O Jornal da Cidade

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A alta de casos de covid durante o mês de janeiro não impediu os turistas de curtirem as férias e a temporada de verão em Salvador. Isto porque, de acordo com números registrados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), 2022 começou registrando uma taxa média de ocupação de 69,31%, bem acima da observada no mesmo período do ano passado (54,25%), o que tornou janeiro o melhor mês para a hotelaria na capital, desde quando a pandemia começou.

Segundo o presidente da ABIH-BA, Luciano Lopes, o avanço da vacinação e a demanda reprimida das férias escolares foram os principais fatores que contribuíram para que o setor alcançasse esse resultado. O aumento da procura foi também impulsionado pela maior disponibilidade de voos domésticos, que trouxeram de volta os turistas dos principais mercados emissores do país, sobretudo, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília.

“Mesmo a ocupação seja inferior à de janeiro de 2020 (73,5%) - período anterior à pandemia - o avanço da vacinação e os cuidados redobrados dos hotéis trazem otimismo. No entanto, é necessário estar atento para as incertezas e novidades impostas pela pandemia, que nos obriga a adaptações constantes para atender às demandas sanitárias”, destaca.

Na última semana, a Bahia registrou recorde de casos ativos quando chegou a mais de 36 mil registros no estado, ou seja, o maior número do início da pandemia até agora. Luciano Lopes não nega que o cancelamento de voos e as notícias sobre a alta dos casos de infecção pela variante ômicron a partir da segunda quinzena de janeiro afetaram diretamente o desempenho dos hotéis com o cancelamento de reservas.

Porém, ainda assim, janeiro foi um mês mais positivo do que se esperava: “Enquanto em outros anos a ocupação se mostrava relativamente estável ao longo do mês, em janeiro de 2022 a taxa de ocupação da primeira quinzena foi de 75,83%, enquanto na segunda quinzena a ocupação caiu para 63,19%”, complementa Lopes.

Entre os que mantiveram os planos de vir à Salvador está a empresária carioca, Simone Araújo, 45 anos, que está na cidade para trabalhar e aproveitar o fim de semana. “Acredito que já vim aqui mais de oito vezes. Além do trabalho, precisava rever alguns amigos”, conta. Entretanto, ela tem evitado bares cheios, aglomerações na piscina e locais de passeio. “Estou vacinada e mantendo todos os cuidados possíveis”.

Já o empresário e turista do Porto Alegre (RS), Tiago Medeiros, 41 anos, veio com a família. Apesar de já conhecer a Bahia, ele trouxe, pela primeira vez, os filhos de 11 e 13 anos.

“A gente não desistiu de viajar até porque está todo mundo vacinado e já pegamos covid, então, estamos bem tranquilos com relação a isso. Não queríamos mexer na programação porque já tínhamos essa viagem agendada há um bom tempo e não queríamos perder”.

Eles estão hospedados em um resort na Praia do Forte e aproveitaram o domingo (06) para visitar o Pelourinho. “Nada faria com que mudássemos de ideia. Em momento nenhum pensamos em alterar o roteiro”, garante.

Expectativas
A assessora parlamentar, Ângela Cristina Alcântara, 55 anos, também não abriu mão de vir à Salvador. Ela é turista do Rio de Janeiro e está de férias. É a sua primeira vez na cidade. “A ômicron não me assustou porque estou vacinada, mas tenho evitado lugares com aglomerações”.

Para o secretário de Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Fábio Mota, a expectativa é um ano de 2022 melhor do que 2021 foi para o setor. “Entendemos desde cedo que o turismo seria doméstico e investimos muito na promoção do destino Salvador junto às entidades e também com parcerias com companhias áreas como a Gol, o que deu muito certo. Esperamos um fevereiro ainda mais movimentado e com uma boa ocupação, mesmo sem o feriado de Carnaval”, comenta.

Mota acrescenta que o selo sanitário em bares, restaurantes e estabelecimentos de turismo desde o primeiro momento da pandemia, dá mais segurança para o turista visitar a cidade.

“Com a pandemia, o turismo precisou mudar com todos os cuidados que as pessoas passaram a ter ao viajar. Recebemos elogios dos próprios turistas com relação ao Selo de Segurança Sanitária e de Saúde. E isso deu um ‘upgrade’ no turismo de Salvador”.

Estabelecimentos como o NovoHotel, no Rio Vermelho, comemoraram o desempenho de janeiro. “Foi um mês excepcional, realmente muito bom. Nós fizemos a melhor taxa de ocupação entre os nossos concorrentes. Houveram sim, alguns cancelamentos por conta da covid, mas poucos. Foi realmente muito acima do que nós tínhamos previsto”, avalia o gerente geral do hotel, Mil Vieira.

Entretanto, fevereiro traz algumas preocupações, como complementa o gerente. Antes, o hotel estava lotado para o carnaval e hoje, até o momento, a ocupação está em 30%:

“Nós estamos com dificuldade de vender o destino para o Carnaval e o mês de fevereiro todo não está se dando na mesma dinâmica que foi janeiro. E a gente está esperando, sinceramente, que as pessoas continuem se vacinando e que o poder público também, possa voltar a atrair feiras e eventos para a Bahia”.

No Piza Plaza Hotel, localizado no Stiep, no primeiro mês do ano, a disponibilidade foi de 65 apartamentos (130 leitos) e a ocupação chegou a 77%, como afirma o gerente de operação, Fernando Araújo. “Ainda temos alguns cancelamentos devido a covid, mas o hotel mantém os protocolos de prevenção. O que têm ocasionado as solicitações de cancelamento, na verdade, é a necessidade de cancelar o carnaval e a restrição de público em eventos”.

Salvador fecha o ano de 2021 com 45,6% de ocupação

Em 2021, o setor hoteleiro de Salvador alcançou uma ocupação média de 45,61%, conforme aponta o balanço divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA). Ainda de acordo com o levantamento, a diária média no período foi de R$ 361,74 e o Revpar (indicador ponderado da diária e taxa de ocupação) chegou a R$ 165,01.

Os números são resultado da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada pela ABIH, a partir de dados são fornecidos diariamente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva. O cenário é melhor que o ano anterior, quando em 2020 ocupação média de 37,4%, diária de R$ 255,58 e Revpar de R$ 95,58% - índices inferiores aos observados antes da pandemia, como destaca o presidente da entidade, Luciano Lopes.

“Com o início da segunda onda da pandemia em dezembro de 2020, os primeiros meses de 2021 foram duramente afetados. O setor de hotelaria da capital só veio apresentar sinais de recuperação a partir de julho, com o avanço da vacinação e a reabertura de praias e pontos turísticos”.

Mesmo com cancelamento do Festival da Virada, no réveillon, o mês de dezembro fechou o ano trazendo expectativas positivas para o segmento em 2022. O último mês do ano registrou ocupação de 61,18%, cerca de 13% maior que dezembro 2020. Em 31 de dezembro, os hotéis de lazer em frente ou próximos às praias tiveram taxa de ocupação de 90%, com diária média de R$ 1.016,57. “Com isso, esperamos um desempenho hoteleiro crescente ao logo do ano”, completa Lopes.

A Concessionária Ponte Salvador-Itaparica recebeu uma certificação internacional por conta do seu sistema de gestão da qualidade. A companhia foi avaliada nos requisitos da norma ISO 9001:2015, aplicada pela certificadora ABS Quality Evaluations, uma empresa do grupo American Bureau of Shipping (ABS). O processo de auditoria realizou uma avaliação da eficácia do Sistema de Gestão de Qualidade da Concessionária, incluindo processos e produtos.

De acordo com Rildo Gomes, gerente de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente da concessionária, a certificação reflete o trabalho de várias áreas da empresa. “Essa conquista é importante para o alinhamento de objetivos e metas, transparência e consistência dos processos internos, satisfação de funcionários, acionistas e aumento da competitividade no mercado”, avalia.

A Concessionária Ponte Salvador-Itaparica é responsável pela construção, manutenção e operação do sistema rodoviário que vai ligar a Região Metropolitana de Salvador ao Recôncavo e Baixo Sul do estado.

O investimento é uma Parceria Público Privada (PPP) do Governo da Bahia com a CR20 (China Railway 20th Bureau Group Corporation) e a CCCC (China Communications ConstructionCompany). Esses dois grandes grupos econômicos estão entre os maiores do mundo no segmento de infraestrutura e construção pesada. As empresas estão presentes em mais de 170 países e são responsáveis por sete das 10 principais pontes do mundo, entre elas a que liga Hong Kong a Macau, na China, com 55 km sobre o mar.

A prefeitura abriu 30 novos leitos de UTI e clínicos pediátricos no Hospital Martagão Gesteira, na manhã desta sexta-feira (4). As unidades são para atender a demanda do aumento de casos entre as crianças.

A taxa de ocupação dos leitos na capital chegou a 100% no mês passado e ficou acima dos 90% nas últimas semanas.

"Há uma demanda muito grande, seja na rede privada, seja na rede filantrópica, por procura de leitos. Esse é o maior hospital na nossa cidade para as crianças e desde a chegada da ômicron o número de casos ativos nunca esteve tão elevado quanto agora", explicou o prefeito Bruno Reis, durante a entrega dos leitos.

Serão 10 vagas de UTI e 20 vagas de enfermaria pediátrica. "Sempre tivemos uma quantidade de leitos [pediátricos] que nos permitiu passamos bem pela primeira e segunda onda, porque o número de crianças infectadas não era na proporção que está sendo agora. Nos últimos 15 dias, vínhamos trabalhando no limite", analisou o prefeito.

Desde o início do ano a taxa de ocupação dos leitos pediátricos em Salvador tem fica acima de 80%. Nesta sexta-feira, a UTI está com 95% de ocupação e as acomodações clínicas com 90% das vagas ocupadas.

O presidente da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, entidade mantenedora do hospital, Emanuel Melo, contou que a unidade vinha acompanhando o aumento no número de casos de crianças internadas com covid e já estava com equipe e maquinário preparados caso houvesse necessidade de ampliar o atendimento no hospital.

“O Martagão é uma instituição filantrópica e de interesse público. Então, entendemos que é responsabilidade do hospital responder em momentos de crise, como esse de pandemia, e de dificuldade na atenção à saúde de qualquer criança. Quando a prefeitura nos procurou já estávamos preparados, porque temos o termômetro de como estava a situação”, disse.

O município autorizou recurso para o hospital que foi usado no enfretamento ao vírus. “A prefeitura liberou R$ 1 milhão do recurso covid para o Martagão Gesteira que estava provisionado na Secretaria de Saúde. É um recurso não para essa UTI, mas para atender a essa emergência toda que aconteceu no hospital. Foi assim que conseguimos contratar gente nova para repor [os profissionais que estão afastados], por exemplo”, contou.

Atualmente, a unidade está com 14% dos funcionários afastados por conta da gripe e da covid.

Nos últimos 45 dias, o Município reabriu quatro gripários, com 53 novos leitos; quatro unidades de saúde foram transformadas em mini UPAs, com dez leitos de observação e dois de estabilização cada; além de 28 leitos no Santa Izabel e ampliação do Hospital de Campanha Sagrada Família, com 61 leitos. Neste sábado (5), serão abertos 10 leitos semi-intensivos em uma tenda na UPA dos Barris.

Algumas revendedoras da capital baiana ainda não repassaram os reajustes do preço do gás de cozinha para os consumidores. O aumento foi anunciado pela Acelen, na última terça-feira, e varia entre 9,1% e 9,4%, a depender do ponto de entrega. Em Salvador, a diferença do preço do gás pode ser de até R$ 30, segundo a pesquisa realizada pelo CORREIO, ontem, em dez revendedoras. Nos locais que já fizeram o reajuste, o preço subiu cerca de R$ 5, com o botijão de 13 quilos custando entre R$ 105 e R$ 120.

O valor do gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, costuma ser reajustado pela Petrobrás, com efeito em todo território nacional. Entretanto, o reajuste desta semana foi realizado pela Refinaria Mataripe, em São Francisco do Conde. “Esse reajuste é algo inédito no mercado, porque só tínhamos a Petrobrás que interferia no valor do gás. Mas agora existe um novo agente, a refinaria, que reajustou o gás de maneira bem agressiva”, explica Robério Santos, diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás no estado.

Em nota, a refinaria disse que a "formação de preços da Acelen leva em consideração a variação do preço do petróleo no mercado internacional, a cotação do dólar e o frete (do petróleo até a refinaria). As fórmulas de cálculo de preços estão previstas em contrato, foram discutidas com os clientes e aprovadas e homologadas pela ANP. A Acelen tem o compromisso de ser uma empresa competitiva". A Petrobras concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) para o fundo árabe Mubadala Capital - controloador da Acelen - em novembro do ano passado, num negócio da ordem de R$ 10,1 bilhões.

Na capital, entre as revendedoras pesquisadas pelo CORREIO, a Cabula Gás, em Narandiba, é a que apresenta um valor mais em conta no botijão, sendo R$ 90 a vista e R$ 95 no cartão de crédito. Uma vendedora que preferiu não se identificar, disse que não há expectativa de quando o produto vai ter um reajuste: “O movimento já está fraco, se aumentar o valor, vai piorar ainda mais”.

O Bonfim Gás, localizado na Federação, também não reajustou o valor do botijão, que custa R$ 97 à vista e R$ 100 no crédito. Em bairros mais distantes, o preço chega a R$105, enquanto que se o consumidor for buscar no local o valor é de R$90. No local, também não se sabe quando o reajuste será repassado. Na Gama Gás, no Iapi, na quinta-feira (3) ainda era possível encontrar o produto por R$ 95 reais à vista, mas a expectativa é que na sexta-feira (4), o preço suba.

Entre as revendedoras que repassaram o aumento para os consumidores na quinta-feira (3), a Nordeste Gás, em Amaralina, é a que vende mais barato, R$ 105 à vista e R$ 110 no cartão, com o reajuste de R$ 5. No bairro Uruguai, na El Shadai, é possível encontrar o produto por R$ 109 à vista.

Em uma mesma distribuidora, o valor do produto pode variar cerca de R$ 3 conforme o bairro em que se peça o botijão. No caso da Ultragaz, antiga Brasilgás, o gás de cozinha no bairro São Caetano sai por R$ 112 à vista e R$ 117 no cartão, podendo ser dividido em três vezes. Na portaria, o valor é de R$ 99 ou R$ 105, dependendo da forma de pagamento. Na Ultragaz do Vale do Matatu, o produto sai por R$ 114 à vista, R$ 119 no crédito e R$ 100 na portaria.

Já na mesma distribuidora, mas no Engenho Velho da Federação, o preço sai por R$ 115 e R$ 120, tanto o valor à vista como o do cartão sofreram o aumento de R$ 5. O gerente da distribuidora, Walter Neri, explica que o preço real do botijão é o do cartão: “A gente faz o desconto para quem paga à vista porque a situação tá difícil para todo mundo, mas o preço do gás é o do cartão”. Já na Ultragaz do Engenho Velho de Brotas, o preço é R$ 114 à vista. Segundo o gerente Ronaldo Gomes, o que explica os valores distintos nos bairros e a logística e o frete. Na Boca do Rio, o botijão vendido pela Ultragaz sai por R$ 117 em dinheiro ou débito, R$ 120 no crédito e R$ 106 na portaria.

Reajustes seguidos pesam no bolso
Somente no ano passado, 13 reajustes de preço do gás de cozinha foram realizados na Bahia. Uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada em janeiro, revelou que o aumento do botijão chegou a 35,16% no acumulado de 2021. A escalada de preços ficou bem acima da inflação, fechada em 11%.

Do total das adequações feitas, dez foram da Petrobrás, uma do Governo do Estado e duas das distribuidoras. A última mais significativa foi em novembro, com um aumento de 5,1%, deixando o botijão entre R$ 3 e R$ 5 mais caro. Nenhum dos reajustes do ano passado foi tão grande como este último - o maior havia sido em setembro, de 8%. Em setembro de 2020, um botijão custava em média R$ 68 no estado, em 2021, o valor chegou a R$ 105. Elenice Santos Conceição, mais conhecida como Nice, mora na capital e sente no bolso os impactos desses aumentos.

Dona do restaurante Casa da Nice, no bairro Amaralina há 15 anos, Elenice já viu o preço do gás de cozinha subir muitas vezes. Ela conta que não tem repassado os últimos reajustes por medo de perder a clientela: “Temos que segurar e ficar com prejuízo dos aumentos e remar para frente. Porque se aumentar o preço do almoço os clientes fogem e não entendem que tá tudo muito caro”.

Há dois anos, para diminuir os custos, a cozinheira só trabalha com entrega e retiradas de pedidos. “Fiquei com medo por causa da covid-19 e parei de atender, o lucro também caiu muito nesse período, cerca de 50%”, conta Elenice. Além dos custos para produzir os pratos, ela também arca com o aluguel e contas de água e luz. Antes da pandemia, ela contava com a ajuda de dois funcionários, com a redução de custos, agora trabalha só com o auxílio de um rapaz que faz as entregas de bicicleta.

Para quem precisa reduzir os custos, existem algumas dicas que podem ajudar. Fazer a manutenção do forno, usar tampas corretas das panelas e planejar o uso do forno durante o preparo da receita, são maneiras simples de diminuir a quantidade de gás utilizado. A Consul explica que a cor do fogo pode dar sinais de impurezas acumuladas nos bocais do seu forno e fogão. A tonalidade da chama deve ser azul, se notar que ela está alaranjada ou amarelada, deve haver algum entupimento que pode te impossibilitar na hora de economizar.

Novo aumento de preço do gás de cozinha não é descartado
Como se o aumento da refinaria já não bastasse, o Sindicato dos Revendedores de Gás não descarta a possibilidade de um novo aumento de preço, desta vez sendo feito diretamente pela Petrobrás. No entanto, ainda não há previsão de quando esse reajuste será feito. O economista Edísio Freitas explica que o petróleo sobre impactos de variáveis econômicas, como o câmbio, e geopolíticas.

“Uma crise em uma região importante para produção de petróleo vai impactar no preço mundial do barril, que é uma commodite. Então se existe esse efeito no barril, ele imediatamente se reflete no custo da indústria interna, que no caso é a Petrobrás. Além disso, também existem os custos internos, como os custos operacionais das distribuidoras”, ressalta o economista.

A tensão política entre a Rússia e países ocidentais, devido à possibilidade de invasão da Ucrânia, pode ser um dos fatores que intensifique a pressão para o aumento do barril, uma vez que os dois países são grandes produtores e exportadores de petróleo e gás natural.

“A Petrobrás adota uma política de preços baseada na flutuação do câmbio e do mercado internacional. São esses dois fatores que fazem com que ela analise e aplique suas correções no barril do petróleo e ambos estão oscilando para cima|”, destaca o diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás Robério Santos.

Em uma prova que parecia interminável, Jade Picon conquistou a terceira liderança do BBB 22. A sister venceu a fase final da prova com treze rodadas.

Após as fases classificatórias, participaram da final: Vinicius, Tiago Abravanel, Jade Picon, Natália, Eslovênia e Linn da Quebrada.

Na fase final, Natália, Vinicius e Jade empataram em quatro rodadas. Viny e Jade empataram em mais três rodadas, mas a influenciadora acabou levando a melhor na 13ª.

Após a prova, Jade escolheu quatro pessoas para encarar consequências que estavam em pergaminhos. Ela escolheu Jessilane, Natália, Naiara Azevedo e Lucas.

Natália abriu o primeiro pergaminho e está imune. Jessilane foi a segunda e está na Xepa. Terceira a abrir o pergaminho, Naiara Azevedo está no Paredão. Por fim, Lucas foi direto para o VIP.

A audiência pública sobre o processo de concessão e construção do novo Aeroporto Internacional da Costa do Descobrimento, em Santa Cruz Cabrália, será realizada nesta quinta-feira (3), para avaliar as contribuições enviadas por pessoas físicas e empresas interessadas durante a consulta pública e que ajudarão na elaboração do edital de licitação da obra.

O novo equipamento aeroviário baiano irá operar com voos da aviação regular e geral e será um importante vetor para desenvolvimento do turismo e do transporte internacional e nacional de cargas, como peixes e lagostas, na região. Em Santa Cruz Cabrália, ficará localizado próximo ao distrito de Pindorama, no KM 23 da BR-365.

O aeroporto tem a previsão de ser construído em cinco anos após o início da concessão e, durante o período, a empresa vencedora da licitação será responsável pela gestão do atual de Porto Seguro, que será substituído por não poder mais ser ampliado por conta do crescimento da malha urbana.

Nada de comemoração no Barradão. No começo desta temporada, o torcedor do Vitória ainda não pôde vibrar após uma partida disputada no próprio estádio. O Leão tropeçou nos três jogos que disputou dentro de casa, todos válidos pelo Campeonato Baiano.

Antes do empate em 1x1 no Ba-Vi da última quarta-feira (2), o Vitória já havia lamentado o mesmo placar contra a Juazeirense, na estreia do estadual, em 16 de janeiro. Na 3ª rodada do torneio, o baque foi maior e o Leão conheceu a primeira derrota do ano, por 1x0, diante do Jacuipense.

Nesse último confronto citado, o mando de campo não era rubro-negro, mas a partida foi disputada no Barradão, porque o estádio Valfredão, onde o adversário de Riachão do Jacuípe manda seus jogos, está em reforma. Ainda assim, o time comandado por Dado Cavalcanti não aproveitou. A partida foi marcada pela expulsão do zagueiro Mateus Moraes com apenas cinco minutos de bola rolando.

O único triunfo do Vitória na temporada foi fora de casa. Na 2ª rodada, bateu o caçula Barcelona de Ilhéus, por 1x0, na Arena Cajueiro, em Feira de Santana. As oportunidades desperdiçadas no Barradão refletem na tabela do Baiano. Com cinco pontos, o Vitória é o 5º colocado. O Jacuipense lidera o torneio, com nove pontos, e tem um jogo a menos.

A última vez que o Vitória venceu no Barradão foi em 14 de novembro, na 36ª rodada da Série B do Brasileiro, quando aplicou um 3x0 em cima do Cruzeiro. Duas rodadas depois, no entanto, amargou o rebaixamento à terceira divisão nacional.

O próximo jogo do Vitória no Barradão será na 6ª rodada do Baiano, contra o Atlético de Alagoinhas, mas o confronto ainda não tem data definida. Antes, o Leão joga fora de casa pelo estadual, no dia 13, contra o Vitória da Conquista, no estádio Lomanto Júnior.

Confira os jogos que o Vitória disputou no Barradão em 2022:

Vitória 1x1 Juazeirense
16/01 - 1ª rodada Campeonato Baiano

Jacuipense 1x0 Vitória
29/01 - 3ª rodada Campeonato Baiano
* No Barradão, mas com mando de campo do rival

Vitória 1x1 Bahia
02/02 - 4ª rodada Campeonato Baiano

Se tem um setor que não enfrentou crise pela pandemia da covid-19, foi o mercado imobiliário. O principal indício é o número de escrituras de compra e venda de imóveis registrados nos cartórios da Bahia, que cresceu 33% em 2021, frente a 2020. Foram 36.277 negociados em 2021 contra 27.038 no ano anterior, de acordo com a Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA).

A quantidade de novos empreendimentos também aumentou em 2021, em 60%, segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (ADEMI-BA). Os bairros que se destacam nesse quesito são Horto Florestal, Pituba, Imbuí, Graça e Barra. Além disso, as vendas tiveram alta de 32%, no acumulado dos três primeiros trimestres do ano passado com todo o ano anterior. Ou seja, os nove primeiros meses de 2021 já tiveram mais vendas do que todo o ano de 2020. O balanço do último trimestre ainda está em confecção.

A farmacêutica Sheimila França, 29, comprou o primeiro apartamento, de 54 m², no Imbuí, que ficará pronto em setembro. Ele tem dois quartos, dois banheiros, piscina, quadra e academia. “A ansiedade está demais, vou visitar a obra todo mês”, confessa Sheimila. Ela se mudou de Feira de Santana, no Centro Norte da Bahia, para Salvador, em 2010, e, atualmente, divide aluguel com a mãe. Na nova casa, morará sozinha. “Estava esperando a oportunidade para adquirir meu imóvel, fui pesquisando empreendimentos que se adequariam ao meu gosto, com minhas condições econômicas. Comprei na planta porque queria colocar ele do jeito que sempre imaginei”, relata.

Os juros baixos a ajudaram a tomar a decisão. “O financiamento estava bem maleável, ficava a critério do bolso do cliente. Dei entrada de R$ 7 mil e dividi em 420 parcelas, mas estou em dois empregos para manter os custos”, explica Sheimila. Ao todo, o apartamento custou R$ 310 mil. “Outro fator que me chamou muito atenção foi a energia solar nas áreas comuns, porque já posso economizar no condomínio”, completa.

A história de Henrique Oliveira, 24, é parecida. Farmacêutico, ele adquiriu um imóvel, também na planta, que será seu primeiro apartamento. Ele comprou em junho de 2021 e poderá se mudar em 2024, quando as obras acabam. Henrique resolveu fugir da capital para Vila de Abrantes. “Moro com meus pais e meu irmão e foi proposto um financiamento lá e aceitei, por desafio de vida”, narra. A entrada foi de R$ 20 mil, com parcelas de R$ 700 por mês, totalizando R$ 150 mil. Além do prédio ter piscina, quadra e salário de festa, o imóvel tem dois quartos e varanda.

Demanda reprimida explica boom do setor
O grande "boom" do setor foi antecedido por anos de crise, entre 2014 e 2019, segundo o presidente da Ademi-BA, Cláudio Cunha. “O Brasil viveu uma grande crise política e econômica nesses anos e isso fez com que as empresas se retraíssem. Essa demanda reprimida, com a taxa de juros baixas e medidas de incentivo à economia deu início a recuperação do setor”, detalha Cunha.

Além da alta nos lançamentos, ele cita uma diminuição considerável no número de imóveis disponíveis à venda. Em 2014, eram mais de 17 mil. Em 2019, cerca de 8 mil, e, em 2021, apenas 2.800 estão sem ocupação. “Houve uma baixa no lançamento de imóveis para que o mercado absorvesse os que já existiam”, conta. No último trimestre de 2019, a recuperação também já estava em curso. Só naquele trimestre, houve mais lançamentos do que todo o ano de 2018.

Em 2022, o ano será de desafios. “Tivemos um problema com o crescimento da inflação e aumento dos custos de materiais de construção. O aço, por exemplo, aumentou 45%, os elevadores, 30%, tubos de PVC, 39%. Isso impactou na construção civil e teremos eleição, então, se houver baixa na inflação e na taxa de juros, que é a tendência, a partir do final de 2022 e início de 2023, voltaremos a crescer”, prevê Claudio Cunha.

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Alexandre Landim, o aquecimento do setor se deu ainda pela valorização dos imóveis na pandemia. “As pessoas ficaram mais contidas em suas casas, por conta do isolamento, e o imóvel se tornou o principal elemento de conforto”, argumenta.

As novas residências se adaptam aos novos hábitos. “Antes, os imóveis focavam muito no lazer, como a varanda gourmet. Agora, isso também é importante, mas eles precisam ter um espaço para o home office, que é a nova modalidade de trabalho. As portarias têm que ter um local para receber encomendas e comida, por conta dos deliverys. E, por questões sanitárias, o lavabo é muito procurado, porque as pessoas não querem mais dividir banheiro”, pontua Landim.

Sistema digital do e-Notariado facilita compra e venda de imóveis
Um dos fatores que contribuiu para o crescimento do setor foi a facilidade da compra e venda dos imóveis, possível pelo e-Notariado (www.e-notariado.org.br). Desde o lançamento da plataforma, em junho de 2020, o crescimento foi de 37% na transação de propriedades, na Bahia. O comparativo é entre junho de 2020 a maio de 2021, com junho de 2019 a maio de 2020.

“Com os atos eletrônicos, o serviço ficou mais acessível. Aquela pessoa que precisa resolver algo com urgência, mas não pode ser sair de casa, tem essa opção de fazer no modo online”, ressalta o presidente do CNB/BA, Giovani Gianellini. “Com a pandemia, percebemos esse crescimento, com uma rápida adaptação das pessoas à prática de atos notariais em meio eletrônico”, completa.

Após entrar em contato com o Cartório de Notas de sua escolha, é agendada uma videoconferência com o tabelião para realizar a escritura, assinada com certificado digital, emitido gratuitamente pelo Cartório, ou por ICP-Brasil, assinatura digital de padrão nacional. Se as partes quiserem, é possível assinar presencialmente ou de forma híbrida.

Por conta dos responsáveis de fomento do setor imobiliário estarem com covid-19, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda (Semdec) não pôde passar dados.

Apesar de considerada menos letal, a variante Ômicron do coronavírus fez a média móvel de mortes pela doença aumentar 566% no último mês, saltando de 98 para 653 óbitos diários nesta quarta-feira, 2. Mesmo com mais de 70% da população brasileira já imunizada com duas doses ou a vacina de aplicação única, a alta transmissibilidade da cepa tem aumentado as internações em leitos de enfermaria e UTI, enquanto gestores de saúde apontam que a maioria dos quadros graves está concentrada em idosos, pessoas com comorbidades e não vacinados.

"A subida foi bem lenta na primeira (onda), rápida na segunda e meteórica com a Ômicron", explica Luiz Carlos Zamarco, secretário adjunto de Saúde de São Paulo. "A partir daí, a curva de internações e infecções se estabilizou, com casos de menor complexidade, o que facilitou o giro de leitos", diz. "Hoje temos de maneira clara que podemos estar muito próximos do chamado platô, para que entre 15 e 20 de fevereiro haja estabilidade", explica o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

Segundo ele, um terço dos óbitos pelo coronavírus é de pessoas que não completaram o esquema vacinal. O restante ele atribui a pacientes com alguma comorbidade grave, cujo quadro é agravado pela covid.

Esse é o mesmo perfil dos óbitos que têm impulsionado a média móvel da Bahia. Nesta quarta, o Estado registrou 45 mortes por covid, o maior total diário desde 7 de agosto - e a média móvel de casos ativos e novas notificações gira em torno dos 30 mil, o maior patamar de toda a pandemia. "Temos mais casos, porém um quarto dos óbitos de março do ano passado", observa Izabel Marcílio, coordenadora de Operações de Emergência.

O cenário se repete no Distrito Federal, onde a letalidade é menor, mas a alta nas transmissões tem pressionado as unidades de atendimento primário e desfalcado equipes médicas. "Essa característica avassaladora de transmissibilidade é sem precedentes", diz Fernando Erick Damasceno, secretário adjunto de Saúde. Dos 40 óbitos por covid deste ano, Damasceno afirma que 34 foram em pessoas que não completaram o esquema vacinal.

No Mato Grosso do Sul, a onda de transmissão tem forçado o Estado a abrir novos leitos para dar conta da demanda. Cerca de 30% dos profissionais da saúde se infectaram com a nova variante "Para um Estado pequeno como o nosso, isso é muito", diz Geraldo Resende, secretário estadual de Saúde.

Incerteza
Em todos os Estados, a expectativa é de que esse aumento em óbitos, internações e novos casos permaneça pelas próximas duas semanas, até atingir um platô. Mas isso não significaria o fim da pandemia. "Estaríamos mais uma vez vencendo uma etapa, fazendo com que todas as pessoas sejam atendidas e medicadas", frisa Aparecido.

A incerteza se explica pela ausência de parâmetros como a taxa de positividade, explica Isaac Schrarstzhaupt, analista de dados e coordenador na Rede Análise Covid-19, formada por pesquisadores voluntários. Essa taxa é obtida quando se divide o número de testes positivos pelo número de testes realizados. "Isso permite prever a tendência do comportamento da doença. Se tivéssemos, poderíamos apostar no pico ou no platô", diz. No País, porém, a testagem é baixa

Para a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel, a desigualdade nos índices de vacinação entre os Estados é outro fator a dificultar predição. "Acredito que em alguns Estados como o Rio já passamos pelo pico, mas há uma diferença de desenvolvimento da Ômicron e da vacinação pelo País de pelo menos de duas a três semanas", afirma. "Acabamos olhando para dados de outros países em que essa variante levou de 25 dias a 45 dias para atingir o pico."

A falta de investimentos federais em campanhas de divulgação da necessidade de reforço na vacinação também não contribui, diz a epidemiologista . "A gente já sabia que seria preciso a dose de reforço para essa variante e ainda estamos muito atrás, com porcentual muito baixo quando comparado com outros países como o Reino Unido e a Dinamarca, que começam a retirar as restrições", afirma.

SRAG
O diagnóstico do Infogripe, da Fiocruz, divulgado ontem, também não é animador. Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) têm sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (seis semanas) e de curto prazo (três semanas). Essa tendência deve se manter em 23 Estados brasileiros. Do total, quase 80% dos casos neste ano são decorrentes da covid-19.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal anunciou mudanças na prova de vida do INSS. A partir de agora, o governo vai fazer uma busca nas suas bases de dados de movimentações recentes dos cidadãos para usar como comprovação. Serão consultados emissão de CNH e vacinação no SUS, por exemplo.

"A partir de agora, a obrigação de fazer a prova de vida é nossa, do INSS. Se o cidadão renovou passaporte, se tirou carteira de identidade ou renovou, se votou, se fez transferência de imóvel, de veículo, fez uma operação inclusive na iniciativa privada, nós vamos aceitar isso como prova de vida. Faremos busca destas bases tanto do governo federal, estaduais e municipais e também de entidades privadas", explicou o presidente do INSS, José Carlos Oliveira.

Com a mudança, cerca de 36 milhões de brasileiros que são beneficiários não precisarão mais se deslocar anualmente a uma agência bancária para fazer a comprovação. Cerca de 5 milhões deles têm mais de 80 anos.

Caso o governo não localize uma movimentação recente, o INSS planeja fazer um cruzamento de informações para confirmar que o titular do benefício, nos dez meses posteriores ao seu último aniversário, realizou algum ato registrado em bases de dados próprias ou mantidas por órgãos públicos ou cartórios. Se nada for encontrado, o beneficiário será notificado para fazer a prova de vida que deverá ser realizada, preferencialmente por meio eletrônico.

"A partir de hoje está vedado, no bom português, proibido, de que qualquer pensionista, aposentado, do BPC [benefício de prestação continuada] saia da sua casa para cumprir a prova de vida. Nós, do INSS, junto com os bancos parceiros, com o trabalho da Dataprev, nós vamos até a casa", disse o ministro do Trabalho e Previdência.

As mudanças devem ser implementadas até o dia 31 de dezembro deste ano.

Veja abaixo o que será aceito como prova de vida:
Registros de vacinação
Consultas no SUS (Sistema Único de Saúde)
Comprovante de votação nas eleições
Emissão de passaporte
Emissão de carteira de identidade ou CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
Aquisição ou renovação de empréstimo consignado