O Jornal da Cidade
Anvisa recebe pedido de uso emergencial de pílula da Pfizer contra a covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter recebido o pedido de uso emergencial do Paxlovid, tratamento oral contra a covid-19 da Pfizer. O prazo de avaliação da agência é de 30 dias. Durante o período, a Anvisa vai avaliar estudos que demonstram a capacidade da pílula em reduzir mortes e hospitalizações pela doença.
Ainda em 19 de janeiro deste ano, a agência e o laboratório realizaram uma reunião de pré-submissão. Nas primeiras 24 horas de análise, será feita triagem do processo e, caso faltarem "informações importantes", o órgão pode solicitá-las à empresa.
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana equivalente à Anvisa, autorizou o uso emergencial da pílula da Pfizer em dezembro do ano passado. A recomendação de administração do Paxlovid foi para pacientes adultos e pediátricos (maiores de 12 anos com ao menos 40 kg) com covid que tenham alto risco de desenvolver quadros graves da doença.
Segundo a farmacêutica, o Paxlovid reduz em 89% o risco de internação e morte em decorrência da doença entre os adultos mais vulneráveis ao vírus, tratados dentro de três dias após o início dos sintomas. Para aqueles que receberam o tratamento após cinco dias dos sintomas, a redução de risco de hospitalização e morte fica em 88%. Em análise intermediária, a taxa foi de 85%. Conforme a farmacêutica, testes em laboratórios indicaram que o produto funciona contra a variante Ômicron.
Indústria de alimentos cresce em 2021 e gera 21 mil novos postos de trabalho
A pesquisa conjuntural da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) apontou crescimento de 3,2% e 1,3% nas vendas e na produção física da indústria de alimentos em 2021, respectivamente. Juntos, mercados interno e externo foram responsáveis pelo faturamento de R$ 922,6 bilhões, 16,9% acima do apurado em 2020. O volume representa 10,6% do PIB estimado para o ano passado.
Outro dado que merece destaque é o número de trabalhadores ocupados, 1,2% a mais do que em 2020, totalizando 1,72 milhão de pessoas, ou 21 mil novos postos de trabalho em 2021.
Considerando apenas as vendas para o mercado interno, que representam 73,5% do faturamento, o aumento foi de 1,8%, puxado pelo setor de food service, que respondeu por 26,3% das vendas da indústria em 2021 (24,4% em 2020). Esse incremento foi motivado pelo processo de retomada, com a reabertura dos estabelecimentos, a aceleração da transformação digital e a ampliação do delivery.
As exportações, que representam 26,5% do faturamento da indústria, aumentaram 18,6% e atingiram o patamar recorde de US$ 45,2 bilhões, impulsionado pela retomada da economia mundial combinada com a taxa de câmbio favorável.
“O avanço da vacinação e o retorno do setor de serviços contribuíram de forma decisiva para a expansão da produção, com geração positiva de emprego e renda no setor. A demanda por alimentos se manteve crescente no Brasil e no mundo, o que fez com que as empresas mantivessem a produção a todo vapor, e contratando mão de obra”, explica João Dornellas, presidente executivo da Abia.
Apesar de o cenário atual para a economia brasileira apontar a projeção do PIB entre 0,5% e 1%, as perspectivas para a indústria de alimentos em 2022 mantêm-se positivas: espera-se um aumento de 2% nas vendas reais, mesmo se as pressões nos custos de produção persistirem.
Segundo a Abia, entre os fatores de estímulo ao consumo neste ano estão a correção de 10,06% do salário-mínimo e o processo gradual de recuperação no emprego, inclusive o formal, que contribuem para a melhoria do poder aquisitivo da população.
A expectativa é de que as vendas no mercado interno sigam em ritmo de crescimento próximo ao apurado em 2021, mais uma vez com destaque para o setor de food service, que pode alcançar 29% de participação nas vendas da indústria. O volume de exportações também apresenta, na visão da Aiba, cenário promissor, podendo chegar a US$ 46 bilhões.
Do lado da oferta, a entrada da nova safra de grãos, a partir de fevereiro – se confirmadas as projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), de expansão de até 12,5% no volume de produção - contribuirá para melhorar a disponibilidade de matérias-primas e reduzir as pressões sobre os custos de produção.
Bárbara deixa o BBB22 com 86% dos votos; Natália volta do 3º paredão
A modelo Bárbara Heck foi a quarta eliminada o Big Brother Brasil 22, na noite desta terça-feira (15). Ela disputou a permanência na casa com Arhtur Aguiar, indicado pela líder jade Picon, e com Natália Deodato, indicada pela casa. Bárbara deixa o BBB22 com 86,02% dos votos do público.
Com mais uma vitória, a mineira Natália consolida a sua força no reality. Na última segunda-feira (14), ela foi o principal alvo dos brothers durante o Jogo da Discórdia. A dinâmica simulava um tribunal, com acusação e defesa. No entanto, a decisão máxima pertencia à plateia, que confirmava ou não a versão da “acusação” e que determinava quem receberia o balde com água “suja” na cabeça.
Foi em um desses momentos que a participante Maria pôs fim à sua presença na casa. A agressividade empreendida pela sister ao acertar Natália com o balde em uma das rodadas foi interpretada como agressão. Um levante pela expulsão de Maria aconteceu nas redes sociais. Natália recebeu 9,03% dos votos.
Arthur retornou do seu segundo paredão, ambos por indicação da líder jade. O ator tem enfrentado dificuldades de criar alianças dentro do reality e tem sido também um dos alvos preferidos dos confinados. Arthur obteve 4, 95% dos votos.
Média de mortes por covid no País se mantém alta devido a idosos e não vacinados
Mesmo com mais de 70% da população vacinada com duas doses ou aplicação única, o Brasil ainda possui uma média móvel de mortes por covid acima de 800. Especialistas apontam que a maior parte das vítimas é formada por idosos, vulneráveis e não imunizados. Nesse quadro, a alta transmissibilidade da cepa Ômicron tem aumentado as internações em leitos de enfermaria e UTI em praticamente todo o País.
Em São Paulo, por exemplo, um terço dos óbitos pelo coronavírus é de pessoas que não completaram o esquema vacinal. O restante é de pacientes com alguma comorbidade grave, cujo quadro é agravado pela covid. Outro dado importante apontado por pesquisas sobre o impacto da variante Ômicron é de que as duas doses das vacinas disponíveis continuam reduzindo o risco de casos graves da doença, mas há perda de uma parte da proteção. Por isso, alguns lugares já estão aplicando a quarta dose.
O impacto da covid longa também é estudado por especialistas. Ou seja, muitos que pegaram a doença tempos atrás ainda estão sentindo o reflexo dela, podendo até levar à morte. "A covid não é independente. Há interação e a gente já sabe disso", explica Marcia Castro, professora da Escola da de Saúde Pública de Harvard, lembrando que recentemente a revista Nature Medicine publicou um artigo sobre isso.
Dois números no total de mortes de janeiro chamam a atenção. Em janeiro de 2019, por exemplo, 1.337 pessoas morreram de AVC. Já no primeiro mês deste ano foram 10.326 óbitos. Em doenças cardio-vasculares, se em 2019 o número foi 5.968, em janeiro deste ano chegou a 14.703. "Tem aumento significativo de AVC, enfarte, pneumonia. Então ficam várias questões e, quando tivermos mais dados, vamos conseguir entender", continua.
"Os números indicam que pode ser efeito da covid longa, que contribui para as complicações cardíacas. Estudos mostram que, mesmo quem teve sintoma leve, tem risco maior de desenvolver essa doença", diz. Marcia lembra que são necessários outros dados para investigar melhor o tema. "Análise que terá de ser feita daqui para frente é olhar para saber se a pessoa que morreu por doença crônica teve covid em algum momento antes."
Para além do aumento nas doenças crônicas, existe também um crescimento nos casos de pneumonia e Síndrome Respiratória Aguda Grave. Marcia acredita que isso pode ser um indicador de maior circulação das pessoas em relação há um ano atrás, quando muitos lugares ainda tinham normas de restrições sociais.
Cientista de dados e coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt entende que a alta de mortes em janeiro não recebeu influência do apagão de dados que afetou o País entre dezembro e o início deste ano, uma vez que, explica, os "óbitos (registrados) nos cartórios independem da RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde)".
Ele pondera, além disso, que, apesar de o País ter passado por um maior pico de mortes no primeiro semestre do ano passado na comparação com este ano, não apenas a ocupação de leitos influi no aumento de mortes por outras causas, como ainda outros fatores. Um deles, difícil de ser mensurado, seria o excesso de consultas e exames de rotina em atraso, devido aos mais de dois anos de pandemia.
Schrarstzhaupt destaca ainda que tem muito caso subnotificado. "A gente não testa realmente. Imagina se não tivesse vacina? Teria sido um massacre", disse.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Salvador atinge o menor índice de infestação do Aedes aegypti dos últimos 16 anos
Salvador bateu um recorde e registrou no mês de janeiro o menor dado do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) dos últimos 16 anos. De acordo com a prefeitura, a capitalapresentou entre os dias 3 e 7 de janeiro uma Infestação Predial (IIP) de 1,5%.
O índice significa que a cada 100 imóveis visitados pelas equipes de saúde, aproximadamente um apresentou focos mosquito.
"É o resultado dos recursos investidos na saúde, nas motos que saíam nas vielas, nas baixadas, para atacar o aedes, com as equipes que montamos que foram de casa em casa. É trabalho realizado com a limpeza, aplicação dos produtos para manter o combate ao aedes. Nós temos que celebrar esses números", disse o prefeito Bruno Reis, nesta terça-feira (15).
Para a prefeitura, a resultado positivo do levantamento é atribuído a uma série de intervenções, mobilização e conscientização junto à população feita através de campanhas e ações educativas coordenadas pela Secretaria Municipal da Saúde, bem como a intensificação das atividades do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) casa à casa, dos inúmeros mutirões de limpeza realizados em bairros prioritários através da articulação de diferentes órgãos da Prefeitura como a Limburp.
“Passamos por um período desafiador durante a pandemia, já que suspendemos as inspeções domiciliares dos agentes de combate às endemias por conta do risco de transmissibilidade do Covid-19. No entanto, intensificamos o trabalho de enfrentamento ao Aedes com os mutirões nos bairros em parceria com a Limpurb. Isso ajudou a atingir o indicador estável na cidade. Vamos seguir com a intensificação das medidas para reduzir ainda mais esse indicador durante o verão”, pontuou Andréa Salvador, diretora de Vigilância à Saúde.
Infestação por bairros
Algumas localidades dos bairros de Coutos e Vista Alegre registaram o maior percentual de infestação do mosquito da cidade com 7,6%, seguido das comunidades de Nazaré, Barroquinha, Saúde, São Joaquim e Macaúbas (4,2%), e Bairro da Paz, Luís Anselmo e Cosme de Farias com 4,1%.
As comunidades do Matatu, Pitangueiras, Santo Agostinho e Vila Laura apresentaram o indicador mais baixo no município com 0%, ou seja, nenhum foco foi identificado na região durante o estudo.
Morre o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor
O jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morreu aos 81 anos no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na madrugada desta terça-feira (15). Ele estava hospitalizado desde dezembro do ano passado.
Segundo a família, a causa da morte foram complicações do AVC. Na manhã desta terça-feira, a produtora de cinema Suzana Villas Boas, ex-mulher de Jabor e mãe de seu filho escreveu "Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro" numa rede social. De acordo com assessores, Jabor ainda deixa um filme inédito.
Jabor dirigiu "Eu sei que vou te amar" (1986), indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes. É colunista de telejornais da TV Globo desde 1991, como “Jornal Nacional”, “Bom Dia Brasil”, “Jornal Hoje”, “Fantástico” e de rádio na CBN.
Formado no ambiente do Cinema Novo, Jabor participou da segunda fase do movimento, um dos maiores do país. le se formou pelo curso de cinema do Itamaraty-Unesco em 1964.
Cerca de 20 mil alunos migraram da rede privada para a municipal de Salvador
Os irmãos Luiz Fernando Gomes, 11 anos, e João Lucas, 6, estudavam em uma escola particular no bairro da Sussuarana, em Salvador. Porém, em 2021, a operadora de telemarketing Ana Carolina Gomes, 26, retirou os filhos do colégio privado e matriculou em uma escola pública. A pandemia afetou a receita da família e os R$ 600 de mensalidade começaram a pesar demais no orçamento. Assim como os irmãos Gomes, outras 20 mil crianças migraram do ensino privado para o público municipal.
É tanta gente que o déficit de vagas nas séries iniciais triplicou. O programa Pé na Escola – através do qual a prefeitura compra vagas em instituições particulares e oferece para alunos matriculados na rede pública, para conseguir atender a demanda, saltou de 5 mil, em 2020, para 12,5 mil, em 2021, e para 15 mil, em 2022. Ana Carolina contou que estava receosa de que os filhos não conseguissem se adaptar, porque eles sempre estudaram em colégios privados, mas o processo foi mais fácil do que ela imaginava.
“Eles ficaram empolgados, disseram que gostaram muito da escola e já fizeram amigos. O processo de adaptação foi bastante tranquilo. Em relação ao ensino, estou achando muito bom. Minha única reclamação é de que acontecem muitas faltas de professores e pontos facultativos. Acredito que essas interrupções não são boas para o processo de aprendizagem das crianças”, conta.
João Lucas e Luiz Fernando são alunos na Escola Municipal Novo Horizonte. O colégio particular em que eles estudavam antes da mudança não suportou a crise e fechou as portas.
A prefeitura fez um cadastro antes da matrícula, no final do ano passado, para saber quantas crianças de 2 a 5 anos, que estão fora da escola, pretendem ingressar na rede, em 2022. Cerca de 24 mil confirmaram presença. Até a sexta-feira (11), havia 142 mil crianças matriculadas na rede municipal e 20 mil vagas em aberto.
As gêmeas Maria Clara e Giovana Ribeiro, 11 anos, estão nessa lista. A faxineira Marilene Ribeiro, 41, contou que nos anos iniciais matriculou as filhas em uma escola particular porque não havia vagas nas escolas públicas próximas da casa delas, mas as mensalidades estavam pesando no orçamento. Em 2022, as irmãs vão permanecer na Escola Municipal Teodoro Sampaio, no bairro da Santa Cruz, onde a família mora.
“Tenho um filho que estudou nessa mesma escola e que adorava. Elas também gostaram bastante, apesar de a maior parte do tempo ter sido de ensino remoto. Não vi muita diferença na comparação do ensino público com a escola particular. Elas tiveram muitas atividades remotas, ainda precisam melhorar a caligrafia, mas tiraram boas notas”, revela.
Mudança
A crise econômica provocada pelo novo coronavírus teve impacto direto sobre a educação. O diretor da Escola Municipal Elysio Athayde, em Cajazeiras V, Hamilton Sousa, está há 22 anos na educação e disse que todos os anos a escola recebe alunos da rede privada, mas que nos dois últimos anos foi diferente.
“Tivemos um quantitativo significativo [de transferências] por conta da pandemia, muito acima do normal. Em alguns casos, a adaptação é um processo difícil porque a rede pública tem dificuldades que, muitas vezes, não existem na rede particular. Na rede privada os pais conseguem, por exemplo, acessar mais facilmente a escola. Na rede pública temos uma limitação de funcionários que podem ficar à disposição deles”, diz.
O diretor contou que apesar desses percalços a adequação acontece de forma natural e listou algumas vantagens. “Nesse momento de crise não ter que pagar mensalidade, fardamento e livros é um grande alívio para os pais. Em relação ao ensino, muitos dos professores que lecionam na rede privada são professores também da rede pública, então, acaba não tendo muita diferença”, afirma.
A rede municipal tem 432 escolas e 162 mil vagas. Por conta do aumento na demanda foi necessário fazer adaptações na rede para conseguir atender todos os estudantes. A prefeitura informou que está reformando 128 escolas, 29 sendo ampliadas e construindo outras 14 unidades, que juntas vão gerar 2 mil novas vagas. O investimento em infraestrutura é de R$ 300 milhões.
Frequência
Apesar dos apelos das autoridades públicas metade das famílias soteropolitanas ainda resiste em levar os filhos para a escola. Na segunda-feira (14) completou uma semana que as aulas presenciais foram retomadas e, segundo o prefeito Bruno Reis (DEM), a frequência dos estudantes tem sido de 50%.
Ele esteve na inauguração da Escola Municipal Professora Alita Ribeiro de Araújo Soares, em São Marcos, e tentou novamente sensibilizar as famílias. A nova unidade é uma homenagem a avó do prefeito, tem dez salas, 1,3 mil m² de área construída e capacidade para 580 alunos. O investimento foi de R$ 4,6 milhões.
“Se estou aqui hoje [como prefeito] é por conta da educação. É por isso que eu faço um apelo aos pais e mães para que levem seus filhos para a escola. Estamos com percentuais baixos de frequência de alunos e precisamos de uma mobilização da sociedade. Foram dois anos praticamente sem aula e esse poderá ser um dos principais efeitos colaterais da pandemia”, diz.
Na rede estadual, as aulas também foram retomadas em fevereiro. O governador Rui Costa (PT) contou que algumas unidades no interior do estado conseguiram registrar quase a totalidade de presenças. Ele participou de um evento no Parque de Exposições, em Salvador, para a entrega de equipamentos, ambulâncias e tratores agrícolas para municípios baianos.
“Sinto um entusiasmo e um comprometimento grande dos alunos. Nesses primeiros dias [de volta às aulas] em que estive nos municípios vi um desejo forte dos professores e dos colegas de chamar de volta aqueles que por acaso deixaram a escola nesse período. Fiquei muito satisfeito por onde passei em ver a alegria e o entusiasmo da comunidade escolar com o retorno às aulas”, declara.
'Pai e mãe têm dever legal de buscar vacinação do filhos', diz nova secretária da Saúde
A nova secretária da Saúde da Bahia, a médica Adélia Pinheiro, falou da situação da pandemia no estado nesta segunda-feira (14), destacando a importância do avanço do vacinação infantil para o combate à covid-19. "Pai e mãe têm dever legal de buscar a vacinação de seus filhos", ressaltou Pinheiro, em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia.
"Precisamos sensibilizar essas pessoas. Pais, mães, responsáveis. A vacina de crianças, de menores de idade, é uma responsabilidade definida em lei.", disse. "Precisamos enquanto sociedade trabalhar todos dias, e a imprensa conosco, para diminuir esse número de vacinas atrasadas", acrescentou, falando também dos adultos.
"Já conseguimos vacinar mais de 300 mil crianças de 5 a 11 anos, mas precisamos avançar, porque é o quarto elemento, que nos dá mais segurança de continuar enfrentando a pandemia", diz Adélia.
"Como profissional de saúde pública, trabalhadora do SUS, vinha acompanhando desde o início, atendendo pela Secti o chamamento do governador, que solicitou que a secretaria atuasse complementarmente à Sesab", disse Adélia sobre a pandemia. "Auxiliando na implantação do Telecoronavírus, do Monitora Covid", acrescentou, dizendo que também estava no comitê científico do Consórcio Nordeste.
A secretária destacou que a pandemia não se comporta de maneira regular. "Temos a necessidade de estarmos sempre em alerta acompanhando os dados. É exatamente o que o momento atual da pandemia nos impõe. Devemos estar em alerta", disse, sobre a alta nos índices da pandemia na Bahia.
Além da vacina, ela aproveitou a entrevista também para relembrar a importância de manter uso de máscara, fazer higienização e manter distanciamento social. Ela comentou cenas de uma festa de bloquinho de Carnaval no final de semana, nas ruas do Centro, neste fim de semana, dizendo que é preciso trabalhar em conscientização da sociedade. "É certo que após 2 anos (de pandemia) as pessoas estejam cansadas, mas é necessário que entendam o valor da vida, a defesa da vida".
BBB22: Arthur Aguiar, Bárbara e Natália disputam paredão
Arthur Aguiar, Bábara e Natália disputam o paredão no BBB22, depois de votação na noite do domingo (13).
Arthur foi indicado pela segunda vez seguida pela líder Jade Picon, indo direto para o paredão. A influenciadora afirmou que o voto era uma maneira de se proteger dentro do jogo.
"Meus motivos são parecidos com os da última semana, mas, aqui, agora, sinto a necessidade de me proteger. Não quero criar uma desavença com outra pessoa, pois nada me garante que vou estar com esse colar e imune (nessa semana). Para que eu não possa ter mais votos, então, vou seguir na minha posição de indicar o Arthur e criar uma maneira de me proteger. Sigo firme nisso", disse Jade.
Essa semana teve contragolpe e Arthur usou o poder para puxar Bárbara para a berlinda.
Completou o paredão Natália, que recebeu seis votos no confessionário dos outros participantes. A mineira também teve direito a um contragolpe e escolheu Laís, mas essa conseguiu escapar na prova bate e volta.
Após a votação no confessionário, houve a dinâmica dedo-duro, que revelou os votos de Bárbara, Douglas, Paulo André e Vyni, que votou em Natália.
Médico na palma da mão: variante Ômicron faz telemedicina aumentar até 144%
A pandemia mudou a rotina de muita gente, especialmente na hora de buscar um médico. O atendimento de telemedicina – autorizado em caráter de emergência para atender as pessoas nesse período de distanciamento social – aumentou tanto que começaram a surgir healthtech (startups na área de saúde) especializadas em atendimento remoto.
Uma pesquisa Panorama das Clínicas e Hospitais 2022, realizada pela Doctoralia em parceria com TuoTempo, aponta que da última semana de dezembro/21 à primeira semana de janeiro/22 houve um aumento de 122% nos agendamentos de teleconsultas por meio da plataforma Doctoralia, o que também elevou o número de prescrições médicas digitais - assinada digitalmente pelo médico via o certificado digital. Na Bahia, serviços pré-hospitalares, como a Vitalmed, registraram um aumento de 40% na demanda em 2022 em função do crescimento de sintomas da variante ômicron para covid-19.
Para a gerente de operações médicas da Vitalmed, a médica Diana Serra, os avanços realizados nessa área no Brasil foram grandes nesse período, mas muito ainda precisa ser feito para que se atue com a mesma qualidade verificada em outros países. “A regulamentação da prática de telemedicina, com regras mais claras ainda não ocorreu, mas torço para que, em breve, isso ocorra garantindo assistência numa realidade de país continental como a nossa, com áreas tão mal assistidas”, afirma.
Diana diz que por ser um serviço pré-hospitalar, a pratica de telemedicina não é uma novidade para a Vitalmed e que, desde a implantação do serviço, há 29 anos, atendimentos desse tipo são prestados pelos profissionais que realizam o atendimento. “Antes era só o telefone, hoje, as videochamadas ajudam a realizar um atendimento melhor. Meu sonho é o dia em que os pacientes também contem com equipamentos que auxiliem no nosso trabalho, a exemplo daqueles que fazem aferição de pressão e contagem de batimentos cardíacos”, esclarece.
Contato humano
Com 30 anos de graduada, a médica não acredita que a tecnologia conseguirá superar o atendimento presencial, mas que a telemedicina termina servindo como uma ferramenta auxiliar em situações específicas, como a chegada das equipes naquelas localidades de difícil acesso. “Durante os períodos mais delicados da pandemia, muitos pacientes não queriam equipes de saúde em suas casas, então, essa forma de atender terminava sendo uma possibilidade bastante viável”, afirma.
Apesar de reconhecer os benefícios, o representante do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Regional de Medicina Júlio Braga diz que há um grande temor que a prática da telemedicina seja normalizada em todas as áreas da medicina, esquecendo que existe muitas particularidades no exercício profissional. Uma pesquisa divulgada pela Mercer Marsh mostrou que o crescimento da telemedicina ultrapassou os 300% durante esses primeiros dois anos de pandemia, dando visibilidade a novos formatos de consultas médicas.
“Desde 2002, a prática da telemedicina já era contemplada e liberada, no entanto, eram consideradas situações excepcionais, como as vividas em plataformas de petróleo, para o Samu e em áreas como a radiologia, cardiologia e a patologia clínica”, esclarece.
O Conselheiro diz que as vantagens desse tipo de prática caminham com os problemas, especialmente no que diz respeito às consultas, que precisarão ser normatizadas aos poucos. “Compreendemos que em situações de dificuldade de locomoção do paciente e em locais de acesso mais complicado, a teleconsulta é uma ferramenta importante, mas não se pode trocar a presença física de uma assistência médico com uma análise feita de forma remota”, completa o conselheiro, reforçando que em qualquer lugar do mundo, o atendimento presencial é considerado o padrão ouro.
Serviços complementares
Júlio Braga reforça que o próprio código de ética médico recomenda que o atendimento remoto seja complementado depois com a atenção presencial para que não haja problemas para o paciente. “Nosso maior temor é que a administração pública substitua o serviço público presencial por esse formato, feche serviços de assistência à família e comprometam o vínculo do médico e seu paciente”, pondera.
O médico também torce para que a telemedicina seja regulamentada dentro dos padrões éticos do exercício profissional, facilitando a vida dos profissionais e dos pacientes. “A pandemia terminou adiantando procedimentos como a assinatura eletrônica para o receituário e os prontuários, mas essas soluções precisam ser amadurecidas para que não se transforme num problema”, afirma Braga.
Enquanto a discussão e as resoluções não avançam, os pacientes comemoram os benefícios da tecnologia. A aposentada Maria Milza Gomes Carvalho já usou o serviço algumas vezes para ela e para o marido, que tem 69 anos e se encontra acamado. “Fomos muito bem atendidos, as médicas foram carinhosas, criteriosas e muito pacientes com o procedimento e isso nos trouxe segurança e a resolução do problema de modo muito rápido”, conta.
No caso do marido, Maria Milza fez questão de reforçar que além de ouvir as queixas dela em relação ao problema, a médica pediu que ela levasse o telefone até o quarto do marido e fez a avaliação através de uma chamada de vídeo, orientando para onde a tela deveria ser levada e o que ela precisava olhar com mais atenção. “Depois, ela receitou a medicação para ele e, em pouco tempo, recebemos os produtos da farmácia, sem necessidade de deslocamento, com segurança”, comemorou.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que, desde 2020, os atendimentos médicos realizados por meio de telemedicina já são de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, na forma autorizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Atualmente, a assistência através da telemedicina e da assistência presencial têm os mesmos valores e que os serviços públicos dispensam esse tipo de atendimento para casos específicos, de acordo com a necessidade do paciente. Os serviços de saúde voltados para a população em hospitais e clínicas escolas, a exemplo da Escola Bahiana de Medicina e o Hospital Universitário Edgar Santos (Hospital das Clínicas/UFBA), realizaram o teleatendimento nos momentos mais críticos da pandemia, para evitar a aglomeração.
Outras profissões da área da saúde contam com regulamentações específicas sobre teleconsulta:
Enfermagem – permite a execução de prescrição médica à distância somente em casos de urgência ou emergência (Resolução COFEN Nº 0487/2015);
Fonoaudiologia – permite apoio por avaliação à distância, mas com profissional fonoaudiólogo presente junto ao paciente (Resolução CFFa nº 366/2009);
Psicologia – regulamentou e detalhou várias modalidades de serviços psicológicos à distância, tanto em caráter clínico quanto de pesquisa (Resolução CFP Nº 011/2012).
Como outros países estão utilizando a teleconsulta?
Os Estados Unidos estão bastante avançados na discussão da teleconsulta e a legislação permite este tipo de atendimento entre médico e paciente, de acordo com o Portal Telemedicina. O programa CCHT (Care Coordination and Home Telehealth), por exemplo, presta atendimento remoto aos veteranos de guerra do país, que já conta hoje com mais de 50 mil pacientes. Pelo CCHT, pacientes e médicos se interconectam através de estações de videoconferência instaladas em vários lugares estratégicos e um estudo mostrou que este atendimento ajudou a reduzir as internações hospitalares e os custos de atendimento, além de gerar elevada satisfação dos pacientes.
Na Europa, a grande maioria dos países possuem legislação sobre teleconsulta. A China, em 2010, iniciou o projeto piloto denominado Ideal Life. Já o Canadá utiliza a teleconsulta por meio de telefonia ou internet para áreas rurais e urbanas; o México permite a teleconsulta para pacientes que vivem em comunidades rurais desde de 2001, e a Austrália (desde 1994) e no Japão (desde 1997) liberaram esta forma de consulta.