O Jornal da Cidade
Matrícula na rede estadual de ensino começa na próxima segunda (24)
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) realiza, entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro, a matrícula para a rede estadual de ensino. A confirmação da matrícula acontecerá mediante a entrega da documentação solicitada: via original e cópia legível do Cadastro de Pessoal Física (CPF); via original e cópia da carteira de vacinação devidamente atualizada; via original do histórico escolar; via original e cópia legível da carteira de identidade (RG) ou Certidão de Registro Civil; via original e cópia legível do comprovante de residência (água, luz, telefone fixo ou móvel, gás encanado, Internet, contrato de aluguel, IPTU, cartão de crédito ou TV por assinatura); cópia legível do RG da própria mãe do estudante e ou do responsável legal; e cópia legível do CPF da própria mãe do estudante e ou do responsável legal.
O primeiro dia será destinado para Pessoas com Deficiência (PcD), que podem realizar via internet pelo Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br), ou em qualquer unidade escolar da rede estadual. No dia 25 de janeiro, o estudante que pretende se transferir para outra unidade escolar da rede estadual, quando for do seu próprio interesse ou em razão de ausência da série na unidade escolar a qual concluiu o ano letivo 2021, deverá solicitar a sua transferência diretamente na unidade escolar em que estava matriculado.
O calendário de matrícula segue nos dias 26 e 27 de janeiro para os concluintes do 5º ano ou 9º ano do Ensino Fundamental oriundos apenas da rede municipal de ensino. A matrícula poderá ser realizada pelo próprio estudante, caso seja maior de 16 anos de idade, ou pelo responsável legal, preferencialmente via internet no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br), ou em qualquer unidade escolar da rede estadual.
No dia 28 de janeiro, a matrícula será destinada para o ingresso do candidato em unidade escolar da rede estadual em qualquer ano ou série do Ensino Fundamental, sem distinção da rede de ensino de origem. Já no período de 31 de janeiro e 1º de fevereiro, poderá ser efetuada a matrícula do estudante que deseja ingressar em uma unidade escolar da rede estadual em qualquer ano ou série do Ensino Médio. Nestes três dias, a matrícula também poderá ser feita através da internet, pelo Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br), ou em qualquer unidade escolar da rede estadual.
Demanda reprimida faz passagem aérea ficar até 7 vezes mais cara
Seja a trabalho, férias ou para prestar um concurso público, a procura por passagens aéreas só fez crescer desde o final de 2021. Além de ser alta estação, o que já torna os preços mais caros, a demanda reprimida, daqueles que não viajaram no início da pandemia, fez disparar os valores cobrados pelas companhias. Viajar de Salvador para São Paulo, por exemplo, chega a custar R$ 5.656,45, pela Azul, neste final de semana, com ida na sexta (21) e volta no dia 23. Segundo agentes de viagem, esse trecho costumava ser entre R$ 600 e R$ 700. Ou seja, ele está até sete vezes mais caro que o normal.
Já para o Rio de janeiro, pela GOL, é preciso pagar R$ 4.469,06 pela viagem. Se o destino for Fortaleza, no Ceará, o valor é de, pelo menos, R$ 1.385. Em horário mais cômodo, ele chega a R$ 4.995,59. Para quem for a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a passagem mais barata sai por R$ 2.027, mas pode chegar ao preço de uma viagem internacional: R$ 18.645 - a ida, com duas escalas, em São Paulo e Brasília, e a volta, por voo direto, pelo site 123 Milhas.
Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abac-BA), Maria Ângela Carvalho, a malha aérea do Brasil ainda não voltou na mesma intensidade que deveria. "Estamos numa alta temporada, com uma demanda muito alta de passageiros e uma oferta baixa de voos. Isso faz puxar o preço para cima. Foram tirados muitos voos e, a partir de novembro, alguns retornaram, mas não de acordo com a demanda”, analisa Ângela.
Ela estima que o aumento dos valores das passagens tenha sido entre 30 e 40%, o mesmo apontado pela sócia-diretora comercial da Happy Tour, Suzana Mamede, e um dos donos da Alcance Viagens, Luiz Carlos Silva César. “O preço da passagem depende muito, mas aumentou em torno de 30 a 40%. Depois da alta estação, acreditamos que eles vão se estabilizar, mas a demanda é muito alta. As pessoas estão viajando muito e a oferta de voos não condiz. É a lei de mercado, de oferta e procura”, esclarece a vice-presidente da Abav.
Câmbio influencia
Suzana Mamede, da Happy Tour, acredita que outros fatores tenham influenciado esse aumento, como a desvalorização do real em relação ao dólar e euro. “Estamos sendo impactados por todos os lados, pelo aumento de câmbio e a procura por viagens internacionais. Por isso, as companhias aéreas sobem o preço. Porém, vemos que nosso público está com muita vontade de viajar e voltar à vida normal. Isso está balanceando nosso negócio”, conta Suzana.
Ela, que guiava uma excursão de 160 pessoas em Dubai, cita o episódio em que as passagens para São Paulo mais que triplicaram. “Nosso voo saiu de São Paulo, mas tínhamos que comprar o trecho doméstico, saindo de Salvador. Os preços foram lá para cima, por conta da especulação feita pelas companhias, trazendo mais sofrimento para o consumidor”, conta. De U$ 150 a 200, em dias normais, os clientes tiveram que pagar U$ 500 pelo trecho.
Combustível é fator de aumento de preço
Em relação à política tarifária, a Azul informou, por meio de nota, que os preços praticados variam de acordo com os seguintes fatores: trecho, sazonalidade, compra antecipada, disponibilidade de assentos, entre outros. A empresa também ressaltou que a alta do dólar e do combustível são elementos que influenciam nos valores das passagens. Nos últimos 12 meses, a moeda americana aumentou 7%. Já a gasolina e o diesel subiram quase 80%, no mesmo período.
Já a Latam argumentou que trabalha com o sistema de precificação dinâmica, assim como todo o setor aéreo. Segundo a empresa, diversos fatores são levados em consideração, “para oferecer a cada cliente o produto mais adequado, de acordo com a demanda de cada perfil de passageiro”. Assim como a Azul, a Latam disse que os preços das passagens variam de acordo com a compra antecipada, preço do combustível, sazonalidade, origem e destino do voo.
“O preço do combustível é um indicador importante na composição do preço da passagem, sendo que 65% dos custos da empresa são dolarizados e o combustível da aviação representa em torno de 35% das despesas. Esses indicadores, quando sofrem aumento, têm impacto direto na composição de custos das passagens aéreas”, esclarece a Latam. Ela ainda cita relatório da Anac, em que aponta que a companhia teve as tarifas médias mais baixas no 2ºe 3º trimestre de 2021.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ressalta que a precificação dos bilhetes aéreos é feita pelas companhias, tendo em vista o regime de liberdade tarifária no setor, instituído pelo governo federal em 2001 e ratificado pela Lei n° 11.182/2005.
Cabe à Agência realizar o acompanhamento permanente das tarifas comercializadas – correspondentes aos bilhetes de passagem efetivamente vendidos ao público em geral – pelas empresas em todas as linhas aéreas domésticas de passageiros. Esse levantamento pode ser consultado por meio da ferramenta Consulta Interativa, disponível no site da Anac.
Voos cancelados
Pelo menos 37 voos foram cancelados, nesta segunda-feira (17), partindo ou chegando de alguma cidade da Bahia. Desses, 34 foram da Latam, para/de Salvador e Porto Seguro. Segundo a companhia, os cancelamentos vão até próximo domingo (23). Os outros três são da empresa Abaeté, com destino a Morro de São Paulo e Barra Grande. A Azul não informou a quantidade de voos cancelados. Pelo site do Salvador Aeroporto, a partir de 12h, não foi possível encontrar cancelamentos da companhia, nem da GOL, para as próximas 24h. O principal motivo é a falta de tripulantes devido aos casos de covid-19 confirmados ou em suspeita.
O geógrafo Marcel D’Alexandria, 33, já teve o voo de fevereiro, da Azul, cancelado. Ele irá ao Mato Grosso fazer uma prova para concurso público. Ele conseguiu remarcar a passagem, mas fará 16 horas de conexão e pagará um hotel para se hospedar. O advogado Léo Vitor de Abreu, 28, também foi fazer concurso, só que em Goiânia. Ele voltaria na madrugada, mas, teve que antecipar o voo e perdeu um dia de turismo na cidade. “Tinha me programado para isso”, conta.
No caso do policial militar Walter Alves Quinta Júnior, 38, o voo de volta para Goiânia foi cancelado na hora em que ele embarcava para Salvador. "A frustração já começou lá", confessa. Ele veio com a família para comemorar os 73 anos da mãe. Por estar com duas idosas e uma criança de 11 anos, ele optou por voo direto, mas, com a remarcação, só tinha uma opção, fazendo escala em Viracopos, Campinas. Antes, a volta seria na madrugada. "O que era um voo direto virou praticamente 24h. O problema maior é ficar o tempo todo no aeroporto com duas idosas e uma criança", lamenta. Por conta disso, Júnior teve que gastar mais uma diária em hotel. A companhia aérea Azul ainda não tinha fornecido o voucher.
Um dos donos da Alcance Viagens, Luiz Carlos Silva César, diz que os cancelamentos influenciaram no aumento das passagens. “Para as pessoas que tiveram os voos cancelados, a passagem não ficou mais cara, mas, para os novos passageiros, sim, porque os lugares já estão ocupados”, afirma. Ele ainda cita aumento do custo operacional, por conta dos protocolos sanitários da covid-19 e combustível como um dos fatores de encarecimento.
Como comprar passagem barata
A consultora de vendas do Grupo Salvatur Turismo, Doran Moura, dá algumas dicas para quem quer comprar passagens mais baratas. Segunda ela, é preciso evitar passagens com ida às sextas-feiras e retorno aos domingos. “O final de semana sempre é mais caro. Dê preferência a voar numa terça ou quarta. Isso evita também transtornos no aeroporto, filas e problemas de viagem”, explica.
O que mais influencia é a antecedência. “Nunca se deve adquirir passagem 10 dias antes, salvo se for extremamente urgente. O mínimo que se deve buscar fazer são 30 dias antes. Se for em período de férias, como julho, janeiro, é preciso pesquisar dois a três meses antes da data”, orienta. Ela ainda diz que as companhias permitem parcelamento de até 10 vezes, o que facilita a compra. Além disso, a preferência da consulta deve ser pelo site da própria companhia aérea ou de agências de viagem com selo de confiança da Abav.
A consultora de vendas do Grupo Salvatur Turismo, Doran Moura, que tem mais de 30 anos na área, acredita que esse aumento nos valores das passagens já vem acontecendo há algum tempo. Quem compra em cima da hora paga mais caro. “A antecedência vale mais do que a época em que você compra, porque as companhias aéreas colocam tarifas baseadas na ocupação do voo. Quanto mais perto da data, mais caro vai ficar”, afirma.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que vem monitorando as medidas operacionais adotadas pelas companhias aéreas para minimizar os impactos causados pelos atrasos e cancelamentos de voos, bem como o cumprimento da prestação de assistência aos passageiros, determinadas pela Resolução 400/2016.
Essa resolução estabelece as seguintes regras: manter o passageiro informado a cada 30 minutos quanto à previsão de partida dos voos atrasados; informar imediatamente a ocorrência do atraso, do cancelamento e da interrupção do serviço; oferecer, gratuitamente, de acordo com o tempo de espera, assistência material; e oferecer reacomodação e reembolso integral, cabendo a escolha ao passageiro, quando houver atraso de voo superior a 4 horas ou quando houver cancelamento.
Preços das passagens
123 Milhas
Salvador - São Paulo: R$676 a R$2.515
Salvador - Rio de Janeiro: R$950 a R$2.344
Salvador - Fortaleza: R$1.385 a R$2.019
Salvador - Porto Alegre: R$ 2.027 a R$18.645
Azul
Salvador - São Paulo: R$2.263,67 a R$ 5.656,45
Salvador - Rio de Janeiro: R$2.133,35 a R$3.882,45
Salvador - Fortaleza: R$2.424,49 a R$4.995,59
Salvador - Porto Alegre: R$ 3.658,2 a R$ 5.077,3
GOL
Salvador - São Paulo: R$ 1.281,87 a R$ 3.857
Salvador - Rio de Janeiro: R$ 1.368,2 a R$ 4.469,06
Salvador - Fortaleza: R$2.642,69 a R$ 4.472,89
Salvador - Porto Alegre: R$2.227,45 a R$ 3.738,4
Latam
Salvador - São Paulo: de R$ 2.059,41 a R$ 4.469,6
Salvador - Rio de Janeiro: de R$2.561,41 a R$ 3.688,03
Salvador - Fortaleza: de R$ 1.486,69 a R$ 2.979,79
Salvador - Porto Alegre: de R$ 2.956,4 a R$ 3.751,56
Salvador é a cidade que mais arrecada com IPTU no Nordeste, mostra estudo
O levantamento realizado pelo anuário Multi Cidades - Finanças dos Municípios do Brasil, iniciativa da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) com patrocínio da Huawei e da Tecno It, avaliou a arrecadação anual do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) em 24 municípios do Nordeste em 2020.
Em valores absolutos, Salvador ficou no topo do ranking das cidades avaliadas que mais arrecadaram em toda a região Nordeste: R$ 800,5 milhões. A capital baiana conseguiu R$ 41,5 milhões a mais em sua arrecadação, comparado à 2019, o maior incremento entre as cidades nordestinas, de 5,5%.
Quem mais arrecada IPTU no Nordeste? - Frente Nacional de Prefeitos
Mesmo num cenário de queda no país, outras cidades do nordeste conseguiram ampliar a receita. Caso como o de João Pessoa (PB), que registrou alta de 24,7%, se comparado ao total em 2019. A capital recolheu R$ 102,4 milhões em 2020, enquanto que no ano anterior foram R$ 82,1 milhões. Todos os valores foram corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.
Outro destaque ficou com São Luís (MA), com acréscimo de 13,7%, totalizando R$ 130,5 milhões em 2020. Aracaju (SE) também está entre as capitais que cresceram na arrecadação, com 4,6%.
A queda mais acentuada, percentualmente, nas arrecadações do IPTU foi a de Nossa Senhora do Socorro (SE), município com população de 185.706 habitantes e R$ 4,3 milhões arrecadados em 2020. Por lá, foram 39,7% a menos na receita do tributo que em 2019, quando registrou R$ 7,1 milhões.
Cidades brasileiras de porte médio foram as mais afetadas pela retração do IPTU em 2020
Pela primeira vez desde 2002, quando teve início a série de dados compilada pelo anuário Multi Cidades - Finanças dos Municípios do Brasil, a arrecadação anual do IPTU dos municípios sofreu recuo. Com queda de 2,5%, o recolhimento do tributo em 2020 totalizou R$ 50,23 bilhões, ou seja, uma perda de R$ 1,29 bilhão na comparação com o exercício anterior, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) médio do período.
Tânia Villela, economista e editora do anuário, explica que um dos fatores que contribuíram para esse revés foi o aumento da inadimplência com a pandemia da Covid-19. "Além dos milhares casos de óbitos e de saúde pública, a pandemia exerceu forte impacto na atividade econômica", disse ela, concluindo que, diante da queda do nível de rendimento da população e da pressão exercida pelo desemprego, muitas famílias deixaram de pagar o IPTU em 2020.
À exceção do Sul, todas as demais regiões do país registraram decréscimos nesse indicador. Puxados pelo bom desempenho registrado em Porto Alegre-RS (10,5%), Ponta Grossa-PR (10,1%), Londrina-PR (4,3%) e Florianópolis-SC (3,4%), os municípios sulistas assinalaram alta de 1,3% na média. As demais regiões amargaram quedas, sendo a mais intensa observada no Sudeste, de 3,3%, que concentra quase dois terços da arrecadação do tributo no país. No Centro-Oeste, Norte e no Nordeste, as taxas foram de -2,8%, -2,6 e -2,1%, respectivamente.
A baixa na arrecadação do IPTU foi sentida com mais intensidade nas cidades de médio e grande porte populacional, com taxas mais acentuadas naqueles cuja população vai de 200 mil a 500 mil habitantes (-5,2%). Nos municípios com os menores portes populacionais o desempenho foi quase que estável, com declínio de 0,3% naqueles com até 20 mil habitantes e de 0,5% nos que têm entre 20 mil e 50 mil residentes.
Desempenho primeiro semestre de 2021
A receita de IPTU apresentou recuperação durante o primeiro semestre de 2021. A arrecadação foi 7% maior que a do mesmo semestre do ano anterior, com valores já corrigidos pelo IPCA. Em comparação a 2019, período pré-pandemia, o resultado também foi satisfatório, apesar de mais brando, com expansão de 4,1%.
"A principal razão desse crescimento foram os novos programas de antecipação do pagamento do tributo mediante descontos, que incentivaram o contribuinte a quitar suas dívidas e, por consequência, frearam o aumento da inadimplência. Além disso, a própria retomada da economia no primeiro semestre de 2021, ainda que branda, também contribuiu", analisa a economista Tânia.
Os efeitos podem ser notados em todas as regiões e faixas populacionais. Entre as regiões, destacam-se a maior taxa de crescimento dos municípios do Nordeste (16,8%), seguido do Sudeste (15,5%) e do Norte (15,3%), e a menor, no Sul (4,1%). No Centro-Oeste foi de 12,4%, comprado o primeiro semestre de 2021 com o de 2020.
Brasileiro bebeu mais, ganhou peso e fez menos exercício físico na pandemia
Os efeitos da pandemia na saúde dos brasileiros foi arrasador, mesmo entre aqueles que não contraíram a covid-19. Durante o ano de 2020, quando o Brasil passou mais tempo em isolamento social para frear o avanço do coronavírus, houve aumento no consumo abusivo de bebidas alcoólicas e no sedentarismo entre a população brasileira, o que desencadeou a elevação da taxa de pessoas com doenças crônicas, como a obesidade. Isso é que mostra a pesquisa Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel, realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS).
Em 2019, a obesidade atingia 20,3% dos adultos nas capitais do País, mas, em 2020, a doença passou a afetar 21,5% deste grupo, com maior prevalência nos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Manaus (24,9%), Cuiabá (24,0%) e Rio (23,8%) lideram o ranking de maior incidência da obesidade. Até 2011, nenhuma capital havia ultrapassado 20%.
O índice nacional chega a quase o dobro do que foi registrado 14 anos antes, em 2006, quando só 11,8% da população era portadora desse tipo de comorbidade.
O ano marca a primeira vez que foi feito o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) pelo Ministério da Saúde, de onde os dados do IEPS foram extraídos. Foram entrevistadas 27 077 pessoas nesta edição do estudo.
Alerta
Especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmam que a alteração no estilo de vida dos brasileiros, provocada pela pandemia, foi determinante para o surgimento - e até agravamento - de hábitos prejudiciais à saúde, assim como transtornos psíquicos que desencadeiam outras doenças.
A vestibulanda de Artes Visuais Isabella Stael, de 19 anos, atribui o aumento do consumo de bebidas alcoólicas na pandemia ao que chama de "desgaste psicológico". Ela afirma que o álcool é usado como refúgio para relaxar e se divertir em meio ao estresse causado pela covid e pelos estudos, sem que haja, necessariamente, uma ocasião especial.
"Em grande parte, o consumo de álcool que faço está ligado a aliviar a pressão e não precisar pensar no futuro", afirma ela. "Também está relacionado a dias em que estou muito cansada, ou em outros em que o esgotamento mental é tão grande que fico frustrada por não conseguir estudar direito e chego ao final do dia querendo beber", acrescenta a jovem.
O psiquiatra Guido Palomba, da Associação Paulista de Medicina, vê relação direta entre a pandemia e a alta da taxa de doenças crônicas. Para ele, isso ocorre porque as pessoas precisam restringir a locomoção e lidar com a superexposição a notícias negativas, o que desencadeia transtornos psiquiátricos que colaboram para surgirem comorbidades.
A demanda excessiva de trabalho criada pelo home office também é apontada por Palomba como fator inerente ao "novo normal", que estimula hábitos pouco saudáveis. "Alimentação e álcool são formas de gratificação em momentos ruins. Consequentemente, há aumento de obesidade, diabete e problemas cardíacos", afirma.
Diagnóstico
Beatriz Rache, mestre em Economia pela Universidade Columbia (EUA) e autora da pesquisa do IEPS, destaca o aumento dos fatores de risco à saúde, como o consumo de ultraprocessados (biscoitos, chocolate, salsicha, margarina, entre outros), em praticamente todos os segmentos da pesquisa. Só o tabagismo se manteve estável em 2020 ante 2019. Em contrapartida, o consumo abusivo de álcool partiu de 18,8% para 20,4%, mesmo cenário observado em relação ao sedentarismo (de 13,9% para 14,9%).
"A gente vê, entre 2019 e 2020, piora de todos os indicadores de riscos comportamentais e, por isso, é possível associar ao aumento da obesidade. Apesar de a Vigitel não permitir fazer essa correlação, os dados mostram que a pandemia parece estar associada aos resultados de 2020, ano tanto de estresse econômico quanto sanitário", afirma Beatriz.
Presidente da Associação Médica Brasileira, César Fernandes destaca a importância de grandes campanhas de conscientização sobre riscos da alimentação inadequada e da falta de atividade física. "Muitas famílias mudaram hábitos alimentares para pior, com o teor de gordura e caloria aumentado. As pessoas começaram a se servir por meio de delivery. Não bastasse isso, se privaram de atividades físicas habituais, como pequenas caminhadas no cotidiano", acrescenta.
Covid-19: ocupação de leitos de UTI pediátrica chega a 93% na Bahia
Dos 29 leitos de UTI pediátricos disponíveis na Bahia, 27 estão ocupados, um percentual de 93% dos leitos do estado, segundo dados da Secretaria de Saúde (Sesab). O Boletim Epidemiológico do último domingo (16), confirmou o total de 103 crianças entre 0 e 11 anos contaminadas com covid-19, das quais 46 são do sexo feminino e 57 são do sexo masculino. O levantamento da Sesab também indica que a letalidade da covid-19 é maior nas crianças mais novas. Enquanto a taxa é de 0.08% em crianças entre 5 e 9 anos que foram infectadas, o número chega a 0,13% na faixa etária de 1 a 4 anos. Para os bebês que ainda não completaram 1 ano de vida, a taxa de letalidade sobe para 0,46%.
A Bahia é o segundo estado do Brasil com mais mortes de crianças entre 5 e 11 anos por covid-19 desde o início da pandemia, só perdendo para São Paulo, que registrou 22,8% dos 324 óbitos já ocorridos no país nessa faixa etária por conta do coronavírus. Aqui, foram 30 mortes registradas (9,8%), segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). As pessoas dessa faixa etária, que até então estavam sem a proteção da vacina, começaram a receber o imunizante no último sábado (15), em Salvador. Por enquanto, apenas as crianças de 11 anos sem comorbidade estão sendo imunizadas, mas a Secretária Municipal de Saúde (SMS) pretende atingir a idade de até 5 anos.
A reportagem entrou em contato com a Sesab para saber se há previsão de abertura de novos leitos de UTI pediátricos, mas até o momento não foi respondida pela secretaria.
Já a enfermaria pediátrica registrou 72% de ocupação, com 43 das 60 vagas oferecidas estando preenchidas até o último domingo (16), de acordo com os números apresentados pela Sesab, como é o caso de Artur Santos Conceição, de 13 anos, que se infectou com covid-19 no começo do ano passado, quando ainda tinha 12 anos e a vacinação de crianças ainda não havia atingido essa faixa etária. Sua mãe, Adailza Santos, de 44 anos, conta que Artur contraiu o vírus dela, que trabalha na área da saúde e testou positivo antes dele. Assim que descobriu sua infecção, Adailza levou Artur para realizar um teste, mas como a criança não estava apresentando sintomas, não pôde ser testada. Mas três dias após o fim do seu isolamento, seu filho começou a apresentar sintomas de febre, cansaço, perda de olfato e dores no corpo e ela o levou novamente para a emergência.
“Logo de cara o médico não quis realizar os exames e me indicou voltar pra casa e só retornar se os sintomas do meu filho piorassem. Foi exatamente o que aconteceu. Apesar de ser criança, ele teve os sintomas bem mais fortes que os meus. Quando fui de novo ao médico, se sentindo pior, precisou fazer um raio x, quando o resultado saiu, ele já estava com 25% do pulmão comprometido, mas graças a Deus não precisou internar, ele ficou apenas em observação por algumas horas e o médico receitou um antibiótico por 5 dias para reduzir a inflamação. Foi daí que ele começou a melhorar”, lembra Adailza.
Apesar da recuperação, Artur ficou com sequelas da covid, até hoje ele não tem 100% do olfato e ainda não havia sido vacinado contra o vírus. “Quando ele se infectou, nós ainda não sabíamos como lidar. Eu achei até que por ele ser criança não pegaria ou teria sintomas bem leves, até porque era o que se especulava na época. Não fiquei tão preocupada no começo da infecção, mas mesmo assim eu tomei o cuidado de ficar de máscara em casa, passei 18 dias isolada dele no quarto, mas infelizmente não adiantou, meu filho se infectou do mesmo jeito e ficou bem mal. Foi uma tristeza para mim saber que eu o infectei”, completa Adailza.
Para ela, a possibilidade de vacinar seu filho foi motivo de alegria, assim que a idade dele passou a ser atendida, ela o levou a um ponto de vacinação. Já vacinado, Artur conta que não gosta de agulhas, mas foi tomar a vacina e ficou feliz de não ter sentido nada. “Eu senti muita dor de cabeça, nas minhas pernas, perdi o meu cheiro e até hoje ele não está tão bom. Na hora de tomar a vacina eu fiquei com medo, mas minha mãe disse que não precisava e eu fui, tomei e fiquei feliz porque não doeu e eu não vou mais ficar doente”, conta Artur, sobre a experiência de ter recebido a vacina da Pfizer.
Vacinar as crianças se tornou uma prioridade
Até por volta do fim do ano passado, a preocupação em relação a infecção das crianças era menor, acreditava-se que a infecção dificilmente causaria mais que sintomas leves e agora isso está mudando, o número de crianças infectadas pela covid-19 têm chamado atenção para a importância da vacinação infantil.
A infectologista Clarissa Cerqueira, explica que o aumento do número de crianças infectadas com o vírus da Sars-cov-2 acontece, porque a vacinação começou em ordem decrescente de idade, primeiro foram os idosos e as crianças ficaram por último, por isso, agora se observa uma maior prevalência da positividade infantil em relação ao início da imunização no país.
“Os idosos e os adultos estão vacinados, mas as crianças não. Apesar de serem menos suscetíveis ao agravamento de sintomas, elas podem se infectar e são possíveis transmissores. Elas estão se contaminando mais porque o número de pessoas não vacinadas está mais restrito, dessa forma o vírus tende a circular entre os grupos que ainda não estão vacinadas, que infelizmente são elas agora”, explica a infectologista.
Laisa Pita, de 8 anos, foi outra criança que testou positivo para a Covid-19 no ano passado e apresentou sintomas como febre, dor de cabeça e cansaço. Sua mãe, Laís Pita, de 35 anos, percebeu que a filha poderia estar com a doença depois que ela começou a ter febre alta, logo após o pai da criança também ter sido infectado. “O pai dela pegou, depois ela pegou e por último eu. Ficamos todos preocupados com a saúde dela. Uma criança com sintomas não era pra ser comum”, destaca Laís. Laisa ainda não pôde ser vacinada por causa da sua idade. Entretanto, o lote de vacinas destinadas à imunização de crianças entre 5 e 11 anos chegou a Salvador na última sexta-feira (14) e foi dado início a vacinação do público infantil de 11 anos no último sábado (15). Segundo a Secretária Municipal de Saúde (SMS) a campanha de imunização será decrescente.
Não vacinar as crianças pode significar a perpetuação da circulação do vírus por mais tempo, assim como as chances de elas serem acometidas com doenças graves. Para Clarissa, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica é a principal forma grave de doença que pode atingir as crianças infectadas pela Covid-19. Essa é uma doença inflamatória rara, com amplo espectro de sinais e sintomas, que afeta os vasos sanguíneos (veias e artérias) de crianças e adolescentes. Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, a doença se manifesta entre 0 e 19 anos e está associada à infecção aguda pelo vírus. “São casos raros, mas que podem acontecer com as crianças e a melhor forma de evitar é a não infecção”, diz Clarissa.
Mas o que fazer para manter as crianças seguras em um cenário como esse durante a volta às aulas? A infectologista esclarece que é possível haver uma volta segura à sala de aula desde que as crianças sejam bem orientadas pelos pais e que o ambiente escolar esteja adaptadas às medidas de higienização e distanciamento na maior extensão possível de tempo de permanência das crianças no local, e mais importante do que tudo isso é garantir que elas estejam vacinadas.
Onde vacinar as crianças
Salvador começou a imunizar crianças de 11 anos no último sábado (15), e cerca de 2 mil delas foram vacinadas no primeiro dia de campanha. Segundo o secretário de saúde do município, Leo Prates, 12 mil doses foram distribuídas nos pontos de vacinação da cidade. “Esperávamos uma maior procura. Isso, claro, não anula a grande felicidade pela conquista das famílias em conseguirem proteger suas crianças e, a partir de agora, poderão retomar gradualmente suas atividades rotineiras e convívio social de forma mais segura. Além disso, possibilita também avançarmos na cobertura vacinal como um todo”, apontou Prates.
No domingo (16), a vacinação contra a covid-19 foi suspensa para todos os públicos e retorna nesta segunda-feira (17), com a aplicação da primeira dose para a idade de 12 anos com e sem comorbidade. Confira os locais de vacinação abaixo:
Drive-thrus: Shopping Bela Vista (9h às 16h), Vila Militar (Dendezeiros), Atakadão Atakarejo (Fazenda Coutos) e Unijorge (Paralela).
Pontos fixos: Estação da Lapa, Estação Mussurunga, USF Resgate, USF Antônio Ribeiro Neiva (Arraial do Retiro), USF Eduardo Mamede (Mussurunga), USF Jardim das Margaridas, UBS São Cristóvão, USF Cajazeiras X, USF Joanes Leste, USF Tubarão, USF Alto de Coutos II, USF Vista Alegre, USF Plataforma, USF Teotônio Vilela II, USF Menino Joel (Nordeste de Amaralina), USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), USF João Roma Filho (Jardim Nova Esperança), UBS Ramiro de Azevedo (Campo da Pólvora), USF San Martin I, USF San Martin III, USF Parque de Pituaçu e USF Boa Vista de São Caetano.
Ano novo com novas vagas: concursos têm mais de 5 mil vagas na área de saúde
A aprovação da Lei Orçamentária (PLOA) 2022 ampliou a possibilidade de realização de concursos públicos em 2022. Entre os mais aguardados estão as carreiras policiais, mas não se pode descartar as boas perspectivas das áreas de saúde, judiciária, fiscais, militar e políticas, totalizando 33.208 vagas previstas para o serviço público, sendo 4.263 delas a partir da criação de novos concursos e 28.945 para o provimento.
De acordo com o advogado e preparador de concursos André Malheiros, na Bahia, uma das maiores expectativas é a realização do concurso para a Polícia Civil que deve disponibilizar cerca de mil vagas. “Ano passado, tiveram os processos de seleção da PF e PRF e agora é a vez da Polícia Civil, com possibilidades em quase todos os estados brasileiros”, diz.
Outra área próxima à policial que promete boas oportunidades é a militar. Como o Exército, Marinha e Aeronáutica são obrigados a realizar concurso anualmente, as esperanças se voltam para os concursos da Escola de Sargentos das Armas(ESA), com inscrições abertas entre a segunda quinzena de abril e a primeira quinzena de maio. A ESA costuma oferecer uma média de 1.000 vagas por ano.
Nas carreiras fiscais, o concurso para a Receita Federal é o mais esperado, afinal são mais de 22 mil vagas que precisam ser preenchidas segundo o próprio órgão, mas ainda tem o IBGE, INSS e o Tribunais de Justiça e os Eleitorais.
Receita vencedora
Se a sua meta é mudar de vida e proporcionar uma mudança de vida para a família através do serviço público, convém não perder tempo e focar nos estudos com muita disciplina. Para André Malheiros, inclusive, essa é a receita para a alcançar a meta de ingressar numa carreira pública. “Quem almeja o serviço público precisar ter a proposta e o compromisso pessoal de estudar com seriedade e disciplina, cumprindo o que foi combinado consigo mesmo no quesito planejamento e preparo. Esse preparo mental favorecerá inclusive a confiança pessoal para ir além”, defende.
O professor Leandro Gesteira lembra que a preparação de concurso é mais parecida com uma maratona e não com uma corrida de curta distância. “Há sempre alguns que, em razão de alguma bagagem anteriormente adquirida com os estudos, conseguem uma aprovação mais rápida, mas não é a regra. Assim, o ideal é começar a preparação pensando em algo mais médio prazo, ou seja, começar agora pensando em começar a obter resultados no segundo semestre de 2022”, orienta.
Leandro Gesteira lembra a importância de compreender que o processo de aprovação não é imediato e que isso não pode desanimar o candidato (Foto: Arquivo pessoal)
Malheiros acredita que embora o desejo de todos seja passar rápido, será justamente a disciplina que conseguirá garantir uma aprovação mais imediata. “Se o candidato mantiver esse compromisso com os estudos, separando o que tem, muita importância daquilo que não tem tanta relevância, é possível que um prazo de seis meses a um ano, ele consiga alcançar resultados muito bons”, esclarece.
Gesteira salienta que a despeito das muitas mudanças nas formas de realizar o preparo para concursos, o que nunca deixa de ter relevância para os concursos públicos é a temática. “Quando o candidato estiver lendo algo, sempre que o assunto tocar em uma competência ou atribuição do cargo que ele pretende prestar concurso, a atenção deve ser quadriplicada, pois as bancas continuam com a formula de cobrar aquilo que o candidato vai encontrar no dia a dia da profissão”, explica.
Outra dica vem do professor André Malheiros, que lembra que desde o início da pandemia, as questões de informática ganharam mais relevância, além das provas de Português. “Muitos acreditam que sabem e ficam displicentes nos estudos e terminam pecando onde, em tese, deveriam se sair bem”, finaliza.
Vagas baianas
Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde
4.652 vagas e formação de cadastro reserva para municípios de todos os estados do Brasil.
A banca organizadora responsável pelo certame é o IBFC – Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação.
Essa seleção será válida por um ano, a contar da data de sua homologação, com possibilidade de uma prorrogação por igual período.
As inscrições para o processo seletivo ADAPS serão realizadas entre as 10h do dia 10 de janeiro e às 23h do dia 06 de fevereiro de 2022, somente via internet, pelo no site do IBFC.
Tutor Médico
66 vagas para atuação em localidades remotas.
O salário é de R$ 12.600,00 + incentivo de integração ensino e serviço (até R$ 1.428,50) + incentivo de desempenho (R$ 1.400,00) + incentivo localidade remota (R$ 3.000,00) + auxílio-alimentação;
A jornada de trabalho para Tutor Médico é de 40 horas semanais
529 vagas para atuação em áreas urbanas e intermediárias.
O salário é de R$ 12.600,00 + incentivo de integração ensino e serviço (até R$ 1.428,50) + incentivo de desempenho (R$ 1.400,00) + auxílio-alimentação.
Para concorrer a essas vagas, é necessário possuir curso de graduação em Medicina, registro no respectivo conselho profissional e ter residência ou título de especialista em Medicina de Família e Comunidade ou Clínica Médica.
A jornada é de 40 horas semanais assistenciais + 20 horas formativas.
Sargentos do Comando da Aeronáutica
28 cidades de 17 estados mais Distrito Federal,
834 vagas para cargos de nível médio/técnico de escolaridade e referentes à prestação do serviço militar durante o ano de 2022.
Interessados na seleção Aeronáutica devem se inscrever pelo site da Força Aérea Brasileira (FAB) a partir das 10h do dia 03 de janeiro até o dia 04 de fevereiro de 2022.
Para se candidatar a uma das 834 vagas anunciadas para nível médio/técnico, são pré-requisitos gerais válidos para todos os candidatos: idade máxima de 40 anos e até 72 meses em qualquer espécie de serviço militar prestado nas Forças Armadas.
Marinha
Concurso Público de Admissão à Escola Naval
20 vagas, 8 delas para o sexo masculino e 12 para o sexo feminino.
Inscrições no período de 17 de janeiro a 13 de fevereiro de 2022
Podem ingressar nos cursos ministrados pela Escola Naval os portadores de certificado de ensino médio completo.
Para o sexo masculino, o edital reserva 6 vagas de ampla concorrência e 2 aos candidatos negros. No caso das candidatas do sexo feminino, são 10 vagas de ampla concorrência e 2 às candidatas negras.
Durante essa graduação, o Aspirante receberá a remuneração de R$ 1.574,12, sendo R$ 1.334,00 do soldo militar, R$ 173,42 do adicional militar e R$ 66,70 do adicional de compensação por disponibilidade militar. Além disso, os alunos terão direito a: alimentação, uniforme, vencimentos e assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa.
Dois meses depois de anúncio de leilão, plano para o Arquivo Público não foi definido
A falta de casa própria sempre ameaçou a integridade do acervo do Arquivo Público da Bahia (Apeb). Sem endereço fixo, as mudanças não tinham planejamento e, em cada uma delas, perdas ocorriam. Um dia depois do aniversário de 132 anos do Arquivo, comemorado no domingo (16), a história ainda se repete. Nada se sabe sobre o futuro dele. A possibilidade de o Solar da Quinta, onde hoje os acervos estão localizados, ser leiloado ainda existe e, mesmo após determinação judicial, não há um plano de preservação.
Foi na manhã do dia 7 de novembro do ano passado que o fantasma da falta de casa voltou a rondar o Apeb. A notícia perturbou o domingo de defensores do patrimônio histórico: o Solar da Quinta seria leiloado para quitar uma dívida da extinta Bahiatursa, transformada em Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia há sete anos. O anúncio da venda desencadeou uma avalanche de notas de repúdio, até que o leilão foi suspenso (Veja, no fim da reportagem, linha do tempo interativa da história do Apeb).
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) interveio com uma manifestação contrária à venda e o juiz George Alves de Assis, da 3ª Vara Cível de Salvador, acolheu a suspensão por, no mínimo, 60 dias. Na decisão, o juiz apontou que, sem um projeto de remoção do acervo, o leilão não aconteceria. Dois meses depois, tendo o prazo ultrapassado, o MP afirmou à reportagem que ainda aguarda o estado enviar o Plano de Salvaguarda e Remoção.
O diretor da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, diz que o governo da Bahia manterá uma "posição firme de que o acervo e o patrimônio devem continuar onde estão". Para isso, completa Araújo, "nós vamos adotar todas as medidas que forem necessárias no campo político, administrativo, jurídico, para que isso seja assegurado". Sobre o plano, em si, não explicou.
"Com isso, nós estamos assegurando a proteção do acervo documental, a proteção do edifício arquitetônico, e, consequentemente, a proteção do patrimônio cultural da Bahia. Nós não cogitamos abrir mão daquele edifício, como não cogitamos a remoção desse acervo", afirma o diretor da fundação responsável pela administração do Apeb.
Essa remoção de arquivo já ocorreu, pelo menos, seis vezes - a quantidade de vezes que o Arquivo Público mudou de sede. Primeiro, o Apeb foi acomodado na Academia de Belas Artes, depois improvisado no Palácio do Governo e mais adiante amontoado numa velha casa da Rua do Tesouro, no bairro do Comércio.
Ainda houve a transferência para o Palacete Tira-Chapéu, na Rua Chile, em seguida a mudança para o prédio onde hoje funciona a Delegacia de Defesa do Consumidor, até que o Apeb foi acomodado no atual endereço: o Solar da Quinta, datado do século XVI, que já serviu de abrigo para jesuítas - o Padre Antônio Vieira escreveu lá muitos dos seus sermões e cartas - e onde também funcionou um leprosário.
O Arquivo foi criado em 16 de janeiro de 1890, no governo de Manuel Victorino. A ideia de reunir o acervo histórico baiano num só lugar, na verdade, dividida opiniões - havia políticos que achavam desnecessário juntar em um só lugar o acervo, devido aos gastos. Venceram aqueles que defendiam a organização de um único arquivo.
A mudança para o Solar acontece em 1980. O imóvel é tombado desde 1949 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em todas as mudanças anteriores, perdas incalculáveis, e até desconhecidas, de acervo aconteceram. Aos 132 anos, o Arquivo e seus defensores se preparam para um novo tempo de incertezas.
Arquivo Público serve aos quatro continentes do mundo
O Apeb é a segunda maior instituição arquivística do país e está entre as maiores do mundo. São 40 milhões de documentos que abastecem os quatro continentes do planeta com manuscritos e impressos originais, produzidos, recebidos e acumulados quando a cidade de Salvador se distinguiu por ser a capital político-administrativa do Estado do Brasil, de 1549 a 1763. Se organizados de maneira linear no chão, os documentos formariam um caminho de sete quilômetros.
Desde 2006, o historiador e pesquisador freelancer (faz pesquisas por encomenda) Urano Andrade, 49 anos, circula da manhã ao fim do dia pelo Arquivo Público. Na pandemia, as visitas se tornaram menos frequentes, por imposição das circunstâncias. Se Urano precisasse calcular, perderia as contas de quantos personagens e histórias simbólicos, mas completamente desconhecidos, ele encontrou no arquivo. Um dos achados é a trajetória de um africano liberto que se tornou dono de uma padaria em plena Salvador Colonial.
Há também a história da senhora que vendeu a liberdade a uma escravizada, mas exigiu o bebê dela, ainda na barriga, em troca. Nos documentos do arquivo, Andrade revisita a perversidade do passado.
Hoje, o pesquisador trabalha na elaboração de três bancos de dados, todos para universidades dos EUA. Um, para Universidade de Princeton, sobre escravizados libertos que retornaram para o continente africano. Outro, para a Universidade Emory, de Atlanta, em que constarão as cartas de alforria guardadas pelo Apeb. O último, que trará os testamentos de africanos, para a Universidade de Nova York.
"O Arquivo Público é a história viva. Já trabalhei para América do Norte e Sul, Ásia, muitos países", conta Urano.
A briga judicial pelo prédio tinha começado um ano antes do início da jornada de Urano no Arquivo. Mas a disputa começou na década anterior. O Solar da Quinta do Tanque é, desde 1990, objeto de uma ação, movida pela TGD Arquitetos, contra a Bahiatursa. O escritório de arquitetura alega que não foi pago por serviços que prestados à estatal. Foi em 2005, no entanto, que a ação foi executada e a Bahiatursa ofereceu, para penhora, o Solar. Nos corredores e salões do Arquivo, os frequentadores pouco ou nada sabiam desses detalhes.
Durante a pandemia, as visitas precisam ser agendadas e, por dia, são permitidas dez delas, das 9h30 às 16h30. As preciosidades que podem ser visitadas incluem, detalha a Fundação Pedro Calmon, por exemplo, o livro 1º de Provisões Reais (1548), que descreve os objetos e materiais utilizados na construção da "Cidade de São Salvador", em 1549.
Há quatro arquivos do acervo considerados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como memórias do mundo. São eles o Tribunal da Relação do Estado do Brasil e da Bahia (1652-1822), Registros de Entrada de Passageiros no Porto de Salvador (1855-1964), Cartas Régias (1648-1821) e da Companhia Empório Industrial do Norte (1891-1973).
A lista de documentos valiosos, no entanto, vai além. Lá, estão os registros da criação da Faculdade de Medicina e da vinda da família real ao Brasil, em 1808, e o acervo sobre a Revolta dos Malês, por exemplo. O acervo do Arquivo, de tão variado, já transformou em pesquisadores até antigos funcionários.
Uma delas é Libânia Silva, 29. A historiadora trabalhou no Arquivo entre 2010 e 2019 e, no horário do almoço, passou a visitar os acervos da Conjuração Baiana. "Isso me ajudou bastante. Tive oportunidade de trabalhar com pessoas que estavam ali há 30 anos", diz.
Hoje, Libânia cursa mestrado em Letras, na Universidade Federal da Bahia (Ufba), na área de paleografia, estudo de manuscritos históricos que é essencial para compreensão dos documentos. Alguns destes que, no Apeb, já provocaram choros na pesquisadora: de tristeza - como quando encontrou o documento que solicitava a retirada de corpos esquartejados dos mártires da Conjuração Baiana - e de emoção - pelas "letras belíssimas, resquícios de ouro, laçadas impressionantes, tão artísticas".
Cinco morrem e mais de 70 são presos em operação da PM na Bahia
Cinco pessoas foram mortas e outras 77 foram presas na Operação Forta Total, da Polícia Militar, na quinta-feira (13). Todas as mortes aconteceram em Salvador e as prisões foram registradas em todo estado. A ação ainda apreendeu armas e drogas.
Três mortes aconteceram no bairro do IAPI. Policiais da Rondesp BTS faziam rondas na Rua Conde de Porto Alegre, na localidade da Divineia, quando foram recebidos a tiros, segundo a PM. Houve revide e os três suspeitos foram baleados. Socorridos ao Hospital Ernesto Simões, eles morreram.
Com o grupo, a PM aprendeu uma submetralhadora e duas pistolas de calibre nove milímetros. A ocorrência foi registrada na Corregedoria da PM.
Outro caso foi na localidade do Manguinhos, na Avenida Vasco da Gama, em Brotas. Uma equipe da Rondesp Atlântico fazia rondas quando homens armados começaram a atirar contra os policiais. Na troca de tiros que se seguiu, os suspeitos foram baleados e socorridos para o Hospital Ernesto Simões, onde morreram.
Com eles, a PM apreendeu uma pistola e um revólver calibre 38. Essa ocorrência também foi registrada na Corregedoria.
Dos presos, 60 foram em flagrantes e 17 por mandados de prisão. Também foram apreendidos 15 adolescentes. Ao todo, a Operação Força Total abordou mais de 63 mil pessoas e apreendeu 37 armas. Mais de 120 pessoas foram levadas às delegacias para prestar depoimento. A operação também autuou 1.340 veículos e apreendeu outros 322. A ação acontece também no interior.
Secretária diz que Bahia não vai exigir documento para vacinar crianças contra covid
A secretária de Saúde da Bahia, Tereza Paim, disse nesta sexta-feira (14) que o estado não vai exigir o termo de recomendação preenchido pelos responsáveis para vacinação das crianças de 5 a 11 anos. O documento era uma orientação do Ministério da Saúde e não é cobrado em nenhuma outra vacina infantil.
"Pais ou responsável têm direito por sua criança. E isso foi acatado na reunião bipartite (da CIB). Pai, mãe ou responsável que levar seu filho vai vacinar. Só precisar de um mecanismo comprovação, um documento, de que é o responsável", explicou Paim em entrevista ao Bahia Meio Dia, da TV Bahia.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, havia dito ontem que o documento seria necessário na capital. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chegou a divulgar o modelo a ser preenchido. Hoje mais cedo, ele disse que em caso de aglomerações nos postos, algumas orientações podem não ser seguidas.
"Se tiver risco de aglomeração, se por conta disso tiver grandes filas, eu vou abrir mão dessa exigência", disse ele, que classificou a exigência de "irrazoável".
A outra recomendação é aguardar 20 minutos no posto depois da imunização da criança, para verificar reação. "Tem que aguardar 20 minutos para ver se vai ter alguma reação adversa e só assim será liberada. Porém se tiver risco de aglomeração, se por conta disso, tiver grandes filas, eu vou abrir mão dessa exigência. E aí pode vir Ministério da Saúde ou outro órgão para adotar as providencias que acharem cabíveis", acrescentou.
Já a secretária reforçou que a observação por 20 minutos deve ser mantida. "As crianças precisam ficar 20 minutos no local para primeiras avalições. Essa é uma recomendação do Ministério e do planeta, para que elas fiquem em observação nesse período", diz.
A Bahia deve receber ainda hoje as primeiras doses da vacina para crianças. A expectativa em Salvador era começar a aplicação nessa sexta, mas com o atraso o calendário ainda será divulgado.
Varejo baiano teve pior novembro desde 2001, aponta IBGE
As vendas de varejo na Bahia seguiram em queda em novembro, com recuo de 2,8%, segundo dados da Pesquisa Mental de Comércio (PMC) divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE. Foi a sexta queda seguida nos comparativos mensais.
O resultado de novembro ficou abaixo do verificado no Brasil - nacionalmente, houve um leve avanço de 0,6%. O resultado da Bahia foi o terceiro pior do país, ficando à frente só da Paraíba (-3,1%) e do Piauí (-3%).
Com o resultado negativo, o volume de vendas do varejo baiano continuou abaixo (-9.6%) do patamar da pré-pandemia, em fevereiro de 2020.
Comparando novembro de 2021 com novembro de 2020, a queda foi de 13,8% nas vendas. Esse é o quarto recuo seguido e o pior resultado de um mês de novembro no estado desde que a série da PMC começou a coletar esse dado em 2001.
Segundo o IBGE, 5 das 8 atividades do varejo restrito, o que exclui automóveis e material de construção, tiveram recuo nas quedas comparando com novembro de 2020.
A queda mais forte foi do setor de móveis e eletrodomésticos (-38,8%), que caiu pela quinta vez seguida, depois de fechar 2020 com o melhor desempenho do varejo no estado (14,5%).