O Jornal da Cidade

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A Heineken confirmou o reajuste nos preços de cerveja diante da valorização do dólar no Brasil. A cervejaria holandesa, que tem ampliado sua participação de mercado nos últimos anos, disse que implementará uma nova tabela de preços em alguns dos seus produto no mercado brasileiro já a partir de setembro.

"A iniciativa é local e não está relacionada aos resultados globais da companhia. O reajuste de preços está relacionado à dinâmica natural do mercado brasileiro e à necessidade de compensar o impacto da valorização do dólar, uma vez que grande parte dos insumos envolvidos na produção das cervejas, incluindo, principalmente, o malte e materiais de embalagens, é importada", diz a companhia em nota.

A Heineken acrescentou que a mudança de preços é uma decisão habitual, sendo realizada anualmente. A empresa não revelou os percentuais de reajustes nem os produtos sujeitos a aumentos de preços.

O aumento de preços poderá ter impacto nas ações da Ambev, líder de mercado e principal rival da cervejaria holandesa. Na quarta, a cervejaria dona das marcas Skol, Brahma e Antarctica anunciou que Daniel Wakswaser assumirá o cargo de diretor vice-presidente de marketing a partir do próximo dia 1º de outubro.

O continente americano tem o maior número de trabalhadores de saúde infectados pela covid-19 em todo o mundo, apesar de esses profissionais representarem "uma pequena fração" da população, afirmou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira, 2. "Nossos dados mostram que quase 570 mil profissionais de saúde em nossa região adoeceram e mais de 2,5 mil sucumbiram ao vírus", observou Carissa Etienne, diretora da Opas, durante videoconferência.

Ela indicou que, apesar das "tendências promissoras" na região, "o custo humano desta pandemia continua inaceitavelmente alto, com quase 4 mil mortes por dia em nossa região" e "nenhum outro grupo sentiu isso de forma mais aguda" do que aqueles que compõem a força de trabalho da saúde. Etienne destacou ainda que mulheres compõem a maioria dos desses profissionais nas Américas e são as mais afetadas, representando quase três quartos dos que testaram positivo para a covid-19.

"Na verdade, os Estados Unidos e o México são responsáveis por quase 85% de todas as mortes por coronavírus entre profissionais de saúde em nossa região", disse. Etienne observou que após "meses de disseminação implacável, os casos estão se estabilizando nos Estados Unidos e no Brasil", os países mais afetados na região. Ela alertou ainda que ambos continuam relatando a maioria dos novos casos de covid-19 no mundo, "um sinal claro de que a transmissão ainda está ativa".

Em decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (3), foi autorizada a retomada do transporte intermunicipal em Iuiu, cidade com 14 dias ou mais sem novos casos de Covid-19.

Um total de 358 municípios está com transporte suspenso na Bahia. A medida tem o objetivo de conter o avanço do novo coronavírus na população baiana. Nesses municípios estão suspensas a circulação, a saída e a chegada de qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans até o dia 13 de setembro.

Confira a lista atualizada

Abaíra, Abaré, Acajutiba, Adustina, Água Fria, Aiquara, Alcobaça, Almadina, Amargosa, América Dourada, Anagé, Andaraí, Andorinha, Angical, Anguera, Antas, Antônio Gonçalves, Aporá, Apuarema, Aracatu, Araci, Arataca, Aurelino Leal, Baianópolis, Baixa Grande, Banzaê, Barra, Barra da Estiva, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barra do Rocha, Barreiras, Barro Alto, Barro Preto, Barrocas, Belmonte, Belo Campo, Biritinga, Boa Nova, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Bonito, Boquira, Botuporã, Brejões, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Brumado, Buerarema, Buritirama, Caatiba, Cabaceiras do Paraguaçu, Caculé, Caém, Caetanos, Caetité, Cafarnaum, Caldeirão Grande, Camacã, Camamu, Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Canápolis, Canarana, Canavieiras, Candeal, Candiba, Cândido Sales, Cansanção, Canudos, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Caraíbas, Caravelas, Cardeal da Silva, Carinhanha, Casa Nova, Castro Alves, Catolândia, Central, Chorrochó, Cícero Dantas, Cipó, Coaraci, Cocos, Conceição do Coité, Conde, Condeúba, Contendas do Sincorá, Cordeiros, Coribe, Coronel João Sá, Correntina, Cotegipe, Cravolândia, Crisópolis, Cristópolis, Curaçá, Dário Meira, Dom Basílio, Elísio Medrado, Encruzilhada, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Fátima, Feira da Mata, Filadélfia, Firmino Alves, Floresta Azul, Formosa do Rio Preto, Gandu, Gavião, Gentio do Ouro, Glória, Gongogi, Guanambi, Guaratinga, Heliópolis, Iaçu, Ibiassucê, Ibicaraí, Ibicuí, Ibipeba, Ibipitanga, Ibirapitanga, Ibirapuã, Ibirataia, Ibititá, Ibotirama, Ichu, Igaporã, Igrapiúna, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Ipirá, Irajuba, Iramaia, Iraquara, Irecê, Itabela, Itaberaba, Itabuna, Itacaré e Itaetê.

A restrição ainda inclui os municípios de Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itaguaçu da Bahia, Itaju do Colônia, Itajuípe, Itamaraju, Itamari, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itapitanga, Itaquara, Itarantim, Itatim, Itiruçu, Itiúba, Itororó, Ituberá, Jaborandi, Jacaraci, Jacobina, Jaguaquara, Jaguarari, Jandaíra, Jequié, Jiquiriçá, Jeremoabo, Jitaúna, João Dourado, Juazeiro, Jucuruçu, Jussara, Jussari, Jussiape, Lafaiete Coutinho, Laje, Lajedão, Lajedinho, Lajedo do Tabocal, Lamarão, Lapão, Lençóis, Licínio de Almeida, Livramento de Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Macajuba, Macarani, Macaúbas, Macururé, Maetinga, Maiquinique, Mairi, Malhada, Malhada de Pedras, Manoel Vitorino, Mansidão, Maracás, Maraú, Marcionílio Souza, Mascote, Matina, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Milagres, Mirangaba, Mirante, Monte Santo, Morpará, Morro do Chapéu, Mortugaba, Mucugê, Mucuri, Mulungu do Morro, Mundo Novo, Muquém do São Francisco, Mutuípe, Nilo Peçanha, Nordestina, Nova Canaã, Nova Fátima, Nova Ibiá, Nova Itarana, Nova Redenção, Nova Soure, Nova Viçosa, Novo Triunfo, Olindina, Oliveira dos Brejinhos, Ouriçangas, Ourolândia, Palmas de Monte Alto, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Paripiranga, Pau Brasil, Paulo Afonso, Pé de Serra, Pedro Alexandre, Piatã, Pilão Arcado, Pindaí, Pindobaçu, Pintadas, Piraí do Norte, Piripá, Piritiba, Planaltino, Planalto, Poções, Ponto Novo, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Dutra, Presidente Jânio Quadros, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Quijingue, Quixabeira, Rafael Jambeiro, Remanso, Retirolândia, Riachão das Neves, Riachão do Jacuípe, Riacho de Santana, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal e Ribeirão do Largo.

Também estão com transporte suspenso Rio de Contas, Rio do Antônio, Rio do Pires, Rio Real, Rodelas, Ruy Barbosa, Salinas da Margarida, Santa Bárbara, Santa Brígida, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz da Vitória, Santa Inês, Santa Luzia, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Santa Teresinha, Santaluz, Santana, Santanópolis, São Desidério, São Domingos, São Félix do Coribe, São Gabriel, São José da Vitória, São José do Jacuípe, São Miguel das Matas, Sapeaçu, Sátiro Dias, Saúde, Seabra, Sebastião Laranjeiras, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Serra Preta, Serrinha, Serrolândia, Sítio do Mato, Sítio do Quinto, Sobradinho, Souto Soares, Tabocas do Brejo Velho, Tanhaçu, Tanque Novo, Tanquinho, Taperoá, Tapiramutá, Teixeira de Freitas, Teofilândia, Teolândia, Terra Nova, Tremedal, Tucano, Uauá, Ubaíra, Ubaitaba, Ubatã, Uibaí, Umburanas, Una, Urandi, Uruçuca, Utinga, Valença, Valente, Várzea da Roça, Várzea do Poço, Várzea Nova, Varzedo, Vereda, Vitória da Conquista, Wagner, Wanderley, Wenceslau Guimarães e Xique-Xique.

A Embraer anunciou a demissão de 900 funcionários, o equivalente a 4,5% do seu efetivo total. As demissões aconteceram em suas operações no Brasil. Segundo o comunicado da fabricante aeronáutica, as demissões estão relacionadas aos efeitos causados pela pandemia da covid-19 na economia global e pelo cancelamento do acordo com a norte-americana Boeing.

"O objetivo é assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia", justificou a Embraer no comunicado.

A empresa diz que a pandemia afetou em especial suas operações na aviação comercial - alvo do fracassado acordo com a Boeing. No primeiro semestre de 2020, as entregas de aviões apresentaram queda de 75% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Embraer admite que a situação se agravou com a duplicação de estruturas para atender à separação da aviação comercial, "em preparação à parceria não concretizada por iniciativa da Boeing, e pela falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazo".

Além disso, a empresa disse que adotou uma série de medidas para preservar empregos, como férias coletivas, redução de jornada, lay-off, licença remunerada e três planos de demissão voluntária (PDV), que tiveram adesão de 1,6 mil funcionários.

Afirmou ainda que reduziu o trabalho presencial nas plantas industriais.

"A companhia reconhece e agradece o empenho sempre demonstrado pelos profissionais que deixam a organização neste momento. E conta com o engajamento de todos para atravessar a grave crise atual e manter a empresa competitiva no mercado global", termina o comunicado.

A Embraer acusou a Boeing, que também atravessa uma crise por causa da pandemia e pelas falhas em seu avião 737 MAX, de ter fabricado falsas alegações para justificar o fim do acordo na área de aviação comercial.

Para garantir sua sustentabilidade, a empresa brasileira conseguiu um empréstimo de US$ 600 milhões com o BNDES e um pool de bancos.

 

O governo federal editou a Medida Provisória 1.000 que institui o auxílio emergencial residual, a ser pago em até quatro parcelas, até o dia 31 de dezembro de 2020, no valor de R$ 300,00. A MP está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 3.

Também foi publicada a MP 999 que abre crédito extraordinário no valor de R$ 67,6 bilhões para o Ministério da Cidadania, recurso esse a ser usado com o pagamento das novas parcelas do auxílio.

A prorrogação do auxílio por mais quatro meses foi anunciada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última terça-feira, 1º de setembro.

A MP publicada nesta quinta-feira traz as regras sobre quem tem direito ao benefício e os casos em que o auxílio será vedado.

Ela mantém a limitação do recebimento do auxílio emergencial residual a duas cotas por família e diz que a mulher provedora da família monoparental receberá duas cotas.

O texto diz ainda que não será permitido acumular o auxílio emergencial residual com qualquer outro auxílio federal.

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 2.881 novos casos da Covid-19, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), na tarde desta quarta-feira (2). O balanço ainda contabiliza 54 mortes,que ocorreram em várias datas, conforme informou a pasta.

Desde o início da pandemia, em março deste ano, até o momento, o número de casos de Covid-19 confirmados no estado é de 262.299 e o de mortes 5.502, o que representa uma letalidade de 2,10%.

Dentre os óbitos, 55,98% ocorreram no sexo masculino e 44,02% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 52,25% corresponderam a parda, seguidos por branca com 16,27%, preta com 15,49%, amarela com 0,82%, indígena com 0,11% e não há informação em 15,07% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 75,37%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (76,54%).

O boletim completo está disponível no site da Secretaria de Saúde e também em uma plataforma disponibilizada pela Sesab.

O primeiro caso do novo coronavírus na Bahia foi confirmado no dia 6 de março. Foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, que voltou da Itália em 25 de fevereiro. No país europeu, ela teve passagens por Milão e Roma.

A primeira morte de uma pessoa infectada pelo vírus no estado ocorreu em março, quando a Bahia tinha 147 casos confirmados. O paciente era um homem de 74 anos, que estava internado em um hospital particular da capital baiana. Ele estava entubado e em diálise contínua.

São consideradas recuperadas 247.249 pessoas e 9.548 estão com o vírus ativo, podendo transmiti-lo.

Para fins estatísticos, a Vigilância Epidemiológica Estadual informou que considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos, são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 415 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (29,98%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (5.864,68), Almadina (5.783,31), Itabuna (4.948,81), Dário Meira (4.929,97), Salinas da Margarida (4.697,77).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 489.761 casos descartados e 85.494 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (2).

Na Bahia, 23.446 profissionais da saúde tiveram diagnóstico positivo para o novo coronavírus.

Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, voltem a ser presos.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, concedeu no dia 14 de agosto um habeas corpus ao casal para que cumprissem prisão domiciliar desde então. Na época, Mendes derrubou a ordem do ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para que Queiroz e Márcia voltassem para a prisão.

O ex-assessor do então deputado estadual, Flávio Bolsonaro, e sua esposa, são investigados pelo Ministério Público do Rio por suposta participação no esquema de rachadinha no gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O caso tramita sob sigilo e não há detalhes dos argumentos da PGR para sustentar a necessidade de prisão do casal.

O Diário Oficial da União desta quarta-feira (2) traz a revogação de uma portaria do Ministério da Saúde, publicada ontem, que incluía a covid-19 na lista de enfermidades relacionadas ao trabalho. A norma fazia parte da atualização da Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT). A última versão é de setembro de 2017. Com o recuo do governo, todas as medidas ficam sem efeito.

A medida revogada pelo ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, facilitaria que trabalhadores de setores essenciais, afastados das atividades por mais de 15 dias em razão do novo coronavírus, pudessem ter acesso a benefícios como auxílio-doença.

No mês passado, o Supremo Tribunal Federal reconheceu que a contaminação pela covid-19 em ambiente de trabalho configura como doença ocupacional, podendo assim ser considerada acidente de trabalho. Na prática, o entendimento possibilita que esses trabalhadores tenham acesso a benefícios por meio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Procurada pela Agência Brasil, até o fechamento dessa reportagem, a assessoria do Ministério da Saúde não se manifestou sobre a medida.

A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma prorrogação de 30 dias das investigações do inquérito que apura uma suposta inferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no órgão.

O inquérito foi autorizado no final de abril pelo ministro Celso de Mello, do STF, após denúncia do ex-ministro Sergio Moro. Moro deixou a pasta da Justiça alegando que Bolsonaro pressionava e queria interferências na PF para proteger familiares e aliados de investigações.

O próprio Celso de Mello deve decidir sobre a prorrogação. O ministro está de licença da Corte por motivos de saúde.

Uma das medidas pendentes do inquérito é o depoimento de Bolsonaro. Em junho, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defemdeu que Bolsonaro seja consultado sobre como prefereria ser ouvido.

Bolsonaro nega que tenha tentado interferir na PF.

A vacinação contra a covid-19 deve priorizar grupos de risco em um primeiro momento e não faz sentido querer que ela seja obrigatória, afirmou nesta quarta-feira (2) o secretário da Saúde Fábio Vilas-Boas. Ele foi questionado sobre um comentário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que afirmou que o Estado não iria obrigar ninguém a se vacinar, apesar de uma lei assinada por ele mesmo permitir a aplicação compulsória em uma pandemia.

"Eu acho que num primeiro momento é para vacinar toda população de risco. Vacinar toda população é impossível. Vai ser feita a vacinação como se faz com vacina de gripe, vacina quem é de risco. Pessoas com mais de 60 anos, portadores de comorbidade, essa é a população que tem mairo risco de morrer.", diz.

Ele afirmou que não vai haver vacina para todos logo de início. "As pessoas terão autonomia de decidir se querem vacinar-se ou não. Obrigar as pessoas a a se vacinar por essa doença não faz muito sentido num primeiro momento, que não vai ter vacina para todos e prefiro vacinar quem quer se vacinado do que quem está se recusando", explica.

Vilas-Boas cita que a covid-19 tem uma capacidade de contágio menor do que de outras doenças. "É diferente de uma vacina de sarampo, de febre amarela, mas principalmente sarampo, que a taxa de contágio, a capacidade de infectar... Uma pessoa com sarampo contamina 17. Uma pessoa com covid contamina 2", diz o secretário.

Ele diz também que a coordenação da vacinação é federal, mas o governo do estado pode buscar ampliar as alternativas para os baianos. "Quem regula a política de vacinas é o SUS, é uma decisão federal. A regra que se aplicar para o Brasil se aplicará para a Bahia. O que nós podemos fazer aqui, além do governo federal, é fornecer mais vacina, facilitar acesso, ampliar o acesso à vacinação. Podemos oferecer vacinas que o SUS não oferece, por exemplo", citou o secretário.

Já o governador Rui Costa (PT) preferiu não falar da declaração de Bolsonaro. "Essa é a melhor resposta que a gente tem que dar neste momento: sem comentários", disse. Bolsonaro afirmou que "ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina". A fala foi usada em um post da Secretaria de Comunicação que afirma que o governo "preza pela liberdade dos brasileiros".

Volta às aulas
O secretário também falou sobre a possibilidade de voltar às aulas e enfrentar um novo surto da doença por conta de crianças e jovens assintomáticos. Ele afirmou que a testagem na população escolar, iniciada essa semana em Salvador no Subúrbio, será ampliada para todo estado para poder ter "uma fotografia instantânea" da situação real do estado.

"Estamos fazendo um inquérito epidemiológico na Bahia e vamos ampliar inclusive o número de alunos sendo testado com RT-PCR em todo estado para de fato verificar se existe um contingente de crianças e adolescentes portadores assintomáticos. A gente fez um inquérito sorológico, que mostrou que havia prevalência de 10% dos alunos com sorologia positiva, mas isso não signifcia que estavam ativamente doentes", diz.

Inicialmente, serão testados 20 mil alunos. Na próxima semana, com a chegada de um equipamento que permitirá aumento de capacidade de analisar amostras no Lacen, esse número deve ser ampliado. "A gente vai ampliar a partir da semana que vem, não só para outras áreas de Salvador como a Bahia inteira", explica. "Não tenho como testar todo mundo de vez porque o Lacen não dá conta. Tem capacidade de teto de fazer", afirma, dizendo que o governo está ampliando gradativamente a quantidade de testes.

O secretário falou também que a Bahia continua as negociações para testar a vacina da Rússia, a primeira a ser oficialmente registrada em todo mundo. "Sexta-feira foi enviado a versão final do nosso memorando de entendimento para eles", disse.