab, 558.858 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, dos quais 172.854 receberam também a segunda dose até as 15h desta segunda.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta segunda.

O boletim completo pode ser acessado no site da Sesab e por uma plataforma disponibilizada pela secretaria.

Leitos Covid-19
De acordo com o boletim desta segunda, dos 2.375 leitos ativos na Bahia, 1.832 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 77%.

Desses leitos, 1.175 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 86% (1.015 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 72%, com 26 das 36 unidades em utilização.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 68% da ocupação, e a pediátrica tem ocupação de 73%

Na capital baiana, dos 1.179 leitos ativos, 1.003 estão com pacientes internados. A taxa de ocupação geral é de 85%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 85% e a pediátrica de 70%.

Os leitos clínicos para adulto estão com ocupação de 86%. Já nos leitos pediátricos, a ocupação é de 84%.

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