O Jornal da Cidade

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A operação do BRT em Salvador começa a funcionar em fase de testes na semana que vem, garantiu o prefeito Bruno Reis, nesta quarta-feira (21). O equipamento deve ter acesso gratuito por pelo menos um mês, enquanto acontece esse período de avaliação, para que em novembro comece a funcionar efetivamente.

"Os ônibus já chegaram e estão sendo testados. Agora no final do mês ele começa a funcionar gratuitamente para a população. Vai passar o mês de outubro em teste para em novembro a gente botar para funcionar", explicou Bruno nesta manhã. "É necessário um mês testando a operação. As obras estão sendo concluídas até a próxima semana e em seguida a gente bota em funcionamento. E a partir de novembro para valer. Um mês funcionando gratuitamente, pelo menos", reforçou.

Ele explicou que grande parte dos ônibus da frota de Salvador transitam pela região. "Vamos inaugurar todo o trecho do novo central comercial da cidade, que pega da Cidade Jardim entrando por toda região do Shopping da Bahia, e por toda região do Parque da Cidade até a Orla. Ali é onde passam 7 de cada 10 ônibus que circulam na cidade diariamente. Tem uma grande quantidade de ônibus", disse. "Com esses dois trechos prontos já da pra ter funcionalidade o BRT, que começa a funcionar semana que vem".

Testes
Os dez veículos que vão iniciar a operação do novo modal chegaram a Salvador na tarde da segunda-feira (19). A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) iniciou testes na estação Parque da Cidade no mesmo dia.

Foram testadas a abertura e fechamento das portas automáticas das estações, atracarem do veículo para embarque e desembarque e distanciamento de parada dos ônibus na estação. A Semob também está treinando os motoristas que vão operar os veículos.

“Este é um momento importante para a mobilidade de nossa cidade. O BRT está sendo pensado em todos os detalhes para trazer o que há de melhor quando se trata de transporte público, oferecendo um equipamento moderno, seguro e eficiente aos usuários de Salvador”, destacou o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Müller.

Operação
A operação do BRT será iniciada de forma assistida, com horário reduzido, fora dos horários de pico. Nesta primeira etapa, a ação ocorrerá no trecho entre o Shopping da Bahia e a Pituba, beneficiando diretamente as regiões da Avenida ACM, Itaigara e Juracy Magalhães.

O BRT irá ampliar a oferta de transporte público oferecendo agilidade e segurança aos usuários, retirando o excesso de veículos que circulam pelo trecho e melhorando o tráfego de toda a área e proximidades. O usuário poderá integrar com outros modais, seja ônibus convencionais, Sistema de Transporte Especial Complementar (Stec) – mais conhecidos como amarelinhos – ou mesmo com o metrô, pagando o valor de uma tarifa.

Por contar com uma faixa exclusiva, o passageiro que está no Shopping da Bahia poderá chegar à praça Nossa Senhora da Luz em aproximadamente 15 minutos com o BRT, estima a Semob. O percurso atual dura 45 minutos.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Energia (Aneel) autorizou nesta terça-feira (20) a nova metodologia de cálculo das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) e das Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD-g). A proposta prevê o realinhamento dos custos de transmissão de modo a equilibrar a cobrança pelo uso do Sistema Interligado Nacional (SIN), fazendo com que os agentes que mais a oneram paguem proporcionalmente mais pelo serviço. A mudança pesará mais para as empresas que geram energia a partir do Nordeste, mas trará alívio ao bolso do consumidor, segundo a Aneel.

A decisão vem corrigir uma distorção verificada nos últimos anos, após a entrada em operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e de outras geradoras nas regiões Norte e Nordeste. Segundo a Aneel, o que acontece é que as regiões Norte e Nordeste eram importadoras de energia elétrica há duas décadas, quando foi definida a metodologia anterior de cálculo da TUST e da TUSD-g, mas se tornaram exportadoras de energia em virtude do cenário sobretudo de fontes renováveis como eólica e solar.

"A Agência promoverá a gradual intensificação do sinal locacional – ou seja, um realinhamento dos custos de transmissão de modo a equilibrar a cobrança pelo uso do Sistema Interligado Nacional (SIN), fazendo com que os agentes que mais a oneram paguem proporcionalmente mais pelo serviço", diz a Aneel.

Na prática, quem gera energia a partir do Norte e Nordeste passará a ser mais onerado, mas, em outra ponta, haverá uma redução na cobrança ao consumidor. Segundo a Aneel, com a nova regulamentação, espera-se um alívio médio de 2,4% nas tarifas dos consumidores da Região Nordeste e de 0,8% para os consumidores da Região Norte, totalizando uma redução próxima a R$ 1,23 bilhão anuais nas contas.

"Os consumidores, anteriormente afastados dos centros de carga, hoje estão próximos e oneram menos o sistema do que era considerado no cálculo", reforça a agência.

A nova metodologia começará a ser aplicada no ciclo tarifário 2023/2024, no qual 90% do cálculo seguirá a contabilização de custos anterior e 10%, o cálculo orientado pela intensificação de sinal locacional.

A aplicação do cálculo será aumentada em 10 pontos percentuais a cada ciclo, até que se chegue, no ciclo 2027-2028, ao equilíbrio de 50% do cálculo considerando o custo nacional e 50%, o custo regional de transporte da energia.

As tarifas flutuantes serão calculadas considerando os limites superiores e inferiores móveis, associados à variação da inflação medida pelo Índice de Atualização da Transmissão (IAT) e ao risco imediato de expansão da transmissão.

O voto do diretor-relator do assunto, Hélvio Guerra, argumentou que a sinalização eficiente de preços, por meio da tarifa flutuante, evita subsídios cruzados e favorece a otimização da expansão do sistema de transmissão e da operação do sistema interligado.

O jogo será longe de Salvador, mas os torcedores do Vitória poderão acompanhar o último jogo do quadrangular da Série C do Brasileiro no Barradão. A diretoria do Leão anunciou nesta quarta-feira (21) que colocará um telão no estádio para os torcedores que quiserem acompanhar a decisão contra o Paysandu. A partida será disputada no sábado (24), às 17h, no estádio da Curuzu, em Belém.

O ingresso custa R$ 10 e só poderá ser comprado no sábado, nas bilheterias do Barradão. O preço é único para sócios e não sócios. Às 11 horas, O portão do estacionamento estará aberto a partir das 11h e o do estádio às 15 horas.

Com oito pontos, o Vitória é o segundo colocado do Grupo C e depende apenas das próprias forças para garantir o acesso à Série B de 2023. Lanterna com apenas três pontos, o Paysandu já está eliminado. O ABC é o líder, com 11 pontos e acesso garantido. O Figueirense está em terceiro lugar, com seis pontos. Apenas os dois primeiros colocados sobem.

 

O prefeito Bruno Reis afirmou nesta terça-feira (20) que o problema com os pisos salariais é o fato de elevarem também as gratificações, tornando os valores "impagáveis". Ele falou que Salvador aguarda a decisão sobre o piso da enfermagem, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) enquanto não houver definição sobre os recursos para pagar os profissionais.

"Defendo piso, não tem problema nenhum para Salvador. Se for aprovado, vamos implantar. Agora, vamos ter que sentar e incorporar as gratificações", disse Bruno, na manhã de hoje.

Bruno disse que Salvador paga um salário bem maior que o piso para os enfermeiros. "Semana passada lançamos um concurso. Sabe qual o salário inicial do enfermeiro na prefeitura? R$ 9,5 mil. Paga melhor que o Einstein (hospital), em São Paulo", afirmou.

Ele voltou a citar o caso dos agentes de endemia e saúde de Salvador. A prefeitura foi à Justiça para tentar conseguir mais recursos do governo federal para pagar a categoria, após definição do piso que acabou elevando os custos. "Vocês estão vendo o problema com os agentes de endemia. São as gratificações que incidem sobre o piso. Tem algum problema pagar o piso? Não. Para enfermeiro, R$ 4,8 mil. Aqui, todo mundo ganha o dobro. Agora, não dá para, sendo aprovado o piso, manter todas as gratificações, que aí o salário vai para R$ 15 mil. É impagável", disse.

Sobre os agentes de endemia, ele disse que a não vai comprometer a saúde financeira da prefeitura para pagar um valor que não tem sequer de onde tirar. "O princípio do piso é garantir que os agentes de endemia ganhem pelo menos dois salários. Aí tem lá a gratificação de insalubridade, vamos manter 20%. Mas não é o piso mais 122,5%, que o salário vai para R$ 6,6 mil e a conta não fecha, não tem de onde tirar esse dinheiro. A prefeitura não arrecada para isso", conclui.

 

O vereador Roger Bruno Freitas de Santana, de Banzaê, na Bahia, foi preso na segunda-feira (19) acusado por estupro de vulnerável. A vítima é uma menina de 13 anos.

Segundo a Polícia Civil, o acusado se apresentou na delegacia de Ribeira do Pombal com um advogado e lá foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Criminal, Júri, de Execuções Penais e Infância e Juventude da cidade.

Mais detalhes sobre a investigação não podem ser divulgados, porque o caso corre sob segredo de Justiça, segundo a polícia.

O presidente da Câmara de Banzaê, Fernandes Campo do Brito, disse que a equipe jurídica está analisando o caso. "Pegou todo mundo de surpresa", afirmou. "É um assunto novo pra gente, não recebemos nenhum comunicado do MP nem da polícia. O jurídico da Câmara está se informando sobre o inquérito", diz. Só depois, haverá definição sobre se alguma medida será tomada.

Conhecido como Roger Enfermeiro, o vereador do PT foi o mais votado da última eleição na cidade, com 8,97% dos votos. Ele está no seu primeiro mandato e é segundo secretário da Câmara.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do vereador.

A atriz Claudia Raia, 55, anunciou, na noite desta segunda (19), que está grávida do primeiro filho do casamento com o ator Jarbas Homem de Mello, 53, com quem está há três anos. Ela já é mãe de Enzo Celulari, 25, e Sophia Raia, 19, fdo casamento de 17 anos com o ator Edson Celulari, 64.

Ela deu a notícia ao público por meio de postagem no Instagram, onde compartilhou um vídeo em que aparece sapateando ao lado do marido e aponta para a sua barriga indicando estar grávida. Ela ainda exibe o teste de gravidez que indica que está de três semanas.

Nos stories, Claudia Raia postou alguns vídeos contando como foi a descoberta da chegada do terceiro filho. Ela confidenciou que chegou a chamar a "médica de louca" quando recebeu a ordem de exame de sangue.

"Gente, vocês viram no feed, a notícia do ano. Eu tô que não me aguento, mas quero contar para vocês o babado todo, porque isso é que tem graça. Quando a médica me pediu um beta, o exame de sangue de gravidez, eu falei: 'Amor, você está bem louca. De onde que você tirou isso? Eu tenho 55 anos de idade". Aí ela falou: 'Mas eu preciso investigar porque todos as suas taxas estão diferentes, estão estranhas". O que que eu fiz? Não aguentei, fui na farmácia, comprei o clearblue, não aguentei porque falei 'tenho que fazer o teste', teste que todo mundo faz, que que é isso que eu vou esperar um dia e meio pra vir um negócio de exame de sangue? Não aguento. Aí fiz o teste e veio, grávida mais de 3 semanas, eu falei: "Tá errado, não pode ser. Gente, eu tenho 55 anos". Olhei para cima e falei com Deus: "Tenho 55 anos, vocês querem me enlouquecer? Não é assim a vida". Mas aí tem o negócio de 99,9% de acerto, de precisão, aí falei: 'Meu Deus do céu, tô grávida, como é que aconteceu isso?'. Eu precisava dividir isso com vocês, porque inclusive diz quantas semanas você tá, é pra cair dura no chão".

Historicamente é comprovado que as mulheres se dedicam mais aos estudos do que homens. Quando nos deparamos com dados sobre a empregabilidade, no entanto, a escolaridade não parece ser suficiente para explicar a falta de trabalho. De acordo com dados de agosto do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa total de desempregados na Bahia é de 15,5%, o que equivale a 1,1 milhão de pessoas, sendo 650 mil homens e 450 mil mulheres. No entanto, enquanto 12,3% dos homens economicamente ativos (quase 5 milhões) estão desempregados, a percentagem de mulheres desempregadas é de 19,6% das mais de 2,2 milhões de mulheres economicamente ativas, ou seja, 37% maior que a dos homens. Na mesma linha, a média salarial delas é R$ 177 a menos do a dos profissionais masculinos.

Larissa Menezes, de 25 anos, sabe bem dessa realidade. A jovem mora no bairro São Caetano e está desempregada há três anos. Seu último emprego foi como auxiliar em um restaurante e a renda que recebia ajudava a manter a casa em que mora com a mãe, o padrasto e o irmão mais novo. Hoje o único que trabalha na família é o padrasto, como segurança, e a mãe recebe o Auxílio Brasil no valor de R$ 600.

Desde que ficou desempregada, Larissa, que tem nível médio completo, manda currículos pela internet e busca trabalho em lojas. Durante os momentos mais duros da pandemia, a família recebia cestas básicas doadas pela Central Única das Favelas (Cufa).

“Aqui a gente mora de aluguel, paga luz e água. São muitas contas para pagar. Os preços no mercado também estão muito caros e aqui em casa só uma pessoa está trabalhando”, diz a jovem.

Especialistas ouvidos pela reportagem indicam que uma série de fatores podem explicar o porquê de as mulheres estarem menos empregadas do que os homens em trabalhos formais e informais. O mais importante deles seria a divisão sexual do trabalho, que tradicionalmente atribui tarefas diferentes a homens e mulheres por conta do sexo biológico. Nada mais é do que aquela velha história de que elas devem cuidar da casa e dos filhos, enquanto os homens saem para trabalhar.

“O trabalho produtivo remunerado esteve historicamente ligado aos homens e as mulheres sempre estiveram à frente dos trabalhos reprodutivos, sem remuneração. As atividades domésticas, quando não são compartilhadas, colocam a mulher em uma posição de mais desvantagem para se inserir no mercado de trabalho”, explica Ana Georgina Dias, supervisora técnica regional do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Esse tipo de discriminação acontece inclusive por parte dos empregadores, que muitas vezes acreditam que as mulheres não estarão completamente disponíveis para o trabalho, segundo Márcia Macedo, professora e pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim/Ufba). A média salarial na Bahia para os homens é de R$ 1.728 e para as mulheres R$ 1.605.

Dados mais recentes do IBGE que tratam sobre a divisão do trabalho doméstico da Bahia são de 2019. Eles apontam que mulheres de 14 anos ou mais no estado despediam, em média, 21 horas por semana em afazeres domésticos ou cuidados de pessoas da família, inclusive do marido. Enquanto isso, os homens dedicavam 10 horas semanais a essas tarefas - menos da metade.

“O mercado de trabalho absorve este o olhar e muitas vezes não seleciona mulher para determinados trabalhos por conta da gravidez ou, sendo mãe, das necessidades de se ausentar por conta de problemas com filhos. Na pandemia isso ficou muito claro, quando mulheres sofreram muito com o fechamento de creches e escolas”, diz Márcia Macedo. Os dados de desemprego do IBGE incluem pessoas que não trabalham informalmente e que procuram trabalho, mas não encontram.

Estudos

Mariana Viveiros, superintendente de disseminação de informações do IBGE, lembra ainda que as mulheres são em média mais escolarizadas que os homens na Bahia. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2019, indica que enquanto 13% das mulheres adultas (25 anos ou mais) tinham nível superior, o percentual entre os homens ficou em 8,7%.

“Não existe, pelo menos na história recente, momentos em que a diferença de desemprego entre homens e mulheres tenha ficado significativamente menor. Existe uma questão cultural e histórica que não conseguimos medir. Apesar de tudo, as mulheres são mais escolarizadas que os homens, em média”, afirma.

Danielle Cruz, 29, completou a faculdade de Fisioterapia, mas desde que se formou, em 2015, nunca conseguiu emprego com carteira assinada na sua área. De uns tempos para cá, a situação ficou mais difícil e ela começou a procurar vagas de nível médio, mesmo tendo um curso superior no currículo. No período que passou desempregada, utilizou dinheiro que investiu em um intercâmbio não concretizado para pagar as contas.

“Eu tinha uma viagem programada que deu errado e desde então estou vivendo com o reembolso do que investi. Nesse período comecei a procurar emprego, mas não consegui na minha área. Aí veio a necessidade de buscar vagas de nível médio e estou passando por um processo de contratação”, conta a fisioterapeuta que está para ser contratada em uma área diferente da sua formação. Durante todo esse período Danielle, que luta jiu-jitsu, participou de competições da arte marcial.

“Eu fiquei entre a cruz e a espada porque é difícil conseguir vaga na área de fisioterapia, ao mesmo tempo em que meu currículo é muito especializado para vagas de nível médio”, diz.

Cenário é ainda mais difícil para mulheres negras

A professora Márcia Macedo, que pesquisa sobre relações de gênero e mulheres chefes de família, defende que não devemos generalizá-las, como se todas tivessem as mesmas oportunidades. Segundo a pesquisadora, existe um recorte de raça importante que indica que as mulheres pretas e pardas possuem ainda mais dificuldade para se inserirem no mercado de trabalho.

“Quando falamos em mulheres, acabamos colocando como se todas elas fossem igualmente atingidas. Obviamente ainda existem barreiras de gênero. Mas grande parte do contingente das mulheres que estão fora do mercado de trabalho e ganham menos, são negras e pobres”, explica. “Existem três grandes fatores que mexem com a questão da empregabilidade: raça, gênero e a área de residência”, completa Márcia Macedo.

O levantamento da PNAD realizado no 2º trimestre de 2022 revelou que a taxa de desemprego entre pessoas negras teve crescimento de quase 14% no Brasil. Enquanto isso, a taxa de desocupação entre homens e brancos é abaixo da média nacional (11%), sendo de 7,3% e 7,5% respectivamente.

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A prefeitura de Salvador anunciou nesta segunda-feira (19) a entrega de 106 mil tablets para alunos do 1º ao 9º ano das escolas municipais, além de mais oito mil chromebooks para os professores.

"Hoje, sem sombra de dúvidas, é o dia mais feliz da minha vida pública. Jamais irei esquecer essa manhã", celebrou Bruno, durante o evento, no Subúrbio 360 em Coutos, com a presença do titular da Secretaria Municipal de Educação, Marcelo Oliveira. "Quando a gente começa a incluir nossas crianças nesse mundo digital, a gente vai estar fazendo uma verdadeira revolução na nossa cidade e em especial na nossa educação", ressaltou.

Bruno destacou que é um "produto da educação", lembrando que a mãe era professora e a avó que o criou era docente aposentada. Eles não tinham computador em casa. "Sei a importância de um equipamento como esse que a gente vai distribuir para os professores, que vão poder prestar um trabalho de qualidade ainda maior, e principalmente para essas crianças", disse.

O investimento na compra dos equipamentos foi de R$ 90 milhões. A intenção do programa é melhorar o aprendizado e fortalecer a educação integral com ajuda da tecnologia, agilizando o processo de correção de avaliações externas e também o lado administrativo e pedagógico.

A gestão Bruno Reis já inaugurou 13 escolas novas e o prefeito disse que serão ao todo 36, incluindo as que estão em fase de projeto e construção. "Quando soma com as reformas, 270 escolas, 75% da nossa rede toda requalificada. E vamos requalificar 100% da nossa rede", prometeu.

Ele também prometeu expandir o wi-fi gratuito para toda rede escolar, além de todos equipamentos da prefeitura, incluindo praças e parques de Salvador. "Esse tablet aqui tem um chip com pacote de dados. Na escola, estamos botando wi-fi, vocês (os alunos) vão lá acessar do wi-fi. Quando for pra casa, que vai levar o tablet, tem um vídeo pedindo para terem cuidado, vão ter o pacote de dados. Mas se for uma praça, em frente à sua casa, lá também vai ter wi-fi", disse. "Vamos chegar agora dia 30 a 200 praças com wi-fi em nossa cidade, e vamos chegar a todas as praças", garantiu.

 

Depois de tantos pedidos, os apaixonados pelo Festival de Verão já podem comemorar. O evento, que será realizado nos dias 28 e 29 de janeiro, voltará para o Parque de Exposições, após cinco anos.

A festa, que foi redirecionada para a Arena Fonte Nova em 2016, vai retornar para o seu local de origem, depois de várias pesquisas de opinião e nas redes sociais. Além disso, o Parque de Exposições tem uma amplitude maior para receber a quantidade de fãs do FV.

De acordo com Gabriela Gaspari, 'head' da Bahia Eventos e produtora de experiências, em conversa ao G1, explicou que a próxima edição será memorável, visto que o público estava com saudade do tradicional evento no Parque.

“Estamos muito animados com essa retomada e o público pode esperar muita dedicação para uma edição inesquecível. E como um festival é feito para as pessoas, nós as ouvimos, e decidimos voltar para o parque. Essa é só uma das grandes novidades que o público pode esperar para 2023.”

Ela ainda salientou que, após 23 anos de história, é importante focar que o festival ainda está vivo na memória dos baianos e turistas que participaram do evento durante anos.

“Quando retomamos os preparativos para o Festival de Verão, logo após a reabertura para os eventos, o que mais notamos nas pesquisas foi a memória afetiva das pessoas. Quase todo mundo, em qualquer lugar do Brasil, já viveu uma história no Festival de Verão. Isso jamais será apagado. São 23 anos de história de um festival que orgulha os soteropolitanos e traz ainda mais calor para o verão na Bahia”, finalizou.

Adriele Silva, 27 anos, mora em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo. Está em busca de emprego há pouco mais de um ano. Ela tem ensino médio incompleto. Sua renda atual vem especialmente do auxílio do governo federal, que recebe por conta da filha de 9 anos, além da ajuda de familiares e diárias que esporadicamente consegue fazer como garçonete em bares da cidade.

As angústias e incertezas vividas diariamente pela jovem por conta do desemprego também estão presentes no dia-a-dia de 15,5% da população baiana em idade ativa – 1,1 milhão de pessoas –, de acordo com o último levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC/IBGE), referente ao segundo trimestre de 2022.

Entre 2012, quando a pesquisa começou a ser realizada, e 2021, o estado perdeu quase 200 mil postos de trabalho. No mesmo período, a taxa de desemprego passou de 10,8% da população para 17,3% em 2021. Em final de 2020, o desemprego chegou 20,7% do total, o que representava que um em cada cinco trabalhadores estava fora do mercado.

Os dados mais recentes revelam que o estado se manteve no topo do ranking de pessoas desocupadas, posição em que permanece initerruptamente desde o 2º trimestre de 2019. Antes disso, segundo série histórica da mesma PNADC, iniciada no 1º trimestre 2012, a Bahia esteve sempre se revezando no ranking do desemprego com os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte.

Ranking do desemprego
Taxa de desemprego nos estados brasileiros (em %)
Média nacional 11,1

Santa Catarina 4,3
Mato Grosso 5,9
Mato Grosso do Sul 6,4
Rondônia 6,8
Paraná 7
Rio Grande do Sul 8,1
Goiás 8,7
Roraima 9,2
Minas Gerais 9,4
Tocantins 9,6
Espírito Santo 9,8
Pará 11
Ceará 11,1
São Paulo 11,1
Piauí 11,9
Distrito Federal 12,1
Rio Grande do Norte 12,7
Paraíba 13
Amazonas 13,1
Acre 13,2
Maranhão 13,4
Rio de Janeiro 14,2
Alagoas 14,5
Sergipe 14,5
Pernambuco 17,1
Bahia 17,3
Amapá 17,5
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral

O Drama da recolocação profissional também tem sido vivido por Edelcy Leal, 34, pós-graduada em Relações Públicas. Ela está desempregada desde setembro de 2021. Vivia em Camaçari, mas em abril deste ano, após meses de procura por oportunidades sem sucesso, decidiu voltar para Amargosa, sua cidade Natal. Desde então, ela e a filha de 2 anos tem sobrevivido com apoio da família, principalmente dos pais.

Na cidade, Edelcy tem buscado vaga de trabalho no comércio, e novamente tem encontrado dificuldade. A sua qualificação profissional, inclusive, tem sido o principal impeditivo.

A taxa atual de desemprego na Bahia é maior que a média nacional observada de maio a junho deste ano, quando o país recuou de 11,1% para 9,3%. Nos dez últimos anos, mesmo em 2014, quando o Brasil sustentou por nove meses – de abril a dezembro – consecutivos taxas abaixo de 7%, a Bahia figurou entre as mais altas no cenário nacional: 10,2%, 9,8% e 9,8% nos segundo, terceiro e quarto trimestre, respectivamente.

Isoladamente, a maior taxa local na última década foi observada no terceiro trimestre de 2020, durante a primeira onda da pandemia da covid-19 – julho a setembro -, com 21,1%, de acordo com a PNADC. A média nacional à época foi de 14,9%. A menor, se observado o mesmo período, foi de 9,1% de desocupação, no 4º trimestre de 2013, quando o Brasil tinha 6,3%.

Evolução do desemprego na Bahia
(em %)
2012 10,8
2013 9,1
2014 9,8
2015 12,4
2016 16,8
2017 15,1
2018 17,6
2019 16,5
2020 20,7
2021 17,3
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral

Apesar de permanecer no topo, o resultado mais recente da pesquisa revela uma leve melhora no cenário local em relação ao trimestre anterior – janeiro a março –, quando 17,6% da população ativa amargava o desemprego. Naquele contexto estava Tatiana Nery, 46. Moradora de Camaçari, Tatiana foi uma das milhares de trabalhadoras e trabalhadores que perderam seus empregos após a saída da montadora Ford do Brasil. Na Bahia, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, o fechamento da unidade de Camaçari provocou um apagão de aproximadamente 13 mil postos de trabalho – diretos e indiretos – na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Demitida em junho de 2021, Tatiana levou 10 meses para encontrar uma nova oportunidade. Durante o período, para garantir o sustento da casa e, principalmente do filho, à época com 15 anos, investiu a indenização, que recebeu pelos 19 anos de trabalho, na aquisição de um carro e passou a atuar como motorista por aplicativo. “Foi a solução que me apareceu na época. Estava tudo muito difícil. Eu estava muito preocupada”, relembra. Para piorar a situação de Tatiana, o acordo feito entre o sindicato e a empresa não previu o pagamento do seguro desemprego. “Era tudo com aquele dinheiro que a gente recebeu”.

Em maio deste ano, Tatiana voltou ao trabalho, mas fora da sua área de capacitação e com uma remuneração mais baixa. Ocupa atualmente uma vaga temporária, via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), como auxiliar de disciplina em uma escola estadual do município, onde recebe mensalmente um salário mínimo. A convivência com o desemprego, porém, não chegou ao fim. Entre a demissão da Ford e a atual retomada, a auxiliar escolar perdeu os pais, e precisou receber em sua casa, na qual vive de aluguel, o irmão André Nery, 50, também desempregado. Para ajudar nas despesas da casa, Nery agora utiliza o carro comprado pela irmã e roda como motorista por aplicativo.

Entre 2012 e 2022, a PNADC também avaliou trimestralmente as taxas de ocupação na Bahia. Os dados demonstram que, com pequenas oscilações para mais ou para menos, a oferta de vagas nos mais diversos setores demonstra mudanças significativas. No quadro geral, considerando atividades como a indústria, agropecuária, comércio, administração pública, serviço doméstico e outros, no início de 2012, o estado dispunha de aproximadamente 6,08 milhões de vagas ocupadas. No último trimestre, a ocupação total medida pelo IBGE foi aproximadamente de 6,03 milhões.

Segundo Diana Gonzaga, professora da Escola de Economia da UFBA e pesquisadora da Economia do Trabalho, o fenômeno que se percebe na Bahia é considerado estrutural, pois se estende ao longo do tempo, e não conjuntural, resultante de um conjunto específico de condições econômicas pontual. A necessidade, então, é equilibrar a balança que tem, de um lado, a concentração econômica das atividades produtivas do país nas regiões Sul e Sudeste, especialmente em São Paulo, e do outro, os desafios das instâncias governamentais, em caráter estadual e nacional, para atrair investimentos às demais regiões.

“As soluções também precisam ser estruturais, que envolvem mudar a estrutura produtiva do estado, mudar a capacidade de absorver seus trabalhadores e garantir investimentos. Isso envolve planejamento de longo prazo”, enumera.

Na Bahia, dos 417 município, 278 estão localizados na região do semiárido, enquanto a maior parte dos empregos formais estão concentrados na capital e na RMS. Desta perspectiva, Gonzaga destaca também a necessidade de redução das desigualdades internas, de forma a criar empregos nas regiões e evitar o êxodo intraestadual.

“É necessário desenvolvimento de políticas de incentivo para que as pessoas não saiam do seu município de nascimento. Investigar quais são as potencialidades econômicas de cada estado [no caso do Executivo nacional], de cada região. Observar as potencialidades locais, os setores mais competitivos, e como estimular esses setores. Buscar experiências que tenham dado certo de convivência com a seca e tentar estimular a produção de renda nessa região”, exemplifica.

Infraestrutura, mão de obra e tributos
O investimento em infraestrutura é um ponto central para estudiosos e para investidores dos mais diversos setores produtivos quando se pensa a possibilidade de formatação de um cenário atrativo para grandes investimentos.

“Infraestrutura de transporte, melhorar as estradas, ferrovias, portos, além de energia, telecomunicações, mas também de capital humano. Qualidade do trabalhador. É preciso pensar em aumentar a qualidade da educação básica, aumentar a proporção da força de trabalho potencial com maior escolaridade, que aqui ainda possui escolaridade muito baixa”, avalia Gonzaga.

Os pontos citados pela professora também constam em um extenso documento entregue por entidades dos setores de transporte, agropecuária, comércio e turismo, além de segmentos da indústria em geral aos postulantes ao governo da Bahia nas eleições deste ano, no início de agosto. Acrescenta-se como demanda comum aos diversos setores a questão tributária.

A observação das questões, como mostra Mauro Pereira, do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), já produziu resultados concretos na Bahia. Ele conta que, no primeiro governo do agora senador Jacques Wagner (PT), a construção de uma agenda entre governo e as empresas permitiu uma expansão de investimentos no Polo Industrial de Camaçari entre 2007 e 2009. “A gente tinha preparado o Polo e foi também quando deu um avanço mundial. Nós viramos a bola da vez, algo que depois se perdeu”, pontua.

Segundo Pereira, na ocasião, as pautas essenciais foram o custo da matéria-prima e da energia, a infraestrutura – estradas, o modal ferroviário e as questões portuárias –, a isonomia tributária e a qualificação de mão de obra, demandas que permanecem vigentes, em maior ou menor grau.

“Uma empresa de qualquer lugar, seja São Paulo ou de Minas Gerais, até mesmo do exterior, vem para cá e vai tentar a conquista do mercado. Ela vai ter que ser competitiva. E para isso tem que ter estradas”, exemplifica Pereira. À época, segundo ele, também fora pontuada a situação da infraestrutura interna do Polo de Camaçari, que ainda hoje continua deteriorada dada a falta de manutenção.

“A gente precisava atrair projetos para cá, atrair novos investimentos. Tem que ter essa preparação desses jovens que vão trabalhar nos grandes projetos, de maneira que a empresa chegue aqui e encontre esse pessoal preparado. A gente tinha e continua tendo essa deficiência. Já que a gente não tem uma política industrial, que a gente faça nossa própria política, olhando especificamente para seguimentos e região”, destaca.

Marconi Oliveira, diretor-executivo da Pró-Cia, entidade que representa o Centro Industrial de Aratu (CIA), defende a necessidade de se modernizar os distritos para que eles se tornem cada vez mais atrativos para novos investimentos. Ele cita como exemplo do potencial o caso do CIA, uma área próxima a Salvador, principal metrópole do Nordeste, e de terminais portuários, rodovias e do Aeroporto Internacional. “Nós temos certeza de que a contribuição eu pode ser dada pelo CIA para o desenvolvimento da Bahia é muito maior do que a atual, mas para isso, nós defendemos a necessidade de um novo ordenamento. Precisamos de melhorias viárias, segurança, melhorias na estrutura de comunicação, porém o mais urgente é ter um novo planejamento”, destaca.

Em relação à infraestrutura, Paulo Villa, diretor-executivo da Associação dos Usuários de Portos da Bahia (Usuport), defende a necessidade de melhorias em todas as áreas. Ele cita a necessidade da ampliação dos serviços portuários, mas lembra também das demandas rodoviárias e ferroviárias. Uma prioridade, aponta, é uma solução para a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). “Muito aquém das necessidades da Bahia”, frisa.

Indústrias X mercado informal
Ao avaliar a elevação do desemprego no estado, Alex Gama, membro do Conselho de Economia da Bahia (Corecon-BA) e professor da Unifacs, destaca também a redução da participação das indústrias no PIB local, somado ao avanço cada vez maior do setor de serviços. “Na Indústria se tem empregos mais estáveis, com pessoas mais qualificadas e que passam mais tempo no mercado de trabalho. Já nos serviços, se tem alta rotatividade, com pessoas menos qualificadas e baixos salários”, explica.

Ele lembra que a perda de participação da indústria também provocou o aumento dos índices de desemprego em outros locais, como no Rio de Janeiro (RJ), nos últimos anos. “Para mudar o cenário tem que atrair atividades produtivas industriais e melhorar a qualificação do mercado de trabalho”, completa.

O professor também elenca como consequências da redução dos postos formais a “degradação do mercado de trabalho” e o surgimento do “falso empreendedor”. De acordo com o IBGE, os trabalhadores informais na Bahia representavam atualmente 53,1% de toda a população ocupada.

“A pessoa não é empreendedora. Ela está sendo espoliada. Coloca seu carro, seus equipamentos para trabalhar, tem que comprar celular, computador para realizar o trabalho. A gente está passando uma fase própria do capitalismo, que provoca mudanças e afeta o mercado de trabalho como um todo. Não é algo só na Bahia. É nível mundial”, destaca. Segundo ele, as novas modalidades de trabalho que poderiam ser um complemento de renda tem se transformado na atividade principal em função da falta de alternativa.