O Jornal da Cidade

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O decreto estadual n° 19.586, que proíbe a realização de eventos com mais de 50 pessoas e atividades em escolas das redes pública e privada em toda a Bahia, foi prorrogado até o dia 30 de agosto. A medida foi publicada na edição desta sexta-feira (14) do Diário Oficial do Estado (DOE). O decreto proíbe todas as atividades que envolvem aglomeração de pessoas, como shows, feiras, apresentações circenses, eventos científicos, passeatas, bem como abertura e funcionamento de zoológicos, museus, teatros, dentre outros.

A prorrogação da determinação envolve ainda a suspensão do transporte coletivo intermunicipal em cidades baianas com registros recentes (menos de 14 dias) de casos da Covid-19. Continua suspensa nesses municípios a chegada de qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.

Também na medida publicada nesta sexta-feira, mais duas cidades baianas terão o transporte suspenso a partir deste sábado (15): Brotas de Macaúbas e Jacaraci. Além disso, a alteração do decreto autoriza a retomada do transporte intermunicipal em Sebastião Laranjeiras, município com 14 dias ou mais sem novos casos da doença. No total, a Bahia possui 353 cidades com transporte suspenso.

Confira a lista completa de municípios:
Abaíra, Abaré, Acajutiba, Adustina, Água Fria, Aiquara, Alcobaça, Almadina, Amargosa, Anagé, Andaraí, Andorinha, Angical, Anguera, Antas, Antônio Gonçalves, Aporá, Apuarema, Aracatu, Araci, Arataca, Aurelino Leal, Baianópolis, Baixa Grande, Banzaê, Barra, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barra do Rocha, Barreiras, Barro Alto, Barro Preto, Barrocas, Belmonte, Belo Campo, Biritinga, Boa Nova, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Boninal, Bonito, Boquira, Brejões, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Brumado, Buerarema, Buritirama, Caatiba, Cabaceiras do Paraguaçu, Caculé, Caetanos, Caetité, Cafarnaum, Caldeirão Grande, Camacã, Camamu, Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Canarana, Canavieiras, Candeal, Candiba, Cândido Sales, Cansanção, Canudos, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Caraíbas, Caravelas, Cardeal da Silva, Carinhanha, Casa Nova, Castro Alves, Catolândia, Central, Chorrochó, Cícero Dantas, Cipó, Coaraci, Cocos, Conceição do Coité, Conde, Condeúba, Contendas do Sincorá, Cordeiros, Coribe, Coronel João Sá, Correntina, Cotegipe, Cravolândia, Crisópolis, Cristópolis, Curaçá, Dário Meira, Dom Basílio, Elísio Medrado, Encruzilhada, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Fátima, Feira da Mata, Filadélfia, Firmino Alves, Floresta Azul, Formosa do Rio Preto, Gandu, Gavião, Gentio do Ouro, Glória, Gongogi, Guajeru, Guanambi, Guaratinga, Heliópolis, Iaçu, Ibicaraí, Ibicuí, Ibipeba, Ibipitanga, Ibirapitanga, Ibirapuã, Ibirataia, Ibititá, Ibotirama, Ichu, Igaporã, Igrapiúna, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Ipirá, Irajuba, Iramaia, Iraquara, Irecê, Itabela, Itaberaba, Itabuna, Itacaré e Itaetê.


A restrição ainda inclui os municípios de Itagi, Itagibá, Itagimirim, Itaguaçu da Bahia, Itaju do Colônia, Itajuípe, Itamaraju, Itamari, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itapitanga, Itaquara, Itarantim, Itatim, Itiruçu, Itiúba, Itororó, Ituaçu, Ituberá, Iuiu, Jaborandi, Jacaraci, Jacobina, Jaguaquara, Jaguarari, Jandaíra, Jequié, Jeremoabo, Jiquiriçá, Jitaúna, João Dourado, Juazeiro, Jucuruçu, Jussara, Jussari, Jussiape, Lafaiete Coutinho, Lagoa Real, Laje, Lajedão, Lajedinho, Lajedo do Tabocal, Lamarão, Lapão, Lençóis, Licínio de Almeida, Livramento de Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Macajuba, Macarani, Macaúbas, Macururé, Maetinga, Maiquinique, Mairi, Malhada, Malhada de Pedras, Manoel Vitorino, Mansidão, Maracás, Maraú, Marcionílio Souza, Mascote, Matina, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Milagres, Mirangaba, Mirante, Monte Santo, Morpará, Morro do Chapéu, Mortugaba, Mucugê, Mucuri, Mulungu do Morro, Mundo Novo, Muquém do São Francisco, Mutuípe, Nilo Peçanha, Nordestina, Nova Canaã, Nova Fátima, Nova Ibiá, Nova Itarana, Nova Redenção, Nova Soure, Nova Viçosa, Novo Triunfo, Olindina, Oliveira dos Brejinhos, Ouriçangas, Ourolândia, Palmas de Monte Alto, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Paripiranga, Pau Brasil, Paulo Afonso, Pé de Serra, Pedro Alexandre, Piatã, Pilão Arcado, Pindaí, Pindobaçu, Pintadas, Piraí do Norte, Piripá, Piritiba, Planaltino, Planalto, Poções, Ponto Novo, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Dutra, Presidente Jânio Quadros, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Quijingue, Quixabeira, Rafael Jambeiro, Remanso, Retirolândia, Riachão das Neves, Riachão do Jacuípe, Riacho de Santana, Ribeira do Amparo e Ribeira do Pombal.

Também estão com transporte suspenso Rio de Contas, Rio do Antônio, Rio do Pires, Rio Real, Ruy Barbosa, Salinas da Margarida, Santa Bárbara, Santa Brígida, Santa Cruz Cabrália, Santa Cruz da Vitória, Santa Inês, Santa Luzia, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Santa Teresinha, Santaluz, Santana, Santanópolis, São Desidério, São Domingos, São Félix do Coribe, São Gabriel, São José da Vitória, São José do Jacuípe, São Miguel das Matas, Sapeaçu, Sátiro Dias, Saúde, Seabra, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Serra Preta, Serrinha, Serrolândia, Sítio do Mato, Sítio do Quinto, Sobradinho, Souto Soares, Tanhaçu, Tanque Novo, Tanquinho, Taperoá, Tapiramutá, Teixeira de Freitas, Teofilândia, Teolândia, Terra Nova, Tremedal, Tucano, Uauá, Ubaíra, Ubaitaba, Ubatã, Uibaí, Umburanas, Una, Urandi, Uruçuca, Utinga, Valença, Valente, Várzea da Roça, Várzea do Poço, Várzea Nova, Varzedo, Vereda, Vitória da Conquista, Wagner, Wanderley, Wenceslau Guimarães e Xique-Xique.

O programa Morar Melhor, realizado pela Prefeitura sob a coordenação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), já beneficiou 30 mil residências em Salvador. Com intuito de ampliar ainda mais a iniciativa, a gestão municipal iniciou hoje (13) os novos cadastros. Para esta nova fase, o valor investido para a reforma de cada imóvel aumentou para até R$ 7 mil (antes, o limite era de R$5 mil), como uma das iniciativas do plano de recuperação da economia lançado pelo Palácio Thomé de Souza. A meta é entregar 40 mil casas reformadas até 2020.

As melhorias indicadas pelos próprios moradores incluem reboco e pintura, recuperação ou troca de telhado, troca de esquadrias (portas e janelas) e instalações sanitárias. A iniciativa já foi promovida em mais de 120 localidades desde seu lançamento, em outubro de 2015. As intervenções nas residências precárias visam a requalificação das unidades, recuperando os componentes estéticos de forma que possibilite aos moradores um maior conforto e mais dignidade.

Além disso, a obra possibilita a melhoria das condições sanitárias das habitações contempladas pelo programa, promovendo maior salubridade às edificações. Os critérios adotados pelas equipes técnicas da Seinfra para a seleção dos imóveis são a precariedade dos bairros, baseado em dados do IBGE 2010; maior predominância de domicílios com alvenaria sem revestimento; maior predominância de pessoas abaixo da linha de pobreza, com renda per capita inferior a R$ 85; maior predominância de mulheres chefe de família; maior densidade habitacional e precariedade habitacional obtida pela observação de campo.

Premiação – Em agosto de 2017, o Morar Melhor foi premiado com o Selo de Mérito Especial em reconhecimento ao sucesso e bom desempenho do programa. A solenidade aconteceu no 64º Fórum Nacional de Habitação e Interesse Social, em São Paulo. O selo de Mérito Especial é promovido pela Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos e pelo Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano a projetos que apresentam resultados de boas práticas em habitação.

Demais benefícios – Além da segurança e do resgate da autoestima da população carente ao ver a casa reformada, o Morar Melhor também proporciona outros benefícios para as comunidades contempladas. Uma dessas ações é a atuação também no entorno, com execução de ações de infraestruturas em calçadas, pavimentação de vias, construção e reforma de praças, campos e quadras esportivas. O programa também possibilita que pessoas da própria comunidade possam trabalhar nas obras de reforma, gerando assim emprego e renda.

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 3.935 novos casos da Covid-19 e 67 novas mortes por causa da doença, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), na noite desta segunda-feira (13).

Veja gráfico de casos e mortes em Salvador e outras cidades desde o início da pandemia
Até o momento, o número de casos de Covid-19 confirmados no estado é de 206.955 e o de mortes para 4.202. De acordo com a Sesab, a taxa de crescimento no número de casos, nas últimas 24 horas, foi de 1,9% e 2,03% no de mortes.

A Sesab informou que, das 67 mortes confirmadas nesta quinta, 26 ocorreram no período de 15 de maio a 6 de junho e as outras 38 mortes referem-se ao período de 8 de junho a 12 de agosto.

De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual, para evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

São consideradas recuperadas 184.444 pessoas e 14.441 estão com o vírus ativo, podendo transmiti-lo.

O primeiro caso do novo coronavírus na Bahia foi confirmado no dia 6 de março. Foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, que voltou da Itália em 25 de fevereiro. No país europeu, ela teve passagens por Milão e Roma.

A primeira morte de uma pessoa infectada pelo vírus no estado ocorreu em março, quando a Bahia tinha 147 casos confirmados. O paciente era um homem de 74 anos, que estava internado em um hospital particular de Salvador. Ele estava entubado e em diálise contínua.

 

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (13) que os estoques de hidroxicloroquina para auxílio no tratamento da covid-19 estão zerados no país. Ao falar em audiência pública na Comissão Mista do Congresso que fiscaliza as ações do governo no combate à pandemia de covid-19 sobre o medicamento, que tem uso facultado aos médicos no tratamento da doença, o ministro destacou que não vê nada de errado em questionar o uso do fármaco para esse fim, mas lembrou que a hidroxicloroquina é demandada ao Ministério da Saúde.

“Nosso estoque hoje, no Ministério da Saúde, é zero. É zero! Não temos nem um comprimido para atender as demandas. Nós temos uma reserva de 300 mil itens apenas para atender malária guardados, o que representa algo em torno de 20% do que eu preciso por ano para malária”, explicou, ressaltando que o ministério não faz entrega sem demanda das secretarias dos estados e municípios.

Ainda segundo o ministro interino, a demanda reprimida no país por hidroxicloroquina é de mais de 1,6 milhão de doses para os estados e municípios. A Fiocruz, segundo Pazuello, tem 4 milhões de comprimidos que aguardam negociação de preço.

“Não temos como comprar, porque o preço de custo dela, que é o que nos colocam, está acima do que nós podemos pagar na tabela CMED [ Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos]. Então, essa produção da Fiocruz ainda não foi adquirida pela simples razão de negociação de valores, coisa que acontecerá nos próximos dias”, adiantou.

No Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx), Pazuello disse há estoque de 2 milhões de unidades de doação americana, mas como veio em cartelas de 100, precisam ser recolocadas nas quantidades permitidas no Brasil. Se nós não tivéssemos pandemia e demandas por covid, a quantidade estaria de acordo para atender a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) para as doenças como malária, lúpus e artrite.

Cenário
Sobre o cenário atual da covid-19 no país, Pazuello avaliou que as regiões Norte e Nordeste já apresentam números bem baixos, “praticamente já dentro de uma normalidade de vida”. “ Não existe fim do coronavírus. O coronavírus veio para viver conosco. Então, vamos começar a nos lembrar disso, não houve fim do H1N1, só se ele mutar para outro número. O coronavírus vai viver conosco também”, alertou.

O ministro interino lembrou outras pandemias como a do vírus da Aids – HIV, no final da década de 1980. “Nossos hábitos mudaram e assim que coloco que nossos hábitos vão mudar com relação a conviver com o coronavírus”.

No rol dessas mudanças, ele destacou os hábitos de lavar a mão, de evitar aglomeração, e da readaptação das indústrias, por exemplo, que terão que pensar em um afastamento maior na planta de produção.

Pelas previsões de Eduardo Pazuello, a partir de meados de setembro os números do centro-sul estarão bem definidos para uma previsão para o final do ano. “Eu posso lhe afiançar que no final do ano, no centro-norte, nós vamos estar vivendo uma nova normalidade, com novos hábitos. E posso lhe afiançar que lá pelo meio de setembro, início do setembro, eu lhe digo exatamente como vai estar o centro-sul também, na visão do Ministério da Saúde, de uma forma bem clara. Eu acredito que tanto o Norte quanto o Sul estejam iguais. Vamos esperar um pouquinho o mês de setembro chegar para ver as curvas descerem”, disse.

Vacinação
A expectativa do Ministério da Saúde é de que no final do ano o Brasil já esteja prestes a iniciar a campanha de vacinação contra o novo coronavírus (covid-19). A imunização, segundo Eduardo Pazuello, vai começar pela região centro-norte. “Pela simples razão de que ali iniciará novamente o impacto das contaminações virais e vai se estender pelo Brasil como um todo na sequência”, adiantou.

O líder do governo na Câmara de Vereadores, Paulo Magalhães Jr., afirmou na manhã desta quinta-feira (13) que o atual presidente da Casa, Geraldo Jr., deverá cumprir acordo de retirar sua pré-candidatura a vice-prefeito na chapa encabeçada por Bruno Reis (DEM).

“Geraldo Jr. é candidato a vereador e continuará como presidente da Câmara”, disse Magalhães Jr. ao bahia.ba.

“Diferentemente da Assembleia, na Câmara se cumpre acordo”, acrescentou ao se referir à queda de braço entre os deputados Nelson Leal (PP) e Adolfo Menezes (PSD) diante da sucessão no Legislativo estadual —atualmente sob o comando do primeiro.

Sobre o pleito municipal, o líder governista projeta que Bruno Reis sairá vitorioso no primeiro turno, “com força” para eleger consigo uma bancada de ao menos dez vereadores.

As declarações foram dadas ao lado do prefeito ACM Neto (DEM), durante a entrega da nova avenida Dendezeiros, na Cidade Baixa.

Foi com muita fé e distanciamento social que Salvador viveu a principal mssa do dia de Santa Dulce dos Pobres, a primeira e, até então, única santa católica nascida no Brasil. Dentro do Santuário Santa Dulce dos Pobres, no bairro de Roma, cerca de 100 pessoas estavam presentes na celebração, que se iniciou às 9h. Todos usavam máscaras. Puderam participar religiosos, funcionários das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), voluntários e devotos. A celebração foi conduzida pelo novo arcebispo de Salvador, o cardeal Dom Sergio da Rocha.

Do lado de fora, dezenas de fieis passaram pelo local ou até permaneceram na prota de entrada da igreja. No momento da comunhão da Missa de Santa Dulce dos Pobres, que aconteceu nessa quinta-feira (13), o padre levou a Eucaristia para as pessoas que participaram da missa do lado de fora do Santuário.

Para quem recebeu, foi um momento de muita alegria. "Eu estendi a mão na esperança de que ele viesse e ele veio. Eu estou muito feliz. Queria participar da missa aqui dentro, mas não pude por causa da capacidade", disse a devota Sueli Carvalho, 64 anos. Dentro do Santuário, cerca de 100 pessoas em pé e sentadas participam da missa. O local tem capacidade para receber 1,5 mil pessoas apenas sentadas.

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) vai retomar as aulas da graduação em setembro. Após mais de cinco horas de debates, o Pleno do Conselho Acadêmico (Conac) aprovou o Calendário Acadêmico Suplementar, que prevê a retomada para o dia 14 de setembro com finalização em 19 de dezembro de 2020. As matrículas serão realizadas de 8 a 10 de setembro, por meio do SIGAA. Os estudantes poderão se matricular em até três componentes curriculares, além do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Segundo a UFRB, nesse semestre haverá a oferta excepcional e experimental de componentes curriculares e de atividades de ensino e de aprendizagem não presenciais para a graduação.

O Calendário Acadêmico Suplementar aprovado será denominado “Semestre 2020.3” e não altera o semestre 2020.1 da graduação, que continua suspenso por conta da pandemia do novo coronavírus. Adequações técnicas serão feitas no sistema de matrícula para possibilitar que um estudante matriculado no semestre 2020.1, atualmente em suspensão, possa se matricular no Calendário Acadêmico Suplementar - Semestre 2020.3.

A adesão ao Calendário Acadêmico Suplementar é facultativa, tanto para os estudantes quanto para os professores. Os discentes não terão prejuízos acadêmicos caso não possam cursar ou não obtenham sucesso na realização dos componentes curriculares e outras atividades de ensino ofertadas.

Antes do início das atividades está programado um período para formação de professores, técnicos e estudantes para utilização das ferramentas de ensino remoto que serão disponibilizadas para a comunidade acadêmica.

Já para a pós-graduação, o Pleno do Conselho Acadêmico (Conac) aprovou a retomada do Calendário Acadêmico 2020. Características específicas deste nível de ensino, como número de cursos, prazos para conclusão, vinculação às agências de fomento e processo de avaliação externa pesaram nesta definição. O reinício das aulas já havia sido aprovado em reunião da Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação do CONAC/UFRB na manhã do dia 10/08. Nova reunião desta Câmara, a ser realizada na próxima segunda-feira, dia 17/08, apreciará a minuta completa do calendário, que prevê retorno das aulas do semestre 2020.1 no dia 31/08, em formato remoto.

Autoridades da China relataram nesta quinta-feira (13) que encontrou a presença do novo coronavírus em frango importado do Brasil, maior produtor mundial. O microrganismo que provoca a covid-19 foi achado durante um controle de rotina. As informações são do G1.

De acordo com a prefeitura de Shenzhen, cidade perto de Hong Kong, o vírus foi encontrado em uma das amostras de asas de frango coletadas nesta terça-feira (11). O coronavírus também foi encontrado, pelo segunda vez, em camarões importados do Equador.

As autoridades chinesas informaram que submeteram prontamente os funcionários que tiveram contatos com os produtos a testes para identificarem se eles se contaminaram com o novo coronavírus. Todos eles tiveram o resultado negativo.

A contaminação do frango brasileiro pode trazer uma queda das novas exportações do Brasil para a China. A transação apresenta 85% das importações do gigante asiático.

O G1 procurou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) que garantiu que iria emitir uma nota. Até o momento, o Ministério da Agricultura não se posicionou sobre o caso.

Trabalhos iniciados em maio deste ano por pesquisadores brasileiros de várias instituições científicas verificaram que soros produzidos por cavalos para o tratamento da covid-19 têm, em alguns casos, até 100 vezes mais potência em termos de anticorpos neutralizantes do vírus gerador da doença. A informação foi dada à Agência Brasil pelo coordenador do projeto, Jerson Lima Silva, do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ele apresenta os resultados dos estudos hoje (13) à noite, durante simpósio sobre covid-19 na Academia Nacional de Medicina (ANM). Na ocasião, Lima Silva anunciará também o depósito de patente para garantia do processo tecnológico produzido no Brasil e a submissão de publicação no MedRxiv, que é um repositório de resultados preprint, ou seja, pré-publicados. Silva é também presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Quando começou, o projeto visava a obter gamaglobulina purificada, material biológico mais elaborado do que soros antiofídicos e antitetânicos. Esse soro é chamado hiperimune ou gamaglobulina hiperimune porque os pesquisadores inocularam o antígeno, durante três semanas, nos plasmas de cinco cavalos do Instituto Vital Brazil (IVB), laboratório oficial do governo fluminense.

Os animais foram inoculados com a proteína S recombinante do novo coronavírus, produzida no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e, após 70 dias, os plasmas dos equinos apresentaram anticorpos neutralizantes 20 a 100 vezes mais potentes contra o novo coronavírus do que os plasmas de pessoas que tiveram covid-19 e estão em convalescência, disse Jerson Lima Silva.

Patente
Os resultados positivos levaram ao pedido de patente, relativo ao processo de produção do soro anti-covid-19, a partir da glicoproteína da espícula (coroa) do vírus com todos os domínios, preparação do antígeno, hiperimunização dos equinos, produção do plasma hiperimune, produção do concentrado de anticorpos específicos e do produto finalizado, após a sua purificação por filtração esterilizante e clarificação, envase e formulação final. O trabalho científico envolve parceria da UFRJ, IVB, Coppe/UFRJ e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Estamos juntando a expertise de várias pessoas”.

Jerson Lima Silva afirmou que o resultado da inoculação nos cavalos foi uma grande surpresa para os pesquisadores. “Os animais nos deram uma resposta impressionante de produção de anticorpos. Inoculamos em cinco e agora estamos expandindo para mais cavalos”. Quatro dos cinco equinos responderam muito rapidamente. “O quinto (animal), assim como acontece nos humanos, teve uma resposta mais demorada, mas também respondeu produzindo anticorpos”. Os cavalos do Instituto Vital Brazil estão em uma fazenda do laboratório, no município de Cachoeiras de Macacu, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Os estudos comprovaram que o soro produzido por cavalos para tratamento da covid-19 é superior ao feito com plasma de doentes convalescentes. “A gente vê que o nosso anticorpo do cavalo, em alguns casos, é próximo de 100 vezes mais alto. Entre 50 e 100 vezes”. Isso significa que os anticorpos produzidos pelos animais neutralizam o vírus da covid-19 com até 100 vezes mais potência, “mesmo quando a gente vai para a preparação final dos soros”.

Complementaridade
O coordenador do projeto explicou que outra vantagem do estudo é que ele é complementar às possibilidades de vacinas contra o vírus, cuja maioria se baseia na proteína da coroa. A ideia é que o soro produzido a partir dos plasmas dos equinos inoculados seja usado como tratamento, por meio de uma imunoterapia, ou imunização passiva. A vacina seria complementar.

Após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), o grupo de pesquisadores vai iniciar os testes clínicos, com foco nos pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19 que estejam internados, mas não se encontram em unidades de terapia intensiva. Os testes vão comparar quem recebeu o tratamento com quem não recebeu. “A gente está bem otimista. Mas essa é uma etapa que tem de ser feita”, disse Silva.

Ele informou que pretende firmar parcerias com outros laboratórios semelhantes que produzem soro no Brasil, localizados em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, “porque será preciso muito material”.

O estudo indica que enquanto não há vacinas aprovadas e diante da dificuldade em atender à grande demanda em todo o mundo, o uso potencial da imunização passiva por terapia com soro deve ser considerado uma opção. A soroterapia é um tratamento bem-sucedido e usado, há décadas, contra doenças como raiva, tétano e picadas de abelhas, cobras e outros animais peçonhentos, como aranha e escorpiões. Os soros produzidos pelo IVB têm excelente resultado de uso clínico, sem histórico de hipersensibilidade ou quaisquer outras eventuais reações adversas. Os estudos clínicos ocorrerão em parceria com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor).

A pesquisa tem apoio financeiro da Faperj, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Quando se pergunta a um brasileiro o principal motivo para ele viajar, as duas respostas mais frequentes são: visitar amigos ou parentes e, em seguida, pelo lazer. Mas, esse não é o caso dos baianos. De acordo com a última pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizada em convênio com o Ministério do Turismo, quem mora na Bahia tem como prioridade visitar os amigos e, em segundo lugar, em vez de diversão, viajar para fazer tratamento de saúde.

Das 1,629 milhão de viagens feitas no estado em 2019, 412 mil tiveram como prioridade buscar atendimento médico em outra cidade que não aquela de residência, o que corresponde a 29,1% do total. O índice para esse mesmo motivo só foi maior em outros dois estados do Brasil: Sergipe (37%) e Maranhão (33%). No Brasil, a saúde também tem destaque pois aparece como terceira motivação para as viagens pessoais, 17,5% do total.

No quesito visitar parentes ou amigos, foram 466 mil viagens feitas nesse sentido na Bahia no ano passado, ou seja, 32,9% do total. No país, a taxa é um pouco mais elevada: chega a 36,1%. Quando se trata de viagens por lazer, que foi o terceiro motivo mais mencionado pelos baianos e o segundo no Brasil, o número cai para 335 mil, ou seja, 23,7%. Quando se considera todo o território nacional, o índice dos deslocamentos é de 31,5%.

Pela saúde

A professora Martha Bastos, 78 anos, que mora em Guanambi, município do Sudoeste da Bahia, é uma das que viaja todo ano para fazer consultas médicas e visitar os parentes em datas comemorativas, só vai de ônibus e se hospeda na casa de um membro da família.

Ela vem sempre a Salvador com o marido, Vladmir Bastos, 85, que também é professor, e fica na casa da cunhada, em Ondina. “Todo ano faço aquele check up geral e passo uns 20 a 25 dias só fazendo consulta”, conta.

O casal deixou de viajar de carro por conta da distância para se chegar à capital, já que são quase 700 km de de Guanambi para Salvador. “Meu marido não tem condição de dirigir tudo isso por conta da idade e os filhos trabalham, não tem como levar. Então não tem opção, tem que ir de ônibus”, conta Martha.

A escolha por Salvador, segunda a professora, é pela maioria dos consultórios do município onde mora não aceitar seu plano médico, o Planserv. Por isso, a conta sairia cara e ela prefere vir para a capital.

No caso do lavrador Aderaldo Santana, 27, todas as viagens que ele fez a Salvador foram por motivos médicos, para acompanhar a mãe em um tratamento oncológico. Há três anos, dona Josefa, 51 anos, teve câncer de mama e precisava vir pelo menos três vezes por semana para a capital. Já curada, a frequência hoje diminuiu para uma vez por ano, para exames de rotina. A cidade onde moram, Ribeira do Amparo, que tem pouco menos de 15 mil habitantes, não tem estrutura para esses tratamentos mais complexos, por isso, eles vinham fazer os procedimentos em Salvador.

Além disso, como a família de Aderaldo não tem dinheiro sobrando, viajar não é prioridade, só nesses casos, para cuidar da saúde. Se não fosse pelo carro da Prefeitura que os trazia para Salvador, eles não teriam condições de vir para fazer o tratamento.

“Teve um período que a gente teve que ficar 30 dias em Salvador, mas não tive como passear. O dinheiro que tem é para se manter e sustentar a casa. Todas as viagens que eu fiz foi através da Secretaria Municipal de Saúde”, conta Aderaldo.

Entenda a diferença: viagem e delocamento:

De acordo com critério do Ministério do Turismo, entende-se por viagem qualquer deslocamento que não seja sistemático e de rotina, e que tenha o propósito para lazer, trabalho ou estudos, independente do tempo de permanência no destino.

Turismo médico

As viagens do interior para a capital para cuidar da saúde acabam consolidando um novo modo de turismo. É o que acredita o títular da pasta no estado. “O estado vem se consolidando como um grande pólo médico, não só na rede privada, mas também na rede pública, na capital e em grandes cidades do interior. É um trabalho em construção que começa a aparecer de forma efetiva, e traz retornos financeiros importantes”, diz o secretário de Turismo Fausto Franco.

Esse tipo de viagem acaba por favorecer a econômia baiana, na opinão dele: “O turismo por razões de saúde é um trabalho que vem crescendo, que a gente não via de forma intensa, mas que é, ao mesmo tempo, muito rentável. É um turismo onde o paciente não vem sozinho, vem sempre acompanhado, e passa uma quantidade de dias significativos, às vezes semanas ou meses”, completa.

A categoria “viajar por tratamento médico” engloba não só procedimentos como cirurgias, consultas e exames, mas também tratamentos para o bem estar, a exemplo da clínica médica Ravenna, que oferece acompanhamento multidisciplinar - terapia, dieta nutricional e atividade física - para pessoas com sobrepeso ou obesidade. Segundo o diretor administrativo Ricardo Soares, responsável pela unidade de Salvador, pelo menos 10% dos pacientes são do interior.

Quem faz o tratamento precisa vir para a capital todo mês, mas com a pandemia essa realidade mudou. Agora, muitos atendimentos ocorrem por meio online. “Com a telemedicina, vai ser um misto de presencial e online e o paciente só precisa vir a cada dois ou três meses” diz.

De ônibus é mais barato

A Bahia teve o maior percentual de viagens de ônibus no país, segundo o IBGE: 32,3%, mais que o dobro da média nacional, 16%. Contudo, o principal meio de transporte usado pelo brasileiro e pelo baiano ainda é o carro, particular ou da empresa. A pesquisa mostra que 34,9% dos viajantes na Bahia em 2019 usaram esse meio de transporte contra 46,6% no Brasil. Além disso, mais da metade dos baianos viaja não para ficar em hotel ou pousada, mas para se hospedar na casa de amigos ou parentes. Essa taxa chega a 53,1% no estado. É também o meio de hospedagem mais frequente no país, que corresponde a 47,3% das viagens.

O secretário de turismo do estado, Fausto Franco, diz que os baianos têm vontade de conhecer o próprio estado, o que pode ser uma justificativa para o alto número de viagens terrestres. “O baiano não querer viajar para longe é positivo. O nosso estado tem tantas belezas naturais, artísticas, gastronômicas, que fazem com que a gente queira explorar. A metade do nosso fluxo de turistas é de dentro do estado. Isso é algo a ser reforçado. Às vezes, o baiano não quer ir para longe para aproveitar o que a Bahia tem de melhor”, opina.

Falta de dinheiro também é um dos principais motivos para que os brasileiros viagem pouco. Dentre os 72,5 milhões domicílios que o IBGE visitou para o estudo entre julho e setembro do ano passado, em 78,2% nenhum morador tinha viajado nos últimos três meses. O principal motivo, relatado em 48,9% das casas, é não ter dinheiro. As outras razões são a falta de tempo (18,5%) e falta de necessidade (13,5%). Só em 21,8% das casas visitadas é que pelo menos uma pessoa tinha viajado nos últimos três meses.

Na Bahia, a principal razão para não fazer viagens também é a falta de renda, o que foi visto em 46,1% dos casos, isto é, 1,9 milhão de residências. O segundo motivo, contudo, destoa do resto do Brasil: 28,7% dos domicílios, ou seja 1,2 milhão, não viajam por não verem necessidade. Quando viajam, o que os baianos mais buscam, segundo o IBGE, é cultura (43,8%), ao contrário do que procura o brasileiro: sol e praia (34,3%).

Mesmo viajando pouco, a Bahia foi o terceiro estado do país em que a população mais viajou: foram 7,7%. Perdeu somente para São Paulo (20,4%) e Minas Gerais (14,1%). O ranking se repete quando se trata de destino. Das 20,617 milhões das viagens feitas no Brasil em 2019, 1,788 milhão foram para o estado, o que representou 8,7%. Para São Paulo, foram 3,904 milhões de viagens feitas (18,9%) e para Minas Gerais 2,631 milhões (12,8% do total).

Fonte: Correio*