O Jornal da Cidade

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Quem não votou nem justificou a ausência por três eleições seguidas ou deixou de comparecer à revisão eleitoral no município em que vota está com o título cancelado. Na Bahia, 1.576.023 eleitores estão nessa situação. Já em relação ao eleitorado de Salvador, 258.265 documentos foram cancelados. O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) lembra ao cidadão que a regularização dos títulos é imprescindível para garantir o voto em 2022.

Para o cidadão que pretende votar nas Eleições Gerais de 2022, o prazo para regularização é 4 de maio de 2022, data em que cadastro eleitoral será fechado. Isso porque, de acordo com o artigo 77 da Constituição Federal, o 1º turno das eleições é sempre no primeiro domingo de outubro, que - em 2022 - será dia 2.

Já o artigo 91 da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997) estabelece que o cadastro eleitoral ficará fechado durante os 150 dias anteriores a cada pleito. A medida permite que a Justiça Eleitoral possa apurar o eleitorado apto a votar e tomar todas as providências referentes à organização dos locais de votação e produção do material necessário para o dia da eleição, entre outros preparativos.

Conforme a legislação eleitoral, ocorrerá o cancelamento do título quando o cidadão para quem o voto é obrigatório (18 a 70 anos) deixar de votar por três eleições consecutivas - vale lembrar que cada turno de votação é considerado uma eleição - e não justificar as ausências. O eleitor que não comparecer à revisão do eleitorado (por exemplo, a revisão biométrica) no município onde possui inscrição eleitoral também fica sujeito ao cancelamento do documento.

Consequências
Além de impedir o exercício da democracia pelo voto, o cancelamento do título impede o eleitor de ser empossado em concursos públicos, obter passaporte, renovar matrícula em instituições de ensino oficial, obter empréstimos em estabelecimentos de crédito mantidos pelo governo, participar de concorrência pública e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda, por exemplo.

Por conta da pandemia de Covid-19, o atendimento no TRE-BA está sendo realizado, preferencialmente, de forma online. Os títulos cancelados podem ser regularizados pelo Título Net. O eleitor deve gerar uma Guia de Recolhimento (GRU) no site do TRE-BA ou do Tribunal Superior Eleitoral e pagar o valor devido no Banco do Brasil ou pelo PagTesouro, na internet, sem precisar ir ao banco.

A validação do pagamento da multa é feita de maneira automática pelo banco de dados do Eleitoral baiano, mas é preciso ter atenção: só a quitação do débito não configura a regularização do título. O eleitor deve preencher os dados no Título Net e encaminhar a documentação exigida.

Aqueles que não tiverem acesso à internet podem buscar o atendimento presencial, feito apenas com agendamento. O serviço pode ser marcado pelos seguintes meios: site do TRE-BA; telefone fixo (71 3373-7000) ou pela atendente virtual Maia, que faz parte do NAVE – Núcleo de Atendimento Virtual ao Eleitor.

Os efeitos da ausência às urnas estão suspensos para os eleitores que deixaram de votar em 2020 e não apresentaram justificativa. A medida foi estabelecida pela Resolução TSE n° 23.637/2021, considerando a persistência da pandemia da Covid-19.

A suspensão dos efeitos, nesses casos, permanecerá até o fim do plantão extraordinário previsto pela Resolução n°23.615/2020. Após a vigência da resolução (ainda sem prazo determinado), quem não justificar a ausência nas Eleições 2020 deverá pagar a multa ou requerer isenção ao juiz eleitoral, salvo na hipótese de aprovação, pelo Congresso Nacional, de anistia dos débitos correspondentes.

O ex-presidente Lula (PT) continua mantendo vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na disputa para 2022, segundo levantamento do instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira (17).

Agora, Lula aparece com 27% das intenções de voto, contra 26% na pesquisa feita em julho. A vantagem não aumentou, contudo, porque Bolsonaro foi de 19% para 20%.

No segundo turno, Lula teve uma ligeira queda. Ele foi de 58% para 56% e Bolsonaro manteve os mesmos 31% da pesquisa anterior.

Pesquisa espontânea de intenções de voto no 1º turno

Lula (PT): 27% (26% na pesquisa anterior)
Jair Bolsonaro (sem partido): 20% (19% na pesquisa anterior)
Ciro Gomes (PDT): 2% (2% na pesquisa anterior)
Outros: 3% (2% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 10% (7% na pesquisa anterior)
Não sabe: 38% (42% na pesquisa anterior)

Cenários
A pesquisa mostrou quatro cenários na versão estimulada, em que os nomes são apresentados às pessoas. Em todos, Lula aparece à frente.

No 1ª deles, Lula lidera com 44% (46% na anterior) e Bolsonaro aparece em segundo com 26% (25% na anterior). Ciro Gomes (PDT) tem 9%, João Doria (PSDB) tem 4% e Luiz Henrique Mandetta (DEM) surge com 3%. Branco, nulo ou nenhum chegam a 11%. Outros 2% não sabem.

No segundo cenário Lula tem 42% das intenções de volto, Bolsonaro 25% e Ciro Gomes 12%. Ao invés de Doria, essa versão traz o também tucano Eduardo Leite, com 4%. Mandetta soma 2%. Brancos e nulos são 11% e 2% não sabem.

O terceiro cenário mantém a mesma tríade à frente: Lula com 44%, Bolsonaro com 26% e Ciro com 11%. Doria fecha a lista com 6%. 11% optariam por branco ou nulo e 1% não sabem, nesse cenário, em quem votariam.

Na última versão, vários outros candidatos são incluídos, mas não muda muito. Lula lidera com 42%, Bolsonaro aparece em segundo com 24% e Ciro tem 10%. Doria fica com 5%, José Luiz Datena (PSL) tem 4% e Simone Tebet (MDB) surge com 2%.

Ainda estão nesse levantamento Aldo Rebelo (sem partido) e Rodrigo Pacheco (DEM), com 1%. Alessandro Vieira (Cidadania) não pontuou. 10% votariam branco ou nulo e 2% não sabem.

Veja simulações de segundo turno feitas pelo instituto:

Lula (PT): 56% (58% na pesquisa anterior)
Bolsonaro (sem partido): 31% (31% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 13% (10% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (1% na pesquisa anterior)
Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Lula e Doria

Lula (PT): 55% (56% na pesquisa anterior)
Doria (PSDB): 22% (23% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 22% (20% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (1% na pesquisa anterior)
Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Bolsonaro e Ciro

Ciro (PDT): 52% (50% pesquisa anterior)
Bolsonaro (sem partido): 33% (34% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 15% (15% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (1% na pesquisa anterior)
Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Bolsonaro e Doria

Doria (PSDB): 46% (46% na pesquisa anterior)
Bolsonaro (sem partido): 34% (35% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 19% (18% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (1% na pesquisa anterior)
Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Ciro Gomes e Lula

Lula (PT): 51%
Ciro gomes (PDT): 29%
Em branco/nulo/nenhum: 19%
Não sabe: 1%

Sacrilégio, mais um recado afrontoso ou os dois? O fato é que a inscrição da facção Bonde do Maluco (BDM) estava a 30 passos do prédio-sede da Polícia Civil, na Piedade. Há cerca de seis meses, as paredes da Igreja e Convento Nossa Senhora da Piedade exibiam as iniciais do maior grupo criminoso do estado e vinham deixando todos preocupados, principalmente quem está diariamente no tempo religioso.

“Vandalismo já aconteceu bastante, mas pichação como essa de agora, referente à uma facção, não. Estamos todos assustados. Qual o objetivo deles expressando isso em nossa parede? Faz medo porque a gente não sabe o que está por trás disso. Pode ser recado à polícia, pode sim, como também pode ser uma direta a outros grupos que também atuam aqui no centro. Quais as consequências disso para todos nós? ”, declarou o reitor do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padre Albervan Pinheiro.

As inicias “BDM” estavam até a última sexta-feira (10) nas paredes frontais da Igreja e Convento Nossa Senhora da Piedade, onde o portão de entrada está defronte à Praça da Piedade. “Já tinha visto as pichações, mas não sabia que as letras indicavam uma facção”, disse o padre Albervan. Ao tomar conhecimento do significado das três letras através do CORREIO, o religioso aproveitou que o templo passa por uma reforma e determinou que a pichação fosse apagada. “Viajei no último sábado (18), mas antes disso ordenei para o pessoal da obrar cobrisse aquilo lá. Quando retornei na segunda (13), não havia mais nada”, contou.

A reportagem repercutir o caso com alguns fiéis. De acordo com um deles, o BDM quis mandar um recado para a à Secretaria de Segurança Pública (SSP). “Com certeza foi para chamar a atenção da polícia, para dizer: ‘estamos aqui e não temos medo’. Esta é a minha leitura. Como é possível fazerem isso sem que a polícia percebesse, bem debaixo do nariz dela? Aqui tem câmera para todos os lados, inclusive na praça. E o pior: isso está aí há uns seis meses e ninguém apaga”, declarou o economista João Paulo de Freitas, 54, morador do bairro e um dos frequentadores assíduos da igreja Nossa Senhora da Piedade.

As iniciais teriam sido colocadas por moradores de rua da região. “Certamente. Eles são usuários ao mesmo que tempo que também trabalham para a facção, levando e trazendo informações e pichando as iniciais do grupo a pedido dos gerentes do tráfico”, contou João Paulo.

Questionada sobre o acontecido, a SSP informou que " combater o tráfico de drogas é prioridade das polícias Militar e Civil". "Informa ainda que de janeiro a agosto, em 2021, cerca de 15 toneladas de entorpecentes foram apreendidos e 1,2 milhão de pés de maconha foi destruído", disse a SSP em nota.

Já a Polícia Civil disse que " a ação de quadrilhas " é investigada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). A nota enviada pontua que a PC "vem atuando por meio de atividades de inteligência, diligências, operações e outras ações de Polícia Judiciária em todo território baiano".

A Polícia Militar, por sua vez, informou que "o policiamento ostensivo na região da Praça da Piedade conta com duplas de policiais militares a pé ao longo dos seus subsetores, reforçado por guarnições ordinárias embarcadas em viaturas duas e quatro rodas e pela Companhia de Emprego Tático Operacional (CETO) do 18º BPM". A PM também informou que conta com uma base móvel de segurança e com o reforço operacional de policiais atuando 24h. Ainda segundo o órgão, no mês de setembro, "o policiamento foi reforçado com mais uma viatura de rádio patrulhamento acrescida, durante o dia, ao efetivo já existente, tendo em vista a aproximação da alta estação e dos meses de final de ano".

Esta não foi a primeira vez que siglas de facções são ostentadas próximas a unidades policiais. Em setembro do ano passado, o CORREIO registou também as iniciais do Comando da Paz (CP) e o Comando Vermelho (CV) em frente à Base Comunitária e a menos de 500 metros da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (Nordeste de Amaralina). No seguida à publicação, as inscrições foram apagadas pela polícia.

Missas
Antes das inscrições, os assaltos já faziam parte da rotina dos fiéis. Por conta do aumento da criminalidade no entorno Igreja e Convento Nossa Senhora da Piedade e também na Paróquia de São Pedro que, apesar de não ter sido pichada com as iniciais do BDM, vem sofrendo as consequências por estar situada na Praça da Piedade, as tradicionais missas nas tardes de domingo foram suspensas desde o início da pandemia.

“Quando encerrávamos as celebrações das 17h, os fiéis eram assaltos nos pontos de ônibus ou quando andavam para casa, pois muitos moravam no entorno. Isso aqui aos domingos é muito deserto e as pessoas estavam vulneráveis. Bandidos levavam bolsas, correntes, o que podia carregar. Então, por uma questão de segurança, tanto aqui, como na Paróquia de São Pedro, ficou decido pelo encerramento das missas nas tardes de domingo”, declarou o reitor do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padre Albervan Pinheiro.

A reportegem perguntou à Polícia Civil sobre o que tem a dizer sobre o cancelamento das missas às 17h e também em relação aos constantes assaltos. Até o fechamento desta edição não houve um posicionamento. Os mesmos questionamentos foram realizados à Polícia Militar (PM), que por sua vez também não respondeu.

Barra
As marcas das facções são encontradas cada vez mais no centro de Salvador. Ou seja, os criminosos estão saindo da periferia, deixando os locais escondidos, para ostentar o poder em bairros turísticos, como a Barra.

Na Rua Barão de Sergy iniciais de grupos rivais foram deixadas em pontos distintos ao logo da via, a cerca de 250 metros da 14ª Delegacia (Barra). Na parede de uma farmácia que dá no início rua no sentido Porto da Barra, a letras “C” e “P”, postas lado a lado, fazem referência de que o comando do tráfico no local é do Comando da Paz. “Eu não sabia do que se tratava, mas está aí há quase um ano. Mas não é novidade pra ninguém que a Barra hoje virou o point da malandragem, principalmente nos finais de semana, pois o tráfico rola solto”, disse um morador de um dos edifícios no local.

Uma gaúcha, que mora há poucos mais de cinco meses em um dos prédios da rua, disse que assim que chegou, foi orientada pelos vizinhos sobre a situação do tráfico na Barra. “A gente percebe através de comentários, que aqui já foi um lugar mais tranquilo. Agora, vem muita gente de outros lugares atrás de drogas. Isso acontece com mais frequência no sábado e no domingo, quando tem o maior fluxo de pessoas, consequentemente um número maior de consumidores”, disse ela.

Já no final da Barão de Sergy, no muro do Edifício Rosário, é possível perceber, ainda que apagadas, uma das simbologias do Bonde do Maluco, "TD 3", que siginfica "Tudo 3", a mesma coisa que "BDM" , além da sigla CP, que, ao que tudo indica, sobrepõe a marca rivcal. Algumas pessoas disseram que foram os próprios moradores do prédio que trataram de retirar as pichações. Nenhum deles quis falar soibre o assunto.

Um porteiro que trabalho há mais de 20 anos em um edifício disse que a Barra está igual ao bairro que ele mora, o Tororó. “ Não tem muito tempo que acordamos com tudo pichado do BDM. A cada dia eles (traficantes) estão mais ousados, querendo ficar em evidência e dão testa onde for. Foi o que a aconteceu no domingo. Alguém deu o canal que o rapaz estava no local e foram lá para apagar ele”, disse o porteiro, se referindo ao episódio do último domingo, quando dois homens e uma mulher foram baleados durante tiroteio no Porto da Barra.

Tiroteio
O Departamento de Homicídios a Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a autoria e a motivação dos tiros que mataram o acusado de tráfico Rodrigo Cerqueira de Jesus, o Tosca no domingo (05), no Porto da Barra. No dia, a mãe dele e outro homem também foram baleados.

As vítimas foram socorridas para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde Rodrigo chegou sem sinais vitais. O estado de saúde das outras duas vítimas não foi divulgado. Moradores da região contam que foram, ao menos, cinco disparos efetuados na esquina da Rua Cézar Zama com a Barão de Sergy.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, informações preliminares dão conta de que Rodrigo seria integrante de um grupo criminoso com atuação no bairro de Cosme de Farias e um dos alvos de investigações do DHPP.
Ainda segundo informações preliminares, ele seria o principal alvo dos criminosos. A disputa pelo tráfico de drogas é a principal linha de investigação para o crime.

A Barra vem sofrendo com uma onda de violência. Para minimizar a situação, a 11ª Companhia Independente (Barra) conta atualmente com um novo comandante quer assumiu o cargo nesta quinta-feira (16).

Pavilhão
Um dos cinco grupos criminosos mais atuantes na Bahia, e considerado o mais violento, o Bonde do Maluco (BDM) surgiu em 2015 no pavilhão V do Presídio Salvador, no Complexo Penitenciário da Mata Escura. Liderado pelo assaltante de banco José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, morto em dezembro de 2019, o grupo nasceu como uma ramificação da extinta facção Caveira, comandada por Genilson Lima da Silva, o Perna, custodiado em presídio federal.

Seguindo modelo semelhante às maiores organizações criminosas do país - Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e Comando Vermelho, do Rio de Janeiro -, o BDM foi criado para ampliar a área de atuação da facção Caveira, nesse caso, na Bahia, em alguns pontos estratégicos do tráfico da capital, como Subúrbio e Cajazeiras, e principalmente na Região Metropolitana de Salvador.

No entanto, houve um racha e uma parte do grupo mais agressiva ficou sob o comando de Zé de Lessa, que tinha como fornecedor de armas e drogas o PCC. Atualmente, em Salvador, o BDM tem atuação em Cajazeiras, Brotas, parte do Subúrbio e orla (entre a Boca do Rio e Itapuã), Cabula, Garcia, Pau da Lima, Federação e parte da Ilha de Itaparica. A expansão começou por Cajazeiras X.

A Secretaria Municipal de Saúde decidiu suspender a vacinação em Salvador de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidade, a partir desta quinta-feira. A decisão foi tomada após a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), emitir uma nota técnica comunicando a revisão da recomendação para imunização contra a covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades.

De acordo com a nota técnica, a vacinação deve ser restrita aos adolescentes nessa faixa etária que apresentem alguma deficiência permanente, comorbidade ou estejam privados de liberdade.

Entre os pontos apresentados pelo Ministério estão o fato da Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não recomendar imunização de crianças e adolescentes e de que somente um imunizante foi avaliado em ensaios clínicos randomizados (ECR) nessa faixa, deixando somente uma opção de vacina. Além disso, diz que há uma melhora no cenário da pandemia no país. "Os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos", acrescenta o texto.

O Ministério da Saúde destaca também que o risco de complicações e mortes por covid-19 nessa faixa etária é significativamente menor que em outras, Na nota, é dito que dentro cerca de 50% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 e 70% dos óbitos por covid-19 na população de 15 a 19 anos possuem ao menos um fator de risco.

Por isso, o ministério recomenda que o uso das vacinas da Pfizer, única aprovada para menores de idade no país, sigam a seguinte prioridade no momento:

a) População gestantes, as puérperas e as lactantes, com ou sem comorbidade,
independentemente da idade dos lactentes;
b) População de 12 a 17 anos com deficiências permanentes;
c) População de 12 a 17 anos com presença de comorbidades;
d) População de 12 a 17 anos privados de liberdade;

Em nota, a SMS informou que seguindo esta recomendação, a Prefeitura de Salvador suspendeu imediatamente a vacinação de adolescentes fora dos critérios estabelecidos, a partir de hoje (16).

Com isso, apenas o público dentro deste perfil continua a receber o imunizante na capital baiana. A aplicação hoje é realizada nos drives-thru situados no 5º Centro de Saúde (Barris) e Atakadão Atakarejo (Fazenda Coutos), além dos pontos fixos no 5º Centro de Saúde (Barris), UBS Virgílio de Carvalho (Bonfim), USF Cajazeiras V e USF Vila Matos (Rio Vermelho).

A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do, subsidiada pela Câmara Técnica Assessora de Imunização da covid-19 do MS, informou, ainda, que revisará, sempre que necessário, suas recomendações, com base em dados de segurança e na evolução das evidências científicas.

De janeiro a setembro deste ano, 18 empregadas domésticas baianas denunciaram viver condições análogas à escravidão no ambiente de trabalho à Seção de Inspeção do Trabalho da Superintendencia Regional do Trabalho. É um número quase cinco vezes maior que todas as denúncias prestadas entre 2016 e 2020 - quatro, ao todo.

As campanhas de conscientização sobre o tema e a divulgação de casos de trabalho análogo à escravidão na imprensa, acredita Liane Durão, chefe do setor de fiscalização do órgão que recebeu as denúncias, "surtiram efeito direto". As denúncias ainda serão averiguadas por ações de fiscalização.

“A exposição destes casos da mídia têm tido um efeito direto no aumento do número de denúncias, tendo em vista que divulgam os canais de denuncia, ao tempo em que também desnaturalizam algumas condutas. Apesar de indícios, só é possível configurar a condição análoga à escravidão a partir da fiscalização", disse Liane Durão, chefe do Setor de Fiscalização do Trabalho na SRTb/BA.

No início de abril deste ano, o CORREIO denunciou pedidos de socorro de 28 empregadas domésticas que recorreram ao Sindicato das Empregadas Domésticas da Bahia para revelar que estavam impedidas de folgar e sair da casa dos patrões. A justificativa dada pelos chefes, segundo as denunciantes, era o medo de que elas se contaminassem pela covid-19.

A SRT lançou, no dia 20 de abril, uma campanha para conscientizar a população sobre a exploração no trabalho doméstico, baseada nos eixos da conscientização, escuta e fiscalização.

"A pandemia remete a situações que remetem à escravidão em uma modalidade diferente”, afirmou Milca Martins, diretora da Federação Nacional das Empregadas Domésticas, à época.

As denúncias de trabalho análogo à escravidão por empregadas domésticas podem ser feitas via SRT, Ministério Público do Trabalho e Sindicato das Empregadas Domésticas (71 3334-1734) - neste último caso, será preciso formalizar a denúncia judicialmente.

Um vulcão nas Ilhas Canárias, no litoral da África, entrou em estado de alerta para uma possível erupção e está preocupando os oceanógrafos aqui no Brasil. Isso por que, de acordo com os especialistas, uma erupção explosiva do Cumbre Vieja poderia provocar um tsunami que atingiria todo o Brasil, afetando principalmente a costa do Nordeste.

A possibilidade ainda é considerada remota, porém real e digna de atenção. Existem quatro níveis de alerta para uma erupção vulcânica e o Cumbre Vieja ainda está no 2. Nele, a população é orientada para que fique atenta e vigilante no monitoramento da atividade vulcânica e sísmica.

O terceiro é um "alerta máximo" de uma erupção iminente. Já o quarto é quando o evento já está em andamento.

A alteração de nível do Cumbre Vieja ocorreu pela detecção de aumento significativo nos movimentos sísmicos desde sábado (11). As atividades tectônicas, que seguem ocorrendo ao longo desta semana, são um indicativo da proximidade de uma erupção.

Além disso, a profundidade dos epicêntros dos tremores diminuiu, de acordo com o Plano Especial de Proteção Civil e Atenção às Emergências de Risco Vulcânico das Ilhas Canárias (Pevolca). Eles ocorrem, geralmente, a 30km de profundidade. No entanto, só nesta quinta-feira (14), foram mais de 100 tremores com profundidades que chegam a apenas 1km.

Um comunicado enviado pela Pevolca na manhã de hoje destaca que o processo é contínuo e pode ter uma rápida evolução a curto prazo. Tremores ainda mais fortes são esperados para as próximas horas.

Olha a onda
Ocorrendo uma erupçao explosiva, a onda de choque provocaria a formação de tsunamis que atingiriam todo o Atlântico, do Estados Unidos ao sul do Brasil. As áreas mais atingidas seriam o Caribe, Golfo do México e Nordeste brasileiro, que experimentaria ondas de até cinco metros de altura. Um vídeo simula como seria a chegada das ondas ao litoral brasileiro. Veja:

Esse vulcão é considerado a chance mais real do Brasil ser atingido por um tsunami, explica o oceanógrafo Carlos Teixeira, professor da Universidade do Ceará (UFC).

"Após a erupção, as ondas chegariam ao litoral brasileiro em apenas seis horas. Por isso, a preparação para um tsunami precisa ser feita com bastante antecedência para dar tempo de evacuar toda a população. Se não, o banhista vai estar no Porto da Barra e será surpreendido pela onda gigante", explica o professor.

Uma onda de 5 metros, por exemplo, seria capaz de alagar e destruir basicamente toda a Cidade Baixa. O Mercado Modelo ficaria quase submerso e apenas as áreas da Cidade Alta ou de morros, como Brotas, passariam ilesas.

Carlos explica que o tsunami não funciona como uma onda comum de 5 metros. Antes de chegar à costa, o mar recua. Depois, a onda gigante chega, com força, destruindo tudo pela frente.

"No caso das ondas de praia, elas tem um cumprimento de 200 metros, em média, e ocorrem em intervalos de 10 segundos. No caso do tsunami, o intervalo entre as ondas é de quilômetros, com isso a força é muito maior. Por isso, até um tsunami de meio metro já seria o bastante para destruir boa parte do Porto da Barra, por exemplo", detalha o especialista.

"Por isso a necessidade da elaboração de um plano de evacuação para eventos deste tipo. A ocorrência de tsunamis é improvável, mas não impossível no Brasil. Por não termos uma preparação adequada, um evento desta natureza poderia ser catastrófico", alerta Carlos Teixeira. Fonte: Correio*

O governador Rui Costa nomeou Nelson Pelegrino para cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM). O documento com a nomeação, assinado por Rui ontem, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (16), um dia depois da aprovação do nome de Pelegrino pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Deputado federal licenciado, Pelegrino vai deixar também o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur) por conta da nomeação. A exoneração do Poder Executivo também está publicada no Diário de hoje.

O governador Rui Costa designou Ananda Lage, atual Chefe de Gabinete da Sedur, para cumulativamente assumir a secretaria até então sob comando de Pelegrino.

A Bahia recebeu, na tarde desta quarta-feira (15), uma remessa com 64.350 doses de vacina contra a Covid-19. Os imunizantes são da Pfizer/BioNTech.

O voo comercial que trouxe as doses chegou por volta das 15h, no aeroporto de Salvador.

Com esta nova carga, a Bahia chegou ao total de 17.970.118 doses de vacinas recebidas, sendo 6.653.518 da Sinovac/Coronavac; 6.751.580 da Oxford/AstraZeneca; 4.163.520 da Pfizer e 261.100 da Janssen.

O projeto de lei que prorroga até 2026 a desoneração da folha de pagamento para os setores que mais empregam no País foi aprovado nesta quarta-feira, 15, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Para começar a valer, o texto ainda precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Câmara, além de passar por uma análise do Senado.

A medida está em vigor desde 2011 e beneficia 17 setores ao reduzir os encargos cobrados sobre os salários dos funcionários. Pelas regras atuais, a validade da desoneração acabará no fim de 2021. O projeto de lei que prorroga os efeitos da desoneração é de autoria do deputado Efraim Filho (DEM-PB).

O relator é o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). O relator tenta votar um requerimento para que o projeto não passe pela CCJ e vá direto ao plenário.

O relatório do parlamentar do Progressistas foi pela aprovação do projeto. O parecer de Jerônimo não trouxe mudanças significativas em relação ao projeto original. No entanto, o relator não descarta mudanças, que podem ocorrer por meio de emendas na votação do plenário da Câmara.

Uma das soluções que podem ser construídas com o governo é a diminuição do prazo da prorrogação. O relator também não descarta que o prazo possa ir até 2023, em vez de 2026.

A equipe econômica do governo federal teme o impacto que a medida pode ter nas contas públicas, pois significa redução da arrecadação federal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem feito diversas reuniões com Jerônimo para chegar a um texto de acordo, mas ainda não há perspectiva de entendimento.

A desoneração beneficia as empresas porque reduz os encargos trabalhistas que são pagos por elas. A medida consiste em trocar os tributos sobre os salários dos empregados por uma alíquota sobre o faturamento. Hoje, essas empresas podem escolher: ou pagam 20% de contribuição previdenciária sobre os salários dos funcionários ou uma alíquota que vai de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto. Juntos os setores de construção civil, calçados, tecidos, transporte rodoviário, proteína animal e comunicações empregam mais de 6 milhões de trabalhadores.

A presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Viven Suruagy, defendeu a manutenção da desoneração. "A medida é decisiva para planejarmos e definirmos investimentos e capacitação de recursos humanos. Caso não seja mantida, haverá aumento médio de 7,5% no custo e risco de quebra de empresas", declarou.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, incluiu na investigação do TSE sobre o presidente Jair Bolsonaro uma apuração sobre suspeitas de financiamento nos atos de 7de setembro. A inevstigação vai verificar se houve pagamento de transporte e diárias para quem foi às manifestações e se houve conteúdo que possa ser considerado campanha eleitoral antecipada. Segundo a GloboNews, o procedimento foi convertido em inquérito, ampliando o objeto de apuração.

A investigação vai verificar se houve abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea (antecipada). O inquérito já investiga ataques contra a legitimidade das eleições.

O procedimento foi aberto para que as autoridades públicas apresentassem provas de que houve fraude no sistema eletrônico da eleições de 2018.

Apesar de passar dois anos afirmando que houve fraude no pleito, vencido por ele mesmo, o presidente Bolsonaro não apresentou nenhuma prova. Ele chegou a convocar uma live para mostrar essas supostas evidências, quando admitiu que não tinha nehuma e voltou a disseminar informações falsas sobre o assunto.