O Jornal da Cidade
Tiago Leifert vai deixar a Globo após o The Voice Brasil
Depois de 16 anos na Globo, o apresentador Tiago Leifert não renovou seu contrato com a emissora. Ele vai apresentar a décima temporada do The Voice Brasil na TV Globo até o dia 23 de dezembro. Os novos apresentadores do BBB22 e do próximo The Voice Brasil ainda serão definidos.
Em comunicado, Tiago amadureceu a vontade de deixar as portas abertas para futuras parcerias.
“A ideia de parar surgiu no meio do ano passado e venho conversando com calma com a Globo desde então, esperando o momento ideal. E é agora! A sensação é a de sair da casa dos pais para encarar o mundo. Eu tenho um caso de amor com a Globo. E por isso saio com a absoluta certeza de que posso me dar esse tempo e de que vou continuar sendo bem-vindo aqui a qualquer momento. Meu muito obrigado a todos que estiveram comigo. E em especial ao público, que sempre me acolheu”.
Carreira
O começo foi em 2004 como apresentador e editor na Rede Vanguarda, afiliada da Globo no interior de São Paulo. Depois, Tiago Leifert chegou ao SportTV, em 2006, como repórter e logo virou editor-chefe do Globo Esporte, apresentador e foi o responsável pela mudança no formato do jornal.
Com um estilo único, chamou atenção e foi convidado para alçar novos voos como apresentador da versão brasileira do The Voice, em 2012. Em 2015, assumiu o matinal É de Casa. Esteve à frente, ainda, da Central da Copa, em 2010, 2014 e 2018, e participou do crescimento da franquia The Voice, apresentando a primeira temporada da versão Kids.
Em 2016, trouxe sua paixão pelos games e pelo universo geek para a TV Globo, com o Zero 1. E, em 2017, assumiu um de seus maiores desafios: comandar o Big Brother Brasil.
BBB
Apresentando as últimas cinco edições do BBB, Tiago deixou sua marca não apenas com seus bordões como “fogo no parquinho” e “textão não decide paredão”, mas também pela empatia com os jogadores e na condução de edições históricas – a última garantiu o recorde mundial de votação popular em um reality show.
No Domingão
Por diversas vezes substituiu colegas em seus programas e, mais recentemente, encarou a missão de comandar as tardes de domingo durante uma licença médica de Fausto Silva e, depois, no Super Dança dos Famosos antes da chegada de Luciano Huck.
“Eu cresci aqui, como pessoa e como profissional. Aliás, faz 20 anos que saí de casa para estudar nos EUA com a missão de um dia trabalhar na Globo. Eu consegui muito mais do que imaginava, e estou no momento perfeito, pessoal e profissionalmente, para encerrar esse capítulo que durou duas décadas. Tudo deu certo, foi lindo demais. Saio maduro, sem pressa, feliz e pronto para o mundo que está à minha frente.”
“Aqui dentro construí uma história linda no esporte, onde pude criar novos estilos e narrativas, fazer parte de três Copas do Mundo e uma Olimpíada. No entretenimento, pude estar presente na implementação de quatro formatos e estar à frente de 16 temporadas de realities, uma paixão do Brasil e também minha. Mais lindo ainda foi comandar o ‘Big Brother Brasil’, um fenômeno apaixonante, do qual sempre fui fã, e que teve edições recentes consideradas históricas.”
No seu perfil do Instagram, Tiago também se pronunciou e agradeceu o apoio da emissora e dos fãs.
Inflação de agosto é a mais alta desde 2000
A alta de 0,87% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em agosto foi o maior resultado para o mês desde o ano 2000, quando subiu 1,31%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado fez a taxa de inflação em 12 meses atingir o maior patamar desde fevereiro de 2016, quando estava em 10,36%.
Em agosto de 2020, o IPCA ficou em 0,24%.
Como consequência, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses acelerou de 8,99% em julho para 9,68% em agosto, ante uma meta de 3,75% perseguida pelo Banco Central este ano.
O IPCA acumulado está acima do teto da meta para este ano, que seria de 5,25%.
Caminhoneiros continuam protesto na Bahia e mais estados; PRF atua para liberar fluxo
Caminhoneiros continuam nesta quinta-feira (9) com paralisações em estradas de ao menos 15 Estados. Além da Bahia, há atos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia. Maranhão, Roraima, Pernambuco e Pará. Segundo boletim divulgado por volta das 9h, houve 0% de redução de ocorrência desde o último boletim da madrugada.
Na Bahia, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve atos nessa manha em dois pontos da BR-116, em Feira de Santana, na BR-101, na altura de Ilhéus e também de Nova Viçosa, na BR-349, em Correntina, e na BR-242, na região de Luís Eduardo Magalhães. Em Feira, a situação já foi normalizada. Ao Acorda Cidade, um caminhoneiro afirmou que a falta de unidade nas reivindicações desmobilizou o grupo - nem todos parecem cientes da pauta bolsonarista que tem sido divulgada.
"Eu estou indo para Juazeiro e só estou aguardando a posição da empresa se eles me liberam, se retorno para empresa, porque muita gente já se revoltou aqui e furou o bloqueio. Inclusive, o pessoal aqui do posto hoje pela manhã já aumentou o preço dos combustíveis. O Diesel que era R$ 4,23, já colocaram para R$ 4,50, a mesma coisa a gasolina que estava de R$ 5,65, já foi para R$ 5,93. Infelizmente ninguém chegou aqui para dizer o motivo da paralisação, quanto tempo iríamos ficar aqui parados, então muita gente está indo embora", disse Jorge Freitas.
Outro caminhoneiro afirmou que também não sabia o motivo da paralisação. "Eu sou motorista de transportadora em geral. Estou indo para o município de Salgueiro e parei aqui ontem por volta de 20h30, mas eu não sei nem informar qual o motivo dessa greve e nem sei informar porque as pessoas estão desistindo da paralisação. Vou aguardar mais um pouco, mas daqui a pouco também irei seguir viagem", disse, sem se identificar.
Pontos com bloqueios
Em nota divulgada nas primeiras horas desta quinta-feira, 9, o Ministério da Infraestrutura afirmou que pontos de bloqueio total no Rio de Grande do Sul e em São Paulo foram liberados pela PRF, além de trechos de retenção no norte de Santa Catarina. Segundo o órgão, agentes ainda estão atuando em pontos de interdição em Minas Gerais.
Em boletim anterior, às 17h30, o ministério afirmou que a PRF negociava para liberar o fluxo nas rodovias até a meia noite. No comunicado divulgado às 20h40, no entanto, não havia mais essa previsão. "Agentes encontram-se nos locais identificados e iniciaram o procedimento de desobstrução com a orientação de liberar todos que quiserem seguir viagem", afirmava o segundo boletim. Às 22h30, a PRF informou que havia pontos de concentração em rodovias de 16 Estados. O número foi reduzido para 15 no último informe, às 0h30.
Os bloqueios começaram durante as manifestações do 7 de Setembro convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro e seguiram durante o dia.
"Ao todo, já foram debeladas 117 ocorrências com concentração de populares e tentativas de bloqueio total ou parcial de rodovias durante as últimas horas", afirmou o ministério. "A disseminação de vídeos e fotos por meio de redes sociais não necessariamente reflete o estado atual da malha rodoviária."
Em boletim, o ministério destacou que a composição das mobilizações é heterogênea, "não se limitando a demandas ligadas à categoria" e chegou a afirmar não haver previsão de que os bloqueios nas rodovias afetem o abastecimento de produtos no País. No último informe, porém, ao anunciar a liberação dos trechos na região norte de Santa Catarina disse que a mobilização no local "chegou a ameaçar" as condições de abastecimento.
As concentrações já preocupam distribuidoras de combustíveis, que temem desabastecimento de produtos como gasolina e óleo diesel. A situação mais crítica é nos Estados de Santa Catarina e Mato Grosso.
Às 17h30, o ministério informou que foram registrados pontos de concentração em rodovias federais com abordagem a veículos de cargas nos seguintes Estados: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul. No boletim das 0h30, não houve detalhamento dos Estados.
Segundo a Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo, houve paralisação de caminhoneiros na Rodovia Anhanguera, no km 188. Já o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER) informa que houve uma manifestação de caminhoneiros em Angatuba, na SP-270 (km 204).
Na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, há três pontos com registro de protestos: Campos dos Goytacazes (km 75 da BR 101, sentido Rio); Itaboraí (km 1 da BR 493, em ambos os sentidos); e na capital fluminense (km 113 da BR 040), segundo a PRF, que está presente nesses pontos. Nos locais, a Polícia Rodoviária Federal está realizando tratativas para liberação das estradas. Nesses pontos, o trânsito está fluindo mesmo com a interdição, informa a PRF.
Em Roraima, ao menos 20 caminhões estacionaram no quilômetro 482 da BR-174, em Boa Vista, em um protesto contra o aumento no preço dos combustíveis, em especial o Diesel, e a favor do governo Bolsonaro. A ação faz parte do pacote de mobilização dos caminhoneiros pós 7 de setembro e iniciou por volta das 17 horas, horário local.
A rodovia federal é a única via de acesso do estado roraimense à Manaus (AM), e é utilizada para o envio de alimentos, combustível e outras mercadorias, de forma mais barata e por terra. A Polícia Rodoviária Federal enviou uma equipe para o local.
Protesto bolsonarista
Um dos líderes do movimento intitulado de Caminhoneiros Patriotas, Francisco Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, disse que entregará um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo a destituição de ministros do STF. "O povo brasileiro não aguenta mais esse momento que País está atravessando através da forma impositiva que STF vem se posicionando. O povo brasileiro está aqui (na Esplanada dos Ministérios) buscando solução e só vamos sair daqui com solução na mão", disse Chicão, que preside União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), em vídeo que circula pelas redes sociais.
Segundo ele, o documento também será entregue ao presidente Jair Bolsonaro. Em outro vídeo, Burgardt fala em um prazo de 24 horas para a resposta das autoridades ao pedido. Ele não foi localizado na quarta.
Diante dos protestos, a Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista enviou na quarta ofícios ao diretor-geral da PRF, ao Ministério da Infraestrutura, à Presidência da República e outros órgãos, em que pede ação imediata das forças de segurança pública para garantir o trânsito nas rodovias. A frente afirma que, em decorrência dos atos iniciados no 7 de Setembro, ainda ocorrem obstruções de trânsito em estradas federais "com madeiras, pedras e pneus".
Presidente da frente, o deputado Nereu Crispim (PSL-RS) afirmou haver "ameaça à integridade física e danos ao patrimônio com lançamento de pedras contra caminhões de caminhoneiros e transportadores e contra a nossa Constituição, no que se refere ao livre direito de ir e vir".
O fato de o ofício ter sido enviado pela Frente reforça a falta de unanimidade da categoria sobre as paralisações. Entidades que representam caminhoneiros autônomos e que chamam mobilizações a favor de demandas específicas da categoria não aderiram aos atos Na semana passada, representantes da categoria consideravam que poderia haver presença pontual de transportadores nos atos, mas de forma isolada, sem organização associativa.
Ao menos nove entidades, entre associações, confederações e sindicatos ligados à categoria informaram ontem que não apoiam a paralisação e não estão participando dos atos.
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que diz congregar cerca de 4.000 empresas de transporte e mais de 50 entidades patronais, manifestou repúdio aos bloqueios. Em nota, a entidade afirma que as paralisações poderão causar graves consequências para o abastecimento, que poderão atingir o consumidor final e o comércio de produtos de todas as naturezas, incluindo essenciais, como alimentos, medicamentos e combustíveis.
O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, avalia que o movimento é de cunho político com participação de empresários de transporte e seus funcionários celetistas, e não de transportadores autônomos. "Os caminhoneiros estão sendo usados como massa de manobra", disse Chorão, que foi um dos principais líderes da categoria na greve de 2018. "Está claro que a pauta não é da categoria".
O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Dahmer, relatou ter visto alguns pontos de manifestações de caminhoneiros, "conforme era esperado" diante de manifestações de Bolsonaro. "Vimos veículos do agronegócio, como tratores e máquinas agrícolas, e a ala de patriotas apoiadores do presidente Bolsonaro. O transportador autônomo vai continuar tentando trabalhar", disse.
A CNTTL enviou recentemente ofício ao presidente do STF, Luiz Fux, repudiando atos "extremistas", as declarações do cantor Sérgio Reis e do que chamou de "pseudo lideranças" de caminhoneiros, dizendo que não compactua com atos antidemocráticos.
Em áudio, presidente Bolsonaro pede que caminhoneiros liberem estradas do país
O presidente Jair Bolsonaro gravou um áudio onde pede aos caminhoneiros que liberem as estradas do país. Na gravação, o presidente diz que a ação "atrapalha a economia" e "prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres".
Caminhoneiros que são a favor do governo Bolsonaro e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) promovem manifestações e bloqueiam rodovias de, até às 22h30, ao menos 16 estados do país nesta quarta-feira (8).
"Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres. Então, dá um toque nos caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade. Deixa com a gente em Brasília aqui e agora. Mas não é fácil negociar e conversar por aqui com autoridades. Não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui e vamos buscar uma solução para isso, tá ok? E aproveita, em meu nome, dá um abraço em todos os caminhoneiros. Valeu", disse o presidente na gravação.
O ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, confirmou a autenticidade do áudio.
Protestos no Oeste da Bahia e em outros 15 estados
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um dos atos ocorre no Oeste da Bahia, um na saída da cidade de Luís Eduardo Magalhães, sentido Barreiras, enquanto um outro acontece na saída de Barreiras, sentido Salvador. Parte do grupo informou que o movimento era em apoio às recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a Constituição Federal - o presidente do país pede a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) -, enquanto outros afirmaram que tinha ligação com a alta do combustível.
Segundo o representante da Cooperativa De Caminhoneiros Da Bahia, Wellington Machado, a paralisação da categoria se deve ao alto preço dos combustíveis e a categoria está lutando pelo ajuste dos créditos. Ele prevê que a tendência para as manifestações é aumentar com a eventual possibilidade de virar uma greve. "A partir de amanhã teremos certeza de tudo, estamos aguardando o nosso Sindicato Nacional".
Jorge Carlos Da Silva, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado da Bahia, entretanto, diz que as manifestações acontecem em apoio aos atos que ocorreram na terça-feira (7), que defenderam pautas antidemocráticas e contra a Constituição Federal, como a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Estão dizendo que os atos são protestos contra os preços de combustíveis, mas não. Eu não entendo porque a classe está fazendo isso, inclusive, já que não recebeu nada do Governo Federal, só recebeu alta de combustível", diz Jorge.
Em nota, o Ministério da Infraestrutura, com base em informações da PRF, informou que, até às 22h30 do dia 08 de Setembro de 2021, foram registrados pontos de concentração em rodovias federais em 16 estados, sendo 13 com abordagem a veículos de cargas. São esses: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia, Maranhão, Roraima, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará.
A pasta ainda afirma que os 2 pontos de bloqueio total registrados no Rio Grande do Sul foram liberados, restando apenas aglomeração no local. A região Sul concentra neste momento 55% das ocorrências registradas. Apenas uma interdição de pista foi notificada, no estado de São Paulo.
Contra o Peru, Brasil busca oitava vitória seguida nas Eliminatórias
A Seleção Brasileira vai nesta quinta-feira (9) em busca da oitava vitória nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Quatro dias depois de ter a partida contra a Argentina suspensa, a equipe do técnico Tite volta a entrar em campo às 21h30, dessa vez contra o Peru, na Arena Pernambuco, em duelo válido pela 10ª rodada da competição.
Se o clássico contra os hermanos botaria, frente a frente, as seleções líder e vice-líder do torneio, o jogo contra a Blanquirroja tem um cenário bem diferente. Enquanto o Brasil é líder isolado, com 21 pontos e 100% de aproveitamento, os peruanos aparecem na 7ª posição, com oito pontos.
Não é só na tabela que a equipe canarinha leva vantagem. Nos últimos três encontros, três vitórias brasileiras. O mais recente aconteceu há pouco mais de dois meses, na semifinal da Copa América, com triunfo por 1x0 no Engenhão. Antes, pela fase de grupos da competição, o estádio no Rio de Janeiro já havia sido palco da goleada por 4x0 sobre a rival.
Na atual edição das Eliminatórias, as duas seleções também já se enfrentaram, mas no Nacional de Lima. E o Brasil também se deu melhor, com triunfo por 4x2, de virada. A última vitória do time de Ricardo Gareca foi há quase um ano, em um amistoso em Los Angeles, por 1x0.
“Foram muitos Brasil x Peru e, apesar da gente ter vencido a maioria, sempre foram jogos complicados. Além de serem aguerridos, taticamente são muito bem organizados. Dificultam nosso jogo”, afirmou o lateral direito Danilo.
Escalações
Na última quarta-feira (8) pela tarde, a Seleção encerrou a preparação para a partida de hoje. Na Arena Pernambuco, Tite comandou um treino em campo reduzido, com duas equipes com 11 jogadores. Não houve divisão entre reservas e titulares.
Na sequência, o técnico orientou um trabalho tático com os atletas que iniciarão a partida, mas esta parte da atividade não foi exibida pela CBF TV.
Neste próximo embate, é esperado que o comandante faça algo inédito nestas sete partidas - e seis minutos do jogo anulado - das Eliminatórias: repetir uma escalação. Até aqui, o único jogador presente em todas as partidas foi Danilo.
Para enfrentar o Peru, é provável que o treinador escolha os mesmos 11 titulares que atuariam contra a Argentina, no último domingo. Gerson e Everton Ribeiro são as principais novidades no meio de campo da equipe. Na zaga, Lucas Veríssimo entra no lugar de Marquinhos. O jogador foi liberado pela CBF já que não teve garantias que a suspensão tinha sido cumprida no jogo contra os hermanos.
Assim, Tite deve optar por: Weverton, Danilo, Lucas Veríssimo, Éder Militão e Alex Sandro; Casemiro, Gerson, Everton Ribeiro e Lucas Paquetá; Neymar e Gabigol.
O Peru, por sua vez, terá o desfalque do centroavante Paolo Guerrero, do Internacional. O jogador recebeu cartão amarelo na vitória sobre a Venezuela, no domingo passado (5), e estará suspenso diante do Brasil.
Uma provável escalação tem: Gallese, Advíncula, Santamaría, Callens e Marcos López; Tapia, Yotún, Carrillo, Cueva e Édison Flores; Lapadula.
Procurado há 24 anos, suspeito de atuar em chacina é preso na Bahia
Um homem envolvido em uma chacina, que teve como vítimas sete pessoas da mesma família, no município de Viana, no Espírito Santo, no ano de 1997, teve o mandado de prisão cumprido por equipes da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) e da 1ª Delegacia Territorial (DT), de Porto Seguro, na Orla Norte da cidade, na noite da última segunda-feira (6). Acusado de também fazer parte de uma associação criminosa com mais de 20 integrantes, responsável por roubo de gado, grilagem de terras e pistolagem, ele era procurado pela Polícia Civil do Estado do Espírito Santo.
O homem também foi autuado por falsidade ideológica, após ser flagrado portando documento com nome falso. O coordenador da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis), delegado Moisés Damasceno, informou que o criminoso estava sendo monitorado. “Após o contato com a polícia capixaba, foi feito o acompanhamento por equipes da Deltur. Ele transitava em seu veículo quando foi interceptado”, afirmou. O criminoso segue preso, à disposição do Poder Judiciário.
Hotéis e pousadas da Bahia têm até 100% de ocupação no feriadão da Independência
A pousada Sobrado da Vila, em Praia do Forte, distrito de Mata de São João, teve todos os 27 apartamentos ocupados durante o feriadão da Independência. “Estamos voltando ao normal e, finalmente, conseguindo pagar as dívidas de quando a ocupação estava baixa”, diz Firmo de Azevedo, 75 anos, dono do espaço. Esse é o reflexo do momento vivido pelo turismo baiano. Depois de ser um dos mais impactados pela pandemia, o setor retoma as atividades com toda força, impulsionada pela queda dos casos de covid-19 e aceleração da vacinação.
“As pessoas estão se sentindo mais seguras, pois foram vacinadas. Tem agora uma terceira dose que começou a ser aplicada e tudo isso é esperança para os clientes, que querem sair, e para mim, que já espera um bom verão, se Deus quiser”, projeta, esperançoso, o empresário. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Regional Bahia (ABIH-BA), esse foi o melhor desempenho do turismo desde o Réveillon de 2021, quando o país estava nas vésperas da chegada da segunda onda de contaminações e a rede hoteleira baiana teve ocupação média de 82,5%.
“A gente teve no final do ano passado uma ocupação elevada, pois Réveillon é uma data que muita gente viaja e os índices de contaminação estavam reduzidos. Alguns projetavam até o fim da pandemia naquele momento”, diz Luciano Lopes, presidente da entidade. Segundo o mesmo, a média de ocupação nos hotéis baianos foi de 79,5% neste feriadão, chegando a atingir o pico de 90% no sábado (4).
"Temos percebido uma movimentação muito grande por ser um feriado prolongado e as pessoas, aos poucos, estão retomando a prática do turismo na medida em que a covid-19 tem sido mais controlada", conta Lopes, ressaltando que, antes de pandemia, um feriado como esse representaria uma taxa de ocupação entre 95% e 100%. Por outro lado, no ano passado, apenas 36,5% dos leitos disponíveis estavam ocupados no Sete de Setembro.
Já Silvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Turismo e Hospitalidade do Estado da Bahia (Fetur-BA), disse que a ocupação média do feriadão foi de 70%, com pico de 77% no sábado. “Antes da crise, a gente atingia 85% e ano passado não chegamos a 50%”, lamenta. Para o representante da categoria, essa foi uma das melhores ocupações de toda a pandemia.
“Em janeiro, auge do verão, não atingimos 50% de ocupação. Só agora os números tão começando a crescer, mas de forma lenta. Nós só recebemos turistas locais e nacionais. Os internacionais não estão vindo e, infelizmente, vão demorar para chegar”, relata. O lamento de Silvio é por causa de alguns países, como o Reino Unido, por exemplo, considerarem o Brasil como local de alto contágio da covid-19, o que desestimula o turismo internacional na Bahia.
Empresários comemoram ocupação
Localizada em Lençóis, na Chapada Diamantina, a pousada Vila Almm vive o melhor momento na pandemia. Dos 16 leitos do espaço, todos já estavam reservados para serem ocupados no Sete de Setembro desde o início de agosto. “Teve muita gente que ligou querendo reservar, mas não tinha mais espaço e tivemos que recusar”, lembra Liliane da Silva Sodré, proprietária do espaço.
“Eu estou muito feliz com essa nossa realidade, pois está voltando tudo ao normal, estamos conseguindo pagar as contas e está dando até para contratar alguém para ajudar no serviço, ou seja, ganha todo mundo com essa retomada”, aponta.
Já Andilma Cardoso, gerente do hotel Costa dos Coqueiros, localizado em Imbassaí, distrito de Mata de São João, teve as expectativas superadas nesse feriadão e também viveu o melhor momento desde o início da pandemia. A previsão era que, no domingo (5), a ocupação chegasse em 92%, mas acabou atingindo os 100%.
“Imbassaí lotou de um jeito que não tinha visto nessa pandemia. Na segunda, nossa ocupação caiu para 90% e só hoje que o povo começou a ir embora, mas de manhã ainda estavam nas praias”, relata.
Embora ainda estejamos no inverno, ela já considera que a Bahia está no Verão por causa do desempenho observado no turismo. “Eu acho que o verão começou nesse Sete de Setembro. A sensação é essa, pois o sol está forte, a cidade está cheia e, a cada final de semana, a tendência é observarmos isso”, justifica.
Rodrigo Lima, dono da pousada Charme do Dido, em Boipeba, distrito de Cairu, também atingiu os 100% de ocupação desde domingo. No entanto, lá ele afirma que isso não tem sido incomum na pandemia. “O movimento no último verão foi bom e a gente já estava sentindo que ia ser assim. Recebemos muita gente de fora da Bahia. Só agora tem pessoas de Goiás, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro”, afirma.
Hotéis em Salvador também ficaram lotados
De casa cheia e com o maior número de quartos ocupados desde o início da pandemia. É assim que esteve o Casa Di Vina Boutique Hotel durante o feriadão da independência. Localizado em Salvador, no bairro de Itapuã, o espaço teve 100% de ocupação no sábado e domingo.
"Isso é resultado da mistura da vacinação com o sol forte. As pessoas estão se sentindo mais seguras e têm procurado mais os hotéis, sobretudo para lazer”, acredita Renata Proserpio, sócia gerente do local.
Só o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, teve ocupação também de 100% no local. No entanto, o desempenho desse feriadão foi melhor por gerar mais de um dia seguido de casa cheia. “E a maioria do nosso público é de pessoas da Bahia. Só 40% é gente de estados próximos, mas nossas garagens estão cheias. Tem gente vindo de carro para fazer turismo, o que antes não era tão comum”, aponta.
No Deville Prime Salvador, também localizado em Itapuã, a ocupação atingiu os 100% nos dias mais disputados do feriadão. “Dentro da pandemia, essa é o maior índice porque temos dois dias com 100%, o que é um recorde desde a reabertura. O cenário de busca dos hotéis tem melhorado por causa dos indicadores da pandemia", informa Álvaro Garcia, gerente geral.
Expectativa alta
Não é só da Independência que viverá o trade turístico baiano em 2021. Em outubro, no dia 12, também uma terça-feira, é feriado nacional por causa das comemorações dos 304 anos da aparição de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a padroeira do país. Em novembro, no dia 2, outra terça-feira, é Dia de Finados, e no dia 15, uma segunda-feira, comemora-se a Proclamação da República, outros dois feriados nacionais que chegam antes do Natal e Réveillon.
Tudo isso deixa animado até quem não atingiu os 100% nesse feriadão. Marcos Gallani é gerente operacional do Porto Seguro Praia Resort, que teve 80% de ocupação neste feriado. A expectativa para os próximos são os 100%. “Nós já estamos nos preparando para isso, pois a quantidade de turistas aumenta gradativamente. Nosso setor tem percebido que os indicadores em queda da pandemia e o avanço da vacinação são informações que refletem positivamente na busca por reservas em nossos hotéis”, diz.
Karina Militão é gerente operacional do Hit Hotel, localizado no Porto da Barra. Ela afirma que o local teve 80% de ocupação nesse feriadão, o mesmo atingido no Dia dos Namorados.
“A expectativa está em alta, pois o verão está vindo aí. A localização do nosso espaço ajuda muito e o atendimento é maravilhoso. Já vínhamos de um agosto em que houve uma melhora e apostamos tudo para essa reta final de 2021", relata.
Para o Wish Hotel, a ocupação também foi animadora. Alejandro Vilá Geis, gerente geral do hotel, afirma que o número é resultado de um aumento progressivo das reservas no setor. "A taxa foi de 60%. Essa é, dentro da pandemia, a nossa segunda maior performance, atrás apenas do Dias dos Namorados, quando chegamos a 70%. A busca por hospedagens fica bem melhor a cada fim de semana e feriado", explica.
Outros hotéis, de um perfil diferente, não registraram tanta ocupação. O Pisa Plaza, por exemplo, que é mais voltado para eventos e negócios segundo o gerente de operações Fernando Araújo, ficou em 57% de 4 a 7 de setembro. O Grande Hotel da Barra recebeu 65% dos hóspedes que poderia. Já o Fera Palace, localizado na Rua Chile, ficou com 50% dos quartos reservados, de acordo com Tereza Pires, gerente de reservas e receitas do local.
De acordo com Luciano Lopes, da ABIH, são justamente os feriados como o de Sete de Setembro que têm dado a chance para os empresários e hotéis tentarem uma recuperação econômica depois de um período difícil. "Não é só Salvador. O litoral e interior também apresentam uma alta procura. Isso tanto no Baixo Sul, como no Litoral Norte e na região de Morro de São Paulo. Nesses locais, a média também está entre 85% e 90%. A situação tem demonstrado o aumento do interesse turístico", ressalta.
Marcos Gallani, do Porto Seguro Praia Resort, concorda com o colega e específica o impacto dessas datas para o seu hotel.
"Os feriados prolongados têm um impacto significativo na ocupação, principalmente, por causa de hóspedes que estão num raio de 700 quilômetros e aproveitam esses dias para descansar. Então, com um feriado na semana, essa rentabilidade aumenta em torno de 25% a 30%", calcula.
Para Rodrigo Lima, dono da pousada Charme do Dido, isso está acontecendo em plena pandemia devido a tendência do turismo ser realizado em locais próximos da natureza, ao ar livre e sem aglomerações, como é o caso do litoral baiano e da Chapada Diamantina. “As pessoas têm essa necessidade de viajar, de conhecer novos lugares. E, se é para fazer isso, que seja num local tranquilo e seguro”, diz.
Terremoto de magnitude 7,0 atinge balneário de Acapulco, no México
Um terremoto de magnitude 7,0 atingiu o sudoeste do México, na região próxima ao balneário de Acapulco, no Estado de Guerrero, na noite da terça-feira, 7. O tremor provocou danos a prédios e deslizamentos de terra, bloqueando estradas.
Até o momento, uma morte foi notificada. Segundo as autoridades locais, um homem morreu esmagado por um poste.
Os reflexos do terremoto também foram sentidos na capital do país, Cidade do México, localizada a cerca de 370 km do epicentro.
Com medo do tremor, pessoas deixaram suas casas e apartamentos durante a noite.
Segundo a prefeita Claudia Sheinbaum não há registros de danos graves no local, mas alguns pontos da capital registram falta de luz.
Em comunicado, a concessionária mexicana de energia afirmou que 1,6 milhão de usuários foram afetados pelo terremoto por todo o país, incluindo moradores da capital e de cidades vizinhas, além de residentes dos Estados de Guerrero, Morelos e Oaxaca.
O sismo de magnitude 7,0 foi inicialmente medido como 7,4 pelo Instituto de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
De acordo com o instituto, por ter sido registrado muito próximo à superfície, cerca de 12,5 km abaixo do solo, o efeito de agitação do tremor foi amplificado. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Após ameaças de Bolsonaro ao STF, partidos vão discutir impeachment
Os ataques do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações de 7 de Setembro mobilizaram PSDB, PSD, Solidariedade e MDB a discutirem um apoio ao impeachment do chefe do Executivo. Os tucanos marcaram uma reunião já para esta quarta-feira, 8. O movimento chama atenção porque é a primeira vez que a executiva tucana é convocada para discutir o tema. Integrantes do partido dizem que é preciso interditar os avanços antidemocráticos de Bolsonaro antes que seja tarde demais. Além disso, os atos de Bolsonaro fizeram a discussão ganhar força para além das legendas de oposição.
Até a próxima semana, a possibilidade de engrossarem a defesa pelo impedimento de Bolsonaro antes do fim do mandato será discutida internamente em cada sigla. Dirigentes partidários ouvidos pelo Estadão/Broadcast afirmam ainda não haver consenso e nem decisão consolidada nas bancadas do Congresso. O aumento do tom de Bolsonaro, no entanto, provocou pressão por uma resposta mais dura no Legislativo.
A possibilidade de as cúpulas das legendas apoiarem o afastamento, mesmo sem apresentar um pedido formalmente, no entanto, cresceu após as manifestações de ontem. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), único que tem o poder de pautar pedidos de impeachment, afirmou à interlocutores que iria ouvir os partidos. Na gaveta dele tem 124 pedidos de cassação do mandato de Bolsonaro. Aliado de Bolsonaro, suas declarações tem sido de que não há clima para abertura de um processo.
O Solidariedade deve encaminhar na próxima semana uma decisão para assinar um pedido de impeachment contra Bolsonaro na Câmara Ao Estadão/Broadcast, o presidente da sigla, deputado Paulinho da Força (SP), revelou que a estratégia é "aumentar a pressão para cima do Arthur Lira".
Entre líderes ouvidos pela reportagem, há um certo consenso sobre os atos pró-Bolsonaro: o número de apoiadores nas ruas não foi pequeno, mas é menor do que aliados de Bolsonaro esperavam; e qualquer decisão agora passará pelo filtro do processo eleitoral.
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, anunciou ontem mesmo a convocação de uma reunião extraordinária para tratar da posição do partido em relação ao possível processo de impeachment de Bolsonaro. Os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), concorrentes entre si pela vaga de presidenciável do partido em 2022, declararam-se favoráveis ao processo de impedimento.
"Defendo a abertura do processo de impeachment por entender que até as eleições estão ameaçadas. Ontem foi o 7 de Setembro, amanhã é o Conselho da República e depois?", disse o ex-ministro de Relações Institucionais do governo Michel Temer e ex-deputado Antonio Imbassahy. "O PSDB finalmente resolveu mostrar a cara. Precisa começar a discutir os temas que importam", complementou o deputado Danilo Forte (PSDB-CE).
MDB
O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), se manifestou nas redes sociais e também sugeriu uma resposta mais dura contra Bolsonaro, sem citar diretamente um pedido de impeachment. "São inaceitáveis os ataques a qualquer um dos poderes constituídos. Sempre defendo a harmonia e o diálogo. Contudo, não podemos fechar os olhos para quem afronta a Constituição. E ela própria tem os remédios contra tais ataques", escreveu o dirigente da sigla. A nota foi submetida ao ex-presidente Michel Temer e ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
Ao Estadão/Broadcast, Baleia confirmou que o impeachment será discutido. "A marca do MDB é o diálogo. Por isso sempre discutimos e consultamos os temas nacionais com as bancadas, o que não será diferente neste caso", afirmou.
"Não podemos simplesmente avançar em um pedido de impeachment para jogar para a torcida. Deveríamos estabelecer desde já uma coalizão, um grupo de partidos para estar junto em uma terceira via. Estamos perdendo o momento de fazer essa definição", afirmou o ex-ministro Carlos Marun, que integra a Executiva do MDB.
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, reforçou em mensagem ao grupo de WhatsApp do partido que a sigla já aprovou a defesa do impeachment. "Outros partidos e atores políticos estão começando a enxergar igual caminho, mesmo os que sempre tiveram dificuldades de entender o processo em momentos como esse. Sabemos qual é o desenlace que queremos para o país. É preciso que a bancada na Câmara dos Deputados se integre a esse esforço", escreveu.
Crime
Para o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao afrontar instituições durante as manifestações. "No final dessa história, o maior prejuízo foi dele. Ele unificou todo o campo democrático contra ele e empurrou para o impeachment partidos como MDB, PSDB, Solidariedade e Cidadania. Sob a lógica autoritária, ele não demonstrou a força necessária para dar um golpe e, sob a lógica democrática, só perdeu."
Um dos fatores que pode colocar deputados contra Bolsonaro, na avaliação de caciques partidários, é a manifestação do próximo dia 12, que tem o impeachment na pauta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Mau uso da internet pode potencializar questões emocionais, alerta psicóloga
No mês em que é realizada a campanha “Setembro Amarelo”, dedicada à prevenção ao suicídio, especialistas alertam sobre o mau uso da internet e das redes sociais como forma de potencializar questões emocionais.
Diversos casos são divulgados na mídia sobre jovens que pensam em tirar a própria vida ou acabam cometendo o ato por não saber lidar com as repercussões geradas na web.
Segundo a psicóloga e professora do curso de psicologia da Faculdade Santa Casa, Cristiana Kaipper, a internet é um lugar que promove muita visibilidade, por isso, é importante que os pais estejam atentos ao comportamento dos filhos e tenham vigilância para evitar que eles se coloquem em situações difíceis de serem contornadas.
“Se pessoalmente a pessoa lidava com o julgamento de um grupo pequeno de amigos ou colegas, na internet, o número de pessoas em que se interage se torna exponencial. Para um adulto essas reações já podem ser difíceis de sustentar, imagine para um adolescente que ainda está se estruturando emocionalmente e formando a identidade”, compara.
De acordo com a psicóloga, existem alguns sinais que podem ser observados em pessoas que apresentam o risco para o suicídio.
“Se a pessoa tem sinais depressivos ou o próprio diagnóstico, pode ser um indicativo. É comum que a tendência ao suicídio seja acompanhada de rigidez do pensamento, comportamentos impulsivos e ambivalência. Frequentemente a pessoa comunica que pensa sobre o assunto ou chega a ter comportamentos autodestrutivos, como se machucar, se cortar ou se envolver em atividades que ponham a vida em risco”, pontua.
Segundo Cristiana, algumas doenças como depressão, transtorno bipolar ou transtorno borderline também são indicativos que é preciso ligar o sinal de alerta.
“Estes transtornos em níveis mais graves comumente levam a pessoa a pensar em suicídio ou mesmo a cometê-lo como forma de se livrar da dor emocional”, avisa.
A psicóloga também cita como fator de risco algum problema familiar. “O suicídio também pode refletir uma questão sistêmica familiar. Um trauma que é experimentado transgeracionalmente e não é resolvido pode criar uma tensão no sistema e trazer uma grande carga emocional em um dos membros da família, capaz de gerar algum transtorno ou mesmo levá-la ao suicídio, mesmo que ela, pessoalmente, não tenha experimentado um grande trauma”, observa.
Busca por ajuda
A psicóloga explica que familiares e amigos podem ajudar o indivíduo que apresenta pensamentos suicidas ficando atendo aos sinais e oferecendo ajuda através da escuta e empatia.
“É importante estar atento às necessidades da pessoa e levar em consideração quando ela falar sobre suas dificuldades em lidar com questões da vida ou comunicar pensamentos suicidas. Geralmente a família tem muita dificuldade em lidar com sofrimentos desse tipo, ou desconsidera os pedidos de socorro por interpretar como drama ou tentativa de chamar atenção”, diz.
Buscar auxílio terapêutico também é importante, caso a família perceba que há algum tipo de sofrimento emocional acontecendo ou algum comportamento disfuncional. “Frequentemente as pessoas banalizam o sofrimento emocional que, às vezes, com ajuda profissional poderiam ser resolvidos, manejados ou amenizados”, conclui.