O governo federal anunciou mudanças na prova de vida do INSS. A partir de agora, o governo vai fazer uma busca nas suas bases de dados de movimentações recentes dos cidadãos para usar como comprovação. Serão consultados emissão de CNH e vacinação no SUS, por exemplo.

"A partir de agora, a obrigação de fazer a prova de vida é nossa, do INSS. Se o cidadão renovou passaporte, se tirou carteira de identidade ou renovou, se votou, se fez transferência de imóvel, de veículo, fez uma operação inclusive na iniciativa privada, nós vamos aceitar isso como prova de vida. Faremos busca destas bases tanto do governo federal, estaduais e municipais e também de entidades privadas", explicou o presidente do INSS, José Carlos Oliveira.

Com a mudança, cerca de 36 milhões de brasileiros que são beneficiários não precisarão mais se deslocar anualmente a uma agência bancária para fazer a comprovação. Cerca de 5 milhões deles têm mais de 80 anos.

Caso o governo não localize uma movimentação recente, o INSS planeja fazer um cruzamento de informações para confirmar que o titular do benefício, nos dez meses posteriores ao seu último aniversário, realizou algum ato registrado em bases de dados próprias ou mantidas por órgãos públicos ou cartórios. Se nada for encontrado, o beneficiário será notificado para fazer a prova de vida que deverá ser realizada, preferencialmente por meio eletrônico.

"A partir de hoje está vedado, no bom português, proibido, de que qualquer pensionista, aposentado, do BPC [benefício de prestação continuada] saia da sua casa para cumprir a prova de vida. Nós, do INSS, junto com os bancos parceiros, com o trabalho da Dataprev, nós vamos até a casa", disse o ministro do Trabalho e Previdência.

As mudanças devem ser implementadas até o dia 31 de dezembro deste ano.

Veja abaixo o que será aceito como prova de vida:
Registros de vacinação
Consultas no SUS (Sistema Único de Saúde)
Comprovante de votação nas eleições
Emissão de passaporte
Emissão de carteira de identidade ou CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
Aquisição ou renovação de empréstimo consignado

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta segunda-feira (31), o primeiro pedido de registro de autoteste para detecção de covid-19 no país. A solicitação foi feita pela empresa brasileira Okay Technology Comércio do Brasil Ltda para autoteste importado, que utiliza coleta de swab nasal para a obtenção do resultado.

A resolução que autoriza o uso e a comercialização de autotestes para detecção de covid-19 foi publicada na última sexta-feira (28) e regulamentou requisitos e procedimentos para a solicitação de registro e distribuição do produto.

A Anvisa informou que tem dado prioridade à análise de solicitações envolvendo esse tipo de registro, para que sejam aprovadas no menor tempo possível.

Além de aspectos como eficácia e segurança, os autotestes serão avaliados, por exemplo, quanto à regularidade da documentação técnica, à acessibilidade das instruções de uso, à armazenagem e ao descarte do produto para o usuário leigo, de forma a viabilizar a utilização de forma adequada.

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Mais de 240 mil contribuintes vão recerber hoje (31) o crédito bancário relativo ao lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do mês de janeiro de 2022. O pagamento da restituição será feito diretamente na conta bancária informada na declaração de Imposto de Renda.

De acordo com a Receita Federal, a soma dos valores restituídos é de R$ 281.936.411,15. Desse total, R$ 96.664.742,30 são referentes a contribuintes que têm prioridade legal, sendo 3.586 contribuintes idosos acima de 80 anos, 28.358 contribuintes entre 60 e 79 anos, 2.129 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 9.233 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Foram contemplados ainda 197.438 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 16 de janeiro deste ano.

Para consultar o lote residual, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet, clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, em Consultar a Restituição. Se identificar alguma pendência na declaração, pode retificá-la, corrigindo as informações erradas.

A Receita Federal disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

Se, por algum motivo, o crédito não for realizado, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o contribuinte pode reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento BB pelos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate a restituição no prazo de um ano, deverá solicitá-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos, Meu Imposto de Renda e clicando em Solicitar restituição não resgatada na rede bancária.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou igual à mediana, de 11,6%, das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 11,4% e 12,0%. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,4%. No trimestre até outubro, a taxa de desocupação ficou em 12,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.444,00 no trimestre encerrado em novembro passado. O resultado representa queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 277 bilhões no trimestre até novembro, queda de 2,6% ante igual período do ano anterior.

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A Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira (27) um prêmio acumulado em R$ 31 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.448 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Esta é a Mega-Semana de Verão que oferece uma chance extra ao apostador, com sorteios na terça-feira (25), hoje e no sábado (29).

De acordo com a Caixa, caso apenas uma pessoa acerte o prêmio da faixa principal e aplique o valor total na poupança, ela receberá R$ 176,4 mil de rendimento no primeiro mês. A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

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Após a publicação da nota técnica nº2/2022, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, a comunidade científica da Bahia e do Brasil repudiou veementemente o documento divulgado nesta sexta-feira (21). A nota da pasta indica “efetividade” e “segurança” para o uso da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, e, ao mesmo tempo, nega os benefícios das vacinas. Especialistas baianos avaliam a declaração como um “desserviço”, “inadmissível”, “imprecisa” e contrária às evidências da ciência.

A nota foi assinada apenas pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério, Hélio Angotti Neto. Ela cita 13 estudos “controlados e randomizados” favoráveis à hidroxicloroquina, “com efeito médio de redução de risco relativo de 26% nas hospitalizações". Já para a falta de eficácia das vacinas, o embasamento se deu com 18 ensaios não finalizados, dos quais, oito ainda estão em fase de recrutamento, nove ainda estão sem concluir a fase de seguimento e um está finalizado, mas em fase de dados insuficientes para a avaliação de segurança.

Nota técnica diz que vacinas não são eficazes, enquanto hidroxicloroquina sim (Foto: Reprodução/Ministério da Saúde)
Para a infectologista Ceuci Nunes, diretora do Instituto Couto Maia, hospital referência no tratamento de doenças infec-contagiosas na América Latina, a nota é “tão absurda” que chega a ser “estarrecedor” comentá-la. “Ela é tudo de ruim, porque, primeiro, desacredita em um órgão importantíssimo, que é o Conitec do SUS. Um ideológico, sem rigor científico nenhum, compara vacina com cloroquina, o que é um absurdo. É um desserviço o que o Ministério tem prestado ao Brasil nesta pandemia”, opina Ceuci.

Segundo a especialista, somente o Ministério da Saúde ainda defende a cloroquina. “A cloroquina já ficou desmoralizada. A literatura já está farta de evidências de que ela não serve para tratamento de covid. A vacina que tem salvado milhões de pessoas e conseguido modificar a cena da pandemia no Brasil. Ela que diminuiu os casos graves e as hospitalizações”, explica Ceuci Nunes.

Ao avaliar o cenário epidemiológico da Bahia, é possível observar a diminuição dos casos do vírus e número de mortes desde o avanço da vacinação no estado. No primeiro semestre de 2021, apenas 8,7 milhões de vacinas tinham sido aplicadas. Em junho, o número diário de casos confirmados era entre 4 e 6 mil. Em julho, isso começou a diminuir e, em agosto, reduziu para pouco mais de 1 mil casos diários. De setembro a novembro de 2021, após o início da vacinação, ficou em torno de 500 casos.

Já o número de mortes, em junho de 2021, era mais de 100, diariamente. Em julho, esses óbitos reduziram para 43; em agosto, 30; em setembro, 17; e em outubro e novembro, variou de 5 a 10. Ou seja, a quantidade de baianos que morre por covid-19 reduziu mais de seis vezes nos últimos seis meses. O número de casos teve queda de 92,57%.

Enquanto isso, o número de vacinas aplicadas triplicou, no mesmo período: agora, são mais de 27 milhões. Do total de habitantes na Bahia, 73,7% estão com a primeira dose e 62,1% com a segunda. Em dezembro e janeiro, o número de caso voltou ao patamar de 4 a 6 mil por dia por conta do avanço da variante ômicron. O número de mortes diárias está entre 15 e 20. Além disso, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) já informou que, em janeiro, 80% dos internamentos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são de pessoas que não tomaram o imunizante.

O imunologista Celso Sant’Ana, professor da UniFTC, esclarece que as vacinas têm o papel de reduzir o contágio da doença e faz com que as pessoas tenham sintomas mais leves caso sejam infectadas. “Não se deveria ter dúvida em relação à vacina de qualquer tipo. Elas são eficazes há anos e já salvaram muitas vidas. Se não fossem elas, não teríamos erradicado a poliomielite e o sarampo no Brasil”, argumenta.

Sant’Ana é completamente contra o conteúdo da nota técnica. “As vacinas reforçam a imunidade da pessoa contra o vírus, enquanto as drogas como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina trabalham no sentido de impedir a multiplicação do vírus. Porém, não existe, até hoje, medicamentos que os matem. E não tem como comparar a eficiência de uma vacina com qualquer outra droga”, adiciona. Ele ainda cita efeitos colaterais das drogas em pacientes hepáticos e cardíacos.

Celso diz que cada parágrafo das 45 páginas da nota técnica pode ser refutado. “Ela se baseia em premissas altamente inconsistentes, com erro de metodologia de análise. Eles foram muito rigorosos para analisar trabalhos contra a vacina e muito generosos para analisar trabalhos a favor da cloroquina. A nota não gera consequências legais e não tem caráter obrigatório, porém gera um impacto negativo desnecessário”, analisa.

Abaixo assinado
Um abaixo assinado foi criado, neste sábado (22), por docentes, profissionais de saúde e pesquisadores do Brasil emitindo posição contrária à nota que favorce a cloroquina. O texto pede providências ao Supremo Tribunal Federal (STF), Ministério Público (MP), Senado e ao Ministério da Saúde. Em menos de 24 horas após sua criação, o documento já tem mais de 40 mil assinaturas. Os autores da carta se dizem "perplexos” pela nota rejeitar formas de tratamento recomendadas por médicos com experiência no tema, em favor de métodos não validados. “Em nosso entender, é um exemplo primoroso de desinformação em saúde”, criticam os cientistas.

A nota ainda recusa propostas elaboradas por um grupo de pesquisadores convocados pelo próprio Ministério da Saúde, que fazem parte da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), entidade que emite recomendações no tratamento de doenças. Para os pesquisadores, foi criada uma situação sem precedentes no país.

“Causa enorme preocupação o fato de que as rédeas do Ministério estejam sob a posse da ideologia, da desinformação e, principalmente, da ignorância. O comportamento do Ministério da Saúde transgride não somente os princípios da boa Ciência, mas avança a passos largos para consolidar a prática sistemática de destruição de todo um sistema de saúde”, acrescenta o abaixo-assinado.

O que diz a OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também já se posicionou sobre a ineficácia da cloroquina para tratar o novo coronavírus logo no início da pandemia. Em um documento publicado em maio de 2020, a OMS disse que “os atuais indícios científicos não são conclusivos quanto à utilidade e aos efeitos secundários da hidroxicloroquina nas doses recomendadas para gestão da covid-19".

Ao mesmo tempo, a organização defende a vacinação para o controle da doença: “As vacinas mostraram um alto nível de eficácia em todas as populações e têm sido consideradas seguras e eficazes em pessoas com várias condições médicas subjacentes”, como grávidas, pessoas com diabetes, hipertensão, idosos, crianças e outros grupos “de risco”.

Órgãos oficiais
Até a noite deste domingo (23), a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) não quis se posicionar sobre o tema, só disse que é “lamentável, nos dias atuais, esse posicionamento do Ministério da Saúde”. A Sesab pediu que a reportagem do CORREIO procurasse o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que não respondeu até a mesta data.

Nas redes sociais, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar o incentivo ao medicamento. Diversas outras entidades repudiariam a nota técnica, como a Frente pela Vida, organização formada por profissionais da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Médicos pela Democracia, e a Sociedade Brasileira de Virologia.

Secretário municipal da saúde de Salvador, Leo Prates cumpre agenda no interior e informou que não conseguiria avaliar a nota técnica do Ministério da Saúde até a noite deste domingo (23). O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), a Associação Bahiana de Medicina (ABM), o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) e o Ministério da Saúde foram procurados, mas não enviaram resposta.

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Seja a trabalho, férias ou para prestar um concurso público, a procura por passagens aéreas só fez crescer desde o final de 2021. Além de ser alta estação, o que já torna os preços mais caros, a demanda reprimida, daqueles que não viajaram no início da pandemia, fez disparar os valores cobrados pelas companhias. Viajar de Salvador para São Paulo, por exemplo, chega a custar R$ 5.656,45, pela Azul, neste final de semana, com ida na sexta (21) e volta no dia 23. Segundo agentes de viagem, esse trecho costumava ser entre R$ 600 e R$ 700. Ou seja, ele está até sete vezes mais caro que o normal.

Já para o Rio de janeiro, pela GOL, é preciso pagar R$ 4.469,06 pela viagem. Se o destino for Fortaleza, no Ceará, o valor é de, pelo menos, R$ 1.385. Em horário mais cômodo, ele chega a R$ 4.995,59. Para quem for a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a passagem mais barata sai por R$ 2.027, mas pode chegar ao preço de uma viagem internacional: R$ 18.645 - a ida, com duas escalas, em São Paulo e Brasília, e a volta, por voo direto, pelo site 123 Milhas.

Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abac-BA), Maria Ângela Carvalho, a malha aérea do Brasil ainda não voltou na mesma intensidade que deveria. "Estamos numa alta temporada, com uma demanda muito alta de passageiros e uma oferta baixa de voos. Isso faz puxar o preço para cima. Foram tirados muitos voos e, a partir de novembro, alguns retornaram, mas não de acordo com a demanda”, analisa Ângela.

Ela estima que o aumento dos valores das passagens tenha sido entre 30 e 40%, o mesmo apontado pela sócia-diretora comercial da Happy Tour, Suzana Mamede, e um dos donos da Alcance Viagens, Luiz Carlos Silva César. “O preço da passagem depende muito, mas aumentou em torno de 30 a 40%. Depois da alta estação, acreditamos que eles vão se estabilizar, mas a demanda é muito alta. As pessoas estão viajando muito e a oferta de voos não condiz. É a lei de mercado, de oferta e procura”, esclarece a vice-presidente da Abav.

Câmbio influencia
Suzana Mamede, da Happy Tour, acredita que outros fatores tenham influenciado esse aumento, como a desvalorização do real em relação ao dólar e euro. “Estamos sendo impactados por todos os lados, pelo aumento de câmbio e a procura por viagens internacionais. Por isso, as companhias aéreas sobem o preço. Porém, vemos que nosso público está com muita vontade de viajar e voltar à vida normal. Isso está balanceando nosso negócio”, conta Suzana.

Ela, que guiava uma excursão de 160 pessoas em Dubai, cita o episódio em que as passagens para São Paulo mais que triplicaram. “Nosso voo saiu de São Paulo, mas tínhamos que comprar o trecho doméstico, saindo de Salvador. Os preços foram lá para cima, por conta da especulação feita pelas companhias, trazendo mais sofrimento para o consumidor”, conta. De U$ 150 a 200, em dias normais, os clientes tiveram que pagar U$ 500 pelo trecho.

Combustível é fator de aumento de preço
Em relação à política tarifária, a Azul informou, por meio de nota, que os preços praticados variam de acordo com os seguintes fatores: trecho, sazonalidade, compra antecipada, disponibilidade de assentos, entre outros. A empresa também ressaltou que a alta do dólar e do combustível são elementos que influenciam nos valores das passagens. Nos últimos 12 meses, a moeda americana aumentou 7%. Já a gasolina e o diesel subiram quase 80%, no mesmo período.

Já a Latam argumentou que trabalha com o sistema de precificação dinâmica, assim como todo o setor aéreo. Segundo a empresa, diversos fatores são levados em consideração, “para oferecer a cada cliente o produto mais adequado, de acordo com a demanda de cada perfil de passageiro”. Assim como a Azul, a Latam disse que os preços das passagens variam de acordo com a compra antecipada, preço do combustível, sazonalidade, origem e destino do voo.

“O preço do combustível é um indicador importante na composição do preço da passagem, sendo que 65% dos custos da empresa são dolarizados e o combustível da aviação representa em torno de 35% das despesas. Esses indicadores, quando sofrem aumento, têm impacto direto na composição de custos das passagens aéreas”, esclarece a Latam. Ela ainda cita relatório da Anac, em que aponta que a companhia teve as tarifas médias mais baixas no 2ºe 3º trimestre de 2021.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ressalta que a precificação dos bilhetes aéreos é feita pelas companhias, tendo em vista o regime de liberdade tarifária no setor, instituído pelo governo federal em 2001 e ratificado pela Lei n° 11.182/2005.

Cabe à Agência realizar o acompanhamento permanente das tarifas comercializadas – correspondentes aos bilhetes de passagem efetivamente vendidos ao público em geral – pelas empresas em todas as linhas aéreas domésticas de passageiros. Esse levantamento pode ser consultado por meio da ferramenta Consulta Interativa, disponível no site da Anac.

Voos cancelados
Pelo menos 37 voos foram cancelados, nesta segunda-feira (17), partindo ou chegando de alguma cidade da Bahia. Desses, 34 foram da Latam, para/de Salvador e Porto Seguro. Segundo a companhia, os cancelamentos vão até próximo domingo (23). Os outros três são da empresa Abaeté, com destino a Morro de São Paulo e Barra Grande. A Azul não informou a quantidade de voos cancelados. Pelo site do Salvador Aeroporto, a partir de 12h, não foi possível encontrar cancelamentos da companhia, nem da GOL, para as próximas 24h. O principal motivo é a falta de tripulantes devido aos casos de covid-19 confirmados ou em suspeita.

O geógrafo Marcel D’Alexandria, 33, já teve o voo de fevereiro, da Azul, cancelado. Ele irá ao Mato Grosso fazer uma prova para concurso público. Ele conseguiu remarcar a passagem, mas fará 16 horas de conexão e pagará um hotel para se hospedar. O advogado Léo Vitor de Abreu, 28, também foi fazer concurso, só que em Goiânia. Ele voltaria na madrugada, mas, teve que antecipar o voo e perdeu um dia de turismo na cidade. “Tinha me programado para isso”, conta.

No caso do policial militar Walter Alves Quinta Júnior, 38, o voo de volta para Goiânia foi cancelado na hora em que ele embarcava para Salvador. "A frustração já começou lá", confessa. Ele veio com a família para comemorar os 73 anos da mãe. Por estar com duas idosas e uma criança de 11 anos, ele optou por voo direto, mas, com a remarcação, só tinha uma opção, fazendo escala em Viracopos, Campinas. Antes, a volta seria na madrugada. "O que era um voo direto virou praticamente 24h. O problema maior é ficar o tempo todo no aeroporto com duas idosas e uma criança", lamenta. Por conta disso, Júnior teve que gastar mais uma diária em hotel. A companhia aérea Azul ainda não tinha fornecido o voucher.

Um dos donos da Alcance Viagens, Luiz Carlos Silva César, diz que os cancelamentos influenciaram no aumento das passagens. “Para as pessoas que tiveram os voos cancelados, a passagem não ficou mais cara, mas, para os novos passageiros, sim, porque os lugares já estão ocupados”, afirma. Ele ainda cita aumento do custo operacional, por conta dos protocolos sanitários da covid-19 e combustível como um dos fatores de encarecimento.

Como comprar passagem barata
A consultora de vendas do Grupo Salvatur Turismo, Doran Moura, dá algumas dicas para quem quer comprar passagens mais baratas. Segunda ela, é preciso evitar passagens com ida às sextas-feiras e retorno aos domingos. “O final de semana sempre é mais caro. Dê preferência a voar numa terça ou quarta. Isso evita também transtornos no aeroporto, filas e problemas de viagem”, explica.

O que mais influencia é a antecedência. “Nunca se deve adquirir passagem 10 dias antes, salvo se for extremamente urgente. O mínimo que se deve buscar fazer são 30 dias antes. Se for em período de férias, como julho, janeiro, é preciso pesquisar dois a três meses antes da data”, orienta. Ela ainda diz que as companhias permitem parcelamento de até 10 vezes, o que facilita a compra. Além disso, a preferência da consulta deve ser pelo site da própria companhia aérea ou de agências de viagem com selo de confiança da Abav.

A consultora de vendas do Grupo Salvatur Turismo, Doran Moura, que tem mais de 30 anos na área, acredita que esse aumento nos valores das passagens já vem acontecendo há algum tempo. Quem compra em cima da hora paga mais caro. “A antecedência vale mais do que a época em que você compra, porque as companhias aéreas colocam tarifas baseadas na ocupação do voo. Quanto mais perto da data, mais caro vai ficar”, afirma.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que vem monitorando as medidas operacionais adotadas pelas companhias aéreas para minimizar os impactos causados pelos atrasos e cancelamentos de voos, bem como o cumprimento da prestação de assistência aos passageiros, determinadas pela Resolução 400/2016.

Essa resolução estabelece as seguintes regras: manter o passageiro informado a cada 30 minutos quanto à previsão de partida dos voos atrasados; informar imediatamente a ocorrência do atraso, do cancelamento e da interrupção do serviço; oferecer, gratuitamente, de acordo com o tempo de espera, assistência material; e oferecer reacomodação e reembolso integral, cabendo a escolha ao passageiro, quando houver atraso de voo superior a 4 horas ou quando houver cancelamento.

Preços das passagens

123 Milhas
Salvador - São Paulo: R$676 a R$2.515
Salvador - Rio de Janeiro: R$950 a R$2.344
Salvador - Fortaleza: R$1.385 a R$2.019
Salvador - Porto Alegre: R$ 2.027 a R$18.645

Azul
Salvador - São Paulo: R$2.263,67 a R$ 5.656,45
Salvador - Rio de Janeiro: R$2.133,35 a R$3.882,45
Salvador - Fortaleza: R$2.424,49 a R$4.995,59
Salvador - Porto Alegre: R$ 3.658,2 a R$ 5.077,3

GOL
Salvador - São Paulo: R$ 1.281,87 a R$ 3.857
Salvador - Rio de Janeiro: R$ 1.368,2 a R$ 4.469,06
Salvador - Fortaleza: R$2.642,69 a R$ 4.472,89
Salvador - Porto Alegre: R$2.227,45 a R$ 3.738,4

Latam
Salvador - São Paulo: de R$ 2.059,41 a R$ 4.469,6
Salvador - Rio de Janeiro: de R$2.561,41 a R$ 3.688,03
Salvador - Fortaleza: de R$ 1.486,69 a R$ 2.979,79
Salvador - Porto Alegre: de R$ 2.956,4 a R$ 3.751,56

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Os efeitos da pandemia na saúde dos brasileiros foi arrasador, mesmo entre aqueles que não contraíram a covid-19. Durante o ano de 2020, quando o Brasil passou mais tempo em isolamento social para frear o avanço do coronavírus, houve aumento no consumo abusivo de bebidas alcoólicas e no sedentarismo entre a população brasileira, o que desencadeou a elevação da taxa de pessoas com doenças crônicas, como a obesidade. Isso é que mostra a pesquisa Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel, realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS).

Em 2019, a obesidade atingia 20,3% dos adultos nas capitais do País, mas, em 2020, a doença passou a afetar 21,5% deste grupo, com maior prevalência nos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Manaus (24,9%), Cuiabá (24,0%) e Rio (23,8%) lideram o ranking de maior incidência da obesidade. Até 2011, nenhuma capital havia ultrapassado 20%.

O índice nacional chega a quase o dobro do que foi registrado 14 anos antes, em 2006, quando só 11,8% da população era portadora desse tipo de comorbidade.

O ano marca a primeira vez que foi feito o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) pelo Ministério da Saúde, de onde os dados do IEPS foram extraídos. Foram entrevistadas 27 077 pessoas nesta edição do estudo.

Alerta
Especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmam que a alteração no estilo de vida dos brasileiros, provocada pela pandemia, foi determinante para o surgimento - e até agravamento - de hábitos prejudiciais à saúde, assim como transtornos psíquicos que desencadeiam outras doenças.

A vestibulanda de Artes Visuais Isabella Stael, de 19 anos, atribui o aumento do consumo de bebidas alcoólicas na pandemia ao que chama de "desgaste psicológico". Ela afirma que o álcool é usado como refúgio para relaxar e se divertir em meio ao estresse causado pela covid e pelos estudos, sem que haja, necessariamente, uma ocasião especial.

"Em grande parte, o consumo de álcool que faço está ligado a aliviar a pressão e não precisar pensar no futuro", afirma ela. "Também está relacionado a dias em que estou muito cansada, ou em outros em que o esgotamento mental é tão grande que fico frustrada por não conseguir estudar direito e chego ao final do dia querendo beber", acrescenta a jovem.

O psiquiatra Guido Palomba, da Associação Paulista de Medicina, vê relação direta entre a pandemia e a alta da taxa de doenças crônicas. Para ele, isso ocorre porque as pessoas precisam restringir a locomoção e lidar com a superexposição a notícias negativas, o que desencadeia transtornos psiquiátricos que colaboram para surgirem comorbidades.

A demanda excessiva de trabalho criada pelo home office também é apontada por Palomba como fator inerente ao "novo normal", que estimula hábitos pouco saudáveis. "Alimentação e álcool são formas de gratificação em momentos ruins. Consequentemente, há aumento de obesidade, diabete e problemas cardíacos", afirma.

Diagnóstico
Beatriz Rache, mestre em Economia pela Universidade Columbia (EUA) e autora da pesquisa do IEPS, destaca o aumento dos fatores de risco à saúde, como o consumo de ultraprocessados (biscoitos, chocolate, salsicha, margarina, entre outros), em praticamente todos os segmentos da pesquisa. Só o tabagismo se manteve estável em 2020 ante 2019. Em contrapartida, o consumo abusivo de álcool partiu de 18,8% para 20,4%, mesmo cenário observado em relação ao sedentarismo (de 13,9% para 14,9%).

"A gente vê, entre 2019 e 2020, piora de todos os indicadores de riscos comportamentais e, por isso, é possível associar ao aumento da obesidade. Apesar de a Vigitel não permitir fazer essa correlação, os dados mostram que a pandemia parece estar associada aos resultados de 2020, ano tanto de estresse econômico quanto sanitário", afirma Beatriz.

Presidente da Associação Médica Brasileira, César Fernandes destaca a importância de grandes campanhas de conscientização sobre riscos da alimentação inadequada e da falta de atividade física. "Muitas famílias mudaram hábitos alimentares para pior, com o teor de gordura e caloria aumentado. As pessoas começaram a se servir por meio de delivery. Não bastasse isso, se privaram de atividades físicas habituais, como pequenas caminhadas no cotidiano", acrescenta.

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O primeiro lote da vacina da Pfizer contra Covid-19 para crianças chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira (13). A remessa, com 1,248 milhão de doses, desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).

Na segunda-feira (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que a Pfizer vai antecipar a entrega de 600 mil doses. Com isso, o total de vacinas previstas para chegar em janeiro passou de 3,7 milhões para 4,3 milhões. A previsão é de que as doses cheguem aos estados até essa sexta-feira (14).

A distribuição das doses por estado e Distrito Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde, seguirá o critério populacional. A prioridade é de crianças com comorbidades e com deficiências permanentes; indígenas e quilombolas; crianças que vivem com pessoas com riscos de evoluir para quadros graves da covid-19; e em seguida crianças sem comorbidades.

O esquema vacinal será com duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. O tempo é superior ao previsto na bula da vacina da Pfizer. Na indicação da marca, as duas doses do imunizante poderiam ser aplicadas com três semanas de diferença. Será preciso que a criança vá vacinar acompanhada dos pais ou responsáveis ou leve uma autorização por escrito.

Vacina em Salvador
Em toda a Bahia, são 1.447.163 crianças nessa faixa etária registradas no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 149.214 delas em Salvador. É possível consultar o nome da criança ou fazer o recadastramento através do portal da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ou presencialmente, em uma das 155 unidades básicas da rede municipal, de segunda a sexta, a partir das 8h.

No caso das crianças que não têm cartão SUS de Salvador ou estão com cadastro em outra cidade, os pais ou responsáveis devem procurar uma unidade da prefeitura-bairro para conseguir o documento ou fazer a transferência de domicílio. Para esse serviço, é preciso fazer agendamento pelo site do Hora Marcada.

No momento da vacina, além dos originais e cópias dos documentos do adulto e da criança e do cartão de vacina, será necessário apresentar uma declaração de um dos pais autorizando a proteção. A declaração pode ser preenchida e assinada no ato da vacina ou impressa no site da SMS, para quem preferir levar pronta.

Entenda o passo a passo:

Antes de se dirigir ao posto de imunização confira se seu filho está registrado no SUS de Salvador, através do portal da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ou presencialmente nas unidades.
Caso não esteja registrado ou o registro seja de outra cidade, faça esse cadastro nas prefeituras-bairro. É necessário levar documentação dos pais e da criança, e comprovante de residência.
No dia da vacina não esqueça: máscara, documentos dos pais, da criança, originais e cópias do cartão de vacina e uma declaração de um dos pais autorizando a proteção. A declaração pode ser assinada no ato da vacina ou impressa no site da SMS e preenchida em casa.
A documentação exigida dos pais é a carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e Cartão SUS. Para as crianças, é necessário apresentar certidão de nascimento e cartão SUS (se houver).
Depois da imunização contra a covid, a criança deve esperar 15 dias para receber qualquer outro tipo de vacina. A segunda dose será aplicada oito semanas após a primeira.

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A medida provisória (MP) que estabelece regras para a renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pode atender pouco mais de 1 milhão de estudantes, que representam contratos no valor de R$ 35 bilhões. Os números são do Ministério da Educação (MEC) e levam em conta o total de 2,6 milhões de contratos ativos do Fies, abertos até 2017, com saldo devedor de R$ 82,6 bilhões. Desse total, 48,8% (1,07 milhão) estão inadimplentes há mais de 360 dias. O texto que facilita o pagamento dos atrasados foi editado no último dia de 2021 e ainda precisa de um decreto regulamentador.

Dentre as principais propostas estão o parcelamento das dívidas em até 150 meses (12 anos e meio), com redução de 100% dos encargos moratórios e a concessão de 12% de desconto sobre o saldo devedor para o estudante que realizar a quitação integral da dívida. O desconto será 92% da dívida consolidada no caso dos estudantes que estão no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) ou foram beneficiários do auxílio emergencial. Para os demais estudantes, o desconto será de 86,5%. Durante a live desta quinta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro abordou o tema.

"Resolvemos acertar com a Economia, com o Ministério da Educação, abater completamente os juros e, quando vai para o principal [da dívida], abater 92% de desconto. Isso vai atingir em torno de 550 mil estudantes que estão no Cadastro Único ou Auxílio Emergencial. Então, eles terão que pagar, tirando o juros, 8% do principal apenas e ainda pode ser parcelado isso daí. Grande oportunidade de pessoas se verem livres do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Livre no tocante a dívidas. E outros 520 mil atende os demais casos que têm dívidas também, mas o desconto vai ser um pouco menor, em vez de 92%, [será] de 86,5%", detalhou.

Pelos números do MEC, os estudantes com contratos do Fies que estão no CadÚnico ou que receberam Auxílio Emergencial somam 548 mil contratos. Os demais estudantes inadimplentes somam outros 524,7 mil contratos de financiamento,

O Fies é um programa do governo federal destinado à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação (MEC). As inscrições para o Fies ocorrem duas vezes por ano, antes do início das aulas em cada semestre.

A renegociação de dívidas do programa deverá ser realizada por meio dos canais de atendimento que serão disponibilizados pelos agentes financeiros do programa. Apesar de estar em vigor desde a semana passada, a MP ainda precisará ser aprovada em definitivo pelo Congresso Nacional em até 120 dias após o fim do recesso legislativo, que termina em fevereiro.

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