O Jornal da Cidade

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O Tribunal de Contas da União (TCU) vai analisar uma denúncia de possíveis irregularidades no contrato de venda pela Petrobras da Refinaria Landulfo Alves (RLAM), na Bahia, em sessão plenária virtual na quarta-feira (11). O processo corre sob segredo de Justiça.

Na mesma sessão, será analisado um caso envolvendo a auditoria operacional realizada pelo TCU para verificar se a estratégia da Petrobras para o setor de gás natural está de acordo com as novas diretrizes governamentais de promoção da concorrência. Ambos têm relatoria do ministro Walton Alencar Rodrigues.

O processo sobre eventuais irregularidades no contrato de privatização da RLAM traz questões que foram apontadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) em diferentes instâncias, como no próprio TCU, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e também em esferas judiciais.

Entre as irregularidades apontadas, destacam-se o preço de venda da refinaria (U$ 1,65 bilhão) ao Mubadala, abaixo do valor de mercado, segundo estudos técnicos de diferentes entidades, como o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), e fontes de mercado, como o BTG Pactual; a criação de um monopólio privado a partir da privatização da RLAM; o risco de desabastecimento doméstico; e o aumento nos preços internos dos derivados de petróleo.

Na sessão plenária da última quarta (4), o TCU já havia apontado risco ao pleno abastecimento de todos os mercados regionais de combustíveis com os desinvestimentos da Petrobras, após realizar auditoria sobre o tema. Em relatório, o tribunal de contas mostra a necessidade de que o mercado seja regulado.

Em nota, a FUP diz que ela e os parlamentares da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras vão pedir ao TCU que recomende a paralisação das privatizações até que seja aprovada regulação capaz de evitar a desestruturação do mercado, com crise de abastecimento e aumento de preços.

“Além da falta de gás de cozinha, gasolina e óleo diesel, a privatização dessas unidades vai gerar ainda mais aumentos dos preços do que já estão ocorrendo, devido à equivocada política de reajustes da gestão da Petrobrás, baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI)”, avalia o coordenador da FUP Deyvid Bacelar.

O namoro de Tierry e Gabi Martins chegou ao fim nesta terça-feira (10), segundo o colunista Leo Dias, da Metrópoles.

O colunista diz que o namoro já estava em crise e agora o cantor baiano resolveu dar o ponto final. Ele inclusive já tirou as fotos que tinha com Gabi do Instagram.

O casal assumiu o relacionamento no início do ano. Apesar dos poucos meses de namoro, os dois já faziam planos para casar.

A assessoria dos dois diz que está tudo bem, afirma o colunista, mas, por enquanto, eles não estão mais juntos.

No drive-thru da Arena Fonte Nova, às 14h desta segunda-feira (09), o movimento na fila da vacinação era tímido. Embora muitos carros aguardassem, uma das aplicadoras comentou que o movimento não chegava nem perto do que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esperava para a data, que inicialmente seria exclusiva para os jovens de 26 e 27 anos.

Devido à baixa procura desse público pelos postos, a Prefeitura refez a estratégia de vacinação anticovid e nesta terça-feira (10), a campanha de imunização vai atender todas as pessoas com 26 anos ou mais e os grupos prioritários que ainda não tomaram a 1ª injeção. Será o Dia de Repescagem da Vacinação. Além disso, o prefeito Bruno Reis anunciou que a aplicação da 2ª dose será retomada. Devem ir tomar o reforço nesta terça as pessoas que se imunizaram com vacinas da Oxford e Pfizer com data de retorno até 18 de agosto e quem se vacinou com Coronavac e tem retorno previsto até o dia 10 de agosto.

Até às 10h30 desta segunda (09) apenas 4,3 mil pessoas tinham ido aos locais de imunização - menos de 10% do público estimado de cerca de 50 mil. Por isso, a vacinação para todos os públicos a partir de 26 anos foi aberta no período da tarde. Até o fim da estratégia da segunda-feira, às 21h, 38 mil pessoas receberam a 1ª dose e 71, a 2ª, segundo o Vacinômetro da SMS. No total, Salvador já imunizou 2.153.409 pessoas entre 1ª, 2ª e dose única.

Na fila

Flávia Souza, 28, conseguiu se vacinar nesta segunda graças a abertura dos públicos. Levada até o posto pelo tio e duas primas, chegou entusiasmada. “É Pfizer hoje, é? Por mim tanto faz, eu quero a que tiver”, gritava de dentro do carro. Ela não tinha ido antes porque esperava carona.

Ramon Ribeiro, 30, tomou a vacina no 5º Centro de Saúde, nos Barris. Ele ainda não havia sido liberado do trabalho e, por isso, só conseguiu ir ontem. “Seria bom que tivesse flexibilização em relação a esse horário da vacinação. Pela manhã e à tarde muitas pessoas trabalham. Ainda suspenderam a 1ª dose no domingo”, reclamou.

Gabriel Medeiros ficou apto para a vacinação nesta segunda. Aos 26 anos, entretanto, optou por evitar a vacina por enquanto. É que ele embarca para o Canadá nesta terça e as restrições para a viagem envolvem exame PCR negativo do dia anterior e ausência de sintomas de covid=19. Caso tivesse efeito adverso à vacina, como febre ou dor muscular, não embarcaria.

“Cheguei a fazer o planejamento para tomar, mas liguei para a médica da família, e ela recomendou não tomar, até porque a maioria das vacinas causam febre. Mas, assim que chegar no Canadá, vou passar 14 dias de quarentena e, depois, ser imediatamente vacinado pelo governo canadense”, explicou.

Um homem, de 28 anos, que preferiu não se identificar, afirmou que não tomou sua dose quando podia pois, caso tivesse tomado, não poderia ingerir álcool no fim de semana. Já uma moça, de 27 anos, afirmou que, de acordo com sua data de nascimento, deveria ter ido tomar pela manhã, e não pela tarde. Ela estava na fila do 5º Centro às 16h e disse que, se dependesse da sua vontade, nem estaria lá. “Estou aqui porque o meu estágio fez o requerimento”, disse.

Na tarde e noite de segunda, a busca pela vacinação melhorou, inclusive entre o público inicial. Quem mal conseguiu dormir na noite anterior foi Ciro Garcez, 26. Pela manhã, ele teve aulas, mas à tarde, correu para a fila do 5º Centro, posto mais próximo de sua casa. “Era para vacinar de manhã, mas eu estava tendo aulas na faculdade. Não dormi direito essa noite de tão ansioso. Mas consegui, finalmente”.

Diala Souza, 26, foi ao posto com a avó. Saiu de Periperi depois do almoço e chegou aos Barris às 14h. Apesar da espera de quase 2 horas, saiu imunizada e realizada. “É uma espera prazerosa”.

Imunidade coletiva

O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Leo Prates, reconheceu que o movimento de vacinação do público de 26 e 27 anos foi abaixo do esperado. “Estamos registrando uma procura bastante tímida. Convocamos todos os indivíduos habilitados a procurarem os pontos de vacinação até às 21h para assegurar a primeira dose”, disse. “A imunização é a melhor arma para mantermos a situação epidemiológica controlada na cidade”, acrescentou.

De acordo com a infectologista da SMS, Adielma Nizarala, a falta de priorização à vacinação por parte dos jovens pode gerar consequências para a imunidade coletiva da população.“A faixa etária dos 20 ainda está dentro das que o Programa Nacional de Imunização (PNI) aconselha que recebam a vacina prioritariamente. Então entram na mesma importância de todas as outras pessoas acima de 18 anos, como sendo contribuintes para a imunidade coletiva, ou seja, quanto mais vacinados, melhor”, afirma.

Ela atribuiu a baixa procura aos choques com os horários de trabalho e estudos da faixa etária e não à falta de vontade do jovem de se vacinar. Entretanto, disse que a SMS ainda não tem um plano para resolução desse problema, visto que a segunda-feira (9) foi o primeiro dia em que isso aconteceu.

“Talvez devamos permanecer com o horário da noite para esse público, mas ainda não há uma discussão nesse sentido. A partir de agora, vamos pensar, tentar entender o que aconteceu e desenvolver estratégias”.

Em relação ao caso das pessoas que evitam tomar a primeira dose nos dias de sexta e sábado porque desejam 'comer água' [ingerir bebida alcóolica] no final de semana, Nizarala explica que uma coisa não impede a outra. “Tomar a vacina não inviabiliza o uso da bebida alcóolica. Óbvio que não dá para exagerar, mas tomar uma cerveja ou uma taça de vinho é perfeitamente possível, não há contraindicação para isso”.

Entretanto, quando ingerida em grandes quantidades, a bebida alcóolica é um inibidor do sistema imunológico. Por isso, ela alerta que a bebida pode inibir a resposta do sistema. “Se o objetivo é trabalhar esse sistema com a vacina, fazer o uso de grande quantidade pode inibir essa resposta”. Caso vá fazer uso social, está liberado.

VACINAÇÃO NESTA TERÇA:

1ª dose – 08 às 16h

Drivers: 5º Centro de Saúde (Barris), Faculdade Universo (Avenida ACM), FBDC Cabula, Atakadão Atakarejo, Vila Militar (Dendezeiros), Arena Fonte Nova, Centro de Convenções, Universidade Católica de Salvador (Pituaçu), Unijorge (Paralela) e Barradão.

Pontos Fixos: 5º Centro de Saúde (Barris), USF Federação, USF Resgate, USF Plataforma, USF Cajazeiras V, UBS Pirajá, Universidade Católica de Salvador (Pituaçu), USF João Roma Filho (Jardim Nova Esperança), Unijorge (Paralela), Barradão e UBS Eduardo Mamede (Mussurunga).

2ª dose Oxford – 08h às 16h

As pessoas que estão com a data de reforço da vacina contra a covid-19 da Oxford programada para até o dia 18 de agosto já podem procurar os pontos de imunização para receber a vacina

Drives: PAF Ondina e Shopping Bela Vista.

Pontos fixos: USF Vale do Matatu, USF Fernando Filgueiras (Cabula VI), USF Teotônio Vilela II (Fazenda Coutos II), USF Vista Alegre, UBS Nelson Piauhy Dourado (Águas Claras), Clube dos Oficiais (Dendezeiros), UBS Virgílio de Carvalho (Bonfim), USB Ramiro de Azevedo (Campo da Pólvora), USF Vila Nova de Pituaçu e UBS Imbuí.

2ª dose CoronaVac – 08h às 16h

As pessoas que estão com a data de reforço da vacina contra a covid-19 CoronaVac programada para até o dia 10 de agosto já podem procurar os pontos de imunização para receber a vacina.

Drivers: Uninassau (Avenida Magalhães Neto)

Pontos Fixos: USF Curralinho e USF Tubarão.

2ª dose Pfizer – 08h às 16h

As pessoas que estão com a data de reforço da vacina contra a covid-19 da Pfizer programada para até o dia 18 de agosto já podem procurar os pontos de imunização para receber a vacina.

Drivers: Shopping da Bahia, FBDC Brotas e Parque de Exposições.

Pontos fixos: FBDC Brotas, USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), USF Colinas de Periperi, UBS Sergio Arouca (Paripe), USF Cajazeiras X e Parque de Exposições.

O plano da prefeitura de Salvador era vacinar todas as pessoas com 26 e 27 anos nesta segunda-feira (9). No entanto, a baixa procura nos postos de vacinação fez a estratégia de vacinação ser revisada. Com isso, todas os soteropolitanos acima dos 26 anos podem ir aos pontos que receberão o imunizante.

A novidade foi anunciada no perfil da prefeitura no Twitter. A expectativa era vacinar 50 mil pessoas hoje, mas, até às 12h, o vacinômetro apontava apenas 6,1 mil novos imunizados na capital baiana.

PONTOS DE 08H ÀS 18H

Drivers: Shopping da Bahia

Pontos Fixos: USF Santa Luzia, USF Vale do Matatu, USF Plataforma, USF Vista Alegre, USF Pirajá, USF Fernando Filgueiras (Cabula VI), USF Cajazeiras X, USF Vila Nova de Pituaçu, USF João Roma.

PONTOS DE ATÉ AS 21H

Drivers: Uninassau (Pituba); Universidade Católica de Salvador (Pituaçu); Barradão; 5 Centro de Saúde; Arena Fonte Nova; Atakadão Atakarejo (Fazenda Coutos); FBDC Cabula

Ponto fixo: Universidade Católica de Salvador (Pituaçu); Barradão, 5 Centro de Saúde

PONTOS DE ATÉ AS 18H

Drivers: PAF Ondina e FBDC Brotas

Pontos Fixos: USF Federação, USF Curralinho, USF Teotônio Vilela II (Fazenda Coutos II), USF Colinas de Periperi, USF Resgate, USF Cajazeiras V, UBS Nelson Pihauy Dourado, USF Eduardo Mamede, FBDC Brotas

PONTOS DE ATÉ AS 21H

Drivers: Unijorge (Paralela), Faculdade Universo (Av. ACM), Vila Militar (Dendezeiros), Centro de Convenções e Shopping Bela Vista.

Ponto Fixo: Unijorge (Paralela), Clube dos Oficiais da Polícia Militar (Dendezeiros), UBS Ramiro de Azevedo.

A vacinação contra a Covid-19 será apenas para pessoas com 26 e 27 anos na segunda-feira (9), por meio de mais uma edição do mutirão das idades, de forma escalonada, das 8h às 21h. Com isso, quem tiver com idade superior a essas faixas etárias não deve buscar os pontos de imunização.

Segundo a prefeitura, para realizar mutirão, não haverá aplicação de segunda dose da vacina contra a Covid-19 para os demais grupos prioritários. Além disso, também será suspensão a campanha de Influenza e de outras vacinas de rotina nos postos de saúde.

Antes de ir até os postos, todo devem verificar se o nome está cadastrado no site da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O público esperado é de cerca de 50 mil pessoas. “Nesta segunda-feira a procura ainda está bastante tímida. Convocamos todos os indivíduos habilitados a procurarem os pontos de vacinação até às 21 horas para assegurar a primeira dose do imunizante. A imunização é a melhor arma para mantermos a situação epidemiológica controlada na cidade”, destacou Leo Prates, secretário municipal da Saúde.

Confira horários e pontos exclusivos para as pessoas com 26 anos nesta segunda (9)

ATÉ AS 12H: Devem buscar os pontos pessoas com 26 anos NASCIDAS DE 09 de agosto de 1994 a 09 de dezembro de 1994

13h às 16h: Devem buscar os pontos pessoas com 26 anos NASCIDAS DE 10 DE DEZEMBRO 1994 a 09 DE ABRIL DE 1995

17h às 21h: Devem buscar os pontos as pessoas de 26 anos NASCIDAS DE 10 DE ABRIL DE 1995 A 09 DE AGOSTO DE 1995

PONTOS DE 08H ÀS 18H

Drivers: Shopping da Bahia

Pontos Fixos: USF Santa Luzia, USF Vale do Matatu, USF Plataforma, USF Vista Alegre, USF Pirajá, USF Fernando Filgueiras (Cabula VI), USF Cajazeiras X, USF Vila Nova de Pituaçu, USF João Roma.

PONTOS DE ATÉ AS 21H

Drivers: Uninassau (Pituba); Universidade Católica de Salvador (Pituaçu); Barradão; 5 Centro de Saúde; Arena Fonte Nova; Atakadão Atakarejo (Fazenda Coutos); FBDC Cabula

Ponto fixo: Universidade Católica de Salvador (Pituaçu); Barradão, 5 Centro de Saúde

Confira horários e pontos exclusivos para as pessoas com 27 anos:

ATÉ AS 12h: Devem buscar os pontos pessoas com 27 anos NASCIDAS DE 09 DE AGOSTO DE 1993 A 09 DE DEZEMBRO DE 1993

13h às 16h: Devem buscar os pontos pessoas de 27 anos NASCIDAS DE 10 DE DEZEMBRO DE 1993 a 09 DE ABRIL DE 1994

17h às 21h: Devem buscar os pontos pessoas com 27 anos NASCIDAS DE 10 DE ABRIL DE 1994 a 09 DE AGOSTO DE 1994

PONTOS DE ATÉ AS 18H

Drivers: PAF Ondina e FBDC Brotas

Pontos Fixos: USF Federação, USF Curralinho, USF Teotônio Vilela II (Fazenda Coutos II), USF Colinas de Periperi, USF Resgate, USF Cajazeiras V, UBS Nelson Pihauy Dourado, USF Eduardo Mamede, FBDC Brotas

PONTOS DE ATÉ AS 21H

Drivers: Unijorge (Paralela), Faculdade Universo (Av. ACM), Vila Militar (Dendezeiros), Centro de Convenções e Shopping Bela Vista.

Ponto Fixo: Unijorge (Paralela), Clube dos Oficiais da Polícia Militar (Dendezeiros), UBS Ramiro de Azevedo.

Após o retorno do Ensino Médio, no dia 26 de julho, a rede estadual de ensino volta com as aulas semipresenciais, nesta segunda-feira (9), para os alunos do Ensino Fundamental. Segundo a Secretaria da Educação do Estado (SEC), são 125.481 estudantes, de 388 escolas, que devem comparecer aos colégios estaduais da Bahia. Desde março de 2020, por conta da pandemia da covid-19, os alunos não frequentam presencialmente as salas de aula.

O retorno ocorre com mais de um terço dos professores e profissionais de educação sem terem recebido nem a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus. De acordo com a SEC, são 394 mil trabalhadores da rede municipal, estadual e privada. Destes, 258.497 receberam a primeira dose ou dose única, o equivalente a 65,6% do total. Ou seja, mais de 135 mil não tem a primeira injeção do imunizante no braço, o que representa 34,3% dos trabalhadores. Somente 12,3% receberam a segunda dose.

Esse é o principal motivo pelo qual o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (Aplb) não quer a volta às aulas. O presidente da Aplb, Rui Oliveira, voltou a afirmar que os professores só voltam após a segunda dose. “Só voltamos totalmente imunizados, com 15 dias após a segunda dose. Em Salvador, já fizemos acordo para voltar no dia 23 de agosto, porque o prefeito já deu a relação de pessoas que serão vacinadas. O governo do estado até agora não entregou a lista”, explica Oliveira.

O presidente do sindicato diz que algumas cidades do interior não têm condições de voltar agora com o ensino híbrido. No município de Seabra, na Chapada Diamantina, quatro colegiados já afirmaram que não têm condições de iniciar as atividades presenciais e que vão manter o ensino apenas de forma remota. Segundo Rui Oliveira, 50 cidades não devem retornar nesta segunda.

“No interior, a maioria das escolas da zona rural não tem condições de retornar, tem escola que nem banheiro tem. Na nossa avaliação, não vai ter ninguém na escola na segunda-feira. Há uma temeridade dos pais, uma preocupação mundial com a variante delta e uma pressão dos diretores para os professores voltarem, se não vão tomar falta. Não pode ser assim, tem que ter uma razoabilidade”, argumenta.

Para ele, a melhor coisa a ser feita é reduzir o intervalo de aplicação da segunda dose, para 21 dias, como prescreve a bula da Pfizer, para que, até o fim de agosto, todos os professores tenham recebido as duas doses. Assim, poderia voltar às salas de aula com mais segurança.

Retorno com protocolo
A diretora do Núcleo Territorial de Educação (NTE) 25, da região de Senhor do Bonfim, Raquel Conceição, diz que todas as escolas estão preparadas para o retorno. Todos os professores e funcionários tomaram, pelo menos, uma dose da vacina. Metade está totalmente imunizado, com as duas doses. Em Caldeirão Grande, cidade de 13 mil habitantes, as aulas semipresenciais já tinham voltado desde maio, pelos baixos índices de covid-19.

“Todas nossas escolas estão adaptadas, a partir da implementação de protocolos sanitários. Só não voltamos no dia 26 de julho, porque algumas cidades estavam sem transporte, as prefeituras não tiveram tempo hábil para fazer a licitação. Mas, agora, estamos prontos”, assegura Raquel. No NTE 25, são 24 escolas, 534 professores e cerca de 14.300 alunos.

Ela ainda afirma que os alunos e familiares, assim como todos os funcionários estão saudosos pelo retorno. “A gente encontrou forças para esse momento a partir do desejo dos alunos e familiares ao retorno híbrido, esse desejo é movido pela saudade, saudade dos nossos espaços, dos nossos professores, gestores, colegas, funcionários”, completa.

Segundo a Secretaria de Educação do Estado (SEC), para adequar as escolas aos protocolos, foi preciso gastar R$ 305 milhões. “Os investimentos foram feitos em reformas, manutenção e adequação das escolas a partir do protocolo de biossegurança; instalação de pias e lavabos para a higienização das mãos; colocação de dispersor de álcool em gel 70%; e colocação de tapetes sanitizantes; na aquisição de equipamentos digitais; em infraestrutura tecnológica e contectividade; em formação de professores, dentre outras questões”, informa a SEC.

Além da adequação estrutural, o governo estadual gastou R$ 6,1 milhões na aquisição de fardamento escolar e R$ 2 milhões em máscaras, via doação da Secretaria de Planejamento (SEPLAN), para a distribuição aos estudantes. A frequência dos mesmos está sendo monitorada, mas a secretaria não pôde divulgar, somente no final da unidade letiva.

No NTE 05, da região de Itabuna, as escolas também estão só no aguardo dos alunos. São somente três escolas estadual que têm Ensino Fundamental - em Itabuna, Ilhéus, e a unidade de Pau Brasil e Guararema, que atende indígenas. “Tudo está organizado, só esperando os estudantes”, comenta Leninha Vila Nova, diretora do NTE 05, onde existem 43 mil alunos e 3 mil professores.

Em Ibicaraí, cidade do Extremo Sul, os alunos disseram que estarão em sala. “Na conversa que tivemos com eles, nas aulas online, eles disseram que estão dispostos e os professores também concordaram em vir. Estamos preparamos desde o dia 26, mas nossa escola é só ensino fundamental”, esclarece o diretor do Colégio Eduardo Spínola, José Wadson Conceição. Na unidade, são 198 alunos e 16 professores.

Em Cravolândia, município a cerca de 150 km de Salvador, a única escola estadual da cidade, o Colégio Estadual de Cravolândia, fará uma primeira semana de preparação e treinamento. As atividades letivas normais voltarão na próxima semana. A obra de reforma, para ampliar o refeitório, ainda não acabou.

“A reforma acabou em parte. Como estamos passando pelo processo de implantação do tempo integral, precisávamos ampliar a cozinha para aumentar o número de refeições. A gente conseguiu isolar o local da obra, para poder voltar hoje”, justifica José Júnior, diretor da escola. Para o retorno, eles fizeram um vídeo institucional, convocando os alunos. São cerca de 340 e 10 professores. Uma reunião de pais também foi feita, na semana passada, com os pais dos alunos, para explicar os protocolos sanitários e medidas de restrição.

No Colégio Luiz Viana, em Guanambi, não há problemas com a estrutura física do colégio, que já foi todo adaptado. Os alunos, contudo, não querem voltar. “A gente fez uma pesquisa, para o retorno do dia 26, pelos grupos do Whatsapp, e um percentual de 98% dos alunos disseram que não retornariam, por medo”, explica o vice-diretor, Leandro Reis.

Assim como ocorre com as aulas do Ensino Médio, as turmas do Ensino Fundamental serão divididas pela metade e irão de forma escalonada. Uma parte dos alunos irá na segunda, quarta e sexta; e a outra metade irá na terça, quinta e sábado. Nos demais dias, os estudantes participam das aulas e atividades remotas. A divisão da turma se dará por letra, em ordem alfabética.

Relembre os protocolos:
Sala de aula - Cada turma será dividida em duas, e frequentará de forma escalonada, com mesma carga horária; janelas abertas e, se houver ar-condicionado, não pode ser mantido no modo recirculação de ar

Estudantes do turno noturno - podem optar por assistir às aulas do sábado no turno vespertino. Há possibilidade de realizar as atividades de forma não presencial

Áreas comuns - distanciamento mínimo de 1,5 metro, disponibilização de álcool em gel ou álcool 70% e higienização diária das áreas comuns

Elevadores - usados com 30% de capacidade e exclusivo para deslocamento de materiais e produtos, e para alunos e funcionários com dificuldades de locomoção

Entrada - trabalhadores, prestadores de serviço e estudantes devem higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%; todos terão a temperatura aferida e aqueles com resultado igual ou superior a 37,5°C devem ser direcionados para acompanhamento de saúde adequado

Grupo de risco - funcionários e alunos do grupo de risco da covid-19 devem avaliar outras formas de retorno enquanto durar a pandemia

Uso de máscara - obrigatório para todos, exceto para alunos da Educação Infantil, de 0 a cinco anos, e os portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Fluxo – de entrada, saída e intervalos de forma escalonada para manter o distanciamento mínimo

Transporte escolar - janelas abertas, higienização no princípio e ao final do dia, distanciamento e as máscaras obrigatórios; capacidade até 70%

Banheiros - número máximo de pessoas que poderão acessar ao mesmo tempo deverá levar em consideração o distanciamento mínimo de 1,5 metros. Os basculantes e janelas devem ficar abertos.

Bebedouros - não serão interditados, mas o uso coletivo deles deve ser evitado. Cada aluno deve levar sua garrafa de água ou copo descartável

Refeitório - cada estudante deve usar talheres, pratos e copos individuais e próprios. Eles não podem ser compartilhados e só é permitida a disponibilização de temperos, molhos, condimentos e similares de forma individualizada, em sachês e apenas no momento de cada refeição

Bibliotecas - elas devem ser sejam utilizadas por turnos e em horários diferenciados por cada turma, preservando-se sempre o distanciamento mínimo de 1,5 metro

Esporte - optar sempre que possível por atividades ao ar livre. Não é recomendado o uso de máscaras durante atividade física aeróbica, à excepção dos professores. As atividades e esportes de maior contato físico, como lutas marciais, deverão ser evitados.

Eventos - festas de aniversário ou celebração de formatura são proibidos

Contato com os pais - e-mail, WhatsApp, telefone ou presencial, com agendamento prévio

A“Não consta”. É essa a frase que os cartórios registraram, no campo do nome do pai, nas certidões de nascimento de quase 100 mil crianças nascidas na Bahia só nos últimos dez anos. Essa ausência paterna é causadora de marcas profundas na vida destas pessoas e, para boa parte delas, o abandono começa a ser melhor percebido e questionado durante a fase da escola, quando datas como o Dia dos Pais viram um trauma.

No período citado, o exato número de crianças baianas registradas sem o nome do genitor foi de 99.412 e chega próximo ao da população da cidade de Santo Antônio de Jesus, 17ª maior do estado, segundo dados compilados pela Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais da Bahia (Arpen-BA), a pedido do CORREIO.

As crianças nascidas em 2011, hoje com 10 anos, podem estar sem reconhecimento de paternidade até os dias atuais. E esses mesmos dados revelam ainda outra face cruel da negligência: são também quase 100 mil mães solo na Bahia, na última década, que estão por aí carregando as responsabilidades, muitas vezes sozinhas. Só nos anos da pandemia, portanto de 2020 até agora em 2021, já são 19,2 mil crianças sem pai na certidão.

Criado por um publicitário como forma de estimular o comércio no Brasil, o Dia dos Pais é motivo de choro para muita gente. O drama e desconforto têm tamanha intensidade que o tema virou discussão em boa parte dos colégios — que se viram diante da necessidade de repensar essas celebrações para fazê-las mais acolhedoras.

Não há consenso, mas em geral, a aposta tem sido festejar o Dia da Família na Escola, data criada há duas décadas pelo Ministério da Educação, e que vem, aos poucos, sendo incorporada aos calendários das instituições de ensino.

Em seu escritório, na escuta diária de mães solo cujos ex-parceiros abandonaram seus filhos e filhas, a advogada Mariana Regis, especialista em Direito da Família, recebe relatos de como a angústia pelo abandono paterno se manifesta nestas crianças nas semanas que antecedem a comemoração do Dia dos Pais, quando as escolas propõem confeccionar presentes ou ensaiar apresentações.

“A criança sabe que não terá destinatário para aquele presente e outras não sabem se o pai irá aparecer no dia, gerando ansiedade nelas”, conta.

Diretora pedagógica da Escola Lua Nova, na Pituba, Walkyria Rodamilans conta que, nos mais de 36 anos de existência da unidade, nunca houve uma festa para comemoração do Dia dos Pais. Por perceber que as famílias responsáveis pelos alunos têm organizações diversas — avôs, tias, duas mães, dois pais, mãe sozinha ou pai sozinho — a escola optou por ter uma programação festiva apenas para o Dia da Família.

No entanto, por decisão coletiva, a data paterna não é negada. Na escolinha, ela não chega a passar em branco, há um diálogo sobre a sua representatividade cultural. Na véspera, alunos maiores, do ensino fundamental, são incentivados a escrever cartinhas para entregar aos pais ou a quem cuida deles. Os pequenininhos não chegam a produzir cartões, mas participam da homenagem e a conversa sobre esse dia é mediada pelos professores.

“Nós falamos para eles: ‘Olha, na sociedade existe essa data e se comemora’, e contamos sobre a criação dela ligada ao consumo. A gente não retira o lugar de quem exerce essa função. É delicado negar e o que a gente propõe é o inverso, é incluir. O cartão pode ser entregue para os pais e várias outras pessoas”, diz.

No papo com os estudantes, a instituição propõe dar o nome às coisas, com expressões como ‘tem pai que não mora conosco, tem pai que já não está mais com a gente’. “A vida da gente é feita da falta de muitas coisas. A criança também vai conviver com faltas e o que oferecemos é suporte para que ela ressignifique o que vive. Não é sobre aceitar com naturalização [o abandono], mas se abrir”, completa ela.

Rastros do abandono: do berço até hoje

Quando tinha apenas dois anos, Paula de Jesus perdeu o pai. Criada apenas pela mãe, ela cresceu ouvindo como ele foi um homem violento. Embora tivesse o nome dele registrado nos documentos, isso não foi suficiente para que ela e suas quatro irmãs pudessem ser dignas de cuidado paterno. Um dia, a mãe dela precisou fugir, mudou-se para São Paulo para não mais apanhar e tentar ganhar dinheiro para comprar a casa própria.

“Foi quando ela recebeu a notícia de que ele foi assassinado. Eu e minhas irmãs crescemos vendo múltiplas violências e escassez de alimentos, mas minha mãe nunca nos abandonou e esteve do nosso lado, mesmo abdicando da sua felicidade. O sofrimento da minha mãe ainda está estampado no rosto dela e isso me impede de sentir saudades daquele pai, mas sinto falta da presença de um verdadeiro pai”, conta ela.

O pai dela era motorista de ônibus e foi morto a tiros, supostamente pelo marido da mulher casada com quem se envolveu. Hoje, vivendo um segundo casamento, Paula conta que acompanha de perto como a ausência da figura paterna também é um drama para a filha dela, atualmente com 18 anos. Ela diz que, por mais que o pai da jovem seja presente, é difícil processar a falta do convívio diário.

“Ela sofre muito desde pequena, demonstra em suas atitudes a falta que ele faz. Desde criança, ela se isolava, não queria participar de eventos na escola, teve depressão, tentou suicídio. Até hoje, ela não consegue aceitar a distância. Vejo que ela consegue assimilar melhor tudo o que aconteceu porque agora já sabe tudo que passamos, o que fez eu me separar e, por me amar, sabe que essa foi a melhor decisão”, diz a mãe.

O ciclo de Paula é parte desse abandono paterno. A conduta do pai dela gerou danos à família. “O dano é extensível às mães, que sofrem não apenas a sobrecarga material, mas sofrem emocionalmente junto com seus filhos e filhas, não raro se sentindo culpadas por terem escolhido este pai para os filhos”, destaca Regis.

Análise do contexto

Para entender o contexto familiar, o Colégio Villa Global Education instituiu o que chamam de Programa de Acolhimento, uma infraestrutura de profissionais que atuam desde o dia da matrícula, com entrevista que consiste em perguntas a fim de conhecer a história de como a criança nasceu e quem cuida dela, justamente para saber lidar com as situações.

Por lá, só há importância festiva para o Dia da Família, quando todos os alunos, do ensino infantil ao médio junto com seus parentes, se reúnem. A data conta com palestras, jogos e oficinas, estas ministradas pelos próprios responsáveis — como um pai que é nutricionista e ensina todo mundo a fazer um bolo de chocolate, por exemplo.

A ideia é uma forma de fortalecer vínculos familiares, estimular o respeito mútuo e o convívio social, afirma Bárbara Cana Brasil, diretora da unidade do Litoral Norte.

No Dia dos Pais ou Dia das Mães, a escola apenas publica cards em suas redes sociais, de forma mais institucional, a fim de dizer que acredita e valoriza esses papéis, dedicando a mensagem diretamente a eles, sem necessidade de intermediação com os alunos. Mas, se em datas comemorativas como essas, eventualmente, algum desconforto é captado pelos docentes, o Programa de Acolhimento é acionado para dar colo e escuta à criança.

Além disso, como casos de possíveis conflitos familiares podem ficar transparentes através de comportamentos dos estudantes, a escola diz que, ao notar, chama os responsáveis para uma conversa. "Porque nosso papel é formar crianças fortes e felizes", diz Cana Brasil.

O lado do pai ativista

Criador da plataforma de discussão chamada Abandono Afetivo e autor do livro “Mãe, cadê meu pai?”, o advogado Charles Bicca adianta que essas decisões em relação à celebração ou não do Dia dos Pais não surgiram do nada na cabeça das escolas. A preferência pela festa do Dia da Família veio, principalmente, a partir dos desabafos de mães.

Estudioso do tema, ele lembra que o abandono paterno está presente nos primórdios das sociedades, perceptível em histórias mitológicas gregas como a do deus Urano, genitor dos Titãs e ciclopes. “Então, existe desde o início do mundo, é uma cultura arraigada que estamos caminhando para mudar”, diz ele, que é pai de Isabela e Charles.

Para Bicca, o movimento segue na direção de incentivar uma paternidade mais responsável e, ao seu ver, retirar ou fingir a não existência do Dia dos Pais não contribui para isso. Ele diz que, há cerca de uma década, conversa com mães do grupo que criou no Facebook — com mais de 15,4 mil membros — e o que se comenta por lá é que uma boa mudança já está em curso: cada vez mais, os pais têm se mostrado melhores na formação de vínculos e na presença participativa nos colégios dos filhos.

“Para mim, suprimir completamente o Dia dos Pais porque uma parcela de irresponsáveis não cumpre seu dever, não é algo que acho razoável. Vamos mudando o mundo, mas respeitando o que deu certo na figura do pai. Não dá para deixar de prestigiar essas pessoas. Curto essas celebrações, desde que bem conduzidas”, argumenta.

Para ele, as comemorações podem ser feitas incluindo forte teor de carinho e informação na conversa. “Neste dia, pode-se dizer: ‘Olha, esse presentinho pode ser entregue para quem cuida de você’. Não tem que ser uma coisa ‘Quem tem pai levanta a mão, quem não tem senta ali do lado’. Neste dia, penso ser importante discutir som eles sobre a importância do pai responsável”, diz.

O tema é parte de um enorme problema brasileiro e, dentro e fora da escola, a criança também vai se deparar com ele. Há cinco anos, uma em cada cinco famílias em Salvador e Região Metropolitana, era chefiada por mãe solo — o maior percentual do país, segundo pesquisa do IBGE.

Bicca acredita que a primeira providência é parar de naturalizar o pai que abandona o filho. Não é um tema a ser deixado para lá. Para ele, as escolas podem discutir internamente o que melhor se aplica para sua comunidade, buscando adotar uma dinâmica de celebração que não gere constrangimento.

“É uma realidade que não podemos fechar os olhos. Ainda vamos discutir muito sobre isso, mas, enquanto pai, o que posso dizer é que quando chega esse domingo, fico na ansiedade de receber um desenho dos meus filhos”.

RECONHECIMENTO GRATUITO DE PATERNIDADE

Desde 2007, a Defensoria Pública da Bahia disponibiliza teste de DNA gratuito para os pais que desejam dar o passo de reconhecimento da paternidade. Entre os dias 9 e 20 de agosto, o órgão voltará com o programa. Da criação da iniciativa até o ano de 2019, mais de 20,5 mil exames de DNA foram feitos na Bahia.

1. Entre em contato por telefone
Para solicitar, basta entrar em contato pelo número (71) 99104-2907

2. Agende o dia e o local do exame
Combine quando deseja fazer e peça ajuda com prováveis dúvidas. Para participar, é necessário morar em Salvador ou na Região Metropolitana

3. Reúna documentos
Basta apresentar RG, CPF, comprovantes de residência seu e da mãe e também certidão de nascimento do filho ou filha

5 equívocos comuns na celebração do Dia dos Pais nas escolas
Fonte: Associação Nova Escola

1. Obrigar todos os alunos a participarem, provocando constrangimento

2. Colocar foco no presente para uma determinada pessoa e não na vinculação da atividade com um conteúdo do currículo escolar

3. Não fazer um levantamento de como é a vida de cada aluno, ignorando os diferentes tipos de família

4. Propor elaboração de atividades que não permitem a criação individual, que não possibilitam que a criança dê sua cara à obra

5. Expor a intimidade familiar do aluno aos demais colegas durante a realização da atividade

Olimpíada de Tóquio foi a Olimpíada das mulheres. Nunca antes a delegação feminina foi tão protagonista em uma campanha do Time Brasil. Das sete medalhas de ouro conquistadas pelo país, três vieram com elas (42,9%). Incluindo a baiana Ana Marcela Cunha, nos 10km na prova de maratona aquática, além de Martine Grael e Kahena Kunze, na vela, e Rebeca Andrade, na ginástica artística.

Por pouco, o número no Japão não seria ainda maior. No último dia de competições, a seleção feminina de vôlei chegou à final, assim como a soteropolitana Beatriz Ferreira, no boxe, mas conquistaram a prata.

No Rio-2016, Londres-2012 e Pequim-2008, as atletas haviam faturado dois ouros. Em Atenas-2004 e Sidney -2000, as mulheres não levaram medalhas douradas. E em Atlanta-1996, na primeira vez que elas subiram ao pódio, conseguiram uma: no vôlei de praia feminino, com Jackie Silva e Sandra Pires.

O desempenho da delegação feminina não foi excelente só nos ouros, mas em medalhas no geral. Dos 21 pódios conquistados pelo Brasil em Tóquio, nove foram de mulheres ou equipes de mulheres (42,9%). É um recorde. Até então, a maior marca era de Pequim-2008, quando faturaram sete medalhas.

Elas, aliás, quebraram várias marcas inéditas e importantes no Japão. Por exemplo, foi de uma dupla feminina, Luisa Stefani e Laura Pigossi, o primeiro pódio brasileiro do tênis. Também foram as responsáveis pelo primeiro ouro na maratona aquática, com Ana Marcela, e a medalhista brasileira mais jovem da história, com Rayssa Leal, de apenas 13 anos. O patamar expressivo foi uma representação importante do poder das mulheres.

Rebeca Andrade
Rebeca Andrade se despede de Tóquio com o nome escrito na história. Aos 22 anos, a paulista foi a primeira ginasta feminina do Brasil a subir ao pódio olímpico. Aliás, não só quebrou a marca, como fez em dose dupla e com direito a um ouro, no salto, além da prata no individual geral. Recorde que a tornou a primeira mulher do país a conquistar duas medalhas em uma única edição dos Jogos. Ainda alcançou a um honroso quinto lugar na final do solo, com seu Baile de Favela. Com a melhor e mais vitoriosa campanha de uma ginasta brasileira em uma Olimpíada, foi a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento do evento.

Ana Marcela Cunha
Eleita seis vezes a melhor maratonista aquática do mundo, Ana Marcela Cunha já possuía um currículo estrelado, com 11 medalhas em Campeonatos Mundiais e ouro nos Jogos Pan-Americanos. Mas faltava algo a ser conquistado: um pódio olímpico. Não mais. A baiana fez uma prova perfeita e venceu a disputa dos 10km nas águas abertas de Tóquio. Se tornou a primeira brasileira, entre homens e mulheres, a levar o ouro da modalidade nos Jogos, e ainda se tornou a primeira atleta do país a ganhar uma disputa da natação feminina olímpica.

Martine Grael e Kahena Kunze
Cinco anos depois de faturarem o ouro na Rio-2016, Martine Grael e Kahena Kunze mostraram que, quando o assunto é vela, elas são as especialistas. A dupla confirmou o favoritismo e conquistou o bicampeonato olímpico da classe 49erFX, mantendo a tradição familiar – Martine é filha de Torben Grael, dono de cinco medalhas dos Jogos, enquanto Kahena é filha de Claudio Kunze, campeão mundial juvenil nos anos 1980. Com o resultado, elas também se tornaram as primeiras brasileiras, entre homens e mulheres, a levar dois ouros olímpicos seguidos na vela

Beatriz Ferreira
Pela primeira vez nas Olimpíadas, o Brasil teve uma mulher em uma final do boxe. Campeã mundial do peso leve (até 60kg), a baiana Beatriz Ferreira conquistou em Tóquio a prata, após perder na última luta para a irlandesa Kellie Harrington, ouro no Mundial de 2018, por decisão unânime dos juízes. Apesar de assumir que queria o primeiro lugar do pódio, Bia foi a responsável por uma medalha inédita. Até então, o melhor resultado de uma atleta feminina no esporte havia sido o bronze de Adriana Araújo em Londres-2012 – a primeira Olimpíada com disputa das mulheres no ringue. Beatriz, aliás, havia sido a sparring de Adriana há cinco anos, no Rio de Janeiro, e, em Tóquio, competiu pela primeira vez nos Jogos. E já prometeu que estará em Paris-2024: “Tá logo ali. Aguardem”, disse, à TV Globo, após o combate contra Kellie.

Vôlei feminino
A seleção feminina de vôlei chegou a Tóquio desacreditada por muitos. No Rio-2016, tinha feito seu pior resultado em 28 anos, quando caiu nas quartas de final. No ciclo olímpico atual, o grupo foi atormentado por lesões e aposentadorias, além do sétimo lugar no Mundial de 2018. Mas a desconfiança foi superada pela equipe, que chegou ao mata-mata de forma invicta. Nas quartas, bateu a Rússia por 3 sets a 1 e, na semi, despachou a Coreia do Sul por 3 sets a 0. Na decisão, a seleção perdeu para os Estados Unidos, por 3 sets a 0 (25/21, 25/20 e 25/14), e se ficou com o vice-campeonato, o primeiro da história. A prata foi a quinta medalha olímpica da equipe, que somava os ouros de 2008 e 2012 e os bronzes de 1996 e 2000. A seleção feminina, aliás, foi a única do vôlei a conquistar um pódio no Japão, já que a masculina terminou na quarta posição e as duplas da praia foram eliminadas cedo.

Rayssa Leal
Rayssa Leal chegou ao Japão como a atleta mais jovem da história do Brasil nos Jogos. De tão nova, sua mãe, Lilian, recebeu uma autorização especial para entrar na Vila dos Atletas e ter acesso irrestrito em Tóquio. Mas a Fadinha não atravessou o mundo a passeio. Saiu de lá como a mais nova medalhista olímpica brasileira, entre homens e mulheres de todas as modalidades. Aos 13 anos, seis meses e 21 dias, a maranhense conquistou a prata do skate street, batendo o recorde de Rosângela Santos, que foi bronze dos 4x100m do atletismo em Pequim-2008, aos 17 anos.

Mayra Aguiar
Mayra Aguiar escreveu de vez seu nome no rol dos maiores atletas olímpicos do Brasil. Ao conquistar o bronze em Tóquio, a judoca se tornou a primeira mulher a faturar três medalhas dos Jogos em modalidades individuais pelo país. Antes, a gaúcha já havia conquistado o bronze em Londres-2012 e na Rio-2016. De quebra, ela se tornou a primeira atleta do judô brasileiro a conquistar três medalhas na história da Olimpíada e ainda igualou a marca da jogadora de vôlei Fofão, até então a única mulher brasileira medalhista em três Jogos diferentes.

Laura Pigossi e Luisa Stefani
Última dupla feminina inscrita no último dia possível, com campeãs de Grand Slams no caminho e tentando conquistar uma medalha inédita para o Brasil. O caminho era tortuoso, mas nada que abalasse a confiança de Luisa Stefani e Laura Pigossi. Com a confiança em alta, as duas foram derrubando adversárias atrás de adversárias e conquistaram o primeiro pódio brasileiro na história do tênis olímpico. O bronze, aliás, veio em um jogaço, em que Luisa e Laura salvaram quatro match points contra as russas Elena Vesnina e Veronika Kudermetova, garantindo uma virada histórica e memorável.

A médica Sáttia Lorena Patrocínio Aleixo, que caiu do quinto andar de um prédio em Salvador no ano passado, se recupera no interior do estado, segundo o promotor Davi Gallo, do Ministério Público do Estado (MP-BA). Depois de sair do coma, ela passou por pelo menos 30 cirurgias por conta das lesões que sofreu.

"Teve todos os ossos da face quebrados. Ela está deformada, mas dá para se ver que ela era uma mulher bastante bonita. Ele não a matou, mas destruiu a vida dela", disse Gallo nesta quinta-feira (5), em coletiva sobre o pedido de prisão do médico Rodolfo Cordeiro Lucas, acusado de tentar matar a então namorada.

"Eu conversei com os pais dela, que me contaram que Sáttia era uma pessoa alegre, extrovertida, se dava bem com todo mundo. O que eu vi na clínica de reabilitação foi um bichinho assustado, mas com coragem suficiente para falar toda a verdade. Ela está terminando o período de reabilitação no interior. Ela deve fazer mais intervenções cirúrgicas para melhorar. Ela teve vários traumas, alguns órgãos foram atingidos", explica Gallo. "Foi um milagre. Ela anda com dificuldade, ainda mais pelo período que ficou em coma. Ela é uma sobrevivente, uma guerreira”, completa.

Denúncia
O MP-BA pediu a prisão de Rodolfo por entender que o médico representa perigo para a vítima e para o processo estando solto. Rodolfo nega o crime e afirma que Sáttia pulou sozinha, numa tentativa de suicídio após uma briga no apartamento em que eles viviam.

O MP diz que o médico planejou o crime e depois agiu para descredibilizar Sattia em depoimentos à polícia. “A premeditação comprova a frieza do criminoso, a periculosidade, o desrespeito, a falta de amor ao próximo. Toda pessoa que premedita um crime, é um criminoso nato. Ele premeditou através de vários atos", afirmou o promotor nesta quinta-feira (5), em coletiva para explicar o pedido de prisão.

"Neste dia, eles brigaram e ela foi para o quarto dançar, porque era a única fuga que ela tinha diante do machismo dele. Ele saiu, foi até a farmácia, comprou o remédio usando a receita em nome dela e chegou lá em cima, bebeu, misturou", diz o promotor.

O promotor descreve como foi a cena, no entendimento do MP, após ouvir testemunhas e a própria Sáttia. "Quando ele chega para a polícia, disse ‘ela usava ansiolítico, desceu para comprar. Vá na farmácia e lá você vai encontrar uma receita assinada por ela’. Ele engendrou todo o crime e quase conseguiu. Ela estava dançando no quarto, ele joga ela na cama e tenta esganá-la. O sangue encontrado na cama é dela. Ela consegue se desvencilhar e se levanta. Ela havia encostado a cama na janela para ter espaço para dançar. Ela sobe na cama e ele a empurra da janela e ela cai, mas se segura. Ele, ao invés de pegá-la pelos pulsos, numa atitude de quem quer salvar, começa a abrir a mão dela, até ela cair”, acrescenta.

A ideia que o acusado queria passar, segundo Gallo, era que Sattia era desequilibrada, que tentou suicídio após misturar ansiolítico com bebida. Por isso, ele foi comprar o medicamento com a receita assinada por ela. "No apartamento deles havia muita bebida, tudo dele", acrescenta, dizendo que a médica não bebe e leva um estilo de vida saudável.

O crime foi motivado porque Sáttia iria terminar o relacionamento, diz o promotor. “Porque digo que era premeditado: porque já era certa dela se separar dele, e ele não se conformava com isso, aquela coisa do macho alfa, ‘se não ficar comigo, não vai ficar com ninguém’. E como é inteligente, ele armou tudinho. O engendramento do crime é coisa de filme", afirma Gallo.

De acordo com a Sesab, mais de 400 mil baianos não compareceram aos postos de vacinação para receber a segunda dose contra a Covid-19 dentro do prazo, o que tem comprometido a imunização no estado.

A secretaria destaca que 319 mil doses da marca AstraZeneca e 86 mil da Coronavac estão disponíveis aguardando que as pessoas que já receberam a primeira dose retornem aos locais de vacinação.

Coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde do Estado, Vânia Vanden Broucke destaca a importância da 2ª aplicação. “É fundamental que as pessoas recebam a segunda dose no prazo por causa da eficácia. A resposta da imunização é melhor quando a gente tem a conclusão do esquema vacinal”.

A coordenadora destaca a importância do cumprimento dos prazos para a segunda dose. “As pessoas devem retornar aos postos de vacinação de acordo com os aprazamentos de cada uma das vacinas. Se a pessoa tomou a vacina Coronavac do Butantan, o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 28 dias. Em relação às vacinas AstraZeneca e Pfizer, o intervalo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 84 dias, ou seja, 12 semanas”, afirma.

Ela enfatiza que a eficácia é maior com a segunda dose. “O tempo entre as doses é recomendado pelo Programa Nacional de Imunização. Somente assim a pessoa vai poder obter uma melhor resposta imune e aumentar a sua proteção contra a doença”.

A Secretaria da Saúde do Estado reforça a convocação e informa que as doses podem ser aplicadas inclusive em municípios diferentes daqueles onde a primeira foi aplicada.

“Se a pessoa se mudou, está em tratamento ou trabalhando em outra cidade, ela não vai precisar retornar ao município onde tomou a primeira dose para receber a segunda. Embora o ideal seja que cada pessoa receba a segunda dose no mesmo município onde foi ministrada a primeira, havendo uma justificativa, a segunda dose pode e deve ser feita em qualquer um dos municípios. A gente reforçou isso com as prefeituras”, afirma Vanden Broucke.

A coordenadora ainda destaca que a Bahia tem suficientes para a aplicação da segunda dose. “As unidades foram entregues pelo Governo do Estado aos municípios de acordo com o número de primeiras doses enviadas anteriormente, e aguardam que a população compareça para completar o esquema de vacinação. Com o atraso na aplicação das segundas doses, nós orientamos que sejam utilizadas sempre as unidades mais próximas do prazo de vencimento, fazendo a permuta dos lotes, bastando-se respeitar aí a reserva dos lotes para as segundas doses de acordo com as primeiras aplicadas”.

Vânia ainda ressalta a importância de que os municípios mantenham atualizado o sistema, informando quantas doses foram aplicadas. “É muito importante que os municípios façam os registros das aplicações em tempo oportuno, no mesmo dia, porque muitas vezes as pessoas já foram imunizadas com a segunda dose, mas no sistema a gente ainda não identifica essa aplicação. Então a gente acaba contabilizando como atraso doses que já foram aplicadas”.