O Jornal da Cidade

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A Bahia registrou 21 mortes e 1.221 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (21). No mesmo período, 1.352 pessoas foram consideradas curadas da doença (+0,4%).

Dos 339.215 casos confirmados desde o início da pandemia, em março, 325.134 já são considerados curados e 6.697 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (26,66%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (7.967,61), Almadina (6.551,98), Itabuna (6.397,06), Madre de Deus (6.338,60), Apuarema (5.920,87).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 688.298 casos descartados e 78.921 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (21).

Na Bahia, 28.066 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 21 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.384, representando uma letalidade de 2,17%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,03% ocorreram no sexo masculino e 43,97% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,27% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,62%, preta com 15,10%, amarela com 0,77%, indígena com 0,11% e não há informação em 12,13% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 72,10%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (75,23%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

O Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) apreendeu, na tarde desta quarta-feira (21), meia tonelada de cocaína e desativou um laboratório de refino. O imóvel, usado por uma facção, fica localizado na Estrada das Cascalheiras, em Camaçari, e produzia quatro toneladas do entorpecente por mês.

Os investigadores da Coordenação de Narcóticos desenvolviam ações de inteligência há um mês e descobriram a possível casa usada para refinar, prensar, embalar e distribuir cocaína para bairros de Salvador e Região Metropolitana. Os tabletes eram identificados com escudos de times de futebol do Brasil e da Europa.

Em campana desde as 5h desta quarta, os investigadores perceberam a movimentação de dois suspeitos que eram monitorados. No final da tarde, quando um deles saiu do imóvel, os policiais civis fizeram a abordagem. No primeiro contato, o homem confessou que trabalhava para uma facção envolvida com tráfico, homicídios, roubos e corrupção de menores.

Divididos em equipes, os investigadores cercaram a casa e encontraram uma mulher que também é suspeita de atuar para a organização criminosa. Dentro da casa foram apreendidos meia tonelada de cocaína, dois tabletes de maconha, três prensas (duas com capacidade para 20 toneladas e uma hidráulica com capacidade para 70 toneladas), substâncias para refinar cocaína, liquidificadores e caderno com anotações do tráfico.

A dupla e todo o material apreendido foram apresentados no Draco.

O varejo brasileiro deve abrir 70,7 mil postos de trabalho temporários para o Natal deste ano. O número representa uma queda de 19,7% frente ao volume registrado em 2019 (88 mil vagas) e a menor oferta desde 2015. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo a entidade, todas os estados devem contratar menos temporários este ano. São Paulo (17,9 mil), Minas Gerais (8,33 mil), Rio de Janeiro (6,92 mil) e Rio Grande do Sul (6,02 mil) concentrarão mais da metade (55%) dos postos a serem criados.

Principal data comemorativa do varejo, o Natal deve movimentar este ano R$ 37,5 bilhões – 2,2% a mais do que no ano passado. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, mesmo impulsionado pelo e-commerce, o varejo ainda sente os efeitos das condições de consumo em meio à pandemia.

“Apesar de o comércio eletrônico ter crescido bastante, as vendas em shopping centers vêm registrando retrações, e isso impacta diretamente o número de temporários contratados, em especial os vendedores”, afirma Tadros.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha sido informado sobre a possibilidade de compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, na ocasião, o presidente não se opôs à aquisição, contudo, voltou atrás após sofrer pressão de apoiadores nas redes sociais.

De acordo com a publicação, após as críticas, o presidente teria entrado em contato com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na terça-feira (20) para informar que iria se posicionar contra a compra. Nesta quarta (21), os dois teriam tentado ajustar uma mudança no discurso e ainda a divulgação de uma nota pública dizendo que teria ocorrido uma “interpretação equivocada”.

Na terça, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa, contudo, o presidente afirmou a um apoiador na rede social que o imunizante “não será comprado”.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi diagnosticado com covid-19. Ele afastou-se do trabalho e está em isolamento. A informação foi confirmada ao Estadão por um assessor do ministro. O Ministério da Saúde ainda não divulgou nota sobre o quadro clínico de Pazuello. Ele aguardava resultado de exames após suspeitar de sintomas.

O ministro já havia tido febre e passado mal no início da semana deixando, inclusive de participar de cerimônias públicas. Mas ele fez nesta terça-feira, 20, uma reunião por videoconferência com governos estaduais sobre a intenção de comprar 46 milhões de doses da vacina desenvolvida no Instituto Butantã em parceria do laboratório chinês Sinovac. Nesta quarta-feira, porém, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o "compromisso" de Pazuello e chegou a falar em "traição".

Ele é o 12° ministro do governo Bolsonaro a contrair covid-19. Na segunda-feira, 19, o próprio presidente Bolsonaro comentou que o chefe da Saúde havia sentido uma indisposição. Na ocasião, o mandatário disse que o ministro havia comparecido ao hospital e que estaria bem.

Flagrado agredindo uma mulher no meio da rua, em Ilhéus, no Sul da Bahia, Carlos Samuel Freitas Costa Filho se entregou à Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (21). Ao lado de dois advogados, ele se apresentou na 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus).

O homem tinha um mandado de prisão preventiva em aberto e estava foragido. Imagens da agressão circularam nas redes sociais na semana passada. A gravação teria ocorrido em junho.

Carlos Samuel passará por exames de lesões e será encaminhado para o sistema prisional. O coordenador da 7ª Coorpin/Ilhéus, delegado Evy Paternostro, informa que o inquérito policial está em fase de conclusão.

Na última quinta-feira (15), ele se apresentou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) do município no Sul da Bahia. Junto com um advogado, o acusado compareceu à unidade depois de saber que estava sendo procurado e começou a ser ouvido por volta das 15h. A vítima também já foi ouvida.

Após prestar depoimento, ele foi liberado por não ter havido flagrante. Ainda na quinta, o Ministério Público Estadual (MP-BA) pediu a prisão do agressor, e agora depende da justiça baiana aceitar ou não a denúncia.

O homem acumulava registros de crime contra honra e ameaça. De acordo com informações passadas ao CORREIO pela Polícia Civil (PC) na noite desta sexta-feira (16), das 10 ocorrências, três são de violência doméstica. Os registros destas foram feitos na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Ilhéus), com inquéritos já remetidos à Justiça.

Na unidade, também estão em curso outros procedimentos, entre eles o inquérito sobre a agressão registrada em vídeo, que resultou na prisão preventiva decretada pela Justiça nesta sexta-feira (16).

Há também uma ocorrência, de 2017, por maus-tratos contra a mãe. Esta ocorrência foi feita por uma vizinha. Além disso, tem ainda um registro de crime contra a honra feito por uma ex-namorada e um de ameaça contra uma mulher fora do contexto da Lei Maria da Penha. Segundo a polícia, nesses três casos, as investigações não puderam avançar, pois as vítimas se recusaram a comparecer para dar mais informações sobre a violência sofrida.

Já outras unidades da Polícia Civil abrigam mais três ocorrências relacionadas a Carlos Samuel: duas de ameaça a uma adolescente fora do contexto da Lei Maria da Penha e um de ameaça e difamação contra um jovem do sexo masculino.

Morto após complicações da covid-19, o médico brasileiro João Pedro Feitosa, 28 anos, que era voluntário dos testes clínicos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, não recebeu uma dose do imunizante testado, mas sim uma substância placebo (sem efeito).

A informação foi divulgada pela agência Bloomberg, após a repercussão internacional da morte do brasileiro, ocorrida na última quinta (15), mas revelada apenas nesta quarta (21) pelo jornal O Globo.

A agência destacou que os jornais do Brasil noticiaram que o voluntário brasileiro morreu de complicações causadas pelo coronavírus, citando ainda informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Anvisa, por sua vez, foi informada oficialmente da morte apenas nesta segunda (19) e, até o início da tarde, não sabia se o médico, de 28 anos, havia recebido uma dose placebo ou uma dose do imunizante em testes.

Apesar da fonte da Bloomberg ter revelado que o brasileiro não tomou a dose da substância em testes, a AstraZeneca não confirmou a informação e alegou que não pode comentar sobre casos individuais por causa da confidencialidade e das regras do ensaio clínico.

Os testes da vacina nos EUA estão suspensos há mais de um mês. Os estudos foram interrompidos globalmente em setembro, quando um participante do Reino Unido ficou doente, mas foram retomados no Reino Unido, Brasil, África do Sul e Índia nas últimas semanas.

João Pedro Feitosa não tinha comorbidades e, desde março, participava do atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus em UTIs e emergências de um hospital privado e em outro da rede municipal no Rio de Janeiro. A morte chocou os amigos e familiares.

Dez dias após vencer o Peru pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, a seleção brasileira voltará a ser convocada nesta sexta-feira (23), no Rio de Janeiro. O técnico Tite vai anunciar a lista dos jogadores, a partir das 11h, para os duelos contra Venezuela e Uruguai.

O jogo contra a Venezuela está marcado para o dia 13 de novembro, às 21h30, no Morumbi, em São Paulo. Os uruguaios serão os adversários da seleção no dia 17, em Montevidéu. O Brasil tem 100% de aproveitamento nas Eliminatórias até agora, com duas vitórias em dois jogos. Goleou a Bolívia por 5 a 0 na estreia, na Neo Química Arena, em São Paulo. E, depois, superou o Peru por 4 a 2, em Lima.

Nesta sexta-feira (23), Tite vai anunciar os convocados de forma virtual, devido à pandemia do novo coronavírus. Na sequência, em tempo real, os jornalistas poderão fazer perguntas para o treinador e para a comissão técnica.

Para esta convocação, o treinador deve ter mais opções a sua escolha. Isso porque jogadores que foram desfalques nos dois primeiros jogos das Eliminatórias devem estar recuperados de lesão a tempo de jogar no próximo mês. São os casos do o goleiro Alisson, do Liverpool, dos laterais Alex Sandro (Juventus) e Daniel Alves (São Paulo) e do atacante Gabriel Jesus, do Manchester City.

O papa Francisco defendeu a união civil entre homossexuais e disse que eles precisam ser protegidos por leis. Eles fez declarações nesse sentido em um filme que entra em cartaz nesta quarta-feira (21) na Itália. "As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso", diz ele no documentário "Francesco". As informações são do G1.

Ainda de acordo com o pontífice, o que é necessário acontecer é a criação de "uma lei de união civil". "Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso", afirmou.

A fala do papa surge na metade do filme. Ele discorre sobre temas com os quais se importa, como o ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e de renda e pessoas mais afetadas por discriminação.

Francisco já demonstrou ter interesse em dialogar com católicos LGBTIA+, mas geralmente suas mensagens são a respeito de acolher esses fiéis. Ele já deu sinais velados que poderiam ser interpretados como uma opinião favorável à união civil.

Quando Cristina Kirchner era a presidente da Argentina, o país legalizou o casamento gay. Na época, ele ainda não era o papa, mas, sim, o cardeal Jorge Mario Bergoglio.

Segundo um texto de 2014 da agência "Religion News Service" (RNS), Bergoglio chegou a dizer que estava aberto a aceitar a união civil como uma alternativa ao casamento entre pessoas do mesmo gênero.

Ao G1, o vaticanista Filipe Domingues explica que quando ainda era cardeal, Bergoglio era a favor da união civil de pessoas do mesmo sexo: "Ele é contra o 'casamento gay' mas concorda que pessoas em união estável têm direitos. Isso não é novo. Mas declarou isso em documentário, como Francisco, pela primeira vez".

Domingues ainda aponta que o papa foi mais explícito agora ao falar de "ser parte de uma família". "Isso é importante", destaca.

Em 2014, o Papa Francisco deu entrevista ao jornal "Corriere della Sera" na qual disse que a Igreja ensina que casamento é entre um homem e uma mulher. Segundo a agência RNS, ele disse que entende que governos queiram adotar a união civil para casais gays por razões econômicas.

Segundo o "Corriere della Sera", o papa disse que "é preciso considerar casos diferentes e avaliar cada caso em particular".

O Vaticano então afirmou que Francisco falava de forma genérica e que as pessoas não deveriam interpretar as palavras do papa além do que elas dizem, segundo a RNS.

O filme foi exibido no Festival de Roma nesta quarta-feira. No domingo (25), ele deverá passar nos EUA pela primeira vez durante o Savannah Film Festival. O diretor Evgeny Afineevsky acabou as gravações em junho de 2020. O filme fala de temas como a pandemia, racismo e abuso sexual. Há temas geopolíticos também, como a guerra na Síria e na Ucrânia.

Segundo o jornal argentino "La Nación", o filme mostra um italiano gay que vive em Roma. Ele tem três filhos, e relata que uma vez escreveu ao papa e pediu para enviar suas crianças à paróquia, mas que tinha receio de que as crianças fossem discriminadas.

O homem afirma que o Papa Francisco o incentivou a mandar os filhos à Igreja e nunca disse qual era a opinião dele sobre a família formada por pais gays e que, apesar de a doutrina não ter se alterado, a maneira de lidar com o tema mudou radicalmente. As informações são do G1.

“O que eu defendo é que a gente pegue todo conteúdo de 2020 que não foi dado aos alunos, some ao conteúdo de 2021, e que a gente faça um compilado, uma junção de 2020 com 2021, a partir do momento em que o retorno das aulas for possível”, disse.

O governador Rui Costa também comentou o assunto. Durante visita a uma obra na Nova Constituinte, nesta quarta-feira, ele disse que a reunião ele e o prefeito farão um balanço da pandemia, sobre a taxa de ocupação de leitos e do avanço da doença, além de outros assuntos relacionados ao novo coronavírus.

"Existe possibilidade de voltar e nós queremos retornar [às aulas presenciais]. Arrisco a dizer que, se não fosse as aglomerações de festa de paredão e atividades de campanha, a gente já teria retornado às aulas. Isso porque os números do vírus vinham caindo de maneira acelerada e percebemos uma estabilização disso. Estamos monitorando o número de óbitos que é um sintoma muito claro da doença pra definir o retorno. Se os óbitos continuarem em 26 e 27 [por dia], significa que a doença ainda continua em situação preocupante", afirmou.

Cenário
As aulas estão suspensas em Salvador desde 18 de março. Naquela mesma semana, o governador interrompeu as atividades, primeiro nos municípios que tinham registrado casos do novo coronavírus, e dois dias depois, em todas as 417 cidades do estado. Desde então, esses decretos foram sendo renovados a cada mês ou a cada 15 dias.

Para o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, esse ainda não é o momento para retomar as aulas. Ele citou a segunda onde de infecções que está acontecendo na Europa, disse que as escolas não apresentam segurança para os professores e os estudantes, e afirmou que a compilação de conteúdos dos dois anos, sugerida pelo prefeito, pode ser uma solução plausível.

“O que nós queremos é discutir com o governo do estado e o governo municipal quais são as medidas de segurança para retomar as aulas no próximo ano. Esse ano não tem a mínima condição de obrigar as pessoas a irem para as escolas, e se for necessário faremos uma greve em defesa da vida. Sobre o conteúdo compilado, é possível desde que haja uma preparação, o que poderia estar sendo feito agora”, disse.

O coordenador-geral defende que a Bahia siga a mesma linha de outros estados brasileiros. “O platô ainda está alto no Brasil. O Rio de Janeiro acaba de anunciar que aulas presenciais apenas no ano que vem. Acre, Piauí, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, e Goiás também só retomam as aulas no próximo ano. É preciso responsabilidade”, disse.

Pais e estudantes estão divididos. Para uns é preciso retornar o quanto antes, e outros defendem que seria mais seguro esperar um pouco mais.

Quando 2020 começou ninguém poderia imaginar que uma pandemia iria alterar o calendário escolar e que, em outubro, a Prefeitura e o Governo do Estado ainda estariam decidindo quando o ano letivo iria começar, mas é isso o que vai acontecer nesta quarta-feira (21). ACM Neto (DEM) e Rui Costa (PT) vão participar de uma reunião à tarde para discutir, entre outros assuntos, a questão da educação.

Mas nem adianta se animar. Na manhã desta quarta-feira, durante coletiva virtual para apresentar as regras da Maratona Salvador, o prefeito contou que a pauta será discutida no encontro, mas que não necessariamente uma decisão será tomada. Neto voltou a dizer que está analisando o cenário da pandemia, que precisa considerar diversos fatores, e que as decisões serão tomadas em conjunto com o governador. Além disso, o gestor colocou a compilação de conteúdos como uma boa saída para a retomada das aulas.

“Não quero criar nenhum tipo de expectativa de volta às aulas, ou de calendário que vai ser definido, por exemplo, nessa conversa. Nós vamos analisar o quadro, examinar o cenário, e vamos especular sobre quais são as hipóteses. Tudo isso vai ser tratado, mas não significa dizer que decisões serão tomadas ou que um cronograma será apresentado”, afirmou.

Questionado se a prefeitura está pensando em reprovar ou talvez aprovar todos os estudantes deste ano, ele disse que nenhuma das duas hipóteses será aplicada. “Não haverá nem aprovação nem reprovação automática. Eu acho que é um absurdo quando a gente adota esse tipo de medida”, afirmou.

O prefeito disse ser a favor de uma política nacional de compilação dos conteúdos didáticos, mas disse que isso teria que partir do governo federal e que seria preciso montar um novo calendário letivo, com férias diferentes dos modelos tradicionais e com aulas aos fins de semana.