O Jornal da Cidade

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A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) está com inscrições abertas para interessados em participar dos processos seletivos simplificados de professores substitutos para os Campi de Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus e Santo Amaro.

Ao todo, são 16 vagas oferececidas. Oito dessas são para lotação no Centro de Ciências da Saúde (CCS), em Santo Antônio de Jesus. Há vagas também em Amargosa, Cruz das Almas, Cachoeira, Feira de Santana e Santo Amaro (veja mais abaixo).

O processo seletivo ocorrerá de forma totalmente remota, possibilitando a participação de candidatos de todo país. Serão duas etapas distintas, de caráter eliminatório e classificatório: análise de currículo e prova didática. A inscrição custa R$ 60.

É possível se inscrever para mais de uma área de conhecimento, assumindo risco que pode não ser possível realizar todas as provas em virtude de incompatibilidade nas datas, horários e locais. Caberá ao candidato, nesse caso, optar por uma das vagas para qual se inscreveu.

Para o Centro de Formação de Professores (CFP), em Amargosa, é oferecida uma vaga para professor substituto para a Matéria/Área de Conhecimento Ensino de Ciências e Matemática, com carga horária de 40 horas.

Para o Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB), em Cruz das Almas, é oferecida uma vaga para professor substituto para a Matéria/Área de Conhecimento Cirurgia veterinária com ênfase em grandes animais, com carga horária de 40 horas.

Para o Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (Cetec), em Cruz das Almas, é oferecida uma vaga de professor substituto para a Matéria/Área de Conhecimento Sistemas Elétricos e Computacionais (SECOMP IV), com carga horária de 40 horas.

Para o Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), em Cachoeira é oferecida uma vaga de professor substituto para a Matéria/Área de Conhecimento Arte e Patrimônio/ Produção, com carga horária de 40 horas.

Para o Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (Cetens), em Feira de Santana são oferecidas duas vagas para as matérias/áreas de conhecimento Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial (1 vaga) e Energias (1 vaga), ambas com carga horária de 40 horas.

Para o Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult), em Santo Amaro, com duas vagas, para as matérias/áreas de conhecimento Núcleo de Fomento à Formação Geral e Interdisciplinaridade (Nuvem), com carga horária de 40 horas.

Para o Centro de Ciências da Saúde (CCS), em Santo Antônio de Jesus, são oferecidas oito vagas, com carga horária entre 20 e 40 horas semanais, para as matérias/áreas de conhecimento Práticas do cuidado em Saúde (Medicina) com três vagas; Humanidades; Saúde Coletiva (três vagas); e Ciências Básicas da Saúde (uma vaga).

Mais informações estão disponíveis no site da UFRB.

O Congresso Nacional rejeitou no final da noite desta segunda-feira, 27, o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que permite a criação de federações partidárias. A decisão representou derrota para o Palácio do Planalto. O veto já havia sido derrubado pelos senadores e a decisão foi confirmada pelos deputados por 353 votos a 110. Partidos como PCdoB, Rede, PV e Cidadania correm risco de extinção a partir de 2022 e pressionaram pela derrubada do veto.

Com as federações, dois ou mais partidos podem se juntar e formar um bloco durante a eleição, mas terão de atuar juntos no Congresso e nos Legislativos de todo o País nos quatro anos seguintes.

As federações deverão atuar como se fossem uma única agremiação partidária. Dessa forma, legendas menores poderão se unir a partidos maiores e manter representantes que não seriam eleitos no modelo atual.

O argumento dos defensores da medida é viabilizar a união de partidos políticos com identidade programática, diferente das coligações eleitorais, que poderiam unir legendas de campos diferentes de forma fisiológica para aumentar bancadas. O PT e o PCdoB, por exemplo, planejam formar uma federação para atuarem juntos no Congresso e nas Assembleias Legislativas a partir das próximas eleições. A mesma conversa ocorre entre o PSDB e o Cidadania.

"Quero ressaltar a importância de derrubar o veto da federação. Diferente da coligação, (as federações) têm princípios, une partidos que são ideologicamente parecidos. Por isso, derrubar o veto da federação é uma oportunidade de diminuir o quadro partidário, mas dar condições de sobrevivência a todos aqueles que têm programas ideológicos", disse o líder do Cidadania na Câmara, deputado Alex Manente (SP).

O setor de inovação de Salvador não para de crescer e se fortalecer. Só no mês de setembro, seis startups baianas receberam investimentos de, pelo menos, R$ 79,6 milhões. A informação é da Associação Baiana de Startups (Abastartups). Apenas duas fintechs baianas, as empresas que utilizam tecnologia para atuar no mercado financeiro, tiveram um investimento de R$ 70 milhões no total. R$ 40 milhões para a ZigPay e R$ 30 milhões para a BomConsórcio.

Fundada em 2017, a primeira se denomina como a mais inovadora plataforma de gestão de consumo e pagamento para casas noturnas, bares, restaurantes e eventos. Já a segunda é especializada no mercado de cotas de consórcio.

Os outros investimentos são de R$ 4,5 milhões na escola de tecnologia baiana Cubos Academy, empresa que oferece educação na área da tecnologia; R$ 1,9 milhões na erural, especializado no comércio eletrônico da área da pecuária; R$ 1,5 milhões na QRPoint, desenvolvedora de soluções para RH; e R$ 1,2 milhões para a Infleet, que criou um hub integrador de gestão de frotas do Brasil.

Para Donjorge Almeida, diretor de Comunidades da Associação Baiana de Startups (Abastartups), esses números mostram o crescimento do setor. “Ao longo do ano, aconteceram outros investimentos em outras empresas. É fato que as startups baianas estão se consolidando cada vez mais no mercado nacional e até internacional”, diz.

Salvador é lider em startups no Norte-Nordeste
Atualmente, Salvador está na oitava colocação na lista das cidades com mais startups, sendo a primeira de todo Norte-Nordeste. “Nós conseguimos ter maturidade nas startups baianas e isso é muito importante. Elas estão faturando, tendo investimento e Salvador continua na frente, como referência”, argumenta Donjorge.

Esse cenário pode ser mais fortalecido graças a Prefeitura de Salvador, que pretende mapear e desenvolver o ecossistema de inovação e empreendedorismo na cidade. O primeiro passo já foi dado na manhã desta segunda-feira (27), quando o prefeito Bruno Reis (DEM) assinou um convênio de cooperação técnica com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A iniciativa terá investimento de R$ 300 mil, sendo metade da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit) e o resto do Sebrae. Segundo a prefeitura, ambas instituições coordenarão o mapeamento, a ser executado pela Fundação Certi em, aproximadamente, sete meses. “Iremos mapear e apoiar as startups com projeção local e nacional. Nosso desejo é produzir soluções. Queremos uma cidade inteligente e inovadora e não há outro caminho que não seja o investimento nesse setor, que pode gerar milhares de empregos”, diz Bruno Reis.

No levantamento, a prefeitura não vai apenas contar quantas startups têm na cidade, mas criar uma base para tomar medidas mais assertivas para criação de novas políticas públicas e para impulsionar as empresas de tecnologia. A iniciativa também permitirá conhecer quais matrizes econômicas do ecossistema soteropolitano de startups estão mais fortes, assim como aquelas que necessitem de mais apoio para crescimento.

“Eles vão usar toda uma metodologia para fazer uma radiografia clara do ecossistema de inovação e a gente precisa disso. Hoje, Salvador tem muitas startups de educação, mas será que esse é realmente o nosso forte? Alguns dizem que é a economia criativa, a indústria do entretenimento, mas a gente não sabe. Só com essa metodologia específica que vamos poder responder qual é a nossa força”, explica Donjorge.

Ele também apontou como pode ser prejudicial para o setor a ausência dos dados. “No Brasil, em geral, a pandemia favoreceu o surgimento de muitas startups voltadas para saúde, educação e financeiro. A gente não sabe como foi isso em Salvador. Não temos números disso”, reclama.

Você provavelmente já foi até uma das praias do litoral de Camaçari, que fica a cerca de 50 km de Salvador, mas será que conhece a cidade? Sabia, por exemplo, que ela tem o segundo maior crescimento absoluto populacional da Bahia (4.906 pessoas em um ano)? É a cidade da Região Metropolitana de Salvador que mais cresce em termos percentuais (1,61% em 2021) e a terceira do estado no ranking de taxa de crescimento populacional em 2021. Hoje é comemorado o aniversário de 263 anos de Camaçari, e voc~e vai conhecer a história da cidade e como ela se tornou essa atual potência.

Maria Luiza D’Errico é uma daquelas camaçarienses que podem dizer que, quando chegou à cidade, tudo era mato. Ela tem 69 anos e mora em Camaçari desde os 5. Ela se mudou de Candeal para lá em 1956 quando seu pai, que era policial militar, foi transferido.

A moradora conta que, quando era criança, Camaçari era uma cidade de veraneio que sobrevivia da agricultura. “As ruas não eram asfaltadas, a energia era a motor com horário de ligar e desligar, a água a gente buscava na fonte. Eu tomava banho de rio, ia comprar pão na padaria, e a carne do sol que a gente comprava vinha no papel de embrulho”, diz.

Maria Luiza destaca ainda que a cidade deu um salto a partir da chegada do Polo Industrial, instalado no município em 1978. “Chegaram muitos imigrantes em busca do ‘ouro’, a população foi crescendo e a gente foi ganhando escolas, praças, se desenvolvendo fisicamente”, acrescenta a moradora.

O historiador, professor e pesquisador Diego Copque confirma. “Temos uma explosão demográfica em Camaçari por conta do advento do Polo Petroquímico. E muitos estudiosos utilizam essa instalação como marco na cidade, porque a partir daí temos a instalação de diversas indústrias e, principalmente, a fábrica da Ford, que intensificou ainda mais esse crescimento”, diz.

Mas esse desenvolvimento, segundo Maria Luiza, também tem um outro lado. Camaçari acabou se tornando uma cidade da mistura. “É uma cidade que até hoje é formada por pessoas de vários cantos da Bahia e do Brasil. Temos uma mistura de cultura, de linguajar, de costumes. Com isso, as pessoas têm dificuldade de assumir a identidade de camaçariense e ainda dizem ser de outras localidades. Eu não nasci aqui, mas assumo essa identidade. Eu amo essa cidade e não pretendo sair daqui”, diz.

A estudante Milena Furtado, de 22 anos, é uma das novas moradoras. Ela se mudou de Salvador para Camaçari em 2019, quando foi aprovada para o curso de Direito no campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) que fica na cidade. A adaptação foi lenta, mas hoje Milena diz que adora a cidade.

“Eu cheguei sem conhecer ninguém e senti uma diferença para Salvador, porque na capital eu morava no Corredor da Vitória, e o Gleba E, onde eu moro agora, é um bairro que fica um pouco distante do centro de Camaçari. E cheguei com medo porque todo mundo me dizia que a cidade tinha fama de ter muito violenta, mas eu vi que não era isso tudo, que toda cidade tem violência. Aprendi a gostar da cidade, principalmente pelas praias e barzinhos”, conta a estudante.

E, com a pandemia, a cidade precisou abrir espaço para ainda mais gente. É que pelo menos 100 mil pessoas se mudaram para um dos nove municípios que compõem a região do Litoral Norte da Bahia em 2020. Este foi o número de pedidos para novas ligações de energia elétrica na região, de acordo com dados da Coelba. E, num sinal de que este movimento de expansão dificilmente será algo efêmero, este ano, o volume de pedidos para novas ligações está 13% acima do que se verificou no ano passado, aponta a concessionária de energia.

Cidade Industrial
Com a chegada do Polo, Camaçari ganhou a fama de Cidade Industrial. A estrutura é a maior da Bahia e, no começo, abrigava diversas indústrias químicas e petroquímicas, mas, com o passar dos anos, passou a contar com outros ramos, como automotivo, de celulose, borracha, metalurgia do cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, bebidas e serviços. É o primeiro complexo petroquímico planejado do Brasil e o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, com mais de 90 empresas instaladas.

Mais recentemente, outro destaque foi a fábrica da Ford, inaugurada em 12 de outubro de 2001, sendo a primeira fábrica de automóveis a se instalar no Nordeste. A fábrica fechou as portas em 12 de maio de 2021. Mas até 2018, ano mais recente divulgado pelo IBGE, o PIB da cidade contabilizava R$ 23,8 bilhões, o segundo maior do estado, abaixo apenas de Salvador. O número estava entre os 50 maiores do país (em 39º lugar). No recorte de indústria, no entanto, o município ocupa a liderança, com o maior PIB industrial da Bahia.

Em 2018, a indústria gerou um valor de R$ 9,4 bilhões, o 17º maior valor adicionado para esse setor entre todos os municípios brasileiros. Com um PIB elevado e uma população não tão grande (309.208 pessoas na estimativa de 2021), Camaçari tinha ainda, o 4º maior PIB per capita da Bahia (R$ 81.106).

Cidade turística
Camaçari tem 42 km de litoral, a maior extensão da Região Metropolitana, reunindo cerca de 30 praias paradisíacas que contribuem para o turismo na cidade. As principais delas são: Busca Vida, Abrantes, Barra do Jacuípe, Guarajuba, Itacimirim, Jauá e Arembepe.

Em Camaçari, está a mais tradicional aldeia hippie do Brasil, em Arembepe e, na direção do interior, o Parque das Dunas de Abrantes e o Mirante do Cruzeiro. Também em Vila de Abrantes está a igreja mais antiga do município; construída pelos jesuítas há mais de 400 anos e as nascentes protegidas das quatro principais bacias hidrográficas responsáveis pelo abastecimento de água de toda a Região Metropolitana de Salvador.

Para o historiador Diego Copque, Camaçari tem um grande potencial turístico, mas não o explora como deveria. “Camaçari tem um potencial muito forte para o turismo, tanto quanto Salvador, mas isso não é devidamente explorado. É preciso ir além das praias, pensar em algo voltado para uma perspectiva étnica e histórica. Temos aqui três das igrejas mais antigas do Brasil (Igreja do Espírito Santo, Igreja de Monte Gordo e Igreja de Barra do Jacuípe), o que pode ajudar no turismo religioso”, destaca.

História da cidade
Em 1558, às margens do Rio Joanes, os jesuítas João Gonçalves e Antônio Rodrigues formaram a Aldeia do Divino Espírito Santo. Logo depois, surge a Companhia de Jesus, um espaço para catequizar os índios Tupinambás que viviam aqui.

Em 1624, sob a liderança do bispo D. Marcos Teixeira, diversas autoridades foram acolhidas na vila e, junto com os índios, organizaram tropas de resistência que ajudaram a expulsar os holandeses da Bahia.

Em 28 de setembro de 1758, o local se emancipa e um decreto assinado pelo Marquês de Pombal muda o nome do povoado para Vila de Nova Abrantes do Espírito Santo. Pouco depois, passa a se chamar somente Vila de Abrantes, quando tinha cerca de 500 casas e 1.200 habitantes.

Em 1920, após o governador Francisco Marques de Góes Calmon mudar a sede do município de Abrantes, o distrito de Camaçari é criado no novo local. Cinco anos depois, passa a se chamar Monte Negro. Finalmente, em 1938, através de decreto, o município passou a ser chamado de Camaçari.

“Camaçari sempre foi um local estratégico para a capital, tanto que o aldeamento surge em 1558, nove anos depois da fundação de Salvador. Ela nasce, junto com outras localidades, como um dos cinturões de defesa da costa, servindo como barreira do litoral para que corsários não invadissem Salvador”, ressalta o historiador Diego Copque.

Confira a programação de aniversário:

As comemorações na cidade começaram ainda nessa segunda-feira (27). Na véspera do aniversário, foi inaugurado o novo Horto Florestal Linaldo da Silva. A inauguração contou com a presença do prefeito Elinaldo da Silva, do vive-prefeito José Tude e do presidente nacional do Democratas, ACM Neto. O parque ecológico, situado na região central da cidade, passou por transformação para ofertar atividades de lazer, educação e proteção do meio ambiente. O local conta com 11 ambientes para visitação.

Nesta terça-feira (28), acontece um ato simbólico de hasteamento da bandeira da cidade. A prefeitura não divulgou horário e local do ato por conta do limite de pessoas imposto pela pandemia. O evento será restrito às autoridades.

Na quarta-feira (29), acontece o Desfile Cívico Virtual, promovido pela prefeitura através da Secretaria da Educação (Seduc). Com a temática “Escolas presentes em cenário de esperança”, cerca de 400 estudantes, personalidades das comunidades e gestores educacionais contribuíram com a construção do projeto que será transmitido pela TV Câmara, no Canal 25.1 da TV Litorânea, e também pelo YouTube da instituição, às 14h.

Curiosidades sobre Camaçari

Camaçari vai do Rio Joanes até o Rio Pojuca. Mata de São João não faz parte de Camaçari, mas Açu da Torre, que hoje faz parte de Mata de São João, pertenceu a Camaçari até 1924.

O nome da cidade, que inicialmente era escrito como Camassary, tem origem tupi-guarani e significa ‘árvore que chora’, por conta do orvalho que cobria a copa das árvores da espécie Caraípa densifolia com gotículas de água. Hoje, a espécie é escassa na cidade porque a madeira já foi bastante utilizada para construção.

Em Camaçari, existe a mais tradicional aldeia hippie do Brasil, em Arembepe. A fama da vila vem, principalmente, da força do movimento hippie dos anos 60. Simpatizantes do mundo inteiro frequentavam o local pregando o “paz e amor”. Astros como Mick Jagger, Janis Joplin e os integrantes dos Novos Baianos eram alguns dos rostos conhecidos que passavam por lá.

Camaçari possui diversas unidades de conservação ambiental espalhadas em seu território como: a Unidade de Conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Joanes I, Unidade de Conservação Rio Capivara, Cinturão Verde de Proteção do Complexo Petroquímico de Camaçari, Parque das Dunas de Abrantes, Unidade de Conservação Lagoas de Guarajuba e Parque Garcia D´Ávila.

Há um projeto de lei sendo escrito para propor a correção da data de aniversário da cidade. A data de fundação se confunde com a data de emancipação. A cidade comemora no dia 28 de setembro o aniversário de emancipação política e civil dos povos indígenas do Brasil, e não de fundação. A fundação é, na verdade, em 29 de maio de 1558, o que acrescentaria 200 anos ao município.

Camaçari foi importante no processo de independência no Brasil na Bahia. O tema do 2 de Julho, foi recentemente discutido em julho deste ano no primeiro encontro que ocorreu em Lauro de Freitas para tratar da inclusão dos municípios de Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ Ávila e Mata de São João, nas comemorações em 2023 do bicentenário da Independência da Bahia e da inclusão desses municípios no roteiro da passagem do Fogo Simbólico.

O número de registros de união estável cresceu 9%, na Bahia, nos oito primeiros meses de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento realizado pela Seção Bahia do Colégio Notarial do Brasil (CNB-BA). Um dos principais motivos do crescimento, segundo o CNB-BA, é a pandemia da covid-19. Isso porque, para ser incluído como dependente de um segurado pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que tenha falecido, é preciso comprovar a relação de convivência.

O levantamento mostra que, até agosto deste ano, foram 3.328 escrituras de união estável no estado. Nos primeiros oito meses de 2020, foram a 3.054. Entre os estados da região Nordeste que registraram maior emissão do documento estão o Ceará, 35,2%, Rio Grande do Norte, 27,8% e Paraíba, 22,3%. Na sequência aparecem Piauí, com 18,5%, Maranhão, com incremento de 15,2%, Alagoas, 11%, e Sergipe, com crescimento de 9,9%.

Núbia Barbosa, tabeliã de notas de Salvador, atribui essa crescente a dois principais fatores, a maior procura pela contratação de planos de saúde e o temor da morte provocada pelao coronavírus.

“O INSS exige a prova da união estável para que o companheiro ou companheira receba pensão. É um cenário de maior preocupação, em casos de saúde, de uma ocorrência mais trágica e isso leva as pessoas a buscarem regularizar a situação”, ressalta.

A fila de espera para ter acesso ao direito de pensão pelo INSS, segundo o instituto, pode durar 40 dias e passou de 1,8 milhão de pedidos até julho deste ano. Em média, 25% dos casos estão travador por falta de documentação completa. A ausência de documento que prove a união estável é um dos motivos.

“A formalização da união estável ocorre a partir do momento em que duas pessoas estão vivendo com o objetivo da constituição de família, embora não tenham se casado. O Ato pode ser realizado em qualquer Tabelionato de Notas levando apenas os documentos pessoais originais”, explica o presidente do CNB/BA, Giovani Guitti Gianellini.

A escritura de união estável pode ser feita online, por meio do site www.e-notariado.org.br, e é uma declaração realizada perante um tabelião de notas por duas pessoas que vivem juntas como se fossem casadas, e que possui diversas finalidades, como a de comprovar a existência da relação e fixar a sua data de início, estabelecer o regime de bens aplicável ao relacionamento, regular questões patrimoniais, garantir direitos perante órgãos para fins de concessão de benefícios e permitir a inclusão do companheiro(a) como dependente em convênios médicos, odontológicos, clubes etc.

Os casais interessados em formalizar a sua união estável precisam procurar um tabelião de notas, em posse de documentos pessoais originais, RG e CPF, ou então estarem representados por procuração. O valor da escritura é tabelado por lei estadual e varia de acordo com a tabela de cada estado do país. Na Bahia, custa R$ 247,88.

Para que o processo ocorra à distância, basta entrar em contato com um dos Cartórios de Notas credenciados no site www.e-notariado.org.br e agendar a videoconferência. Para a assinar a escritura de forma virtual é necessário o uso de um certificado digital, que também pode ser emitido de forma remota pelo Tabelionato.

Após o anúncio do nascimento da pequena Liz, a bebê GG de Lore Improta e Léo Santana, os pais divulgaram comunicado à imprensa para falar sobre a chegada da filha. A menina nasceu às 8:36h deste domingo (26), no Hospital Português, em Salvador. Liz nasceu saudável, de parto normal, pesando 2.8kg e medindo 48cm.

“Não tem como conseguir explicar o que estou sentindo agora..Estou em êxtase!! O meu maior sonho se realizou. Minha filha é perfeita e cheia de saúde. Só tenho a agradecer a Deus, meu marido, família, amigos, fãs por todo suporte e carinho conosco”, disse Lore Improta.

"Hoje é o dia mais feliz da minha vida! Sonhei tanto com esse momento… Imaginei cada detalhe, ensaiei em meus pensamentos todos os passos, mas foi muito melhor e muito mais emocionante do que eu poderia imaginar. Ver a minha filha chegar ao mundo e segurá-la em meus braços foi a melhor sensação que eu já senti na vida!! Minha pequena Liz é linda e o meu mundo agora é só amor", comemorou Léo.

O cantor acompanhou o parto e mostrou uma foto onde aparece com a marquinha do pé da filha estampada na mão. Liz nasceu com 40 semanas e um dia.

Nos últimos dias, Lore vinha relatando sua rotina para ajudar a filha a nascer. Ela passou a comer tâmaras, mesmo sem gostar, seguiu fazendo atividade física como caminhada e hidroginástica, e apelou para sessões de acupuntura. A loira chegou a brincar que a menina adiou o nascimento para não nascer virginiana como ela, pois o pai não aguentaria. Lore disse ainda que espera que a filhota não nasça indecisa por ser libriana. "Eu vou dizer logo: decida, minha filha! (risos). Meu Deus, imagina eu como mãe. Coitada da criança", se divertiu.

A dançarina relatou também que o papai ficou tranquilo a gravidez inteira, mas que na reta final se mostrou muito ansioso.

Léo Santana e Lorena Improta se casaram em fevereiro deste ano. Em março, o casal anunciou a gravidez. Dois meses depois, o casal fez uma festa para revelar o sexo do bebê, com transmissão nas redes sociais.

 

Da quinta-feira (23) para cá, o museu Cidade da Música na Bahia esteve na boca do povo. E não era para menos. Afinal, o equipamento, que fica no recém-reformado Casarão de Azulejos Azuis, reúne em um só lugar um acervo audiovisual capaz de colocar os visitantes na trilha da história da música baiana. Um atrativo que o fez “sair da boca” para entrar na rota de quem ficou sabendo de sua existência. Isso porque, nos quatro primeiros dias de funcionamento, a Cidade da Música teve ocupação beirando os 100% da sua capacidade. Nem mesmo a chuva que não deu descanso ao longo deste domingo (26) manteve as pessoas distantes do local. De acordo com a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), de sexta a domingo, todos os 1200 agendamentos possíveis foram feitos e 95% das pessoas que agendaram apareceram por lá.

Uma destas pessoas que compareceram neste domingo para conferir parte das 750 horas de conteúdo audiovisual do museu foi o servidor público Marcelo Freitas, 36 anos, que mora na Vila Laura e viu no local um passeio ideal para si e também para seus filhos. "Vim porque vi na TV e uns amigos indicaram. E foi muito bom relembrar o passado da música baiana e ainda poder mostrar para os meus filhos, que são novos, um pouco da nossa cultura e da nossa história. Tô revivendo momentos bons de carnavais anteriores e conhecendo os que eu não participei, que são das décadas de 70, 80, 90", conta Marcelo, que deu destaque ao espaço de percussão do museu.

Museu impressiona

Outra que ficou impressionada com os detalhes exibidos sobre a história da percussão e seus instrumentos foi a administradora Patrícia Corral, 30, que foi até o museu atrás de aulas sobre a música local e encontrou muito mais que isso. "A gente vive na cidade da música, conhecida por ser berço de grandes artistas, e ouvia-se pouco sobre. Aqui a gente conheceu a história de cada bairro, o som de cada bairro, muito de percussão que tem uma explicação bem profunda até porque são os instrumentos mais tocados aqui. Então, achei muito rico porque trazem uma aula como eu nunca vi sobre a nossa música", diz Patrícia, fascinada com a tecnologia da Cidade da Música.

O aparato técnico oferecido pelo espaço, além de fazer uma trilha pelo passado, mostra a cara do que é o presente e o futuro da música baiana, o que impressionou Luis Lavor, 26, curador que é de Recife e aproveitou a visita a Salvador para conhecer o equipamento. "Gostei, o museu é interativo e tá lindo! Achei legal que explora bastante a história de artistas novos da Bahia, o que foi surpreendente pra mim. Rap e trap têm um espaço muito grande no museu e eu fiquei bem satisfeito com isso. O que tem de espaço pra galera tradicional, tem também pra galera nova, isso é bem legal", declara ele, que foi ao museu com uma soteropolitana que conheceu o local através das redes sociais.

Chaise Oliveira, 40, trabalha com contabilidade pública, aproveitou a folga para conhecer o equipamento e foi só elogios para o novo ponto turístico de Salvador. "Recomendo pra todos os baianos e pro povo de fora também, os turistas têm que visitar porque tá ótimo. Tudo me impressionou, não imaginava. A gente está acostumado a ver essas estruturas fora daqui e estávamos precisando porque o museu é fora do comum. Um passeio e tanto pra quem quer conhecer a nossa cultura", fala ela.

Casa lotada

Assim como Chaise, milhares de outras pessoas foram até o local ou, pelo menos, agendaram uma ida. Até agora, 5.737 agendamentos já foram feitos, lotando a ocupação máxima do local de 24 a 30 de setembro. Fábio Mota, titular da Secult, afirma que isso é uma amostra do sucesso que o museu tem feito.

"Já era esperado pelo nível do equipamento, diferente de tudo que temos por aqui. E a propaganda boca a boca tá funcionando. As pessoas que vão, só falam bem e incentivam os outros a irem também. Temos tido uma resposta que supera todas as expectativas e a única reclamação que temos é do pessoal que quer voltar e ainda não consegue agendar porque a procura está muito grande", informa Mota, pontuando que o espaço está funcionando com número limitado de visitantes por conta da covid-19.

Como ir ao museu?

Para quem também está doido para conferir o passado, o presente e o futuro da música baiana, o local está aberto para visitas de terça-feira a domingo, mediante agendamento em horários entre 10h e 17h. A entrada custa R$ 20 a inteira, com estudantes e residentes em Salvador podendo pagar meia-entrada através de comprovação

10 curiosidades imperdíveis do museu:

1 - Sala de karaokê para o visitante virar intérprete de grandes sucessos da nossa música e gravar clipes.

2 - Espaço com vídeos de vários rappers, trappers e poetas de todo o Brasil que ainda dá a chance para o visitante recitar uma poesia ou um rap.

3 - Sala "A Magia da Orquestra", voltada para conteúdo sobre a música clássica em território baiano.

4 - Estúdio de percussão, que mostra diversos instrumento de percussionistas e servirá de espaço para gravação de artistas baianos selecionados.

5 - "Quem Faz a Música da Bahia", que compila 260 depoimentos das personalidades mais importantes da música em nosso estado.

6 - Primeiro andar como portal para a história de bairros da cidade e suas músicas.

7 - Ilustrações gigantes de fragmentos da pintura modernista de Genaro de Carvalho

8 - Jogos de memória sobre a música baiana.

9 - Instalações interativas que simulam mesa de som.

10 - Sala de vídeo de última geração que exibe clipes de novos nomes da música baiana.

Após terem retornado às salas de aula no modelo semipresencial no dia 23 de agosto, os alunos da rede municipal de ensino de Salvador vão, nesta segunda-feira (27), passar a adotar o modelo 100% presencial. Essa será a primeira vez em que isso acontecerá desde março de 2020, quando as escolas foram fechadas por conta da pandemia. A decisão do retorno se aplica para o ensino infantil e o fundamental, afetando os 150 mil alunos e 8 mil professores das 412 escolas municipais. Entenda como será a mudança.

A decisão foi anunciada pelo prefeito Bruno Reis no último dia 23. Pais e estudantes ainda estão divididos. A doceira Vanessa Pereira, 40 anos, tem dois filhos que estudam na rede municipal. As crianças estão frequentando as aulas semipresenciais, com uma semana em sala de aula e uma semana em casa, mas a mãe tem dúvidas se esse é o momento de voltar 100% ao presencial.

“Crianças são inquietas e buscam o tempo todo interagir. Acredito que é mais fácil para os professores controlarem metade da turma do que a turma toda. Aqui em casa estamos todos vacinados, mas mesmo assim a gente fica com medo”, disse.

Já a dona de casa Maria Inês Lima, 42, pensa diferente e disse que aposta no retorno presencial. “Mandei minha filha com receio [para o semipresencial], mas depois de um mês não houve problemas, então, estou me sentindo mais segura. Ela estava sentindo falta dos colegas e está mais alegre depois que voltou a rever os amigos. Então, vamos voltar e vamos monitorando”, afirmou.

Apesar das iniciativas e dos apelos da prefeitura, a adesão dos estudantes ao ensino semipresencial foi baixa. Segundo o secretário de educação municipal, Marcelo Oliveira, apenas 42% dos alunos estavam comparecendo. A expectativa da secretaria é que esta porcentagem aumente a partir da adoção do novo modelo.

O secretário defende que as escolas são ambientes seguros e apela para que os pais e responsáveis levem seus filhos. “Estamos seguindo os protocolos e todos os profissionais já estão vacinados. Os alunos tiveram um atraso no ensino muito grande, precisamos recuperar isso. E é importante dizer que a escola não é só para transmitir conhecimento, é um espaço de convivência e desenvolvimento psico-social”, diz.

Como as aulas estavam funcionando antes?

As escolas passaram a adotar, no dia 23 de agosto, o modelo semipresencial de ensino. Isso significa que as aulas eram divididas entre presencial e online. As crianças iam para as escolas em dias alternados. Metade da turma ia nas segundas, quartas e sextas e a outra metade nas terças e quintas. Na semana seguinte, quem frequentou durante três dias, frequentaria durante dois e vice-versa. Desse modo, só metade da quantidade total de alunos estava na sala de aula ao mesmo tempo. Isso garantia o distanciamento de 1,5m entre eles.

Por que o retorno acontece agora?

No início de setembro, o Ministério da Educação emitiu uma recomendação para estabelecer o afastamento de 1m entre as mesas dos alunos. Essa recomendação foi validada pelo Ministério da Saúde e, com isso, o prefeito Bruno Reis emitiu um decreto estabelecendo essa nova distância para todos os estabelecimentos de Salvador, incluindo as escolas. Com a redução para 1m, é possível que todos os alunos da turma frequentem a sala de aula ao mesmo tempo, porque essa é a distância padrão entre as mesas estabelecida antes da pandemia.

Como as aulas vão funcionar agora?

O novo esquema começa a valer a partir desta segunda (27), já para todas as séries. Com o ensino 100% presencial, todos os alunos vão frequentar as salas de aula de segunda a sexta, em horário regular. Os pais ou responsáveis que ainda não se sentirem seguros para levar os filhos até a escola poderão manter a adoção do ensino 100% remoto.

Nas creches, a quantidade máxima de alunos por sala é de 20. Até o 1º ano, é 25. Até o 3º ano, é 30. A partir do 3º ano, são 35, que é o número máximo estabelecido mesmo antes da pandemia.

O secretário de educação, Marcelo Oliveira, reforça que o modelo agora será o totalmente presencial, mas o ensino híbrido continua. Ou seja, os alunos vão para as salas de aula todos os dias da semana, mas continuarão com o apoio do online. Os cadernos de atividade, estudos dirigidos e as aulas pela TV aberta e pelo canal da Seduc no YouTube continuam. O objetivo é oferecer um reforço aos alunos para recuperar o tempo em que eles estiveram sem aulas.

Qual é a posição do sindicato sobre a mudança?

O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, disse que a categoria vai se reunir na segunda-feira (27) para discutir a decisão da prefeitura. Às 9h, acontece uma reunião virtual através dos canais da APLB no YouTube e Facebook para definir o posicionamento dos professores. Segundo o coordenador geral, as aulas presenciais nesta segunda estão mantidas.

Segundo Rui Oliveira, o sindicato defende o distanciamento de 1,5m. “Queremos que o protocolo de biossegurança, que determina afastamento em 1,5 metro, seja respeitado. Para manter esse distanciamento as salas não comportam mais de 20 alunos, então, não vamos permitir mais de 20 alunos por sala. Vamos discutir o retorno presencial e depois solicitar uma audiência com o prefeito”, contou Rui Oliveira.

Sobre o argumento, o secretário de educação disse que “não há razão para o sindicato negar o retorno 100% presencial”. “Essa nova distância está sendo praticada em todos os estabelecimentos da cidade”, colocou.

Há casos de contaminação nas escolas municipais?

Segundo o secretário de educação, Marcelo Oliveira, não houve registro de contágio nas escolas. Foram identificados 18 casos nas escolas de toda a Bahia, mas não há evidências de que a contaminação aconteceu no ambiente escolar.

“Não há evidência de que a contaminação foi na escola porque as pessoas circulam por outros lugares além das salas de aula. Além disso, não tivemos nenhum caso de contágio cruzado, ou seja, nenhum desses 18 contaminados passou a doença para outra pessoa da escola”, coloca o secretário.

Como fica a rede estadual e as escolas particulares?

A rede estadual retomou o ensino híbrido primeiro que a rede municipal. No final de julho, as escolas adotaram o modelo semipresencial para 780 mil estudantes do ensino médio, profissionalizante e Ensino Jovens e Adultos (EJA). Duas semanas depois foi a vez de 120 mil alunos do ensino fundamental II voltarem para a sala de aula.

Apesar dos esforços, também houve pouca adesão por parte de professores e estudantes. Por enquanto, o modelo usado ainda é o semipresencial e a previsão, segundo o governador Rui Costa, é de que, a partir de outubro, a rede também adote o 100% presencial. Na rede privada, as escolas já estão se preparando para o retorno totalmente presencial, fazendo um levantamento de quantos alunos vão aderir ao modelo.

Qual é o cenário da covid-19 em Salvador?

Cerca de 1,2 milhão de soteropolitanos estão completamente imunizados e outros 2 milhões receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19. Atualmente a cidade está protegendo pessoas com 12 anos ou mais e aplicando doses de reforço em idosos a partir dos 60 anos.

A cidade contabiliza um total de 236.016 casos de covid-19 e 7.619 óbitos. Os bairros com mais quantidade de casos são Pituba (7.739), Pernambués (6.749) e Brotas (6.478). A faixa etária mais atingida é entre 30 e 49 anos. O gráfico de casos na cidade não indica crescimento desde o início do mês de agosto.

A variante Delta é uma preocupação das autoridades. A Bahia tem ao todo 72 casos da variante, com dois óbitos. Salvador é uma das cidades com registros. Ainda não se sabe quantos desses casos foram detectados na capital.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (26) pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), Salvador tem taxa geral de ocupação de leitos para covid-19 de 28%. São 18% de ocupação para as enfermarias de adultos e 28% para as UTIs de adultos. Em relação aos leitos pediátricos, a taxa de ocupação das enfermarias é de 60% e das UTIs é de 55%.

Quais são os protocolos sanitários adotados nas escolas?

- Todos os alunos devem usar máscara, exceto os da Educação Infantil (0 a 5 anos) e os que têm autismo
- Todos terão a temperatura aferida, e aqueles com resultado igual ou superior a 37,5°C devem ser direcionados para acompanhamento de saúde adequado
- Todos os colaboradores devem higienizar as mãos com água potável e sabão ou devem realizar o uso de álcool 70%
- Qualquer suspeita de covid-19 devem ser encaminhados para um posto de saúde
- Os estudantes, professores e outros funcionários que estiverem com suspeita de doença não devem ir à escola
- As mesas, cadeiras, pisos e portas devem ser higienizadas a cada turno
- Carteiras em sala de aula espaçadas em 1 m
- As janelas das salas de aula devem, preferencialmente, permanecer abertas
- Em caso de utilização de ar condicionado, ele não deve ser mantido no modo recirculação do ar
- Deve-se higienizar as mãos antes de entrar na sala de aula
- Os brinquedos e materiais de uso comum, em salas de aula, deverão ser higienizados a cada uso
- Evitar levar brinquedos pessoais, dando ênfase nas atividades recreativas ao ar livre
- Corredores, elevadores, corrimões, portas, pisos, maçanetas, etc devem ser higienizados diariamente, a cada três ou quatro horas
- As portas devem permanecer abertas ou encostadas para reduzir o contato com as maçanetas
- Proibido o uso de bebedouros com esguichos. Alunos e funcionários devem levar copo individual e/ou descartável para pegar água do bebedouro
- A higienização dos refeitórios deve ocorrer a cada 3h ou 4h
- As quadras deverão ser utilizadas por turnos e em horários diferenciados por cada turma
- As escolas deverão suspender atividades coletivas que exija maior proximidade
- O acesso de todos que tenham contato com casos suspeitos ou confirmados de covid-19 só será permitido após 10 dias de isolamento e após 24h sem sintomas ou mediante a apresentação de teste negativo (RT-PCR)
- As escolas que possuem área para recreação devem realizar o recreio monitorados, organizando as turmas em horários intercalados, de modo a evitar aglomeração
- Proibido o compartilhamento de comida, utensílios e brinquedos entre os grupos
- Eventos escolares como viagens, atuação em campo externo ou teatros deverão ser suspensos
- A ocorrência de mais de um caso suspeito ou confirmado na mesma escola em um período de 15 dias, a direção deve informar ao Distrito Sanitário de abrangência da unidade escolar.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está com covid-19, confirmou o próprio parlamentar nesta sexta-feira (23). Eduardo esteve na viagem para Nova York do pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A confirmação do diagnóstico foi dada em entrevista ao portal R7.

Além de Eduardo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), também confirmou a infecção. Ela anunciou nas redes sociais que testou positivo. A ministra não estava na comitiva que viajou para os EUA.

Toda a comitiva que acompanhou o presidente na viagem para Nova York, onde Bolsonaro falou na Assembleia-Geral da ONU, foi colocado em isolamento por recomendação da Anvisa, depois que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou que está com covid, na terça (21).

Eduardo contou que fez o teste ontem e recebeu o resultado hoje. Já a ministra afirmou que está bem, mas cancelou compromissos e vai manter o isolamento no período de quarentena.

O presidente Jair Bolsonaro fará no final de semana um novo teste RT-PCR. Se o resultado for novamente negativo, ele deve sair do isolamento.

Bolsonaro está trabalhando de casa, fazendo reuniões on-line. Ele também cancelou uma viagem que faria hoje para o interior do Paraná.

A Bahia tem talentos musicais pra todos os gostos: na MPB, Gil e Caetano; no samba, Batatinha e Riachão; no rock, Pitty e Raul Seixas; no axé, Ivete e Daniela; na música romântica, Pablo do Arrocha; no ijexá, o Filhos de Gandhy; na bossa, João Gilberto... com tanta diversidade, já era hora de registrar a história da música produzida aqui. E finalmente, isso foi feito: foi inaugurada ontem, em cerimônia para convidados, a Cidade da Música da Bahia, que receberá visitantes a partir de hoje.

A sede é o histórico Casarão dos Azulejos Azuis , no Comércio. O prédio, tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), foi recuperado especialmente para sediar a Cidade da Música, que documenta, em mais de mil horas de registros audiovisuais, a relação da Bahia com os mais diversos ritmos.

Totalmente recuperado para abrigar a Cidade da Música da Bahia, inaugurada ontem, o Casarão dos Azulejos Azuis, no Comércio, foi tombado em 30 de julho de 1969 pelo Iphan

Idealizado na gestão do prefeito ACM Neto, o espaço tem curadoria e concepção do antropólogo Antônio Risério e do artista Gringo Cardia, que é também responsável pelo design e cenografia. Neto e Gringo Cardia estavam ontem na inauguração, junto com o prefeito Bruno Reis, o Secretário de Cultura e Turismo de Salvador e o vereador Geraldo Júnior, presidente da Câmara Municipal.

Mas a Cidade da Música não se limita a ser um museu, já que é também um centro de entretenimento, onde o visitante pode participar de um karaokê, gravar um videoclipe ou fazer suas rimas sobre uma base de rap. Será também um centro de produção e fomento à música, com um estúdio de gravação que vai receber o projeto Novos Talentos, em que quatro jovens artistas todo mês serão selecionados por uma curadoria e gravarão uma música e um clipe cada um. O produtor André T será um dos responsáveis pelo Novos Talentos.

O cenógrafo Gringo Cardia no ambiente que remete à Tropicália, com ampliações da pintura modernista de Genaro de Carvalho (1926-1971). Gringo assina a curadoria com o antropólogo Antônio Risério

O prefeito Bruno Reis ressaltou a importância do espaço: "Vamos manter o turista mais tempo em Salvador, movimentando a economia, gerando emprego e renda para nosso povo. Sem dúvida, o setor de cultura e eventos foi um dos mais afetados pela pandemia. Os grandes artistas e empresários conseguiram fazer lives ou publicidade, mas falo dos pequenos, uma classe tão importante e a quem devemos tanto".

O prefeito acrescentou que a Cidade da Música, além de homenagear os artistas, reverencia os que estão nos bastidores da música: "A técnica, a produção, a alimentação, vestuário... A Cidade da Música da Bahia é de todos vocês e todos nós".

O ex-prefeito ACM Neto ressaltou que o novo equipamento tem uma visão democrática: "Os grandes músicos, que conseguem notoriedade, esses já têm sua história contada. A mídia eletrônica ajuda a contar quem são essas pessoas. Mas existem os anônimos que estão nos guetos da nossa cidade, mas que são essenciais para que tudo dê certo".

O ex-prefeito ACM Neto; Fábio Mota, secretário de Turismo e Cultura de Salvador e Bruno Reis, atual prefeito estiveram na cerimônia de abertura da Cidade da Música

Gringo Cardia explica reconhece que o museu "tradicional", de objetos é importante, mas acredita que esse formato mais moderno, com destaque para o audiovisual funciona bem para atrair os mais jovens: "Os museus estão passando por uma transição porque a linguagem deles não atinge as gerações mais novas, que falam o tempo inteiro com o audiovisual. Para eles, a interatividade é muito importante".

Por isso, o novo museu tem sala para dançar e espaços para se divertir. "Mas tudo isso contribui para que as pessoas aprendam também. Não adianta fazer a visita a um espaço onde a pessoa não se identifique e esqueça tudo no dia seguinte. Hoje, o aprendizado é muito emocional", defende Gringo, que, em Salvador, participou da concepção da Casa do Rio Vermelho - dedicada a Jorge Amado e Zélia Gattai, no imóvel onde moraram, no Rio Vermelho - e da Casa do Carnaval, no Centro Histórico.

Para aderir à interatividade, o visitante cadastra seu celular na entrada através de um QR Code e assim poderá fazer algumas escolhas, como quais vídeos quer assistir. Isso é possível, por exemplo, no primeiro andar, onde há diversos monitores que exibem documentários de 25 a 30 minutos sobre a música característica de 27 regiões da cidade.

Na sala A Cidade de Salvador e Sua Música, há uma exibição de documentários que contam a história da música característica de diferente regiões da cidade

"Selecionamos pessoas de cada bairro, que podem ser artistas ou não, que trabalham com música nesses bairros. Há pessoas famosas que nasceram ali ou que iniciaram carreiras naqueles locais. Fizemos entrevistas bem longas e acabou ficando tudo muito emocional", diz Gringo Cardia. No Pelourinho, destacam-se depoimentos de Majur e Virgínia Rodrigues; no Campo Grande, Léo Santana; a Boca do Rio é associada à invasão hippie; Itapuã, a Vinícius de Moraes e por aí vai...

No segundo andar, estão vídeos que contam a história da música da Bahia, em formato de minidocumentários, dedicados aos mais diversos ritmos e personagens. Tropicália, samba-reggae, samba de roda são alguns dos temas. Capinan, Caetano Veloso, João Gilberto e Jorge Portugal estão entre os homenageados nos vídeos.

A cenografia nesse pavimento é marcada por reproduções em tamanho ampliado das obras do artista plástico Genaro Carvalho (1926-1971). "Gosto muito do trabalho dele e queria um artista que representasse bem a arte de Salvador e tivesse a ver com música. E a produção de Genaro me lembra muito a Tropicália", justifica Gringo.

No último andar, estão as atrações mais interativas, onde é possível gravar músicas e clipes ou tocar percussão. Tem também uma sala dedicada ao trap e rap, que não estava no projeto inicial, mas Gringo decidiu incluir depois que convidou o rapper Vandal para recitar uns poemas de Gregório de Mattos. "Tive a ideia de pedir a Vandal pra trazer uma galera contemporânea, que faz rap e trap na periferia, que é conhecida lá, mas pouco conhecida em outras áreas da cidade".

O designer destaca a importância da recuperação do Casarão: "Era uma ruína e todos baianos lamentavam vê-lo se desmanchar. Ele dá o tom da Cidade Baixa, então era deprimente ver aquilo, porque a cidade tem uma relação simbólica com ele". Para o designer, é importante que o prédio não será apenas sede do museu e terá continuidade, já que o projeto prevê uma sala de espetáculos e uma escola para técnicos de música.

Ali, serão formados técnicos, que poderão atuar na área de iluminação, montagem de palco, maquiagem e figurino, por exemplo. "A música é muito mais que se apresentar no palco. Exige a atuação de muitos profissionais e Salvador, que tem um potencial muito grande, precisa desses profissionais. Tem uma juventude muito interessada em trabalhar nisso", diz Gringo.