Um traficante responsável por descartar os corpos de Bruno Barros e Yan Barros, após serem detidos furtando carnes, no supermercado Atakarejo, foi capturado, na manhã desta quarta-feira (30). O cumprimento do mandado de prisão foi realizado durante a 2ª fase da Operação Retomada, coordenada pelo Departamemto de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O homem, que possuía mandado de prisão, foi localizado, no Complexo do Nordeste de Amaralina. No dia 26 de abril, após tio e sobrinho serem mortos, o traficante descartou os corpos, no bairro de Polêmica. As vítimas foram colocadas no porta-malas de um carro modelo I30. O veículo estava com placa clonada e havia sido roubado há cinco dias.

“A participação e a atuação de cada envolvido na execução e principalmente do mandante do crime foram os principais avanços desta fase da investigação”, afirmou a diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro.

A titular da 1ª DH / Atlântico, delegada Zaira Pimentel, ressaltou que as ações de inteligência foram fundamentais para que a polícia encontrasse mais um autor do duplo homicídio.

"A investigação continua e buscamos hoje outras pessoas que participaram de formas direta e indireta das mortes de tio e sobrinho. Nosso objetivo é prender e apresentar à Justiça todos os envolvidos", declarou a diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro.

Na 1ª fase da Operação Retomada, promovida pelo DHPP, no dia 10 de maio, oito pessoas, entre seguranças e traficantes, acabaram presas. Além das capturas, celulares dos envolvidos foram apreendidos e continuam sendo analisados pelos investigadores do DHPP, com suporte do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

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A Operação Panaceia, que investiga empresas de distribuição de medicamentos por sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e associação criminosa, já bloqueou cerca de R$ 14 milhões em contas de pessoas e empresas investigadas na prática criminosa que é monitorada desde 2010 e tem como principal alvo a Millenium Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda, que tem mais de 20 anos de atuação em Salvador e Região Metropolitana (RMS).

A ação, que é uma iniciativa da Força-Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal, cumpriu, nesta segunda-feira (21), doze mandados de busca e apreensão, sendo onze deles em Salvador e um em Feira de Santana. Em um dos mandados cumpridos na capital baiana, um empresário do ramo de medicamentos, considerado um dos principais alvos da Operação Panaceia, foi preso em flagrante quando estava em posse de um revólver calibre 38, no bairro do Itaigara. O homem foi encaminhado para a sede da Dececap e ficará à disposição da Justiça. Tudo isso foi explicao à imprensa durante coletiva ainda na manhã desta segunda.

Outras ordens judiciais foram realizadas em casas nos bairros de Horto Florestal e Pituba e em empresas em Pirajá e no Rio Vermelho, além de endereços. Nas buscas, foram apreendidos computadores, notebooks, telefones celulares e documentos que vão ser avaliados pelos investigadores e podem garantir novos bloqueios contra os investigados. Pelo menos, é o que garante a delegada Márcia Pereira, titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap).

"Essa investigação é conduzida desde 2010, verificando ações de sonegação em âmbito federal e estadual. Ao todo, já realizamos um bloqueio de bens em cerca de R$ 14 milhões, com apreensão de vários documentos que podem gerar novos bloqueios, que ainda não podemos estimar o valor por não termos feito a avaliação minuciosa dessas documetações”, explica.

A operação é composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do MP (Gaesf), Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip) da Sefaz, Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor), da Polícia Civil da Bahia, da Secretaria de Segurança Pública (SSP), com a participação da Receita Federal.

Como atuavam

Ainda de acordo com a delegada Márcia Pereira, todas as ações não foram realizadas para cumprir mandados de prisão, mas sim de busca e apreensão de materiais que podem servir como prova do esquema.

“Realizamos intimações e cumprimos mandados para procurar provas para fortalecer o inquérito, não eram mandados de prisões. Uma pessoa foi presa após ser flagrada em posse de arma de fogo, mas não vamos divulgar os nomes por enquanto”, diz a delegada, que justificou a escolha de não revelar a identidade dos investigados pela fase da operação, que ainda avalia a possibilidade envolvimento das pessoas no esquema.

O que não ficou para depois foi a explicação do processo criminoso em que as empresas estavam envolvidas. De acordo com Cláudio Jenner Moura, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do MP (Gaesf), afirmou que o grupo investigado criava empresas que não tinham existência operacional no nome de “laranjas” para sonegar impostos.

"O grupo adotava a prática empresarial em nome de pessoas que não tinham suficiência de arcar com as contas das empresas para praticar o comércio sem arcar com os impostos devidos, finalizando o funcionamento destas sem quitar os valores exigidos”, conta.

O promotor disse ainda que foram justamente os valores não pagos pelas empresas que eram sempre do ramo de distribuição de medicamentos que chamou a atenção dos investigadores e reafirmou o tamanho do dano que ações criminosas como essas fazem nos cofres públicos.

"Foram investigadas várias empresas que sequer existem mais, mas o débito permaneceu. Então, ficamos no rastro social da criação de empresas para verificar esses crimes contra o fisco que geraram um prejuízo gigante para o Estado. Um crime que provoca vários outros como lavagem de dinheiro e associação criminosa", afirma.

Longa data

Apesar dos desdobramentos finais da operação com mandados de busca e apreensão estarem acontecendo em 2021, a fase de monitoramento e investigação do grupo criminoso, bem como as suas ações fraudulentas, começou na década passada, mais precisamente no ano de 2010.

"Começamos investigar uma empresa que tinha um débito que alterou os sócios e colocou outros, observando a prática de colocar laranjas para fugir dos débitos, alegando que estas laranjas não tinham como arcar com os valores. Empresas que estão inaptas e baixadas na Sefaz", fala Sheilla Meirelles, titular da Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (INFIP).

Depois do longo tempo de investigação, de acordo com a delegada Márcia Pereira, o inquérito, que antecede a deflagração de uma ação penal do Ministério Público, já tem data para acabar.

"Com a situação de hoje, teremos algumas medidas que serão protocoladas ainda, mas o prazo de conclusão do inquérito deve ser de mais trinta dias", conclui.

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Um empresário do ramo de medicamentos, considerado um dos principais alvos da Operação Panaceia, que não teve a identidade divulgada, acabou preso em flagrante, por posse ilegal de um revólver. A arma foi localizada, na manhã desta segunda-feira (21), durante cumprimento de mandado de busca e apreensão.

Policiais civis realizavam as buscas, no apartamento de luxo onde mora o empresário, no bairro de Itaigara, em Salvador, quando localizaram a arma calibre 38. Computadores, telefones celulares e documentos também foram apreendidos no local.

"Ele é um dos nossos principais alvos. Encontramos um revólver, sem documentação e foi dada voz de prisão em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo", disse a titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), delegada Márcia Pereira. O homem será encaminhado para a sede da Dececap e ficará à disposição da Justiça.

Ordens judiciais estão sendo cumpridas também em residências, nos bairros de Horto Florestal e Pituba e em empresas no bairro de Pirajá e Rio Vermelho, além de endereços, na cidade de Feira de Santana.

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Um grupo empresarial, que atua no ramo de distribuição de medicamentos, suspeito de sonegar R$ 39 milhões em impostos é alvo da operação Panceia, deflagrada nesta segunda-feira (21). Equipes da Secretaria da Segurança Pública (Polícia Civil e Departamento de Polícia Técnica), da Secretaria da Fazenda, do Ministério Público estadual e da Receita Federal cumprem mandados de busca e apreensão, em Salvador e Feira de Santana.

Computadores, telefones celulares e documentos foram apreendidos, na sede de uma empresa de distribuição de medicamentos, suspeita de sonegar R$ 39 milhões em impostos. O flagrante aconteceu no bairro de Pirajá.

"As investigações apontam também para possível prática de lavagem de dinheiro. Estamos cumprindo mandados na empresa que faz a contabilidade e na casa dos proprietários", explicou a titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), delegada Márcia Pereira.

Além do bairro de Pirajá, a operação cumpre mandados nos bairros do Rio Vermelho, Horto Florestal, Itaigara e Pituba. Fazem parte da operação, o Departamenro de Polícia Técnica, a Sefaz, Receita Federal e MP.

A Justiça também determinou também o bloqueio dos bens do grupo, para garantir a recuperação dos valores sonegados. Segundo as apurações, o grupo criava empresas em nome de “laranjas” ou “testas-de-ferro” e utilizava empresas sem existência operacional, com o intuito de sonegar impostos. Também foram identificados prejuízos ao Fisco Federal.

De acordo com as investigações, há ainda fortes indícios da prática do crime de lavagem de dinheiro, com significativo incremento econômico da composição societária das diversas empresas do grupo, por meio da criação de empreendimentos comerciais voltados à participação em outras sociedades e em investimentos patrimoniais imobiliários.

A operação Panceia é uma iniciativa da Força-Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal, composta pela Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) através da Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor) da Polícia Civil, Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip) da Sefaz e do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do MP (Gaesf).

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Uma disputa de terra é apontada como principal motivação para o assassinato do agricultor Paulo Antônio Ribas Grendene, de 62 anos, no dia 11 de junho, em Barreiras, no Oeste baiano. O secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino, e a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, estiveram na cidade para se atualizar sobre a investigação.

O agricultor morto havia denunciado investigados na Operação Faroeste, que apura o envolvimento de membros do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) num suposto esquema de venda de sentenças, formação de quadrilha, grilagens de terra na regO delegado Rivaldo Luz, titular da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), explicou que imagens de câmeras no bairro de Bandeirantes, onde aconteceu o crime, estão sendo analisadas pela polícia. Nove testemunhas já foram ouvidas. "A apuração está avançada", afirma.

O secretário diz que as equipes estão totalmente dedicadas na tarefa de desvendar o caso. "Estamos aqui em Barreiras para dar apoio aos nossos policiais e para a população da região Oeste saber que vamos atuar com celeridade", afirma.

Até agora, ninguém foi preso pelo crime.

Morte
O crime aconteceu em Barreiras, na última sexta-feira (11). De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava dirigindo seu carro quando foi atingida por disparos de arma de fogo. Ainda segundo a PC, familiares foram ouvidos, imagens de câmeras de vigilância foram requisitadas.

Grendene era natural de Nova Londrina, no Paraná. Seu corpo foi levado para o sepultamento que aconteceu no último domingo (13), em sua terra natal. A autoria e a motivação ainda estão indefinidas.

Em contato com a delegacia, o CORREIO conseguiu apurar que as investigações ainda estão em fase preliminar. Os policiais realizaram diligências para tentar localizar os suspeitos, que estavam encapuzados num Fiat Uno.

A vítima levou tiros de uma espingarda 12 mm e pistola calibre 9 mm. De acordo com uma fonte da delegacia, foi um crime premeditado e feito por profissionais.

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A polícia apreendeu R$ 670 mil na noite de quinta-feira (17), em uma fazenda do Povoado de Encruzilhada, no município de Vitória da Conquista. A fazenda está registrada no nome do irmão de um prefeito de uma cidade do Estado de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) não divulgou o nome do município, mas o CORREIO apurou que trata-se do prefeito de Embu das Artes, Ney Santos, que se encontrava no momento da ação. Já o irmão dele, não estava na fazenda.

O gerente da fazenda, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante, com armas e munições. Com o gerente foram apreendidos uma pistola calibre 380, uma carabina calibre 22 e mais de 250 munições. Ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, mas pagou fiança no valor de R$ 27 mil e foi liberado.

No momento do cumprimento da ordem judicial, foi encontrada uma aeronave modelo King Air, estacionada da pista de pouso e ao entrar na sede da fazenda, e a quantia de R$ 670 mil. O prefeito de Embur das Artes negou ser o proprietário do imóvel e do dinheiro. Ainda não foram entregues documentos que comprovam a origem do dinheiro.

O prefeito que já foi condenado pela Justiça de São Paulo por disparo de arma de fogo em via pública, também é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas. Foi arbitrada a fiança de R$ 27 mil para o gerente, que imediatamente foi paga. Os policiais investigam se o dinheiro faz parte de corrupção ou de alguma outra atividade ilícita. Segundo o CORREIO apurou, a família do prefeito passaria as festas juninas no local.

Participaram da operação intitulada “Narco Divisa”, a 10ª Coorpin de Conquista, a 21ª Coorpin de Itapetinga, a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Conquista e o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). Na hora que a polícia chegou ao local encontrou mais de 50 trabalhadores no local.

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Para fazer cumprir o decreto estadual que proíbe aglomeração devido à pandemia de covid-19, a Operação São João, da Polícia Militar, vai contar com o incremento no efetivo de 7,5 mil policiais em todo território baiano. Eles estariam de folga no período, mas serão convocados para trabalhar. O reforço será empregado entre os dia 23 e 28 deste mês.

O efetivo da PM baiana é 32 mil policiais e, como os 7,5 mil agentes do reforço dessa operação estão dentro desse grupo, um dos resultados será o pagamento de horas-extras. Isso irá provocar um custo superior a R$ 1 milhão ao Governo do Estado. "Serão 7 mil no interior e 500 na capital. Como será isso? Essa mobilização de efetivo vai gerar um investimento de R$ 1,1 milhão de deslocamento, pagamento de horas extras, diárias. A gente pega o pessoal de folga em regime extraordinário e incrementa esse policiamento nessas cidades", declarou o oficial do Comando de Operações Policiais Militares (COPPM), o major Edmundo Assemany.


O major revelou ainda que as abordagens serão meramente preventivas. "O nosso objetivo primordial é fazer cumprir o decreto estadual que proíbe aglomerações, seja ela qual for. Então, tudo o que vier em mente. Mas o nosso foco é o trabalho educacional. A gente não quer ir lá para prender. O nosso interesse é meramente educacional. Agora, diante à insistência, os indivíduos serão conduzidos à delegacia para as medidas cabíveis", pontuou.

A PM terá o policiamento ainda mais reforçado nos municípios onde a tradição do São João é mais forte, isso inclui as tradicionais guerras de espadas. "O foco da PM é fazer cumprir o decreto estadual. Havendo aglomeração de pessoas do jeito que seja, a gente vai atuar para acabar. Não importa que seja guerra de espada ou paredão, como acontece em algumas localidades da capital, como no Subúrbio. Por exemplo, em Cruz das Almas, que tem a tradição da guerra (de espadas), a polícia vai chegar preventivamente para evitar que aconteça aglomeração. Ocorrendo o descumprimento do decreto, a nossa principal conduta é orientar. Insistindo, os responsáveis serão conduzidos à delegacia para registro de ocorrência", declarou o major.

Ele detalhou também como será a atuação dos policiais. "O decreto faz uma ressalva permitindo a realização de eventos científicos ou profissionais com até 50 pessoas, utilizando máscara, observando o distanciamento, uso do álcool em gel. São João é uma festa tradicional. Se um cidadão está em sua casa, com sua mulher e seus filhos e resolve aceder uma fogueira no quintal, não vejo nenhum mal nisso. O que a gente chama de festas de aglomeração? São locais onde as pessoas estão sem máscaras, não respeitando o distanciamento e nem a quantidade de pessoas. A gente pede também o bom senso das comunidades", completou.

Por fim, o major garantiu que, apesar das ações para o período do São João, o policiamento ordinário está mantido. "Todo o esforço ordinário da PM está mantido. O que vamos fazer é incrementar o policiamento". Ele pediu ainda para que as pessoas denunciem aglomerações e festas clandestinas. "Avise a Polícia Militar do seu município através do 190 ou então através do novo número do Disque Denúncia, 181, que atende todo o estado da Bahia".

Histórico ruim

No ano passado, mesmo com ações para conter aglomerações, tomadas pelas autoridades baianas, não houve jeito: os casos de covid-19 cresceram em até 280% nos municípios onde os festejos juninos são tradicionais, como Cruz das Almas, Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Bonfim e Mucugê.

Algumas prefeituras ponderaram que houve aumento do número de testagens e afirmaram ter empreendido todos os esforços para barrar os visitantes e os festejos entre pessoas de casas diferentes, mas depoimentos de moradores, autoridades e da própria polícia mostram que o São João de 2020 teve influência direta no crescimento.

Mucugê, por exemplo, investiu em campanhas educativas e preventivas, e fechou todo o setor de hospedagem, proibiu que se acendessem fogueiras e soltassem fogos e instalou uma barreira sanitária na entrada da cidade, mas, ainda assim, obteve aumento de 200% nos casos. O município de pouco mais de 9 mil habitantes saltou de quatro para 12 infectados.

Em Senhor do Bonfim, o número de infectados pulou de 86 para 167. Santo Antônio de Jesus (SAJ) também investiu em uma comunicação que desestimulasse o turismo na cidade no período junino, além de ter recebido montagem de barreiras sanitárias nas entradas da cidade com apoio da Polícia Militar, mas, em números absolutos, teve a maior alta, de 253 casos para 571.

Na capital, uma força tarefa comandada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) dispersou 32 aglomerações e desmontou 39 fogueiras em 26 bairros na noite do dia 23 de 2020. Além disso, a Prefeitura havia decretado a proibição de qualquer atividade sonora nas ruas durante a pandemia, independentemente do índice de decibéis. Mas, na noite de São João, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) registrou 495 denúncias de poluição sonora em Salvador, número seis vezes maior do que o normal para a Operação Sílere, que, esse ano, faz nove anos de atuação.

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Uma ‘brincadeira’ de adolescentes terminou em tragédia, no bairro Vila Vitória, em Jequié. Em um jogo de roleta-russa, Taila Jesus de Souza, 11 anos, foi atingida com uma bala na cabeça e morreu na hora. A morte da menina ocorreu às 14h30 da segunda-feira (14), mas, segundo informações da Polícia Civil, ainda pela manhã, no anel viário da cidade, quatro adolescentes e uma criança - a vítima – deram nove tiros para o ar, assustando moradores locais.

Após os tiros, os cinco teriam se reunido em uma casa, que a polícia ainda não sabe a quem pertencia, onde foi proposto o jogo, que se caracteriza por colocar uma bala no tambor de um revólver, girá-lo, apontar para um dos participantes e acionar o gatilho, desafiando a morte e contando com a sorte para que o tiro não seja disparado.

Depois de apontar para dois dos participantes e acionar o gatilho sem que a arma fosse disparada, o ex-namorado da vítima, de 14 anos, deu o tiro que matou Taila. O jogo contava ainda com a participação do namorado dela, também de 14 anos, seu irmão e uma amiga, de acordo com informações do delegado que apura o caso, Moabe Macedo.

A Polícia Militar foi acionada após o barulho e chegou até a casa, onde apreendeu o namorado e o ex-namorado, que são envolvidos com o tráfico na cidade. A arma do crime não foi encontrada e um adulto, que não teve a identidade revelada e é suspeito de esconder o revólver, foi detido também.

Jogo da morte

Moabe Macedo informou que o jogo teria sido idealizado pelo ex-namorado, que convenceu os outros quatro a participar da roleta-russa. "O ex-namorado pegou um cartucho, colocou dentro do tambor e girou. Depois, apontou uma vez para um, acionou o gatilho e não deflagrou. Apontou para outro e também não houve disparo. Na terceira vez, quando a arma foi apontada para ela, a arma disparou", explicou o delegado, que afirmou ainda que a vítima não tinha envolvimento com o crime.

Ainda de acordo com informações da Polícia Civil, pouco depois do disparo ser realizado, uma denúncia anônima alertou a central de comunicação da polícia tanto sobre o disparo quanto sobre a morte da criança. Quando a polícia chegou no cômodo onde Taila estava caída, os outros quatro adolescentes ainda estavam lá e não tinham tentado fugir do local.

O delegado disse também que ainda não existem informações concretas que indiquem que a roleta-russa era prática comum do grupo. Pelos depoimentos, os jovens teriam realizado a ‘brincadeira’ pela primeira vez. "Não temos informação que conclua que já era uma brincadeira praticada entre eles. O que já sabemos é que, pela manhã, já estavam fazendo ações com o revólver e já tinham disparado com essa arma. Todos estavam lá e tinham feito disparos para o ar, menos a vítima. Foram registrados nove tiros".

A família de Taila não foi encontrada e, de acordo com a polícia, teme retaliações do tráfico se falar sobre o caso.

Menores apreendidos

Apesar da participação dos cinco no jogo, nem todos foram conduzidos à delegacia. O irmão e a amiga de Taila foram liberados e a polícia ouviu apenas o namorado e o ex. Em depoimento, os dois se mostraram abalados com a morte da menina. "O namorado disse se arrepender de ter levado o amigo que é ex e propôs a roleta-russa. Já o autor do disparo também afirmou que não queria que ela tivesse morrido porque a relação entre eles era boa. Foi uma infantilidade, momento de loucura e falta de juízo", disse o delegado.

O namorado, por não ter efetuado o disparo, vai ser liberado pela polícia, assim como o adulto, que foi dispensado após ser ouvido. Segundo a polícia, apesar da suspeita, o adulto não foi pego em flagrante. No entanto, a Polícia Civil afirmou que o suspeito será responsabilizado pela atuação no caso.

Já o autor do disparo deve ser enquadrado no ato infracional análogo a crime de homicídio por ainda ser adolescente. De acordo com informações da polícia, a internação dele já foi representada e, agora, é preciso aguardar o Ministério Público solicitar a apresentação e a Vara da Infância e da Juventude se manifestar sobre o caso. Se sair a decisão de internação, o ex-namorado da vítima deve ser transferido para Serrinha ou Feira de Santana, a depender das vagas.

Menores que cometem infração ficam internados

O advogado especialista em direito público Kleber Freitas explica que o fato do Brasil ter adotado a maioridade penal aos 18 anos faz com que, desde que uma pessoa não tenha os 18 completos, ela não responde por crime.

"Ela pode ter 17 anos, 11 meses e 29 dias quando cometer alguma irregularidade e, mesmo que seja julgada com 18, vai responder como adolescente, que não comete crime e sim ato infracional", diferencia.

Sobre a morte de Taila, ele explica que o autor do disparo responderá por "um ato infracional análogo a homicídio qualificado por motivo fútil. Ele será internado e, por ser menor, o período máximo de internação será de três anos. Se ele fosse maior de idade, poderia pegar de 12 a 30 anos de reclusão".

Ainda de acordo com o advogado, é possível que o tempo de internação nem chegue a 3 anos. "O ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] estabelece que, a cada seis meses, o menor pode passar por avaliação para decidir se está liberado ou não. Dentro do estabelecimento de internação, o conselho vai fazer a reavaliação do caso e comunicar à justiça. Então, pode ser que ele fique três anos, como é possível que o período de internação fique em seis meses”.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) não tem dados sobre mortes de menores em roletas-russas. No entanto, nos últimos 10 anos, pelos menos 5 casos foram registrados na Bahia: um em 2011, em Lauro de Freitas; dois em Salvador, um em 2016 e outro em 2018; um em Feira de Santana, em 2019; e agora o caso de Taila, em Jequié.

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Além da psicopatia e barbaridade de seus crimes, também chama a atenção da polícia a habilidade de Lázaro Barbosa, baiano conhecido como o 'Serial Killer de Brasília', em escapar e sobreviver nas matas do Planalto Central. Por conta dessas características 'sobre-humanas', o maníaco vem sido chamado de "satanista" pela polícia do Distrito Federal.

Lázaro mobiliza uma operação que já dura sete dias e reúne mais de 200 policiais à sua procura. Ele é suspeito de ter matado quatro integrantes da mesma família. Durante sua semana de fugas, ele invadiu fazendas, transformou inocentes em refém, roubou e incendiou carros.

Para localizá-lo, policiais estão a pé, usando cães e cavalos. Eles também cercaram a mata entre o DF e o Entorno de Goiás, usando drones e um helicóptero.

Ao todo, 34 propriedades rurais estão ocupadas pela polícia para garantir a segurança dos moradores e encontrar o suspeito. "Ele é o chamado satanista", disse a polícia ao G1.

Satanismo é a "associação simbólica, admiração e até veneração a Satanás". Segundo a polícia, foram encontrados indícios de que Lázaro participe de rituais "desse tipo".

Os investigadores acreditam também que ele "não está disposto a se entregar". Já o que dificulta ainda mais a localização do suspeito, conforme os investigadores, é que Lázaro é "um mateiro experiente, que anda e dorme pelas matas".

Lázaro é tratado pelas autoridades como "psicopata" e "imprevisível". Desde o assassinato da família, em Ceilândia, o criminoso invadiu, pelo menos, mais três propriedades rurais e praticou outros quatro crimes de roubo e ameaças nas regiões do DF, e de Cocalzinho, em Goiás.

Lázaro é natual de Barra do Mendes, cidade na região noroeste da Bahia. Foi lá que ele começou sua jornada de crimes quando tinha 19 anos, ainda em 2007. Seus primeiros assassinatos foram dois homens que tentavam proteger uma garota que ele perseguia por estar supostamente "apaixonado".

Após o duplo homicídio, a história foi parecida com a que vivemos hoje. Durante 15 dias, ele fugiu se escondendo pelas matas e grutas da região. A caçada só terminou quando ele resolveu se entregar para a polícia.

A capacidade de ele se esconder, aliada à violência dos crimes, criou um boato na cidade de que Lázaro havia feito um pacto com o diabo, mesma história contada atualmente.

“A polícia de todo o canto veio atrás dele, mas não o encontrou. O povo dizia que ele tinha feito um pacto com o diabo e virava toco e por isso não era visto. Isso quem contava era o povo da roça, mas a gente sabe que isso tudo é medo. A região é cheia de gruta e ele aproveitava para se esconder. Ele só se entregou à polícia porque estava com fome e uma hora poderia ser morto”, explica uma moradora de Barra do Mendes.

Quando ainda estava escondido na serra, Lázaro usava uma tática para despistar a polícia. Ele usava os chinelos ao contrário, assim produzia pagadas para o sentido contrário que estava indo. “Ele amarrava os pés no lado contrário que as pessoas usam as sandálias, assim fazia uma falsa trilha que levada os policiais para mais distante dele”, relatou.

Crime no DF
200 policiais, sete dias de perseguição e um rastro de sangue pelo caminho. A caçada pelo baiano Lázaro mobiliza a polícia do Distrito Federal após a chacina de uma família em Ceilândia no ultimo dia 9 de junho.

Naquele dia, o suspeito invadiu uma chácara - segundo a investigação, a ideia era roubar a família, mas o crime virou algo muito mais sanguinolento. A empresária Cleonice Marques, 43, teria percebido a ação do bandido e avisado aos familiares. Lázaro então matou o marido e os filhos dela, Cláudio Vidal, 48, e Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Após o triplo homicídio, ele fugiu levando a empresária, que foi feita refém. A mulher ainda conseguiu ligar para o irmão, que chegou à casa e encontrou os três corpos, mas já não achou Cleonice.

A empresária foi encontrada morta três dias depois, no sábado (12). O corpo estava em um córrego próximo a Sol Nascente, também no Distrito Federal. O cadáver estava sem roupa e com diversos cortes. Exames vão determinar se houve violência sexual.

Desde então, já são seis dias de buscas intensas da polícia do DF por Lázaro. Dois esconderijos onde ele se escondia para cometer crimes em propriedades da região do Incra 9 foram descobertos pela polícia. Todos são em região de mata, comprovando a fama de "mateiro" experiente de Lázaro. Foram encontrados lona, colchões, roupas, calçados e garrafas de água. Ele costumava ficar nesses pontos antes dos crimes. O corpo de Cleonice estava a cerca de 10 minutos de um dos esconderijos.

Lázaro também praticou outros crimes no DF antes. Segundo a polícia, ele é acusado por roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo no DF e em chácaras do estado de Goiás. Ele chegou aser preso em 8 março de 2018, pelo Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Lindas, mas fugiu do presídio quatro meses depois, no dia 23 de julho. Desde então, Lázaro estava foragido também no DF.

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200 policiais, seis dias de perseguição e um rastro de sangue pelo caminho. A caçada pelo baiano Lázaro Barbosa Sousa, de 33 anos, mobiliza a polícia do Distrito Federal após o serial killer ter matado uma família em Ceilândia no ultimo dia 9 de junho.

Naquele dia, de acordo com o Correio Braziliense, o suspeito invadiu uma casa. Lá, ele matou Cláudio Vidal, 48, e os dois filhos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15.

Após o triplo homicídio, ele fugiu levando a empresária Cleonice Marques, 43, refém. No entanto, a mulher conseguiu ligar para o irmão, que chegou à casa e encontrou os três corpos no chão, mas suspeito e a refém já tinham fugido.

Cleonice foi encontrada morta três dias depois, no sábado (12). O corpo estava em um córrego próximo a Sol Nascente, também no Distrito Federal. O cadáver estava sem roupa e com diversos cortes.

Fuga e crimes de Lázaro Barbosa
Logo após a morte da família, Lázaro Barbosa começou sua saga fugindo da polícia. O baiano é conhecido por ter grande capacidade de sobreviver na mata e pela sua habilidade de fugir das autoridades.

Logo na manhã do dia seguinte, quinta-feira (10 de junho), o homem teria invadido uma casa que fica a 3km do local onde o triplo homicídio foi cometido. Lá, de acordo com o Correio Braziliense, ele teria colocado Sílvia Campos, 40, proprietária da chácara, e o caseiro, identificado como Anderson, 18, na mira de seu revólver por 3 horas.

No local, ele teria obrigado os dois a fumarem maconha. Antes de fugir, ele roubou R$ 200, uma jaqueta, celulares e carregador.

No terceiro dia de fuga, Lázaro fez mais um refém e roubou um Fiat Pálio em Ceilândia. Com o carro, ele se dirigiu a Cocalzinho, desta vez em Goiás, onde abandonou e incendiou o veículo.

As investigações apontam que lá se encontrou com um comparsa que o ofereceu suporte.

Já no sábado (12) ele teria passado a tarde bebendo e se divertindo em uma chácara próxima à Lagoa Samuel. Lá o suspeito fez o caseiro refém. O serial killer também o obrigou a fumar maconha. Antes de fugir novamente, Lázaro destruiu o carro do refém.

Após deixar essa casa, ele foi para outra chácara, onde baleou três homens e roubou duas armas de fogo. Uma das vítimas era Thiago, que em entrevista ao Correio Braziliense deu mais detalhes de como o crime ocorreu.

"Estávamos conversando, quando ele chegou invadindo, por volta das 19h, e atirando. Meus dois amigos ficaram muito feridos e eu fui baleado na perna", contou ele enquanto saia do hospital com um ferimento na perna.

Os outros dois homens foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e transferidos para Anápolis (GO), em estado grave.

"Estou bem, mas vou passar no Hospital de Anápolis para ver meus amigos", disse ao Correio Braziliense. Thiago deu algumas características do suspeito. "Ele é alto, magro, moreno, estava de barba e vestindo bermuda", completou.

No final daquela noite, a polícia o encontrou e quase o prendeu. Houve troca de tiros, mas o suspeito conseguiu escapar enquanto ateava fogo a uma casa em Cocalzinho, interior de Goiás.

Na tarde deste domingo (13), o foragido furtou um outro carro, também em Cocalzinho (GO), e abandonou o veículo, um Corsa vermelho, após avistar um ponto de bloqueio montado pela polícia.

No interior do automóvel, foi encontrado um carregador de munições. Policiais iniciaram uma intensa busca pela mata, usaram cães farejadores, drones e helicópteros.

Em contato com o CORREIO na manhã desta segunda-feira (14), a Polícia Civil do Distrito Federal informou que as diligências continuam, porém, até o momento, sem novas atualizações quanto a prisões, apreensões, declarações e oitivas.

'Agressividade, impulsividade e preocupações sexuais'
Lázaro é conhecido há muito tempo pelas autoridades policiais. Em 2013, quando respondia um processo por roubo, porte de arma de fogo e estupro, um laudo criminológico apontou que o maníaco tem características de personalidade como "agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade, instabilidade emocional, possibilidade de ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia".

O documento, divulgado pelo G1, aponta ainda que caso Lázaro Barbosa fosse "inserido no contexto social e ambiental ao qual pertencia antes de sua reclusão, provavelmente retornará a delinquir."

O laudo criminológico ainda indicava que Lázaro "tinha consciência de sua atitudes" e que, apesar de "assumi-las e perceber o sofrimento causado em terceiros (passos importantes no processo de ressocialização), percebe-se que todos os crimes cometidos estão diretamente relacionados a dependência química, fato do qual o periciando não tem autocontrole, haja vista uso abusivo de bebida alcoólica antes de sua reclusão e vício no crack após a prisão."

A conclusão dos três psicólogos que assinam o laudo foi que antes de conceder qualquer benefício, "com o objetivo de promover um retorno saudável do indivíduo ao convívio social, tanto para si quanto para a coletividade" seria necessário o acompanhamento psicológico de Lázaro, "de forma regular e frequente".

Além disso, o grupo indicou que Lázaro fosse incluído em grupos de ajuda "tanto para dependentes químicos quanto para abusadores sexuais".

O documento ainda destaca que Lázaro teve o desenvolvimento psicossocial prejudicado por agressão familiar, uso abusivo de álcool e outras drogas, falecimento de familiar, abandono de atividades escolares, trabalho infantil e situação financeira precária.

Lázaro Barbosa é natural de Barra do Mendes, no interior da Bahia. Lá, ele teria cometido ao menos dois homicídios. A Justiça da Bahia já expediu contra ele um mandado de prisão por conta do homicídio qualificado, além de outros dois por roubo qualificado.

O CORREIO tentou entrar com contato com a Polícia Civil da Bahia e com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Ambos os órgãos informarão que não poderiam dar mais informações sobre o caso por conta da Lei de Abuso de Autoridade.

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