A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (5) um prêmio estimado R$ 3 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.441 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

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Diante de um 2021 que deve deixar de presente uma inflação de dois dígitos – coisa que não acontecia desde 2015 - o consumidor sabe bem o que sofreu em cada ida ao supermercado. Diante desse cenário, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) fez uma lista com os alimentos que mais dispararam de preço no país e os que mais recuaram nos últimos 12 meses, até o novembro.

E no topo da lista está o açúcar refinado, que subiu 53,05%. O maracujá (52,02%), seguido por filé mignon (39,07%) e café em pó (38,69%) vieram logo em seguida entre os vilões. Alimentos preparados e congelados de carne bovina (33,71%) e o frango em pedaços subiram 28,68%. O economista e pesquisador do IBRE, responsável pelo levantamento, Matheus Peçanha explica que boa parte da inflação nos alimentos em 2021 foi decorrente cenário climático que impactou a produção agrícola brasileira até meados de outubro. Outro motivo veio do aumento do custo de alimentação dos animais, altamente dependentes do milho e da soja.

“Mesmo agora com a melhoria no cenário climático, há alguma demora no repasse da queda pela cadeia, além de outros custos que ainda impactam esse mercado, como o diesel em virtude do preço dos fretes”, analisa.

Mas, se por um lado, tiveram os alimentos que fizeram com que muita gente gastasse mais do que esperava, houve produtos que aliviaram mais o bolso, como o preço do limão caiu 18,50%, o da maçã 16,30% e o da banana-da-terra recuou 11,05%. Já o arroz variou -8,27% e o feijão mulatinho -2,02%.

No caso do professor Abraão Oliveira, 40 anos, as despesas com alimentação passaram de R$ 1,2 mil, situação que o levou a optar por comprar mais em atacado e congelar todas as sobras para não perder nada e zerar qualquer desperdício.

“Foi um ano extremamente difícil porque, de fato, foi possível perceber claramente o aumento de preço em diversos produtos, por mais que eu tentasse economizar mudando os locais de compra e a quantidade. Já vivíamos um ano atípico por conta da pandemia, mas, mesmo assim, esses gastos se superaram bastante com relação a 2020”.

O economista e Conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-BA), Edval Landulfo, acrescenta ainda que a desvalorização do real e o dólar fortaleceram a alta dos vilões, assim como a crise hídrica. Não foi um ano fácil para ninguém. Isso sem contar o enfrentamento de outros sucessivos aumentos nas despesas com energia elétrica, gás e combustível.

“A alta do dólar favoreceu muito para os produtores brasileiros venderem para o mercado externo, ao invés do mercado interno, porque vender em dólar era muito mais vantajoso do que em reais, diante da desvalorização da nossa moeda. Então, o frango, a carne bovina, o trigo, a soja e outros grãos causaram um impacto negativo em vários alimentos e o consumidor pagou muito caro por isso e por outros produtos e serviços de primeira necessidade também”.

Aperto continua
Por mais que o bolso tenha sentido o peso desse aumento no ano que passou, infelizmente, não vai ser agora que o gasto com o supermercado vai aliviar o orçamento. De acordo com o educador financeiro Antônio Carvalho, o sacrifício para equilibrar as contas, continua.

“Embora seja difícil fazer prognósticos exatos do comportamento da economia e o IPCA (principal índice da inflação) tenha recuado um pouco no último trimestre de 2021, por mais otimista que sejamos, devemos esperar ainda nos primeiros meses de 2022 a continuidade dos aumentos, ainda como reflexo do ritmo do ano anterior”, comenta.

No momento, umas das saídas é reduzir as compras dos itens mais caros para provocar uma queda na demanda. “Existe o oportunismo do empresariado que, ao longo da pandemia, foi experimentando preços mais altos e, como as vendas continuaram altas, mantiveram o ritmo de aumento, gerando o que chamamos inflação de demanda. Cabe então ao consumidor pesquisar preços, buscar marcas mais baratas e produtos substitutos, que possam atender a mesma necessidade”, aconselha.

Já para a educadora financeira Renata Maia, é necessário ter cautela, sobretudo, diante das despesas de início de ano. “A situação econômica permanece incerta. Eu enxergo como saída uma educação financeira que permita o consumidor ser independente de cenários. Por mais que haja uma interferência entre altas e baixas de inflação, independente do quadro que o mesmo se encontre, o controle, organização e planejamento vão contribuir para que esse consumidor possa fazer um reajuste orçamentário quando precisar”.

OS VILÕES DA INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS

. Açúcar refinado (53,05%)
. Maracujá (52,02%)
. Filé mignon (39,07%)
. Café em pó (38,09%)
. Alimentos preparados congelados de carne bovina (33,71%)
. Pimentão (31,68%)
. Açúcar cristal (31,25%)
. Frango em pedaços (28,68%)
. Feijão fradinho (25,97%)

OS MOCINHOS DA INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS

. Fígado bovino (-0,37%)
. Sucos de fruta (-0,66%)
. Pernil suíno (-1,27%)
. Uva (-1,84%)
. Feijão-mulatinho (-2,02%)
. Banana d’água ou nanica (-4,17%)
. Arroz (-8,27%)
. Banana-da-terra (-11,05%)
. Maçã (-16,30%)
. Limão (-18,50%)

Fonte: FGV

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O Brasil tem 143,4 milhões de pessoas totalmente imunizadas contra a covid, ou 67,23% da população. É o que aponta o levantamento do consórcio de veículos de imprensa, em parceria com 27 secretarias de Saúde, neste domingo, 2.

Em relação ao número de pessoas parcialmente imunizadas, com ao menos uma dose da vacina, são 161,2 milhões de residentes, o que equivale a 75,59% do total de habitantes do País.

Devido ao feriado, houve menos registros das secretarias. Os Estados do Alagoas, Amazonas, Sergipe, Paraíba, Acre, Maranhão não atualizaram os dados do dia sobre o avanço da vacinação. Amapá, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina também estão sem alteração das informações de vacinas. Não houve divulgação de boletins de Roraima, Rondônia e do Distrito Federal, assim como de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Tocantins.

Nas últimas 24 horas, houve 13.406 aplicações. As primeiras doses foram aplicadas em 3.560 pessoas, enquanto 3.951 receberam a 2ª aplicação da vacina.

O registro de dose única ficou em 7. Já as aplicações de reforço foram administradas em 5.888 habitantes, com total de 26,3 milhões de doses aplicadas.

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O período de inscrições no processo seletivo para trabalhar como recenseador e agente censitário no Censo Demográfico 2022 termina nesta quarta-feira (29). São 206.891 vagas temporárias para todo o país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realizará a pesquisa.

Os interessados podem se inscrever até as 16h desta quarta-feira pelo site da FGV Conhecimento. As provas serão no dia 27 de março de 2022.

A maioria das vagas (183.021) é para recenseadores, ou seja, o profissional que aplicará os questionários, presencialmente ou por telefone, aos cidadãos que vivem no país. O salário varia de acordo com a produção do trabalhador. A taxa de inscrição é de R$ 57,50.

Para ter uma ideia da remuneração, basta acessar o simulador do IBGE. A previsão do contrato de trabalho é de três meses.

Também estão sendo oferecidas 18.420 vagas para agente censitário supervisor, que é o responsável por supervisionar o trabalho dos recenseadores, e 5.450 para agente censitário municipal, que é o responsável pelas coletas em cada município.

O salário do agente supervisor é de R$ 1.700 e o do agente municipal é de R$ 2.100, ambos têm jornada de 40 horas semanais (oito horas diárias). A taxa de inscrição é de R$ 60,50.

Outros cargos
O IBGE também está fazendo concurso para selecionar 1.781 agentes censitários de administração e informática, com salário de R$ 1.700, e para 31 coordenadores censitários de área, com remuneração de R$ 3.677,27. As inscrições terminam em 10 de janeiro e podem ser feitas no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação.

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O governo federal editou norma hoje (20) passando a exigir teste negativo para covid-19 e comprovante de vacinação para viajantes vindos de outras nações que desejem entrar no país por via aérea. As novas regras entram em vigor nesta segunda-feira.

Segundo a portaria interministerial, o comprovante de vacinação é válido com vacinas para combate à covid-19 aprovadas no Brasil, no país onde a pessoa foi imunizada ou das marcas autorizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A última dose tem de ter sido aplicada pelo menos 14 dias antes da viagem.

Ainda pelas novas regras, estrangeiros e brasileiros que desejarem vir ao Brasil de avião terão que apresentar comprovante de teste negativo para a covid-19 com duas alternativas: ou um exame de antígeno realizado nas 24 horas anteriores ao embarque ou um PCR feito até 72 horas antes da viagem.

As crianças menores de 12 anos viajando acompanhadas não precisarão apresentar o teste negativo. Já aquelas com idades entre 2 e 12 anos que viajarem desacompanhadas deverão realizar o teste como requisito para a viagem.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia recomendado a exigência de certificado de vacinação para a entrada no país. A sugestão foi aprovada em novembro.

Exceções
A norma prevê exceções para a apresentação do certificado de vacinação, como em caso de condição de saúde para a qual a vacinação é contraindicada, pessoas com idades cuja vacinação não foi recomendada e de países com cobertura vacinal baixa, em lista que será elaborada pelo Ministério da Saúde e publicada em seu site.

A portaria abriu brecha para brasileiros e estrangeiros que moram no Brasil e não estejam completamente vacinados, incluindo essas pessoas entre as exceções para a apresentação do cartão de vacinação.

Nessas hipóteses, o viajante deverá fazer quarentena de 14 dias na cidade de destino. Outra exigência para a entrada no país é o preenchimento de um documento com informações denominado declaração de saúde do viajante. As informações das pessoas em quarentena serão encaminhadas aos centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).

Os tripulantes de aeronaves não precisarão apresentar testes negativos para covid-19. Para esses trabalhadores, a portaria institui um conjunto de protocolos específicos. O governo poderá determinar exceções e tratamentos diferenciados para situações de ajuda humanitária.

Restrições de voos
A portaria também estabeleceu restrição para a vinda de voos com origem ou passagem nos últimos 14 dias pela África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, nações com maior ocorrência da variante ômicron.

Transporte terrestre
No caso do transporte rodoviário, também passa a ser exigido o comprovante de vacinação nos pontos de controle terrestre, das vacinas aprovadas no Brasil, no país de imunização do viajante ou pela OMS.

As exceções estabelecidas para o comprovante de vacinação no caso dos voos também são válidas para a entrada por rodovias. Foi acrescida a exceção nas hipóteses e cidades-gêmeas, desde que os brasileiros recebam o mesmo tratamento pelo país vizinho.

Também foram excluídos da obrigação os trabalhadores de transporte de cargas, desde que comprovem a adoção de medidas para evitar o contágio e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

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Mais que sintomas físicos, a pandemia de covid-19 trouxe uma série de sintomas psíquicos e emocionais, acentuando situações de estresse, ansiedade e depressão, fazendo com que as pessoas procrastinem suas obrigações.

A psicóloga Isabella Barreto esclarece que a procrastinação pode ser entendida como um comportamento de fuga em relação a um confronto, seja com um compromisso, um evento de lazer, com atividades da vida diária, cuidados pessoais, situações da realidade. “É como se convencêssemos a nós mesmos de que o esforço a ser empenhado não é justificado, tendo em vista que um dia tudo acaba, e também a sensação de ausência de prazer que impulsiona ou sustenta o comportamento para realizar a ação”, diz.

Ela complementa, destacando que, a partir dessa percepção os objetivos, as tarefas, os deveres, os encontros, os compromissos da vida passam a não valer a energia que será gasta para realizar, resultando em adiamentos e frustrações. “Em consequência de um comportamento em que o sujeito evita realizar as tarefas ou os compromissos quando procrastina, vem a culpa, ansiedade, estresse, o comprometimento da auto estima, além de comprometer muitas vezes de forma importante, a vida funcional do sujeito”, explica.

Carmen Rezende, que também atua com psicologia clínica, salienta que as pessoas não procrastinam porque são preguiçosas. “Muitos estudos indicam que a procrastinação é uma estratégia do nosso cérebro de sobrevivência focada nas emoções. É relacionado à gestão das emoções”, afirma, destacando que se a pessoa já exerce uma rotina de “briga” em não adiar as suas tarefas, os isolamentos “forçados” pioraram o problema.

Superação

Para conseguir superar os comportamentos procrastinadores, Carmen diz que é importante que a pessoa esteja atenta às emoções sentidas quando precisa iniciar ou se programar para iniciar certas atividades.

Outra dica importante é apenas começar e estabelecer um objetivo realístico. “Pense pequeno ao invés de grande, e escolha um objetivo minimamente aceitável ao invés de um objetivo ideal. Foque em um (e apenas um!) objetivo por vez”, ensina.
“Seja realístico (ao invés de desejoso) sobre o tempo. Pergunte a si mesmo:
Quanto tempo a tarefa vai realmente tomar? Temos a tendência de subestimar o tempo e aí nos “enrolamos” e “travamos” quando percebemos que estimamos errado”, complementa.

Isabella sugere dar uma atenção maior às justificativas dadas a si mesmo, além de fazer uma agenda de compromissos, classificando prioridades e tendo cuidado para não colocar grande quantidade de tarefas. “No cotidiano, é sempre bom começar sempre pelos compromissos ou demandas que são mais simples, ao se perceber em um momento de distração sobre uma atividade a realizar, voltar a atenção para o objetivo”, orienta.

Isabella lembra que é importante ter momentos de pausa que sejam produtivos, além de criar e aplicar estratégias de sinalização para cumprimento dos compromissos, aceitar colaboração e fazer junto. “Sempre que for necessário, fale sobre as dificuldades em sair desse comportamento, buscar ajuda é importante e faz parte do processo de superar a procrastinação”, finaliza.


SEM ADIAMENTOS
1. Faça uma agenda de tarefas por ordem de importância;

2. Estabeleça metas realistas e pequenas;

3. Comece pelo mais simples e só depois vá para o mais complexo;

4. Faça pausas durante o trabalho para ampliar a atenção;

5. Defina o tempo dedicado a cada atividade da rotina;

6. Aceite ajuda para realizar as tarefas;

7. Se perceber que não consegue superar a procrastinação só, busque ajuda profissional.

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (15) validar a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que determinou a exigência de comprovante de vacinação contra covid-19 para viajantes que chegam do exterior no Brasil.

Pela decisão, a exigência de comprovante de vacinação para entrada no Brasil não será aplicada para quem saiu do país antes do dia 14 de dezembro, data da decisão na qual Barroso que esclareceu o alcance das medidas. No entanto, o teste PCR será obrigatório.

Contudo, quem saiu do país ontem deverá apresentar o certificado de vacinação ao regressar.

“Voto no sentido de referendar a decisão monocrática proferida a fim de que se exija de brasileiros e residentes de modo geral, que viajarem após 14.12.2021, o comprovante de vacinação, sujeitando sua entrada no país, em caso de recusa: à apresentação de documento comprobatório de realização de teste para rastreio de infecção pela covid-19, bem como à quarentena que somente se encerrará, com nova testagem negativa, nos termos do art. 4º da Portaria Interministerial no 661/2021”, votou o relator.

O caso foi levado para julgamento no plenário virtual, modalidade na qual os ministros depositam os votos eletronicamente, sem necessidade de reunião presencial.

Até o momento, acompanharam o entendimento os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Rosa Weber e o presidente, Luiz Fux.

Os demais ministros devem votar até a data limite para o término do julgamento, previsto para ser encerrado amanhã, às 23h59.

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Os viajantes aéreos, brasileiros ou estrangeiros, que chegarem ao Brasil em voo internacional terão de apresentar teste de covid-19 negativo (laboratorial RT-PCR ou de antígeno) e comprovante, impresso ou eletrônico, de vacinação, a partir de sábado, dia 11, conforme portaria publicada nesta quinta-feira, 9, no Diário Oficial da União (DOU). Caso não esteja imunizado, o passageiro terá de realizar quarentena de cinco dias no destino final da viagem, brecha criada pelo governo federal.

Em meio a uma queda de braço com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre restrições contra o vírus nas fronteiras, o governo havia anunciado na terça-feira, 7, a edição dessa portaria. No anúncio, ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), no entanto, evitaram falar sobre "passaporte da vacina" para não esbarrar na resistência do presidente Jair Bolsonaro.

A maioria dos países exige comprovante de vacinação contra a doença causada pelo novo coronavírus e suas variantes de viajantes. Em algumas nações, os brasileiros ainda não conseguem entrar nem vacinados. É o caso da Itália, Grécia e Hungria, Letônia, Luxemburgo e Suécia.

A portaria desta quinta-feira prevê que o passaporte sanitário precisa indicar que o passageiro recebeu o esquema completo, no mínimo quatorze dias antes do embarque, com algum imunizante aprovado pela Anvisa, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pelas autoridades sanitárias do país em que o viajante foi imunizado. Na prática, porém, o viajante não precisará apresentar o comprovante para entrada no País, podendo optar pela quarentena de cinco dias.

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Com tantos aumentos, a inflação no teto, diminuição do poder de compra fica difícil pensar em presentear no Natal deste ano. No máximo, guardar dinheiro para o pagamento de contas. Sim, porque elas virão.

Em janeiro tem IPVA bem mais caro por conta da disparada nos preços dos veículos, matrícula escolar reajustada em 10%, compra de material, IPTU, e por aí vai.

Em meio ao recrudescimento da crise econômica, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou semana passada levantamento que aponta para o aumento do número de brasileiros com a corda no pescoço.

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), a insolvência atingiu em novembro a marca de 12,3 milhões de famílias, maior nível em oito meses. O total dos que se declararam endividados, na pesquisa, subiu para 75,6% em novembro, ante 74,6% em outubro. Número recorde, de acordo com a entidade.

Como se para piorar, com as dívidas se acumulando, muitos recorrem a crédito, mesmo que com juros mais altos (Selic). Daí a explicação para o efeito bola de neve.

Para quem está endividado e precisa de um empurrão para “recomeçar” em 2022, uma oportunidade é aproveitar o Feirão Serasa Limpa Nome, que encerra hoje o atendimento presencial. A campanha, porém, segue online nos canais digitais da Serasa, como aplicativo, site, WhatsApp (11 99575-2096), pelo telefone 0800 591 1222, ou em agências dos Correios.

O objetivo da ação é promover o meio de campo entre consumidores (com débitos) e mais de 50 empresas, como de telefonia, escolas particulares, concessionárias de serviço, financeiras. Segundo a Serasa, mais de 150 milhões de dívidas estão disponíveis para renegociação com descontos que podem chegar a 99%. Nesse período, mais de 243 mil acordos foram firmados no estado da Bahia, sendo 125 mil em Salvador.

Levantamento da Serasa mostra que em outubro havia mais de 63 milhões de inadimplentes no país. Tanta gente, que episódios de confusão foram registrados durante o evento da Serasa, e em um deles a polícia militar precisou ser acionada para conter dois homens que trocaram socos na fila aqui em Salvador. Felizmente ninguém ficou ferido.

Vendas no varejo

“O Brasil estava precisando de um Feirão, e as filas que vimos na última semana foram um reflexo da situação do país. Os dois últimos anos estão muito difíceis para a população, com preços em alta e o desemprego afetando mais de 14 milhões de pessoas”, afirma Matheus Moura, gerente executivo de marketing da Serasa.

Desafio para as famílias, e para o varejo baiano, que espera um crescimento de 5% nas vendas neste final de ano, com alta liderada pelos setores de vestuário e calçados, seguida de eletrodomésticos e eletrônicos, projeta a Fecomércio-BA.

“Há espaço para reaquecimento na medida em que mais de 110 mil pessoas na Bahia ingressaram no mercado de trabalho este ano, tem o estímulo às compras gerado pelo décimo terceiro salário, e o resultado tende a ser positivo, em especial para alguns segmentos”, diz o economista da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

Contudo, ainda segundo Dietze, a inflação elevada deve permanecer em 2022, assim como o crescimento baixo, lembrando que é ano de eleição. “Sem perspectiva de melhora do orçamento, ou seja, ainda mais pressão, e corda no pescoço. A inadimplência cresce desde 2020, e chega agora a consequência do desemprego e da pandemia”, explica.

Na manhã da última quarta-feira, a reportagem de A TARDE foi à Avenida Sete, no centro da capital baiana, um dos endereços mais tradicionais para compras de final de ano, conferir como anda o movimento neste início de dezembro. O que se viu foi um comércio de rua esvaziado, com lojas quase desertas –, bem diferente do habitual.

Há 16 anos, Ubirajara Ribeiro Santiago, 45, vende camiseta, bermuda e tênis em uma banca montada em frente à agora extinta agência do Banco do Brasil no Relógio de São Pedro, fechada há oito meses. Mas é provável que este seja o último Natal de Santiago por lá.

Ele não tem mais dinheiro para comprar mercadoria, diz, e as poucas peças que restam está vendendo a R$ 40, menos da metade, como em saldão. “Só para fazer (a grana para) o almoço e a janta”, contou è reportagem.

Santiago diz que em anos anteriores nessa mesma época chegava a faturar R$ 20 mil. Morador do Rio Sena, casado e pai de três filhos pequenos, ele diz que está à procura de emprego, e outra fonte de renda. Um empréstimo bancário de R$ 2 mil e parcelas de R$ 120 ficou em aberto, mas ele quer pagar. “Não tive como ir (no feirão da Serasa)”, falou ele.

“È hora de ponderar”

Perto dali, um pouco mais esperançoso, estava Anderson Lima, 23, em seu segundo dia de trabalho em uma loja de calçados, com expectativa de vender bem e ser efetivado no primeiro emprego. Até então, o jovem empreendia com um carrinho de cachorro-quente. Morando na casa dos pais, no Calabetão, ele conta que o plano é investir no sonho de estudar psicologia. “Preciso de vendas”, disse.

Planejadora de finanças pessoais, Juliana Barbosa destaca a conjuntura geral de arrocho. “Estamos chegando ao fim de mais um ano de muitas dificuldades, e pressionados pela inflação alta, muito acima da meta. E tudo isso está afetando demais a população, principalmente os mais pobres”.

“Justamente em uma época em que todo mundo gostaria de ir às compras, décimo terceiro salário na mão para aquecer a economia, o que a gente tem visto é um movimento ainda muito fraco, com muitos comerciantes não aumentando estoque porque a previsão das vendas não é muito boa”.

A dica, segundo Juliana, é ponderação. “É preciso ponderar a situação financeira atual. E se perguntar: é o momento de presentear? Quem sabe uma lembrança, um gesto de carinho? E priorizar o pagamento de contas, tê-las em dia, pensando no início do ano, em não ter de contrair novas dívidas”.

“Se for o caso, busque a chance de negociar, limpar o seu nome, iniciar 2022 com o pé direito. Lembrando que não se deve aceitar qualquer oferta de renegociação. Antes de tudo, analise o orçamento, veja onde pode cortar, economizar, para aí sim você ter um valor mensal e poder honrar esse novo acordo. Faz uma proposta boa para ambas as partes”.

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A cidade de São Paulo cancelou a festa de réveillon de 2021, devido à variante ômicron. A prefeitura também decidiu manter a obrigatoriedade do uso de máscara. As medidas foram anunciadas nesta quinta-feira (2).

O governo do estado de São Paulo também recuou e desistiu de liberar o uso do equipamento ao ar livre. O uso permanecerá obrigatório em todos os ambientes, seja externos ou em áreas internas e no transporte público, inclusive dentro das estações e terminas de ônibus.

"Atendendo recomendação do Comitê Científico, o Estado de SP vai manter a exigência do uso de máscara em espaços abertos. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução", anunciou João Doria, em publicação no Twitter nesta manhã. "O nosso maior compromisso é com a saúde da população", emendou.

A desobrigação do uso de máscaras no Estado estava prevista para ocorrer a partir do dia 11. No entanto, com o descobrimento da variante Ômicron e a confirmação de três casos no Estado de São Paulo, Doria pediu uma reavaliação do Comitê Científico sobre o assunto.

Na recomendação feita ao governo de São Paulo, o comitê apontou que há incertezas quanto ao impacto da variante Ômicron às vésperas do fim de ano. Os períodos de Natal e do Réveillon costumam provocar grandes aglomerações, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias como a covid-19.

O governador de São Paulo, junto ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), cumpre agenda em Nova York, nos Estados Unidos, onde deve dar mais detalhes sobre as novas medidas. O prefeito de São Paulo, ainda, deve fazer um anúncio sobre o cancelamento das festas de Réveillon e seguir, também, com a recomendação sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos.

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