O Jornal da Cidade

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Mesmo fora do grupo de risco, as crianças podem sim contrair a covid-19 e até vir a óbito. Na Bahia, desde o início da pandemia, já foram 36 crianças de até 9 anos de idade que morreram do novo coronavírus - uma média de quatro mortes por mês - sendo 22 meninos e 14 meninas, de acordo com dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Das 36 vítimas, somente 14 tinham comorbidades - as outras 22 não tinham histórico de doenças graves. Os meses que registraram mais mortes foram maio e junho de 2020, que deixaram 8 vítimas cada um. Além disso, 19 delas não chegaram a completar nem um ano de vida.

Os dados vêm à tona após o alerta do secretário municipal de saúde de Salvador, Léo Prates. Ele informou, no último domingo (27), que o número de crianças com suspeitas de covid-19 nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) tem aumentado, principalmente nos últimos três dias. No domingo, 10 crianças buscaram as UPAs da cidade e duas precisavam de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesta segunda (28), o número se repetiu, e quatro delas foram atendidas.

Os hospitais também têm sofrido com a alta demanda. No Martagão Gesteira, a taxa de ocupação de leitos pediátricos de enfermaria está em 85% e a de UTI pediátrica em 90%. Em nota, o Martagão informou que a demanda por leitos de UTI Covid na instituição está alta e que as vagas são ocupadas via Central de Regulação. A instituição também informou quel já tem um plano de contingência para ampliar a oferta de leitos, caso seja necessário. Para tratar os casos suspeitos e confirmados da covid-19, o hospital destinou uma enfermaria inteira (20 leitos) e uma UTI com 10 leitos exclusivamente para este fim, contratualizados com a Prefeitura de Salvador.

No Instituto Couto Maia, o índice de leitos clínicos destinados a crianças está em 80% e os de UTI, em 60%. No Hospital Municipal de Salvador, já não há mais vagas na enfermaria - todos os sete leitos estão ocupados, mas a taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátricos está em 14%, com 6 vagas. Na capital baiana, a ocupação dos leitos de UTIs pediátricas é de 70% e 78% nos leitos clínicos. Na Bahia, esses índices estavam, nesta segunda-feira, em 68% e 60%, respectivamente.

“Quando uma mãe perde um filho, é um pedaço da gente que morre junto”
Uma das crianças que morreu por covid-19 foi Isadora, filha da dona de casa Flávia Ferreira, 25 anos, moradora de Ipiaú, cidade no sul da Bahia. A criança tinha apenas dois meses quando deixou a família, no dia 6 de maio. “É uma situação muito complicada. Quando uma mãe perde um filho, é um pedaço da gente que morre junto. Só deixaram eu ver minha filha por 10 minutos, depois que ela estava morta. Ela já não era mais a mesma, o oxigênio já tinha parado”, relembra a mãe. Segundo ela, a filha não teve os sintomas da covid-19 e nasceu com toxoplasmose - a “doença do gato” - por a mãe ter pego a infecção na gravidez.

“Até hoje não acredito que minha filha faleceu de coronavírus, porque Isadora já estava doente, debilitada. Ela não teve sintoma nenhum do coronavírus, não tossia, não sentiu febre. E eu malmente saí, só saía quando era caso de necessidade ou de levar ela na pediatra, mas tinha o maior cuidado com ela por causa da doença. Se ela pegou, não sei como”, diz a mãe. A dona de casa afirma que a filha vomitava todas as madrugadas pela toxoplasmose e foi levada para um hospital público de Jequié, município a 50 km de Ipiaú, após um quadro de anemia: “Ela estava pálida, não tinha uma gota de sangue na unha”.

Na unidade, os médicos fizeram o teste PCR na menina, que não resistiu. O resultado saiu quatro dias depois, com a confirmação da covid-19. Porém, no atestado de óbito de Isadora, consta como causa da morte anemia grave, choque hemorrágico e toxoplasmose congênita. Os 8 membros da família que moravam com ela também foram testados, só que por teste rápido, e quatro deram positivo. A secretária de saúde de Ipiaú, Larissa Dias, confirmou os resultados dos testes. “O exame confirmando foi entregue. Foi colhido no hospital no dia do óbito e o resultado só chegou depois. O Estado informou a secretaria após a criança já ter sido enterrada. Foi um sofrimento grande para a família”, conta. A secretária disse que qualquer pessoa que vai a óbito por qualquer diagnóstico, mas também tem covid-19, entra nas estatísticas do covid-19, por isso que o obituário apontava uma outra causa.

Outra criança baiana que morreu de covid-19 foi Luiz Gustavo, que tinha um ano de idade. Ele era do município de Iramaia, que tem pouco mais de 8 mil habitantes e fica na Chapada Diamantina, centro-sul da Bahia. Ele estava em tratamento em um hospital de referência de Salvador, para tratar a síndrome mielodisplásica, uma doença rara que interfere na produção de células sanguíneas. Durante o período de 46 dias que ficou internado, Luiz Gustavo se contaminou pela covid-19 no hospital e veio a óbito, no dia 19 de junho. Procurada pela assessoria do município, a família não quis comentar.

À época, o prefeito de Iramaia, Tunga Bastos (PP), publicou uma nota em sua rede social. “O céu acabou de ganhar mais um anjinho. Foi com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento do pequeno Luis Gustavo. Não temos palavras para expressar a nossa dor neste momento tão difícil. Peço a Deus que conforte os pais Evanildo e Ediane e que conforte todos os seus familiares. estamos de luto”, escreveu o prefeito.

Na cidade de Guanambi, a cerca de 500 km de Salvador, um menino de 5 anos também morreu de complicações da covid-19. Ele tinha uma doença do sistema nervoso e foi transferido para Itabuna para tratamento em um hospital público. O secretário de saúde de Guanambi, Manoel Paulo Rodrigues, informou que a criança morava em uma casa de acolhimento da cidade, mas deu mais detalhes.

Como a doença evolui em crianças
A infectologista pediátrica Anne Galastri explica que as chances de a doença evoluir em uma criança são as mesmas de um adulto. “Qualquer infecção viral pode evoluir e causar óbito, infelizmente. É preciso ficar atento às crianças que têm aquelas doenças de base, como câncer em tratamento, transplantado, crianças que tem problema cardíaco, pulmonar. Essas crianças, por terem doenças crônicas, têm o risco aumentado, assim como adultos e idosos”, esclarece.

Galastri ainda tranquiliza que a taxa de mortalidade entre as crianças é baixa e os sintomas, em geral, são mais leves. “A infecção pela covid-19 na faixa etária pediátrica pode sim são quadros mais leves, como febre, coriza, algumas crianças vão para UTI, mas a imensa maioria ficam bem, a taxa de mortalidade é menor que 1%”, diz. Porém, ela alerta que não é momento de descuido. “Não quer dizer que devemos descuidar das crianças, é preciso fazer a higienização das mãos, usar a máscara para as crianças maiores de dois anos, fazer o distanciamento social e quem está doente não é para sair de casa. Infelizmente, a gente viu criança com síndrome de sistema respiratório que foi visitar avó no Natal, foi ao shopping, então esses cuidados são básicos e é preciso manter em qualquer faixa etária”, orienta a especialista. Ela explica que as crianças menores de dois anos não devem usar máscara por risco de asfixia.

A médica infectologista Clarissa Ramos, do Hospital Cardio Pulmonar (HCP) alerta que, como os sintomas nas crianças, normalmente, são mais brandos, é preciso uma atenção redobrada. “Quando elas pegam, ela não manifestam os sintomas ou são sintomas muito leves. Isso faz com que a doença passe despercebida. Então ela está transmitindo. É muito frequente crianças que espirram, têm um resfriado, dor de garganta, tosse, ou esses sintomas mais leves que não são levados a sério, e, muitas vezes, é covid, mas não é investigado. Então mesmo que o sintoma seja só por um dia, pode ser covid”, alerta. Por isso, a infectologista diz que deve-se sempre monitorar os sintomas da criança e das pessoas que elas têm contato.

À TV Bahia, Prates comunicou, na segunda-feira (27), que a secretaria pensa em estratégias para conter o aumento dos casos suspeitos em crianças através da ampliação do número de leitos nas unidades de saúde: “Estamos trabalhando para ampliar os gripários. A ideia é construir mais um gripário na UPA de São Cristóvão e também reativar uma tenda de sustentação respiratória com 10 leitos de sala vermelha na UPA de valéria. A sugestão da equipe seria transformar essa tenda de sustentação respiratória, que seria princípio para adulto, para um perfil mais pediátrico, devido a esse crescimento exorbitante”.

Em nota, o Ministério da Saúde divulgou que, até 21 de dezembro, quando foi publicado o último boletim epidemiológico semanal, foram notificados pelos estados 1.161 óbitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 na faixa etária de menores de um ano a 19 anos de idade. Desse total, 356 óbitos foram em crianças menores de 1 ano de idade; 182 em crianças entre 1 e 5 anos; 623 casos entre 6 e 19 anos de idade. Por telefone, o Ministério disse que não tinha os dados seccionados de crianças até 9 anos nem a divisão por sexo e faixa étaria de cada unidade federativa, só a informação total.

8 de fevereiro de 2021. Segundo o prefeito eleito Bruno Reis (DEM) esse pode ser um horizonte de uma possível data de retomada das aulas presenciais nas escolas municipais de Salvador. A informação foi dita pelo prefeito durante entrevista à TV Bahia na manhã desta terça-feira (29).

“A nossa visão é que se não tiver um retorno em fevereiro iremos comprometer o calendário de 2021. Precisamos tentar condensar para recuperar esse ano que foi perdido, solicitamos uma audiência com o governador e estamos aguardando esse encontro que pode ocorrer ainda hoje ou amanhã para começar esse diálogo. A nossa ideia é construir uma agenda em conjunto, sincronizar a retomada da educação municipal com a estadual”, afirmou o prefeito eleito.

As aulas foram suspensas na Bahia e em Salvador em março deste ano, assim que os primeiros casos do novo coronavírus foram registrados . O prefeito também informou que esteve reunido com representantes das escolas particulares da capital baiana e que vai manter o diálogo com o governo estadual para alinhar a retomada, levando em consideração o comportamento da pandemia em janeiro.

"Estive reunido com os representantes para saber o que eles já estão pensando. A nossa ideia é, a partir do dia 4, começar a discutir os protocolos de retorno com o governo do estado. Se a gente conseguir com o esforço coletivo entre prefeitura, governo e população, reduzir os números [de casos] a ideia é retornar em fevereiro. Vamos apresentar uma série de protocolos, o principal seria o distanciamento", completou o prefeito eleito.

Após receber as primeiras 300 mil doses da vacina russa Sputnik V, a Argentina iniciou nesta segunda, 28, a distribuição para que o programa de imunização em massa comece hoje nas províncias. O Fundo de Investimento Direto Russo, que financiou o desenvolvimento da vacina, planeja enviar mais 10 milhões de doses ao país em 2021.

"Recebemos as primeiras 300 mil doses para iniciar este grande desafio que é a campanha de vacinação mais importante da história da Argentina", disse a secretária de Saúde, Carla Vizzotti, parte da delegação que viajou à Rússia para receber informações técnicas sobre a Sputnik V - ela voltou no mesmo avião que transportou as primeiras doses. A Rússia alega que a eficácia de sua vacina, vista com desconfiança por parte da comunidade científica ocidental, é de 91,4%.

A segunda leva do imunizante será enviada à Argentina nas próximas três semanas, segundo o diretor do Centro Gamaleya, criador da Sputnik V, Alexander Gintsburg. Ele afirmou que os fabricantes conseguiram eliminar um desequilíbrio na produção do primeiro e do segundo componentes, que são inoculados com um hiato de 21 dias.

A vacinação começará às 9 horas (horário local), segundo informou o presidente argentino, Alberto Fernández, no fim de semana. Na primeira fase, a vacinação será destinada aos profissionais de saúde de grandes centros urbanos, onde a pandemia teve um impacto maior e o risco de uma segunda onda é mais elevado.

O coordenador do setor de logística do Ministério da Saúde, Juan Pablo Saulle, afirmou que "todo o calendário foi elaborado para fazer a entrega a cada ponto em cada província, para chegar ao mesmo tempo, com uma diferença de apenas 3 a 4 horas".

O plano de vacinação estima um total de 54,4 milhões de doses, considerando um esquema de duas doses e calculando uma taxa de perda estimada em 15%, que atingiria entre 23 e 24 milhões de pessoas de uma população de 45 milhões.

O contrato de aquisição da Sputnik V é o terceiro assinado pela Argentina: o primeiro foi com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford - vacina que será aplicada em março - e o segundo com a aliança internacional Covax, da ONU, embora outros acordos ainda estejam sendo negociados. "A ideia é que, quando chegar o outono já tenhamos vacinado todas as pessoas em grupos de risco", disse Fernández. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quem conta com o auxílio emergencial do programa Salvador por Todos, pode ficar tranquilo. O prefeito eleito Bruno Reis anunciou que o valor continuará sendo pago pelo menos até março do ano que vem.

“Nós tomamos a decisão de manter o benefício do auxilio emergencial da prefeitura por pelo menos 3 meses. Precisamos nos esforçar para retornar logo à normalidade em sua totalidade”, disse Bruno Reis.

O Salvador por Todos paga R$ 270 a baianas de acarajé, ambulantes, feirantes, camelôs, barraqueiros, baleiros, guardadores de carro, recicladores, taxistas, motoristas de aplicativos, mototaxistas (no caso dos três últimos, com idade superior a 60 anos) e motoristas de transporte escolar.

O programa, criado durante a pandemia para auxiliar trabalhadores informais, é coordenado pela Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre).

Terça, 29 Dezembro 2020 13:53

As epidemias e as religiões

Religiões rivais em vários momentos da história, o islamismo e o cristianismo adotaram, no passado, atitudes mais ou menos semelhantes quando seus seguidores enfrentavam epidemias como a da covid. Em princípio, interpretavam a causa do infortúnio com castigo divino e seus corifeus religiosos garantiam que Deus não aceitava que os fiéis fugissem da praga ou tivessem medo dela, porque ele saberia quem seria chamado à sua presença.

Martinho Lutero, líder protestante escreveu sobre as epidemias que era preciso suportá-las com paciência, sem temer, pois, na sua interpretação, tratava-se de um decreto divino. Outro líder ia pela mesma linha, alegando que, “se apraz a Deus golpear-nos”, é preciso suportar, porque na sua visão seria tudo para nosso proveito e regeneração.

Nos países muçulmanos se dizia o mesmo, segundo o historiador Jean Delumeou e os sacerdotes insistiam que as vítimas das epidemias morreriam como mártires. Isso se não tentassem fugir do seu destino. É como se morressem combatendo na guerra santa como um guerreiro.

Os líderes viam como única saída pra parar as pestes, fazer penitência, pedir perdão pelos pecados, um fenômeno de culpabilização que atingia grandes massas, principalmente na Europa. Porque o arrependimento individual não servia. Ele teria que ser coletivo. Assim, em várias ocasiões, multidões enfrentaram as epidemias em eventos públicos de penitência. Uma estampa inglesa do século XVII mostra uma multidão, da religião anglicana, reunida em tempo de pandemia na frente da catedral de São Paulo pra escutar um sermão. A legenda da estampa diz “Senhor, tende piedade de nós. Pranto, Jejuns e Preces”.

Jean Delumeou lembra que nos países católicos as autoridades eram obrigadas a organizar manifestações públicas em períodos de epidemias, seguindo o estilo da confissão romana em que a comunidade tranquilizava a si mesma estendendo os braços para o Todo Poderoso. Mesmo sem poder contar com uma medicina eficiente, as pessoas sabiam que o isolamento evitava a propagação das pragas. No entanto, não ousavam desafiar a divindade que, supostamente, enviava as epidemias. Assim, com a ampliação das penitências coletivas pra renovar os pedidos de perdão, o efeito era contrário criando um círculo vicioso interminável. Mais gente nas ruas pedindo perdão, mais mortes.

Em Milão no ano de 1630, quando uma epidemia estava acabando, os fiéis exigiram do arcebispo a organização de uma grande procissão. Mesmo sabendo o perigo do contágio, o arcebispo cedeu e a multidão percorreu as ruas de Milão com um relicário de São Carlos. Uma característica desta procissão é que ela passou pelos bairros parando em todas as encruzilhadas, locais conhecidos pela crença popular onde são realizados os pactos demoníacos. A ideia era exorcizar eventuais demônios que rondavam a cidade e ajudavam a ampliar os estragos da praga daquele ano.

A trágica coincidência desses eventos do passado com os dias de hoje no Brasil é que, uma parte da população, continua desdenhando do isolamento social, participando de eventos públicos de lazer, não de penitência, sem se preocupar com as aglomerações. Mesmo sabendo do grande perigo de contágio da covid e do risco de morte, como ocorria há 600 anos.

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

A Bahia registrou 748 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), na tarde desta segunda-feira (28).

De acordo com a secretaria, a taxa de crescimento no número de casos foi de taxa de crescimento de +0,2% no número de casos e de +0,3% no de pessoas recuperadas da doença (1.330).

Segundo a Sesab, são 484.485 casos confirmados desde que a pandemia começou, em março. Desses, 469.734 já são considerados recuperados e 5.710 encontram-se ativos.

O boletim epidemiológico ainda contabiliza 30 óbitos, que ocorreram em datas diferentes. O número total de mortes, desde o início da pandemia, é 9.041, o que representa uma letalidade de 1,87%.

Dentre as mortes, 56,58% ocorreram em pessoas do sexo masculino e 43,42% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,82% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,85%, preta com 14,63%, amarela com 0,66%, indígena com 0,13% e não há informação em 10,91% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 70,90%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,48%).

Mais atingidos pela doença
Até esta segunda, o coeficiente de incidência da doença no estado foi de 3.257,47/100 mil habitantes. Pacientes do sexo feminino são os mais atingidos pela Covid-19 na Bahia (54,58% do casos), seguidos por pessoas do sexo masculino (45,22%) e 0,20% sem informação.

Em relação ao quesito raça e cor, conforme consta do boletim, 244.308 (50,43%) são de cor parda, seguidos por amarela 80.293 (16,57%), branca 59.652 (12,31%), preta 40.254 (8,31%), indígena 1.774 (0,37%) e os ignorados e sem informação foram de 58.204 (12,01%).

A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 24,32% do total. O coeficiente de incidência por 100.000 de habitantes foi maior na faixa etária de 40 a 49 anos (5.327,81/100 mil habitantes), indicando que o risco de adoecer foi maior nesta faixa etária, seguida da faixa de 30 a 39 anos (5.135,61/100.000 habitantes)O percentual de casos com comorbidade foi de 70,98%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,48%).

O boletim completo está disponível no site da Secretaria de Saúde e também em uma plataforma disponibilizada pela Sesab.

Outros dados
Todas as cidades do estado registraram casos da doença. A maior proporção ocorre em Salvador (22,58%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100 mil habitantes foram Ibirataia (10.259,93), Muniz Ferreira (8.299,65), Conceição do Coité (8.193,72), Pintadas (7.962,06), Jucuruçu (7.900,50).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 877.040 casos descartados e 122.461 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda.

Na Bahia, 36.185 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Ocupação dos leitos
Dos 1.987 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para atender pacientes com o novo coronavírus na Bahia, 1.247 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 63%. Dos 984 leitos de UTI (adulto) disponíveis no estado, 744 estão ocupados, o que corresponde a 76%.

Em Salvador, de acordo com a Sesab, dos 926 leitos ativos, 673 estão ocupados, o que corresponde a uma taxa de ocupação geral de 73%. Os leitos de UTI adulto estão com 76% de ocupação. Já os de UTI pediátrica, 59% de ocupação.

Com relação aos leitos de enfermaria, a capital baiana tem taxa de ocupação de 69% (adulto) e 86% (pediátrico).

Após ser diagnosticado com covid-19, o estado geral de saúde do vice-presidente Hamilton Mourão é bom. Em nota, a assessoria da Vice-Presidência informou nesta segunda-feira (28) que Mourão teve dor no corpo, dor de cabeça e febre, “que não passou de 38 graus”, o que o levou a fazer o exame.

A confirmação do teste positivo foi divulgado ontem (27) e o vice-presidente já está em isolamento no Palácio do Jaburu.

“De acordo com a recomendação médica, [Mourão] faz uso de Hidroxicloroquina, Annita, Azitromicina e sintomácos (remédio para dor e febre). O estado geral de saúde do Vice-Presidente da República é bom, encontrando-se em isolamento na residência oficial do Jaburu”, diz a nota.

A cantora Marília Mendonça desembarcou, neste domingo (27), em Salvador. Veio passar o fim de ano no litoral baiano ao lado do filho e do namorado, Murilo Huff. Durante a tarde, foi vista almoçando no restaurante Camarão Vilas, em Lauro de Freitas.

Marília e Murilo reataram o namoro em novembro após passarem meses separados. Eles são pais de Léo, que acaba de completar 1 ano de idade.

A cantora goiana está como a cantora mais ouvida, emplacando sete músicas na playlist das mais tocadas em 2020.

Uma pesquisa realizada em novembro desse ano, por uma das maiores empresas de serviço do mundo, a Delloite, mostrou que apesar da crise desencadeada pela pandemia, existe uma expectativa de que, no próximo ano, haja uma ampliação no quadro de contratações da ordem de 44% em empresas brasileiras e nordestinas, em 36 segmentos diferentes.

As aberturas de novas vagas no mercado de trabalho seriam reflexo da curva de recuperação, que faria uma recomposição dos postos de trabalho perdidos na crise. Apesar do estudo apontar para um cenário melhor, as incertezas em relação à economia ainda são muitas, especialmente, com o fim do auxílio emergencial, em janeiro. A perspectiva é que a taxa de desemprego suba de 13,1% para perto de 17% em 2021.

O presidente da seccional local da Associação Brasileira de Recursos Humanos(ABRH) Wladimir Martins acredita que ainda é cedo para definir cenários futuros no mercado de trabalho em virtude das inúmeras instabilidades, no entanto, reconhece que algumas áreas despontaram nesse período. “Com a perspectiva da vacina e se não houver novas situações de fechamento, acredito que 2021 será um pouco mais promissor, mas acredito que crescimento real só em 2022”, afirma.

A diretora de Operações na Região Nordeste da Consultoria LHH, Mariângela Shoenacker afirma que o mercado de trabalho foi afetado em todas as cadeias de produção, mas tanto o impacto como a recuperação ocorreram em níveis diferentes para cada área. “Frente a um cenário de incertezas macroeconômicas e de mercado, as empresas demostram de acordo com a pesquisa da Deloitte, um apetite moderado das empresas por investimentos em produção e crescimento orgânico em 2021”, diz a representante da LHH. Ela destaca que a formação de pessoas para conduzir essas mudanças de modelo de negócios e tecnologia é considerada prioritária para grande parte das empresas pesquisadas em 2021.

Áreas em crescimento

Mariângela salienta que, por conta do isolamento imposto, houve necessidade das empresas adotarem canais de venda online e modelos de trabalho remoto para promoverem a continuidade de seus negócios. “Com isto, a necessidade de ampliar os investimentos em tecnologia para suportar essas transições e, consequentemente, em segurança digital para garantir a conformidade da gestão de dados”.

Com uma postura parecida, o presidente Global da LHH Ranjit de Sousa diz que a falta de atenção dada aos funcionários cria uma série de desafios. “As pessoas são, literalmente, a força vital de uma economia. Se as pessoas estiverem otimistas em relação a seus empregos e suas vidas, podem levar os negócios a novos patamares e energizar economias inteiras com suas decisões de compra”, defende. Para ele, é necessário que as empresas e organizações engajem e dêem segurança aos seus colaboradores quanto ao futuro. “Essa é fundamental para a empresa ter sucesso”, acredita.

O representante da ABRH acredita que, mesmo com os ajustes tradicionais do fim de um ano e início de outro, ainda haverá uma tendência alta de desemprego, pois muitos segmentos ainda não conseguiram se reorganizar para voltar a produzir. “A área de logística, por exemplo, teve uma explosão de crescimento muito significativo nesse período, especialmente porque, no Brasil, havia uma defasagem quando comparada aos outros países”, diz. Martins lembra que os setores de saúde e construção civil passaram por 2020 sem crises e com possibilidades de crescerem no próximo ano.

Martins também destaca a área financeira como um mercado potencial para o próximo ano. “Os setores que precisarão de profissionais qualificados e prontos para entrarem em cena são justamente os que lidam com finanças, segurança da informação, inclusive para atender as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados, e a área de recursos humanos, que precisarão estar prontos para atuarem com a terceira onda da Covid-19, que se caracterizará pelas sequelas físicas e psicológicas advindas da pandemia”, esclarece.

Novos cenários

Mariângela Shoenacker acredita que, em decorrência da maior adoção do home office, existe a tendência de os profissionais poderem buscar oportunidades que estão além das suas cidades e até do próprio país. “Há uma tendência que as equipes no futuro possam trabalhar de forma colaborativa de locais totalmente distantes fisicamente. Isso aumenta as possibilidades de um profissional bem adaptado ao mundo digital de encontrar uma vaga, mas, ao mesmo tempo, pode aumentar a concorrência por profissionais já que, de uma hora para outra, a concorrência passa de local para ser global”, pontua.

Para a especialista, dentro desse novo cenário de empregabilidade, uma qualidade muito necessária é a adaptabilidade. “O mercado ainda precisa encarar seus profissionais como mais do que uma coleção de habilidades. O trabalhador que vai se destacar no futuro será aquele capaz de aprender e aplicar diferentes habilidades, adotar novos modos de pensar e ajudar na criação de culturas”, esclarece.

A diretora da LHH salienta que, para ter sucesso neste contexto de mudanças, além de ter uma boa alfabetização digital (saber pilotar ferramentas tecnológicas para melhorar o seu desempenho, seja presencial ou remotamente), os profissionais devem ter desenvolvido as competências socioemocionais, em especial a capacidade de adaptação, de inovação, agilidade de aprendizagem, pensamento crítico, comunicação e inteligência emocional.

O representante da ABRH acredita que, mesmo com os ajustes tradicionais do fim de um ano e início de outro, ainda haverá uma tendência alta de desemprego, pois muitos segmentos ainda não conseguiram se reorganizar para voltar a produzir. “A área de logística, por exemplo, teve uma explosão de crescimento muito significativo nesse período, especialmente porque, no Brasil, havia uma defasagem quando comparada ao outros países”, diz. Martins lembra que os setores de saúde e construção civil passaram por 2020 sem crises e com possibilidades de crescerem no próximo ano.

O presidente da ABRH diz que quem deseja se recolocar não deve ficar sentado esperando as oportunidades, mas que é preciso buscar o autoconhecimento e a requalificação. “Resiliência, flexibilidade, adaptabilidade, inteligência emocional, criatividade serão as outras competências exigidas para esse novo momento”, finaliza Martins.

NÚMEROS DO TRABALHO

• 47% das empresas aumentarão ou manterão equipes em homeoffice.

• 95-96% investiram em Cloud, equipamentos, rede e telecom, serviços de TI Soluções Sistemas, ferramentas, softwares de gestão Gestão de dados Big data, analytics, inteligência artificial.

• 94% manterão ou aumentaram investimentos em Segurança digital

• 84% dos empresários informam que vão investir em 2021 no treinamento e formação de funcionários.

• A pesquisa indica um grande espaço para avanço na adoção de práticas estruturadas e formalizadas de governança ambiental, social e corporativa (ESG) por parte das empresas, tais como indicadores de gerenciamento de impacto social e relatórios de sustentabilidade.

• A adequação à LGPD é um desafio para empresas, mas deve entrar na pauta das organizações como forte prioridade no próximo ano.


Áreas que estão vencendo a crise

Logística
Saúde
Construção civil
Finanças
Recursos Humanos
Tecnologia
Segurança da informação
Qualidades exigidas do profissional
Perfil colaborativo
Intimidade com o mundo digital
Adaptabilidade
Capacidade de aprendizado
Inovador

O prefeito eleito Bruno Reis anunciou nesta segunda-feira (28), durante entrevista coletiva, os nomes que vão compor a sua gestão a partir da próxima quinta-feira (1º). A lista é composta de novos nomes e alguns secretários e dirigentes da gestão de ACM Neto, que vão permanecer nos cargos.

Confira os novos dirigentes de todas as Secretarias Municipais de Salvador:
Secretário da Casa Civil
Atual: Luis Antônio Carreira permanece

Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
Léo Prates permanece

Secretaria Municipal da Educação (Smed)
Atual: Bruno Barral
Novo: Marcelo Oliveira

Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult)
Atual: Pablo Barrozo
Novo: Fábio Mota

Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra)
Atual: Luciano Sandes
Novo: Luiz Carlos de Souza

Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz)
Atual: Paulo Souto
Novo: Giovanna Victer

Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob)
Atual: Fábio Mota
Novo: Fabrizzio Muller

Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop)
Atual: Marcus Vinicius Passos
Novo: Marise Chastinet

Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur)
Atual: Sérgio Guanabara
Novo: João Xavier

Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre)
Atual: Juliana Portela
Novo: Kiki Bispo (Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer)

Secretaria Municipal da Reparação (Semur)
Ivete Sacramento permanece

Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis)
Atual: João Resch
Novas secretarias: Samuel Araújo (Inovação e Tecnologia) e Edna França (Sustentabilidade e Resiliência)

Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman)
Atual: Virgílio Daltro
Novo: Luciano Sandes

Secretaria Municipal de Gestão (Semge)
Thiago Dantas permanece

Secretaria Municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ)
Atual: Rogéria Santos
Novo: Fernanda Lordelo

Secretaria da Comunicação (Secom)
Atual: José Pacheco Maia Filho
Novo: Renata Vidal

Secretaria de Gabinete
Alberto Pimentel

Secretaria de Governo (antiga Chefia de Gabinete)
Vice-prefeita Ana Paula Matos

Procuradora do município
Luciana Rodrigues

Secretário Particular
Igor Domingues

Prefeituras bairros
Luiz Galvão permanece

Autarquias
Defesa Civil de Salvador (Codesal)
Sosthenes Macedo permanece

Fundação Mario Leal Ferreira
Tânia Scofield permanece

Fundação Gregório de Mattos (FGM)
Fernando Guerreiro permanece

Fundação Cidade-Mãe
Isabela Argolo

Empresa de Turismo S/A (Saltur)
Isaac Edington permanece

Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal)
Virgílio Daltro

Guarda Municipal
Maurício Lima permanece

Limpurb
Omar Gordilho

Superintendência de Obras Públicas de Salvador (Sucop)
Orlando Castro

Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador)
Marcos Vinicius Passos

Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal)
Eliéser Freire

Ouvidoria
Jean Sacramento