O Ministério da Educação tem, a partir desta quarta-feira (30), um novo ministro. Quem assume a pasta é o engenheiro de redes de comunicação formado pela Universidade de Brasília (UnB) Victor Godoy que, durante a gestão de Milton Ribeiro, ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta.

A mudança ocorre após a abertura de uma investigação contra Ribeiro, suspeito de favorecer a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tendo dois pastores como intermediários. O caso levou Ribeiro a pedir exoneração do cargo, no último dia 28.

A nomeação do novo ministro foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.

Currículo
O currículo de Victor Godoy publicado no site do MEC informa que ele é servidor público da carreira de Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou desde 2004 até ser convidado ao cargo de secretário-executivo do MEC, em julho de 2020.

Na CGU, Godoy atuou como auditor federal de Finanças e Controle, coordenador-geral; e diretor de Auditoria da Área Social e de Acordos de Leniência.

Inquéritos contra ex-ministro
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o ex-ministro Milton Ribeiro. A medida foi autorizada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, após a divulgação de um áudio, pelo jornal Folha de S.Paulo, no qual Ribeiro diz favorecer, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prefeituras de municípios ligados aos dois pastores.

O ex-ministro já era alvo de um outro inquérito da PF, que tem por base suspeitas levantadas pela CGU relativas à irregularidades que estariam ocorrendo em eventos realizados pelo MEC e, também, sobre o oferecimento de vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas do mesmo fundo.

A apuração ocorreu entre setembro de 2021 e março de 2022. O órgão, então, concluiu que agentes públicos não estavam envolvidos nas supostas irregularidades e enviou o caso para a PF, que abriu um inquérito criminal.

O caso está também na esfera cível, pela Procuradoria da República no Distrito Federal. É também alvo de uma fiscalização extraordinária que está a cargo do Tribunal de Contas de União (TCU).

Após a divulgação do caso, o então ministro Milton Ribeiro divulgou uma nota à imprensa, na qual disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo ele, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária.

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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, comunicou, nesta segunda-feira (28) sua exoneração do cargo. A decisão acontece após o titular da pasta sugerir, em áudio publicado na última semana, um suposto favorecimento na aplicação de recursos da Educação em troca de vantagens para pastores e igrejas. Segundo ele, a orientação atendia a um "pedido especial" do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo informações da CNN Brasil, em carta a ser enviada a Bolsonaro, o ministro afirma: “Não me despedirei, direi até breve”. Em conversa gravada, Ribeiro admitiu que prioriza o atendimento a prefeitos que chegam ao ministério por meio dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

"Foi um pedido especial que o Presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", diz o ministro no áudio obtido pela Folha de São Paulo, durante reunião com Arilton e Santos. "Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", afirma.

Participavam da conversa prefeitos, os dois religiosos envolvidos no caso e lideranças do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O encontro foi realizado dentro do MEC. O tema a ser discutida abordava orçamento da pasta, cortes na educação, e ainda sobre a liberação de recursos para essas obras.

Após grande repercussão do caso, Ribeiro virou alvo de um inquérito da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de favorecimentos a pastores na distribuição de verbas do MEC. Em outro inquérito, a PF também investiga as supostas irregularidades. Na última quinta-feira (24) a polícia recebeu um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo o órgão, os fatos são investigados desde o ano passado, antes da divulgação da gravação.

Na última sexta-feira, 25, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o áudio vazado do ministro da Educação "despertou obviamente em todas as instituições certa perplexidade". Durante participação do XXIV Congresso Nacional do Ministério Público, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, o parlamentar defendeu que o ministro tenha agora a oportunidade de apresentar ampla defesa.

Em última nota divulgada para a impresa, Milton Ribeiro alegou não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo Ribeiro, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária. "Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, disse no documento.

 

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Caso a eleição para governador fosse realizada nesta quarta-feira (23), o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) venceria o pleito no primeiro turno. De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Quaest, em parceria com Genial Investimentos, Neto tem 66% das intenções de voto.

Todos os outros candidatos empatam tecnicamente no segundo lugar. A margem de erro é de 2,9 pontos.

A pesquisa aponta também que o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), tem 5%; o secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues (PT), tem 4%; e o investigador da Polícia Civil Kleber Rosa (PSOL), tem 2%.

O instituto ouviu 1.140 moradores da Bahia, entre os dias 16 a 19 de março, em entrevistas realizadas pessoalmente. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada pelo Banco Genial e registrada na Justiça Eleitoral sob o número BA-06141/2022.

 

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Foi “o maior bonitão da Bahia” para cá, seguido de “já tinha dois filhos e agora ganhei um neto” de lá e sem o menor esforço para disfarçar as expectativas, que o ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil) e o vice-governador da Bahia, João Leão (PP) anunciaram que marcharão juntos na disputa eleitoral deste ano. Além disso, os dois oficializaram a presença de Leão na chapa majoritária como candidato ao Senado Federal.

Numa clara demonstração de força política e unidade, os dois concederam uma entrevista coletiva ontem no Hotel Fiesta, cercados de aliados na Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa e prefeitos, com destaque para o de Salvador, Bruno Reis, e o de Jequié, Zé Cocá, que é também presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB). A união entre as duas forças políticas já era dada como certa nos bastidores, mas Neto fez questão de, nas suas palavras, “celebrar” a chegada do novo aliado.

O vice-governador evitou polemizar a respeito do desembarque do PP da base de apoio ao governo do estado e fez questão de dizer que não tem nada pessoal contra o senador Jaques Wagner (PT), que anunciou pelo rádio mudanças na composição da chapa para a próxima eleição. Ainda assim, Leão, quando perguntado, disse que se sentiu desrespeitado pela atitude. Confirmou que esteve com o antigo aliado dois dias antes do assunto e que nada foi conversado.

“Faltou respeito e o vídeo em que ele pediu desculpas demonstrou amadorismo na política e foi a gota d’água”, reconheceu. “Se tudo tivesse sido conversado antes? Eu não sei, mas sempre fui do diálogo”.

Para ele, tudo isso era passado e ontem era momento de tratar do futuro. “Lembrei de uma música”, começou Leão, antes de puxar o icônico “você se lembra de mim”, coro imortalizado nas campanhas do senador ACM. Num discurso emocional, falou das origens sertanejas e prometeu trabalhar junto com Neto para tirar do papel projetos econômicos importantes para a Bahia. “A Bahia terá um governador da zorra e eu serei um senador para dizer, ‘meu Neto vai em frente’”, avisou Leão.

O vice-governador se mostrou tão confiante na vitória dele e de ACM Neto que chegou a brincar com o ex-governador Paulo Souto e o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo. Foram eles os candidatos do antigo DEM, agora União Brasil, nas duas últimas eleições, quando Leão disputou como vice.

“Paulo Souto, Zé Ronaldo, se preparem que nós vamos dar o troco agora. É hora da vitória”, disse, arrancando risos e aplausos dos presentes. “E digo mais, Neto vencerá em primeiro turno, com a maior votação que um governador já teve neste estado”, projetou.

Para Neto, o ato de ontem vai ficar registrado como um divisor de águas na política baiana. “Estamos tornando público um pacto que definir o futuro da Bahia”, destacou. Ele ressaltou a importância da aliança para os dois grupos, não apenas por encorpar a sua chapa eleitoral, como também por estabelecer condições de uma forte base de apoio no legislativo estadual e federal da Bahia a partir do ano que vem. “Cada voto que pedir para mim será também para João Leão no Senado, queremos uma vitória completa. Esta aliança foi feita com grandeza, sonhos e propósitos”, disse.

“Já começaremos o governo com uma bancada muito forte no legislativo, que é imprescindível para aprovar projetos”, projetou Neto.

Novas conversas
O ex-prefeito projetou o dia 2 de abril como prazo para estar com a sua chapa completa, com a definição do pré-candidato a vice-governador e com os nomes que ocuparam a suplência na vaga para o Senado. Em relação à composição do restante da sua chapa, ACM Neto ressaltou que irá definir “sem pressa” o restante dos nomes que estarão ao seu lado na disputa eleitoral.

“Já disse antes que não tenho pressa, quem tem que correr é quem está no governo”, disse. “Vamos apresentar quando a discussão estiver madura. Já estamos dando um grande passo com esta aliança”.

Os dois líderes políticos foram questionados sobre os efeitos da aliança nos rumos da campanha. Neto rechaçou qualquer tipo de mal estar em criticar, ou em elogiar, o governo por conta do nosso aliado. Segundo Neto, antes mesmo do ingresso de João Leão e do PP ele já estava decidido a reconhecer os bons feitos dos 16 anos de gestão petista e apontar o que pode mudar para melhor. “Com a vinda de Leão, vamos agregar renovação com experiência e vamos trabalhar para tirarmos do papel projetos que são sonhos antigos e ainda não se concretizaram”, avisou.

Leão foi questionado a respeito de um possível assédio a quadros do PP para permanecerem na base de apoio ao governo e não se mostrou preocupado com o assunto. “Política é cheiro e aqui tem cheiro de vitória. Podem procurar os parlamentares e prefeitos do PP, mas o que nós iremos ver em agosto será um estouro de boiada vindo de lá para cá”, apontou. “E eu digo mais, vamos ter muitos prefeitos do PT também aqui conosco porque o povo vai sentir o cheiro e vai vir todo mundo para cá”, projetou.

Neto evitou falar sobre o seu provável adversário na disputa pelo estado, o atual secretário de Educação Jerônimo Rodrigues, mas avisou que vai manter o tema como central em sua campanha. “Me sinto muito à vontade para falar sobre os desafios da educação porque já me posicionei sobre isso antes de saber quem seria o pré-candidato de lá”, avisou. Segundo o ex-prefeito, as críticas serão direcionadas à situação. “Posso dizer que no meu governo a educação será prioridade absoluta, mas não porque o futuro candidato será o atual secretário”, rechaçou.

Cenário nacional
Leão e Neto confirmaram o acordo para o vice-governador e os membros do PP apoiarem quem quiserem na eleição presidencial. Leão afirmou que pretende apoiar o ex-presidente Lula (PT) e disse que pretende conversar com ele sobre o assunto.

“A primeira coisa que eu disse a Neto foi que eu tenho uma vontade grande de apoiar Lula. Agora, na vida política, você apoia quem quer ser apoiado. Se ele quiser, terá que me dizer”, destacou.

O vice-governador ressaltou o carinho que tem pelo ex-presidente, de quem chegou a ser líder na Câmara dos Deputados.

]Neto voltou a dizer que não tem intenção em se envolver na disputa nacional. Segundo ele, o seu partido, o União Brasil, tratará do assunto a partir do dia 2 de abril, depois que as questões estaduais estiverem alinhas. Mas ainda assim ele, particularmente, manterá o foco na disputa pelo governo da Bahia.

“Nosso foco, nossa causa e nosso propósito é a Bahia. Como não tenho bola de cristal, não sabemos quem será o próximo presidente da República, mas estou pronto para trabalhar com qualquer um deles”, garantiu.

O ex-prefeito se comprometeu a adotar uma postura semelhante à que teve quando esteve à frente de Salvador. “Fui prefeito por oito anos, foram três presidentes e dois governadores, todos de partidos diferentes do meu, e sempre me relacionei bem com todos eles”, disse.

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O presidente Jair Bolsonaro desembarcou ontem pela manhã na Bahia feliz com os rumos que a pandemia de covid-19 tem tomado no país, mas bastante insatisfeito com a atuação da Petrobras no mercado. Se depender do governo, a pandemia de covid-19 está com os dias contados no Brasil. Acaba no próximo dia 31, disse Bolsonaro a jornalistas ontem pela manhã, em sua chegada ao Senai Cimatec, na Avenida Orlando Gomes.

Com a agenda pública totalmente dedicada à Bahia, ele deixou o Cimatec, onde almoçou com empresários, e partiu para uma visita à sede das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid), no Largo de Roma, no início da tarde. Lá, foi recebido por apoiadores, em sua maioria vestidos de verde e amarelo, que tomaram toda a calçada em frente ao local. Alguns transeuntes chegaram a gritar palavras de ordem contra ele, mas suas vozes foram abafadas pelos partidários do presidente.

O dia de visitas foi finalizado com uma ida surpresa do presidente à Igreja do Nosso Senhor do Bonfim. Ele chegou ao local em cima da caçamba de uma pick-up, acompanhado de ministros e parlamentares aliados. Mais uma vez a população se dividiu entre palavras de apoio e críticas ao chefe do Poder Executivo Federal.

Ao falar sobre a reclassificação da pandemia para endemia, Bolsonaro fez questão de ressaltar, por mais de uma vez, que a iniciativa era do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e que ele, como presidente, apenas apoia a idea. “Tá aqui o Queiroga, já deu uma declaração há dez dias, mais ou menos. A tendência do Queiroga, que é a autoridade nesta questão, tem conversado na Câmara dos Deputados, com parlamentares, e também no Supremo Tribunal Federal... A ideia dele é passarmos de pandemia para uma endemia e aí vocês irão ficar livres da máscara em definitivo", ressaltou ele, que durante todo tempo em público permaneceu sem o uso da proteção facial.

Endemia é, basicamente, uma doença recorrente, para a qual a população e os serviços de saúde já estão preparados. A Lei 13.979/2020 definiu que cabe ao Ministério da Saúde estabelecer a duração das medidas de emergência em Saúde Pública.

Aos falar sobre o assunto, Bolsonaro voltou a criticar as estratégias utilizadas no controle da da doença e descartou a preocupação com a chegada de novas variantes de infecção. Nos últimos dias, o Ministério da Saúde anunciou que monitora casos suspeitos no Brasil de infecções pela Deltacron, uma multação do coronavírus, que mesclou as variantes Delta e Ômicron.

“A gente não pode ficar vivendo de onda, é uma realidade. Vocês já viram, se ficar em casa o vírus não vai embora. Quase quebraram a economia. Talvez, o único chefe de estado do mundo que disse que não deveríamos ficar em casa, que tínhamos que trabalhar, tenha sido eu”, disse, ressaltando que, no entender dele, apenas idosos e portadores de comorbidades deveriam ser alvos de maiores cuidados. “Hoje, vários estudos comprovam que eu estava certo. Eu não errei nenhuma, apenas estudei e tive coragem para enfrentar o problema”, defendeu-se.

Em pronunciamento na Osid, Queiroga não falou diretamente sobre a reclassificação da pandemia, mas destacou que o "presidente enfrentou a maior emergência de saúde pública do mundo" e lembrou que há quinze dias os números relacionados à covid são decrescentes. "O SUS (Sistema Único de Saúde) está fortalecido. Em 2020 e 2021, foram acrescidos R$ 100 bilhões ao orçamento de Saúde no Brasil", lembrou.

Preços dos combustíveis
Jair Bolsonaro ainda falou sobre a questão dos preços dos combustíveis. Ao comentar o assunto, ele criticou a atuação da Petrobras no mercado: “Não é aquilo que eu gostaria”. Ele ainda citou a Refinaria de Mataripe, vendida pela Petrobras para a Acelen, empresa do fundo Mubadala, em dezembro do ano passado.

“Por coincidência, a única refinaria que é privatizada (Mataripe) foi a que resolveu sair na frente. Hoje em dia, dados do mercado internacional indicam que o PPI, preço de paridade internacional, estão abaixo dos praticados aqui dentro”, destacou. Ele frisou não interferir nas decisões da Petrobras, mas disse que se pudesse teria sugestões a dar. “Não estou cobrando nada da Petrobras, eu, como presidente da República, não interfiro lá. Se pudesse interferir teria dado outras sugestões. A gente espera que com a queda que teve, do barril de petróleo passando de US$ 135 para US$ 100, a Petrobras anuncie uma redução de preços. Todo mundo espera”, disse.

Em seguida, o presidente concedeu uma entrevista ao SBT, onde enfatizou as críticas à empresa e sinalizou a possibilidade de demitir o presidente da estatal, o general Joaquim Silva e Luna. Ele ainda falou sobre a possibilidade de privatização da empresa. “Qualquer nova alta a gente vai, da nossa parte aqui, desencadear um processo para que esse reajuste não chegue na ponta da linha para o consumidor. É impagável o preço dos combustíveis no Brasil. E lamentavelmente a Petrobras não colabora com nada”, declarou.

“Muita gente me critica, como se eu tivesse poderes sobre a Petrobras, não tenho poderes sobre a Petrobras. Para mim, é uma empresa que poderia ser privatizada hoje, ficaria livre deste problema. E a Petrobras se transformou na Petrobras Futebol Clube, onde o clubinho lá de dentro só pensa neles, jamais pensam no Brasil”, acrescentou.

Na mesma entrevista, Bolsonaro disse que existe a possibilidade de trocar o presidente da Petrobras. “Existe essa possibilidade”, respondeu ao ser questionado sobre o tema. “Todo mundo no governo, ministros, secretários, diretores de empresas, presidentes de estatais podem ser substituídos se não estiverem fazendo o trabalho a contento. Então, não quer dizer que vai ser trocado ou que não vai ser trocado. Eu só não posso trocar o vice-presidente da República. O resto, todos podem ser trocados, obviamente, por motivos de produtividade, por motivo de falha ou omissão no respectivo serviço”, declarou.

Críticas a antecessores
Durante um encontro com empresários, ele defendeu a necessidade de o país investir em tecnologia. “Quem não investe em tecnologia está sujeito a retornar para a idade da pedra”, disse, citando o potencial brasileiro para a produção de materiais como grafeno e nióbio. Numa crítica aos seus antecessores, disse que o Ministério da Ciência e Tecnologia já teria sido comandando por alguém “que não sabia a diferença entre gravidade e gravidez”.

“O que eram os ministérios do Brasil no passado? Como eram ocupados? A começar pela Defesa, como eram ocupados, qual era o perfil das pessoas? Não sabia o que era aquilo, mas foi colocado politicamente na frente da Defesa”, disse. Na sequência, questionou o motivo de os militares terem sido colocados em segundo plano por governos nos últimos 20 anos, período que coincide com os governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Roussef (PT) e Michel Temer (MDB). Para ele, o motivo estaria na resistência dos militares às doutrinas socialistas.

Ao falar sobre o estado da educação no Brasil, o presidente citou diretamente o PT, apontado por ele como culpado pelos problemas enfrentados na área. “A única coisa boa que nós temos na área da educação é que chegamos a um ponto em que não tem mais como piorar. Parabéns, PT, estamos em último lugar na prova do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes)”, acusou.

No decorrer do seu discurso, o presidente passou a falar sobre uma luta por liberdade e comparou as eleições a uma luta entre o bem e o mal. “Nós não estamos falando de direita e esquerda, estamos falando do bem contra o mal”, comparou.

Ele definiu o Cimatec como “o futuro do Brasil”. O presidente fez uma visita às instalações do centro de pesquisa e ensino da Federação das Industrias do Estado da Bahia (FIEB). “Perguntei para as autoridades que estão nos acompanhando, se fosse em um outro governo, quem seria o ministro de Ciência Tecnologia. Não seria uma pessoa habilitada e técnica como o Marcos Pontes", afirmou. Segundo o presidente, os interlocutores responderam que sem indicações técnicas teriam dificuldades para dar a "devida velocidade" para o desenvolvimento de projetos.

"Eu sempre fui estudioso, lógico que há 50 anos atrás, então está tudo diferente hoje. Estando com a garotada mais jovem hoje aqui, vimos o desenvolvimento de tecnologia de ponta para o Brasil

Questionado a respeito das eleições, fez questão de ressaltar que estava fazendo uma visita de natureza técnica, e não política, mas se disse atento ao cenário eleitoral na Bahia e apontou o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), como o seu possível candidato. “Será o nosso candidato”, disse. “Vamos supor, eu reeleito e ele eleito aqui, há uma maior interação entre o estado e a União”, projetou.

Aratu receberá investimento de R$ 689 milhões
Durante a visita ao Senai Cimatec, o presidente Jair Bolsonaro participou da assinatura de um contrato entre o Grupo Simpar e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O financiamento de R$ 536 milhões será destinado à modernização dos terminais ATU12 e ATU18, do Porto de Aratu, na Bahia.

O investimento total do projeto de modernização dos dois terminais soma R$ 689,8 milhões e inclui construção de duas áreas com infraestrutura para movimentação e armazenagem de cargas. A CS Infra, empresa da Simpar, irá desembolsar R$ 154,2 milhões, por meio de recursos próprios, na concretização das obras que devem gerar cerca de 450 empregos.

“O investimento é fundamental para melhorias na infraestrutura e modernização dos dois terminais. A CS Infra irá oferecer alto nível de serviço aos exportadores e importadores, proporcionando uma melhor condição ao usuário do porto, gerar novas oportunidades de negócios, além de fortalecer a economia local e renda, com a geração de novos empregos”, destaca Marcos Tourinho, diretor-presidente da CS Portos, empresa da CS Infra responsável pelos terminais portuários.

O projeto deve aumentar a capacidade de movimentação, armazenagem e a operação de cais de granéis minerais como fertilizantes, coque, concentrado de cobre, enxofre e magnesita.

Com 150 mil metros quadrados (m²), o terminal ATU12 receberá investimentos para implantação de um novo sistema de transportadores de correias, com mais capacidade; casas de transferência para melhorar a movimentação dos granéis e novo descarregador de navios, além de um novo armazém para fertilizantes com capacidade de 80 mil toneladas e melhorias no pátio de armazenagem e na estrutura offshore do píer de atracação. O ATU12 atende às cargas de graneis minerais.

No caso do terminal ATU18, que possui uma área de 51 mil m², o capital será aplicado em 5 silos de 18 mil toneladas cada, para armazenagem de grãos; um novo píer de atracação com sistema de correias transportadoras; e pavimentação e infraestrutura em toda a área onshore greenfield.

A expectativa é que as obras de reforma, ampliação e aquisição de novos equipamentos permitam um relevante aumento na capacidade dos terminais e consequentemente na movimentação de cargas, e como reflexo, uma maior arrecadação dos tributos nas esferas municipal, estadual e federal. O contrato de concessão terá duração de 25 e 15 anos, respectivamente, em que ambos poderão ser prorrogados por até 70 anos.

Nas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), o presidente acompanhou o lançamento da pedra fundamental da nova unidade de Bioimagem da OSID, que está sendo construída na sede da instituição, em Salvador. Com a implantação do novo núcleo, as Obras Sociais irão ampliar em cerca de 15% a oferta de procedimentos nesse campo, incluindo novos exames junto à população, como ressonância magnética e densitometria óssea.

De acordo com a coordenadora do Serviço de Biomagem da entidade, Tatiana Braga, milhares de pacientes já são beneficiados hoje com a realização de 101 mil procedimentos por ano, incluindo exames de raio X, ultrassonografia, tomografia, mamografia digital, exames contrastados com mesa telecomandada e punção. “Para mim, que estou nas Obras Sociais há 22 anos, desde que me formei, é muito gratificante acompanhar o crescimento da instituição e a ampliação dos serviços junto aos nossos pacientes”.

Segundo o gestor de Infraestrutura da OSID, Jorge Eduardo Vaz, a previsão é que a primeira etapa da nova Bioimagem, que será construída em uma área contígua ao Hospital Santo Antônio, seja concluída até o final de 2022: “Com os recursos enviados pelo Governo Federal, nós adquirimos, através de licitação, o aparelho de ressonância magnética que será utilizado nesta unidade, e demos início à construção desta etapa inicial, contando também com o apoio de doações oriundas da recente campanha solidária em prol da nova Bioimagem”.

Vaz esclarece que para concluir as etapas seguintes do novo núcleo, que terá 1.400 metros quadrados de área construída, “será necessária nova captação de recursos”.

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Um dos primeiros lugares visitados por Bolsonaro durante sua visita a Salvador nesta quarta-feira (16) foi o colégio Senai Cimatec. Por lá, ele foi recebido com coros de xingamentos por alunos da instituição de ensino.

Um vídeo gravado mostra diversos estudantes cantando "ei, Bolsonaro, vai tomar no cu", além de gritos dispersos de "genocida" e "fora, desgraçado".

Antes da visita ao colégio, o presidente falou que estima o rebaixamento da pandemia de covid-19 para "endemia" até o fim de março.

“A tendência do Queiroga, que ele tem autoridade nessa questão. Tem conversado na Câmara dos Deputados, também no Supremo. A ideia é até o dia 31 passarmos de pandemia para endemia e vocês vão ficar livres da máscara”, afirmou o político.

Questionado sobre notícia de novo aumento de casos da covid-19 no exterior, Bolsonaro rebateu e aproveitou o momento para criticar a decisão pelo distanciamento social adotada no início da crise sanitária.

“Eu não posso ficar vivendo de onda [de casos]. Vocês já viram. Ficar em casa o vírus não vai embora. Quase quebraram a economia. Talvez o único chefe de Estado do mundo que disse que não podia ficar em casa, cuidar apenas dos idosos e com comorbidades, tenha sido eu”.

Após o colégio Senai Cematec, o presidente se dirige as Obras Sociais Irmã Dulce, sua última parada na capital baiana.

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O desembarque do PP da base do governo Rui Costa, pelo visto, passará longe da unanimidade. Apenas um dia depois do rompimento ser anunciado pelo vice-governador João Leão, que deve se aliar ao presidente Bolsonaro, quatro prefeitos do partido marcaram presença em evento do governo realizado nesta terça (15), em Almadina, no sul do estado. Além de integrarem o palanque, os prefeitos confirmaram apoio à pré-canditatura de Jerônimo Rodrigues (PT) ao Governo do Estado.

Juraci, prefeito de Barro Preto; Jadson Albano, de Coaraci; Dr. Marival, de Nova Canaã e Paulo Rios, prefeito de Itororó prestigiaram o ato que marcou o anúncio de pavimentação da estrada entre Almadina e Floresta Azul, a construção de nova escola e nova delegacia na cidade. Ao todo 16 prefeitos e 8 ex-prefeitos da região sul estiveram ao lado de Rui e Jerônimo. Ainda nesta semana Rui deve visitar as cidades de Tapiramutá, Gongogi, Vitória da Conquista e Anagé.

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O vice-governador João Leão, presidente do PP na Bahia garantiu nesta terça-feira (15) que, independente da chapa na qual esteja, quer manter o apoio ao ex-presidente Lula (PT) na disputa eleitoral de 2022. De acordo com Leão, até mesmo ACM Neto (União Brasil) a quem os progressistas baianos podem oficializar apoio em breve, já teria sido avisado que, caso fechem aliança para a majoritária, Lula é o candidato a presidente dele.

"Minha intensão é apoiar Lula. Só se ele não quiser o meu apoio. Vou até marcar uma viagem para conversar pessoalmente com Lula, olho no olho, para dizer que ele tem meu apoio", declarou.

"Lula me conhece, conhece minha história, e ele quer voto. Meus votos são dele. E estou à disposição para ajudá-lo a ter uma votação estrondosa na Bahia. Meu amigo Éden Valadares está escorregando.”

Rompimento com o PT
Nesta segunda-feira (14), o PP oficializou o rompimento da aliança de 14 anos com o Partido dos Trabalhadores na Bahia.

Em nota, o PP relembrou todos os fatos que causaram mal-estar na chapa e citou uma "inaceitável quebra do acordo" após decisões unilaterais tomadas pelo senador Jaques Wagner. João Leão (PP) também entregou uma carta onde pediu ao governador Rui Costa (PT) a exoneração do cargo de secretário do Planejamento da Bahia, que acumulava concomitantemente ao de vice-governador.

Os secretários de Desenvolvimento Econômico, Nelson Leal, e de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Leonardo Góes, também pediram exoneração de seus cargos.

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João Leão (PP) entregou nesta segunda-feira (14) uma carta onde pediu ao governador Rui Costa (PT) a exoneração do cargo de secretário do Planejamento da Bahia, que o pepista acumulava concomitantemente ao de vice-governador.

A decisão de deixar o posto ocorreu após a oficialização da saída do PP da base governista causada por desentendimentos na formação da chapa para as eleições estaduais de 2022.

"Nesses anos de trabalho conjunto, dei o melhor de mim, sempre atento ao interesse público, com ética e dedicação. Despeço-me, agradecendo a convivência respeitosa que gerou laços de amizade", disse Leão na carta.

Além de Leão, outros pepistas também entregaram os cargos: Nelson Leal, antigo secretário de Desenvolvimento Econômico, e Leonardo Goés, que era o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento.

Entenda
O racha entre PP e PT ocorreu por divergências na formação da chapa governista ao governo do estado. O desejo de João Leão era que Rui Costa deixasse o cargo de governador para concorrer ao senado, o que transformaria o pepista em governador por nove meses.

No entanto, Rui recuou do desejo de concorrer ao senado e vai ficar no cargo até o fim do mandato.

Sem acerto, o PP decidiu abandonar a base aliada e já negocia com a oposição para integrar a chapa que deve ser capitaneada por ACM Neto, como revelou Bruno Reis.

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Com os números da covid-19 em queda, Salvador pode ter mais flexibilização nas medidas restritivas em março. Segundo o prefeito Bruno Reis, a situação epidemiológica da cidade será analisada novamente após a passagem do período do Carnaval.

"Passado o Carnaval, vamos ver quais medidas de flexibilização vamos adotar. Até lá, é manter todos os cuidados", disse o prefeito.

Bruno aproveitou para fazer um apelo para que as pessoas evitem aglomerações nos próximos dias. "O número de casos ativos e o fator RT nunca estiveram tão baixos desde a chegada da pandemia. Isso sinaliza que, com fé em Deus, que este fim de semana do Carnaval será o último que teremos que fazer sacrifício, aproveito para fazer um apelo à população, que seria o período do Carnaval, que evitem aglomeração. Vamos ter escolas funcionando normalmente e expediente normal".

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