O Jornal da Cidade

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A rainha Elizabeth II morreu na semana passada e seu filho, o rei Charles III, ficou no lugar do monarca de 96 anos. No entanto, a chegada dele no Palácio de Buckingham teve mudanças drásticas para alguns funcionários. Isso porque as pessoas que trabalharam com ele enquanto herdeiro, serão demitidos em breve.

De acordo com site Reuters, Charles, que teve o seu nome circulado na mídia devido aos 'dedos de salsicha', vai se mudar da Clarence House, sua casa em Londres por décadas, para o Palácio de Buckingham é um processo interno de demissões iniciado há alguns dias. Um porta-voz da casa britânica informou que as demissões são 'inevitáveis'.

"Nossos funcionários prestaram um serviço longo e leal e, embora algumas demissões sejam inevitáveis, estamos trabalhando com urgência para identificar funções alternativas para o maior número possível de funcionários", contou.

Até 100 funcionários perderão os seus empregos, principalmente aqueles que trabalham há décadas no palácio, segundo o jornal The Guardian. Entre os trabalhadores, há aqueles que faziam trabalhos pessoais para a monarquia e até quem sabe de informações do escritório.

A decisão de Chales chamou a atenção do Sindicato dos Serviços Públicos e Comerciais, que condenou a situação como "sem coração".

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou novamente o prazo para comprovação de informações por parte dos candidatos pré-selecionados em segunda chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni). Um novo edital com as alterações foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de terça-feira, 13, data em que venceria o antigo prazo.

Os estudantes devem entrar em contato com as instituições de ensino para as quais foram chamados para apresentar a documentação necessária.

A lista de espera do ProUni , que seria entre 21 e 22 de setembro, também foi alterada e passou para 27 e 28 de setembro. Para participar, o candidato deverá manifestar o interesse por meio da página do ProUni na internet. A divulgação do resultado, assim como a comprovação de informações da lista de espera, também sofreu alteração.

O programa oferece bolsas de estudo parciais (50%) e integrais (100%) em instituições particulares para candidatos com renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa. Podem participar do processo seletivo estudantes brasileiros que não tenham diploma de curso superior.

O programa exige nota mínima de 450 nas provas objetivas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e que o estudante não tenha zerado a prova da redação. A seleção se dá de acordo com as notas obtidas. É destinado ainda a alunos que cursaram o ensino médio na rede pública ou mesmo na rede particular. Inscritos como treineiros no exame não poderão concorrer a bolsas do ProUni.

No ano passado, o governo federal liberou a concessão de bolsas do ProUni para alunos que tenham feito o ensino médio em colégio particular, mesmo sem o auxílio de bolsa estudantil. Desta forma, passam a ter acesso ao programa alunos que fizeram o "ensino médio completo em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição, ou sem a condição de bolsista". A alteração na Lei 11.096, de 13 de janeiro de 2005, foi publicada no Diário Oficial da União de 7 de dezembro de 2021.

CONFIRA O CALENDÁRIO ATUALIZADO:

- 1º de setembro a 16 de setembro: Comprovação de informações

- 27 e 28 de setembro: Manifestação de interesse na lista de espera

- 3 de outubro: Divulgação do resultado da lista de espera

- 3 de outubro a 7 de outubro: Comprovação de informações da lista de espera

A Bahia registrou sete casos novos da varíola dos macacos na segunda-feira (12), chegando a 75 pacientes infectados com a doença, segundo boletim do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

Não há informação sobre em quais cidades foram registrados os novos casos.

Além dos casos confirmados, há 24 outros classificados como prováveis e 406 como suspeitos no acumulado. Nos últimos sete dias, são 69 suspeitos, um provável e três descartados.

Até agora, a maior parte dos casos na Bahia está em Salvador. Além da capital, houve registros da doença também em Lauro de Freitas, Santo Antônio de Jesus, Cairu, Caldeirão Grande, Conceição do Jacuípe, Conde, Feira de Santana, Ilhéus, Itabela, Juazeiro, Maracás, Mutuípe, Teixeira de Freitas, Pé de Serra, Vitória da Conquista e Xique-Xique.

O primeiro caso no estado foi registrado em 13 de julho. O paciente era morador de Salvador e procurou um hospital particular com sintomas como febre alta, adenomegalia - inchaço nas glândulas do pescoço - e erupções no corpo. Depois, ele foi encaminhado para isolamento domiciliar.

A doença, também chamada de monkeypox, é uma zoonose viral que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. Ela tem sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.

A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa. A erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre e tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está à frente na corrida eleitoral, segundo pesquisa Ipec divulgada nesta segunda (12). Lula está com 46% das intenções de voto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem 31%.

O levantamento aponta uma continuidade na vantagem do petista em relação ao realizado há uma semana.

Antes, o petista tinha 44% e o atual mandatário, 31%. A diferença aumentou de 13 para 15 pontos percentuais.

Em seguida, aparece o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 8% para 7% em relação pesquisa feita nos dias 2 a 4 de setembro. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) se mantém com 4%.

No segundo turno, o petista aparece com 53% das intenções de voto, contra 36% do presidente.

O Ipec ouviu 2.512 brasileiros de 9 a 11 de setembro, em 158 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A sondagem foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01390/2022.

Professores da rede pública de ensino do estado realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (12) em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Os servidores estaduais paralisaram suas atividades nesta segunda e devem permanecer assim até a terça-feira (13). Segundo a Associação de Professores Licenciados do Brasil (Aplb) na Bahia, cerca de 80% das escolas estaduais aderiram à paralisação. A Secretaria Estadual de Educação não informou quantas escolas estão com as portas fechadas durante os dois dias.

Apesar de o dinheiro dos precatórios já ter sido disponibilizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para a transferência ao estado da Bahia no último dia 18, a Alba precisa votar o Projeto de Lei 24.631/2022 que regulamenta o pagamento. O estado encaminhou o projeto à Assembleia no dia 6 deste mês. Há expectativa de que a sessão de votação do PL ocorra na terça (13) ou quarta-feira (14), mas ainda não há data oficial.

Do valor a ser recebido, 60% deverão ser distribuídos entre os profissionais da educação que trabalharam entre 1998 e 2006, o que é equivalente a R$1,039 bilhão. A estimativa é que mais de 80 mil professores sejam beneficiados e o valor a ser pago a cada profissional dependerá da carga horária de trabalho.

Além de exigirem que a votação do Projeto de Lei seja realizada antes das eleições no dia 2 de outubro, os professores reivindicam que o valor seja pago sem descontos e com a correção de juros de mora, por conta do tempo decorrido. Segundo a Aplb, o pagamento pode corresponder a 26,5% do que os servidores teriam direito.

O artigo 2º do projeto de lei inclui um instrumento jurídico chamado Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (Adpf) 528. Na prática, ele permite que o pagamento não inclua os juros. No final da tarde de segunda (12), sindicalistas se reuniram com o procurador geral do estado Paulo Moreno, mas nenhum tipo de acordo foi firmado.

“Tivemos um encontro com o procurador, mas não tivemos avanços significativos e a proposta segue de manter o que está previsto no Projeto de Lei”, disse Marilene Betros, diretora da Aplb na Bahia. “Nós gostaríamos que o artigo 2º fosse modificado e estamos tentando fazer essa discussão nesse sentido”, completou.

A diretora não confirmou que a paralisação seja encerrada no segundo dia e disse que essa avaliação deve depender do que for definido na terça-feira (13). “Amanhã continuaremos com a paralisação e manifestação na Alba. Esperamos conseguir algum desfecho ou decidimos os rumos do movimento amanhã”, afirmou.

O presidente da oposição ao governo na Alba, deputado estadual Sandro Régis (União Brasil), afirmou, em nota, que a bancada está pronta para votar o projeto. Ele defende que os valores sejam pagos integralmente aos professores. “Trata-se de uma decisão judicial e não há o que interferir sobre isso. O direito e o benefício assegurados por lei devem ir integralmente”, disse.

Lideranças do governo na Assembleia foram procuradas, mas não deram retorno à reportagem. A secretaria de Educação também foi questionada sobre escolas fechadas durante a paralisação, mas não respondeu.

A novela das manchas de óleo encontradas no litoral brasileiro ganhou mais um capítulo. Desde o fim do mês passado, o reaparecimento desse tipo de resíduo tem sido observado em praias localizadas no Nordeste do país. Em Salvador, os primeiros fragmentos foram identificados pela Empresa de Limpeza Urbana do município (Limpurb) no dia 26, nos trechos de Jaguaribe, Piatã, Farol de Itapuã, Stella Maris e Praia do Flamengo. Nos dias 1º e 2, outros fragmentos foram encontrados em trechos da Boca do Rio e da Pituba. De lá pra cá, a Limpurb coletou, ao todo, cerca de 26 quilos do material. Inicialmente, autoridades acreditavam se tratar apenas do mesmo óleo derramado em 2019, mas análises químicas divulgadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações na sexta-feira (9) indicam a ocorrência de um novo evento.

Uma nota técnica assinada, também, pela Marinha, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e por universidades afirma que “a hipótese mais provável aponta para um incidente envolvendo petróleo cru, proveniente do descarte de água oleosa lançada ao mar após a lavagem de tanques de navio petroleiro em alto mar”. Ainda segundo a nota, os biomarcadores, ou indicadores de origem, sugerem que o petróleo tenha sido produzido no Golfo do México, conclusão obtida por meio da análise de amostras coletadas, especificamente, nas praias de Boa Viagem, Paiva e Quartel, em Pernambuco, e de Ondina, na capital baiana — na qual, de acordo com a Limpurb, a quantidade presente foi “bem menos de 1 quilo”.

Sem a mesma precisão em suas análises, outras coletas foram feitas nas praias de Casa Caiada, Cupe, Catuama, Maria Farinha, Rio Doce, Bairro Novo e Milagres, também naquele estado; Pitimbu e Jacarapé, na Paraíba; e Carro Quebrado, em Alagoas. Todas as avaliações foram conduzidas pelo Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); pelo Centro de Excelência em Geoquímica, Petróleo, Energia e Meio Ambiente (Lepetro/Igeo), da Universidade Federal da Bahia (Ufba); e pelo Laboratório de Geoquímica Ambiental Forense (LGAF), do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), vinculado à Marinha e responsável por investigar a origem de tais incidentes.

Além disso, o documento informa que as pelotas de óleo ficaram à deriva no oceano durante mais de duas semanas antes de terem encalhado na praia, já que, em algumas delas, foram encontradas, num estágio avançado de desenvolvimento, crostas formadas por organismos conhecidos como “cracas” (crustáceos) e cuja espécie vive em águas abertas.

Origens distintas, preocupação igual — O Instituto de Geociências da Ufba (Igeo) ficou encarregado de analisar, por meio de “equipamentos de ponta, altamente especializados” disponíveis no Lepetro, as amostras coletadas na praia de Ondina, bem como nas de Itapuã, em Salvador, e de Itacimirim, em Camaçari, na região metropolitana. Diferentemente da primeira, as duas últimas continham material similar àquele já visto antes. “Verificou-se boa semelhança entre as amostras coletadas nas praias de Itacimirim e Itapuã com o óleo que surgiu nas praias do Nordeste em 2019, sendo que os resultados da amostra de Itapuã sugerem ainda uma mistura de óleo venezuelano com petróleo do Golfo do México”, diz um resumo das análises.

Isso, no entanto, não significa que houve um novo derramamento do mesmo óleo daquele incidente, e sim a existência de resíduos do material, que continuou nas areias das praias ou fixado em rochas e recifes de coral próximos ao litoral, os quais, por sua vez, se desprenderam devido à ação de ventos mais fortes e de ressacas, que, normalmente, acontecem na região durante essa época do ano.

Já a primeira amostra, como consta na nota técnica, se parece com as de praias pernambucanas e tem características semelhantes a um dos tipos de petróleo produzidos no Golfo do México.

“Além disso, a amostra da praia de Ondina [aos pesquisadores] nos parece se tratar de óleo resultante de lavagem de tanques de navio petroleiro, uma vez que se sabe que, nas paredes dos tanques dos navios petroleiros, podem ficar resíduos de parafinas pesadas, as quais devem ser retiradas periodicamente, após o descarregamento, através de lavagens com uso de detergentes ou dispersantes”, continua o texto.

Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Marinha, o projeto de pesquisa intitulado “Rede Cooperativa de Desenvolvimento de Protocolos para Avaliação de Zonas Costeiras Impactadas por Derramamento de Óleo e Aplicação de Biotecnologias para Remediação (Rebicop)” atua nessa temática de pesquisa desde 2019. Segundo a professora e coordenadora de Pesquisa Olívia Oliveira — que lidera o projeto com o professor Antônio Fernando Queiroz —, embora tenha sido encontrado em menores proporções, o novo óleo também causa preocupação. “Em qualquer quantidade, um derrame de óleo preocupa uma comunidade/sociedade. Mesmo em menor quantidade que o de 2019, trata-se de impacto ambiental, além de não saber exatamente se mais material pode chegar à costa.”

A afirmação é reiterada pelo diretor do Instituto de Biologia da Ufba (Ibio), Francisco Kelmo. De acordo com ele, os impactos desse novo evento são os mesmos para os animais marinhos. “O contato direto com o óleo ou a ingestão acidental pelos invertebrados coloca em risco a vida desses organismos, contribuindo para a perda de biodiversidade e o desequilíbrio na teia alimentar”, explica Kelmo. “Felizmente, esse material foi encontrado em pequena quantidade no nosso litoral e, até o momento, nenhum impacto significativo foi registrado”, ameniza.

O especialista, que esteve à frente da investigação sobre os impactos biológicos das manchas de óleo três anos atrás, diz que, ainda que a lavagem de tanques dos navios petroleiros seja necessária, o lançamento de resíduos no mar deve ser evitado.

“O ideal é que toda a água de lastro e os resíduos das lavagens dos tanques sejam retidos a bordo e transferidos para instalações de recepção, para que tenham um destino apropriado, evitando danos ao meio ambiente”, detalha.

“A descarga desse tipo de material no mar só deve ser realizada quando for para garantir a segurança da embarcação ou salvar vidas humanas, contudo existem protocolos estabelecidos para que tal procedimento possa acontecer”, conclui.

Nesse sentido, a nota técnica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marinha, Ibama e universidades considera os derramamentos de óleo no mar um problema complexo, “cujo enfrentamento requer vigilância e esforços constantes, os quais vêm sendo continuamente empreendidos pela comunidade científica brasileira, em distintos laboratórios do País, juntamente com os órgãos governamentais envolvidos com o tema”. Procurados, nem a Marinha nem o Ibama deram retorno à reportagem até o fechamento desta matéria.

Os primeiros vestígios de petróleo cru foram identificados pelo instituto em 30 de agosto de 2019, nos municípios de Conde e Pitimbu, na Paraíba. O óleo chegou à Bahia em outubro, por Mangue Seco, no norte do estado, e atingiu Salvador no dia 10 daquele mês.

Até fevereiro de 2020, conforme o próprio Ibama, mais de 459 mil toneladas do material foram removidas de praias baianas — 14 delas, na capital, de onde foi retirada uma quantidade superior a 139 mil toneladas, segundo a Limpurb.

O que fazer ao se deparar com o óleo — Francisco Kelmo dá orientações de como proceder caso encontre ou até tenha contato com pelotas ou manchas de óleo nas praias:

1. Caso as encontre, acione alguma das autoridades competentes, como a Limpurb, pelo telefone 156, e reporte o caso, para que elas façam a remoção do resíduo com segurança;

2. Caso tenha contato direto com o petróleo cru ou seus derivados, remova o material e lave a área com água e sabão. Se ainda houver resíduo na pele, use algum óleo mineral ou, até mesmo, óleo de cozinha.

O processo seletivo simplificado para contratação de 335 profissionais em cargos temporários pelo município de Candeias foi suspenso pela Justiça. A decisão atendeu a um pedido formulado em ação civil ajuizada pelo Ministério Público estadual, por meio da promotora de Justiça Bruna Fittipaldi. Conforme a determinação, o edital 001 de 2022 deve ser suspenso em caráter de urgência.

Publicado no dia 16 de agosto, o edital previa o preenchimento de vagas para diversas funções em caráter temporário, atendendo demandas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social de Candeias, por Regime de Direito Administrativo (Reda). A promotora de Justiça levou em consideração que a lei municipal que trata das contratações temporárias possui “irregularidades constitucionais”.

De acordo ainda com a promotora, a seleção abarca situações que estão no campo de prestações de serviços permanentes, “não caracterizando a necessidade temporária e a excepcionalidade obrigatórias pela Constituição Federal e estando em desacordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)". Bruna Fittipaldi salientou ainda que o Ministério Público firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Município, no qual este se comprometeu, dentre outras coisas, a não mais realizar processos seletivos simplificados para preenchimento de cargos com funções de natureza permanente.

O prefeito Bruno Reis anunciou nesta sexta-feira (9) a volta do programa Domingo é Meia, que garante cobrança de metade do valor da passagem de ônibus aos domingos.

"Durante toda pandemia, e com toda dificuldade que o transporte vem enfrentando, tive que suspender o Domingo é Meia", falou ele, em evento na manhã de hoje. "A partir de domingo agora, o programa está de volta", anunciou, durante entregas de obras na Avenida 29 de Março, na região de Cajazeiras.

O prefeito falou de alguns problemas no setor do transporte público. "Queda enorme de passageiros transportados. Eram 28 milhões, caímos para 16. Aumento de mais de 130% do óleo diesel, por conta da pandemia e pela guerra. Isso gerou um desequilíbrio muito grande no sistema. O Domingo é Meia representa receita em torno de quase R$ 4 milhões por mês e as empresas não estavam tendo condições de suportar mais esse investimento", disse. "Segurei o máximo e hoje anunciei o retorno já para domingo agora, dia 11".

Bruno disse que a prefeitura entende que "é o momento" de voltar o programa, mesmo sem a garantia de liberação dos recursos do ICMS para o setor. "Seguramos o máximo".

Atualmente, a passagem está custando R$ 4,90 em Salvador. Com o benefício, é cobrada meia entrada todo domingo para qualquer pessoa.

O programa estava suspenso em Salvador desde 12 de março de 2021, por conta da pandemia de covid-19, anunciou a prefeitura na época.

"No domingo não terá esse benefício. É mais uma medida para desestimular as pessoas a saírem das suas casas ou se deslocarem pela cidade”, disse na ocasião Bruno.

Com a situação da covid-19 mais controlada na capital, a prefeitura vai retomar o benefício.

 

Domingo, 3 de novembro de 1968, 7h da manhã. Pela primeira e única vez, a Rainha Elizabeth II pisava em Salvador. O dia da visita histórica foi marcado por inúmeros compromissos oficiais, mas também por uma simplicidade surpreendente. Na Bahia, a majestade tomou suco de pitanga, comeu beiju com queijo ralado e quebrou protocolos de segurança, recebendo cumprimentos e presentes da população, que lotou as ruas da capital para recepcionar a monarca do Reino Unido.

A cidade certamente marcou a passagem de 11 dias de Elizabeth, então com 42 anos, pelo Brasil. No roteiro, outros locais como Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e Brasília. Em solo soteropolitano, foram pouco mais de três horas, porém suficientes para conhecer e sentir de perto o calor e a receptividade característica do povo.

Ao lado de seu marido, Príncipe Philip, a rainha desembarcou do Britannia, o iate real da Marinha Inglesa, e logo de cara visitou o Mercado Modelo. A recepção foi feita pelo prefeito da época, Antonio Carlos Magalhães, e o governador Luís Viana Filho.

“Que encantamento estar em sua terra”, disse a rainha para ACM.

No trajeto, esteiras de sisal com flores espalhadas por cima. A alteza recebeu uma penca de prata confeccionada pelo prateiro Gérson Viana. Cada barraqueiro teve o direito de levar três convidados, todos vestidos de paletó e gravata.

Cantor e compositor, Chocolate da Bahia ficou frente a frente com a rainha e tocou berimbau para ela. Ele relembra o momento. “Eu cantei uma música que fiz especialmente pra ela, e ela quebrou o protocolo. Nunca tinha se visto isso acontecer, uma rainha abraçar um tocador de berimbau. Eu era um galã, com 20 e poucos anos”, diverte-se.

A saída ficou caracterizada por dois fatos curiosos. Primeiro, o Príncipe Philip ganhou justamente um berimbau de presente. Depois disso, a rainha se dirigiu para o carro Lincoln Modelo K, de 1935, da Ford, pertencente ao governo de São Paulo, que a levaria para percorrer as ruas antes de chegar ao Palácio da Aclamação. Ao sentar no banco, um susto, como narrou a Revista Manchete da época. “A soberana sentou-se na poltrona de couro do carro, fechou a boca de repente, abriu os olhos com surpresa e se pôs de pé um pouco mais depressa do que deveria, provocando a paralisação do cortejo. O banco, exposto ao sol por horas e horas, estava muito quente”, diz o texto.

O passeio permitiu à Rainha Elizabeth II conhecer a essência da população, que a recebeu com muitos aplausos e acenos. A retribuição veio com sorrisos. As ruas estavam enfeitadas com bandeiras do Reino Unido e muitos prédios foram pintados. Algumas crianças, inclusive, conseguiram furar o bloqueio da segurança e se aproximaram do veículo oficial. Apesar do calor, a rainha veio preparada, pois estava vestida com um vestido leve de seda, de cor rosa, além de um chapéu com algumas flores, colar e brinco de pérolas.

“A cidade se preparou para receber a rainha. Pintaram o meio fio, colocaram tapumes em algumas obras para esconder o lado feio. Os baianos foram para a rua saudar a rainha, a representatividade que ela tinha”, lembra o jornalista e publicitário Nelson Cadena. “Ela veio com 18 malas e escolheu um vestido bem fininho por causa do calor”, completa.

Quando o cortejo passava pela Igreja da Conceição da Praia, os sinos tocaram o Hino da Inglaterra, o Hino do Brasil e o Hino da Bahia. A comitiva subiu a Ladeira da Montanha e chegou à Praça Castro Alves. “Dona Rainha, que o Senhor do Bonfim a proteja”, gritou um homem, de acordo com a Revista Manchete.

Cardápio simples

A passagem contou com a presença ilustre em diversos pontos de Salvador, entre eles o Clube Inglês, a Igreja de São Francisco, no Terreiro de Jesus, o Museu de Arte Sacra, além do mais importante, o Palácio da Aclamação. Neste último, a rainha e o Duque de Edimburgo foram apresentados a outros membros do governo e a 120 casais da sociedade baiana.

Elizabeth teve a oportunidade de fazer um lanche simples, com direito a suco de pitanga e beiju com queijo ralado, servidos em uma bandeja de prata do século XVIII. A fruta foi escolhida graças ao elogio feito por ela em sua passagem por Recife, dois dias antes, onde também bebeu o refresco.

Personalidades, intelectuais e artistas também se fizeram presentes na cerimônia que durou aproximadamente 35 minutos. Entre eles estavam Jorge Amado, Carybé e o arcebispo D. Eugênio Sales.

Curiosa foi a pergunta feita por Solange Viana, filha do governador, para a monarca. Ela questionou sobre a ausência dos filhos da rainha na viagem e recebeu a justificativa do motivo para eles terem ficado na Inglaterra.

“Estamos em pleno período escolar. As crianças perderiam muitas aulas se viessem”, teria respondido de acordo com os jornalistas presentes.

A despedida foi discreta, porém não menos importante. De volta ao iate real, Rainha Elizabeth II partiu rumo ao Rio de Janeiro, sua próxima parada. No mar da Baía de Todos os Santos, o Britannia foi ‘escoltado’ por alguns saveiros, numa espécie de procissão. Em diversos pontos da orla, os baianos acompanharam a partida, bem narrada em versos musicais pelo sambista soteropolitano Riachão, falecido em 2020 aos 98 anos. “Da Inglaterra veio direto ao Brasil/ Sei que você também viu/ (...) Seguiu para a Marinha/ A Bahia assistia/ Seu adeus final”.

A Secretaria da Saúde do Estado detectou uma nova cepa da dengue na Bahia. Chamada de dengue sorotipo 2 (DENV-2), a doença pertence ao genótipo II – cosmopolita. Até agora, já são oito casos confirmados no estado.

A Sesab emitiu um alerta para os núcleos Regionais de Saúde e para as secretarias Municipais de Saúde sobre a importância da detecção precoce de sinais e sintomas da dengue. A cepa foi identificada pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) em oito amostras, sendo seis em Feira de Santana, no centro-norte do estado, e dois Camaçari, cidade localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

De acordo com o alerta, este genótipo é o mais disseminado no mundo, mas ainda não há dados suficientes para associá-lo a maior transmissão e gravidade dos casos. A Sesab enviou uma equipe da vigilância epidemiológica em Feira de Santana para fazer o levantamento das pessoas que foram confirmadas com a nova cepa da dengue e obter mais informações sobre a doença.

Dentre as recomendações contidas no documento da Sesab estão a atualização e execução os planos municipais de contingência das arboviroses; mobilizar e orientar a população sobre a situação epidemiológica local e as estratégias de prevenção e controle da dengue; desenvolver ações de rotina no combate ao mosquito Aedes aegypti, como forma de conter a disseminação do vírus; atualizar profissionais de saúde em todos os níveis de atenção da rede pública e privada sobre os sinais e sintomas da doença, diagnóstico, diagnóstico diferencial e manejo clínico adequado.