Bahia registra 39 mortes e 3.357 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
A Bahia registrou 39 mortes e 3.357 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta sexta-feira (5). No mesmo período, 3.068 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).
Dos 602.792 casos confirmados desde o início da pandemia, 579.215 já são considerados recuperados e 13.283 encontram-se ativos.Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,85%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.042,84), Itororó (10.401,33), Itabuna (9.557,60), Muniz Ferreira (9.296,69) e Conceição do Coité (9.041,91).
Na Bahia, 40.464 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 39 óbitos que ocorreram em diversas datas. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.294, representando uma letalidade de 1,71%.
Fabricante da ivermectina aponta ineficácia de vermífugo contra a covid-19
A farmacêutica Merck, responsável pela produção do vermífugo ivermectina — medicamento integrante do "kit-covid" do Governo Federal — informou que não há dados disponíveis que sustentem a eficácia do remédio contra a covid-19.
"Não acreditamos que os dados disponíveis sustentem a segurança e a eficácia da ivermectina além das doses e dos grupos indicados nas informações de prescrição aprovadas por agências regulatórias", afirma o comunicado.
A empresa se baseia em três pontos chaves que justificam a não-eficácia da medicação: não há base científica para potenciais efeitos terapêuticos contra a doença em estudos pré-clínicos; não há evidência significativa para atividade clínica em pacientes contaminados e a preocupante ausência de dados sobre segurança da substância em grande parte dos estudos.
Em julho do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou que o vermífugo não tinha comprovação científica de eficácia. Apesar disso, a ivermectina seguiu no "kit-covid", além de ser indicada diretamente pelo Ministério da Saúde através de um aplicativo.
Coronavírus: 10 casos da variante de Manaus são identificados na Bahia
Dez casos da variante do coronavírus (P.1) presente em Manaus foram identificados na Bahia pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). Ao todo, 32 amostras de pessoas que estiveram no Amazonas foram analisadas geneticamente.
"As amostras foram coletadas nos últimos dias e a investigação preliminar da vigilância epidemiológica aponta a maioria dos pacientes estavam de férias e passaram pelos municípios de Salvador, Irecê e João Dourado, todos com residência na região amazônica", afirma o secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas.
Segundo a diretora geral do Lacen-BA, Arabela Leal, “os outros 22 genomas sequenciados não são da variante de Manaus, nem do Reino Unido ou África do Sul. Elas já eram circulantes no estado e foram coletadas de pacientes com sintomas clínicos característicos da Covid-19”, explica.
A P.1 é derivada de uma das variantes predominantes no País, a B.1.1.28. O potencial de transmissão dela pode ser maior por causa da mutação N501Y, presente nas variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul.
A faixa etária dos pacientes diagnosticados com a variante P.1 vai de 7 a 66 anos, sendo sete pessoas do sexo masculino e três feminino. As amostras que testaram positivo para a variante de Manaus foram coletadas em unidade públicas e privadas, sendo, respectivamente, sete e três.
Para o secretário da Saúde, a forma mais eficaz de se combater o coronavírus é acelerar a vacinação. "Somos os segundo estado do Brasil em número de doses aplicadas, com mais de 254 mil baianos imunizados. Porém, o Ministério da Saúde precisa enviar mais doses, pois somente o grupo prioritário perfaz mais de 5 milhões de pessoas na Bahia", avalia.
Bahia registra 39 mortes e 3.295 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
A Bahia registrou 39 mortes e 3.295 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta-feira (4). No mesmo período, 2.961 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%). Dos 599.435 casos confirmados desde o início da pandemia, 576.147 já são considerados recuperados e 13.033 encontram-se ativos.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,86%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (11.912,23), Itororó (10.313,02), Itabuna (9.498,98), Muniz Ferreira (9.283,21) e Conceição do Coité (9.023,90). Na Bahia, 40.346 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 39 óbitos que ocorreram em diversas datas. De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.255, representando uma letalidade de 1,71%.
Vacina de Oxford pode reduzir transmissão do coronavírus em 67%, diz estudo
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca pode ajudar a reduzir a transmissão do vírus. Segundo estudo preliminar, a redução é de 67% nos testes positivos.
A eficácia do imunizante pode chegar a 82,4% se o intervalo entre as duas doses for de 12 semanas ou mais, revela estudo publicado ontem. O imunizante tem autorização para uso emergencial no Brasil e é produzido e distribuído nacionalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O artigo, assinado por pesquisadores britânicos, brasileiros e sul-africanos, foi colocado na plataforma de pré-publicação da revista The Lancet e ainda precisa passar pela revisão de outros cientistas. Análise inicial divulgada em novembro apontou uma eficácia de 62% quando aplicadas duas doses completas com intervalos variados entre elas. Posteriormente, executivos da AstraZeneca e pesquisadores haviam declarado que o índice poderia ser mais alto, se o intervalo entre as duas doses fosse ampliado, mas os dados detalhados ainda não haviam sido publicados em uma revista científica.
O estudo, divulgado ontem, mostra ainda que a eficácia do imunizante após 22 dias da aplicação de apenas uma dose chega a 76% - fortalecendo uma estratégia já adotada por alguns países, como o Reino Unido, de usar as doses disponíveis para vacinar o maior número possível de pessoas e adiar ao máximo a segunda dose. O nível de proteção permanece até 90 dias após a primeira dose, período em que o reforço deve ser aplicado.
A Fiocruz já havia defendido a aplicação de dose única pelo menos em um primeiro momento como forma de acelerar o porcentual de pessoas protegidas contra a doença. Por enquanto, somente 2 milhões de doses do imunizante de Oxford foram distribuídas no Brasil. A Fiocruz promete produzir 100 milhões de unidades no primeiro semestre, mas sofre com atraso na entrega dos insumos vindos da China.
Voluntários
No artigo, os pesquisadores detalharam que foram considerados para a nova análise resultados de três braços do estudo, com um total de 17.177 voluntários, distribuídos entre Reino Unido (8 948), Brasil (6.753) e África do Sul (1.476). Foram registrados entre os participantes 332 casos confirmados de covid-19, dos quais 248 ocorreram no grupo que recebeu o placebo e 84, no grupo vacinado, o que representa uma eficácia média de 66,7% (o número inclui tanto os voluntários que receberam o esquema de duas doses completas quanto os que receberam meia dose seguida de uma dose).
Quando analisado somente o grupo que recebeu duas doses completas com intervalo de 12 semanas ou mais, foram registradas 53 infecções por covid, das quais 45 entre os voluntários que receberam o placebo e apenas 8 no grupo que recebeu o imunizante, resultando na eficácia de 82,4%.
Proteção
O estudo também mostrou que o imunizante confere proteção contra casos graves da doença. Foram registradas 24 hospitalizações entre os voluntários, das quais somente duas ocorreram no grupo vacinado, ambas entre participantes que haviam tomado apenas uma dose há menos de 22 dias. Quando analisadas as internações ocorridas após duas doses ou 22 dias após a primeira dose, não houve nenhum caso grave entre os vacinados.
Com os novos dados, os pesquisadores afirmam que os programas de vacinação com o imunizante de Oxford/AstraZeneca que tem o objetivo de vacinar uma grande parcela da população com uma única dose e com a segunda dose administrada após três meses são "uma estratégia eficaz para reduzir a doença" e podem ser a opção ideal enquanto os insumos forem limitados. A Fundação Oswaldo Cruz enviou na sexta-feira à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido para registro definitivo da vacina, o que permitiria ampliar estratégias e utilização.
Até 14 milhões de doses este mês
A Covax Facility, uma iniciativa implementada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a distribuição igualitária de vacinas contra a covid-19 entre os países, informou o Ministério da Saúde que deve enviar ao Brasil entre 10 milhões e 14 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela AstraZeneca/Universidade de Oxford ainda neste mês. Hoje, estão disponíveis essa vacina e a da Coronavac no País.
A Covax Facility pretende distribuir 1,8 bilhão de doses em 2021 para 92 países pobres. Pelo menos 90 milhões de pessoas já foram vacinadas em todo o mundo, conforme os dados oficiais divulgados até agora. Na África Subsaariana, porém, foram apenas 25 imunizados que receberam doses fora dos programas de ensaios clínicos das vacinas, de acordo com as informações da OMS.
Segundo a Fiocruz, a vacina Oxford/AstraZeneca já teve uso autorizado pelas agências regulatórias da União Europeia, da Índia, do Reino Unido e do Brasil, e mais de 5 milhões de pessoas já foram vacinadas em todo o mundo. A Fiocruz ainda espera ofertar 20 milhões de doses da vacina de Oxford em março. E já recebeu 2 milhões de doses do imunizante que foram importadas diretamente da Índia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Bahia registra 3.645 novos casos de covid-19 e o maior número de mortes no ano
A Bahia registrou 35 mortes e 3.645 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta-feira (28). Esse é maior número de mortes registrado pela Sesab em um boletim diário em 2021.
Apesar da alta, vale lembrar que os óbitos ocorreram em diversas datas. No caso das 35 mortes do boletim desta quinta, apenas duas aconteceram na quarta (27), número que ainda pode aumentar futuramente. Enquanto setes dos óbitos computados no boletim de hoje, ocorreram em dezembro de 2020. De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios ou acúmulo de casos se deve ao aprofundamento das investigações epidemiológicas.
Também nas últimas 24 horas, 3.343 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%).Dos 577.707 casos confirmados desde o início da pandemia, 556.354 já são considerados recuperados e 11.366 encontram-se ativos.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,97%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (11.579,15), Itororó (9.807,67), Itabuna (9.041,24), Muniz Ferreira (9.013,74) e Conceição do Coite (8.858,76).
Na Bahia, 39.706 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Bahia registra 32 mortes e 3.970 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
A Bahia registrou 32 mortes e 3.970 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (27). No mesmo período, 3.307 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%). Dos 574.062 casos confirmados desde o início da pandemia, 553.011 já são considerados recuperados e 11.099 encontram-se ativos.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,97%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (11.513,85), Itororó (9.773,33), Itabuna (8.998,09), Muniz Ferreira (8.973,32), Conceição do Coité (8.857,26). Na Bahia, 39.586 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 32 óbitos que ocorreram em diversas datas. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.952, representando uma letalidade de 1,73%.
Cientistas brasileiros descobrem infecção simultânea por dois tipos de coronavírus
Cientistas do do Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), e do Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS), descobriram que dois jovens adultos do Rio Grande do Sul se tornaram os primeiros casos de pessoas infectadas simultaneamente por duas cepas diferentes do coronavírus.
Uma das linhagens do Sars-CoV-2 presentes nos dois casos é a P2, originada no Rio de Janeiro. Ela possui a temida mutação E484K, que dá ao vírus a capacidade de escapar do ataque de anticorpos, dando em teses a possibilidade de redução da eficácia das vacinas. De acordo com os cientistas, a descoberta evidencia a grande circulação do vírus da covid-19 e aumenta a urgência de vacinar o maior número de pessoas possível.
"A co-infecção mostra que há a possibilidade de recombinação de genomas do vírus. Esse mecanismo está na base da geração de novos coronavírus na natureza. Possivelmente, foi assim que o Sars-CoV-2 passou de morcegos para o ser humano. Esses casos do Sul mostram que a evolução do Sars-CoV-2 pode estar acelerando e são mais um sinal de alerta", diz o virologista Fernando Spilki, coordenador do estudo, ao jornal O Globo.
A co-infecção pelo coronavírus está entre as linhas de investigação propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) neste mês numa reunião com especialistas de 134 países. Ela acontece quando uma mesma pessoa contrai dois tipos de vírus diferentes em um mesmo episódio, ou em um curto espaço de tempo.
"A geração de novas linhagens em pouco tempo é preocupante e a co-infecção abre caminho para que essas linhagens se combinem em pessoas infectadas. A recombinação é um processo conhecido em vírus, uma forma de evoluir e se adaptar. As pessoas com Covid-19, mesmo que branda, precisam saber que realmente precisam se resguardar", complementa Spilki.
Surto de superfungo no Hospital da Bahia afeta 11 pacientes internados na unidade
Um surto de Candida auris, superfungo que foi identificado no Brasil em dezembro do ano passado, atingiu o Hospital da Bahia, onde 11 pacientes foram diagnosticados com a infecção por esse microorganismo, que é resistente à maioria dos tratamentos existentes. Ainda não existe relato de doentes contaminados em outros locais do país, segundo informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A confirmação dos casos no Hospital da Bahia foi feita pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que liderou a investigação na unidade de saúde, onde foi identificada a primeira infecção, tornada pública em 7 de dezembro de 2020. Na época, o nome da instituição não tinha sido divulgado, mas o CORREIO apurou que o primeiro caso aconteceu no Hospital da Bahia, em um paciente de 59 anos em tratamento de diálise. A vítima estava internada por covid-19.
Dessa vez, foi a própria Anvisa que confirmou a presença do superfungo no hospital. “Se trata de um surto sim, pois são os primeiros casos identificados de Candida auris no Hospital da Bahia e no país. Para fins de esclarecimento, os casos estão localizados na cidade de Salvador”, diz a Anvisa, em nota.
Durante a investigação no hospital, outros 10 pacientes foram identificados com o superfungo, o que aumentou o número de contaminados para 11. Todos sobreviveram à infecção. Mesmo assim, a presença do C. auris preocupa autoridades de saúde. Afinal, o organismo é resistente a quase todas as medicações existentes e em alguns locais do mundo tem taxa de mortalidade que chega a 60%.
O superfungo é capaz de causar infecção na corrente sanguínea, pode provocar feridas e é especialmente fatal em pacientes com comorbidades. Ele preocupa também porque fica impregnado no ambiente por longos períodos — de semanas a meses — e resiste até aos mais potentes desinfetantes. Pela dificuldade de eliminação e por ser confundido com outras duas espécies, o que demora na identificação, o C. auris tem propensão a gerar surtos.
Visita hospitalar
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) também participou da investigação do surto de Candida auris. Técnicos da entidade visitaram a unidade hospitalar atingida.
“Foram formados três grupos de trabalho. O primeiro, analisando a pesquisa em prontuário. O segundo, avaliando a assistência farmacêutica e informações sobre o produto para saúde (cateter) e o terceiro, avaliando todos os processos da unidade hospitalar relacionados a controle de infecção”, explicou a Sesab, em nota.
Foram realizadas ainda coletas de material para análise laboratorial de todos os contatos do primeiro caso e dos ambientes em que esse paciente circulou pelas alas hospitalares. “A investigação permitiu o isolamento dos pacientes e uma série de recomendações da Anvisa para a desinfecção hospitalar, para impedir a proliferação do fungo. No momento, estamos em acompanhamento e monitoramento, para garantir o cumprimento das recomendações de desinfecção realizadas pelo hospital para evitar a ocorrência de novos casos”, acrescenta a nota da Sesab.
O órgão estadual ainda destacou que a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital da Bahia adota as medidas preventivas, dispõe de protocolos e oferece treinamentos de implementação. “Além disso, observou-se que as medidas recomendadas de precaução e isolamento estão sendo aplicadas neste momento. Deve-se manter a vigilância ativa, realizando as culturas de vigilância de forma periódica para análise da contenção do fungo a nível hospitalar”, conclui o texto da Sesab.
O CORREIO entrou em contato com o Hospital da Bahia, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem, às 23h desta terça-feira, 26.
Infectologista diz que chegada do fungo do Brasil era esperada
O médico infectologista Matheus Todt, da S.O.S Vida, diz que o aumento de casos de infecção pelo superfungo Candida auris em menos de dois meses já era algo esperado. “Esse dado evidencia um surto desse fungo dentro de um hospital brasileiro. Não é um surto na cidade de Salvador. Mas era fato que a Candida iria chegar ao Brasil. Agora é preciso ter cuidado para que ele não seja levado a outro hospital, gerando mais surtos”, explicou.
Não se sabe a origem do superfungo, mas ele foi descrito originalmente em 2009, em países do continente asiático, como Coreia do Sul e Japão. Desde então, já houve casos na Índia, África do Sul, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos, Israel, Paquistão, Quênia, Kuwait, Reino Unido e Espanha. Seus principais alvos são os pacientes já debilitados nos hospitais.
“É um problema de hospital e associado a problemas hospitalares complexos, que precisam de procedimentos invasivos. Sua principal forma de transmissão são as mãos contaminadas. Mas eles são fungos oportunistas, que não atacam pessoas saudáveis. Por isso é mais comum em hospitais, com pessoas já doentes. É uma infecção hospitalar”, destaca Todt.
Segundo o médico, não existe registro desse fungo debilitando e matando pessoas em casa. No próprio Hospital da Bahia, nenhuma das 11 pessoas contaminadas morreu, segundo a Sesab, mesmo com a alta taxa de letalidade do fungo. “Isso indica que as pessoas contaminadas estavam mais saudáveis. Os que falecem normalmente já estão em estado grave, com muita comorbidade, e ao pegar esse fungo, que é difícil de tratar, não resiste”, acrescenta o médico.
Ainda segundo o infectologista, o superfungo age alcançando a corrente sanguínea e gerando uma infecção generalizada. “Há queda da pressão, comprometimento respiratório e renal. Isso tudo pensando num paciente já grave, que pode evoluir a óbito. Não causa lesão externa e por isso é também difícil de ser identificado”, diz.
Uma vez identificado, não há um tratamento padrão para esse superfungo. A Anvisa recomenda que o tratamento seja definido pelo corpo clínico e, para essa definição, seja importante conhecer o perfil de sensibilidade e resistência da cepa identificada nas amostras de cada paciente.
A Anvisa classifica o Candida auris como um fungo emergente que representa uma séria ameaça à saúde pública. Entenda:
*Ele apresenta resistência a vários medicamentos antifúngicos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Algumas cepas são resistentes a todas as três principais classes de fármacos antifúngicos (polienos, azóis e equinocandinas);
*Pode causar infecção em corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes com comorbidades;
*A identificação desse fungo requer métodos laboratoriais específicos, uma vez que a Candida auris pode ser facilmente confundida com outras espécies, tais como Candida haemulonii e Saccharomyces cerevisiae;
*Pode permanecer viável por longos períodos no ambiente (semanas ou meses) e apresenta resistência a diversos desinfetantes, entre os quais, os que são à base de quartenário de amônio;
*Tem propensão em causar surtos em decorrência da dificuldade de identificação pelos métodos laboratoriais rotineiros e de sua eliminação do ambiente contaminado.
Fonte: Correio24horas
Dengue, zika e chikungunya: especialista alerta para doenças tropicais em plena pandemia
A pandemia do novo coronavírus impõe aos brasileiros desafios inéditos, que vão além das medidas de restrição e isolamento social, e atinge a saúde no país com o aumento exponencial do número de casos e de mortes causadas pelo vírus.
Além da preocupação com a Covid-19, a população deve ficar atenta às arboviroses, doenças causadas pelo arbovírus, como dengue, zika e chikungunya.
A Bahia também enfrenta cada vez mais casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O estado teve um aumento de 320,9% no número de casos prováveis de chikungunya em 2020 em comparação com o mesmo período de 2019.
Ao todo, 295 municípios baianos registraram notificação sobre a doença. O número de casos de zika teve aumento de 48% e não registrou mortes em 2020. Já a dengue registrou alta de 32,7% e cinco mortes na Bahia.
Já na capital, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até setembro de 2020 foram registrados 9.572 casos em Salvador, enquanto que no mesmo período de 2019 foram 2.788. Um aumento de 243%.
A permanência do confinamento em casa, exatamente no momento em que a pandemia coincide com o verão, é de fundamental importância se dedicar a impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika vírus e chikungunya, alerta Angelina Oliveira, especialista em Saúde Pública e diretora da Padrão Enfermagem Salvador.
A especialista destaca que os ambientes domésticos são mais propícios para a proliferação do mosquito. “Basta um recipiente com um pouco de água para que o Aedes aegypti deposite seus ovos”, alerta. Angelina Oliveira ressalta ainda que ações simples podem ajudar a combater o mosquito.
“É indispensável não deixar acumular água parada em lugares que costumam ser esquecidos nas nossas próprias casas, como em garrafas, que devem ser guardadas sempre de cabeça para baixo, pratos dos vasos de plantas e pneus velhos, latas e outros recipientes”, pontua a especialista.
Outra preocupação é a semelhança dos sintomas entre a Covid-19 e as doenças provocadas pelo Aedes aegypti. Angelina Oliveira diz que a principal diferença são os sintomas respiratórios, já que febre e dores de cabeça e no corpo são indicativos dessas doenças.
Ainda sem a imunização em massa contra a Covid-19, o tratamento tanto para as doenças transmitidas pelo mosquito quanto para a infecção causada pelo coronavírus serve apenas para aliviar os sintomas, pois o processo de cura depende do organismo de cada paciente.
No entanto, a especialista recomenda que antes de se medicar, um médico deverá ser consultado, já que pode haver necessidade de assistência médica, com internações nos casos mais graves.