'Com ele foi um pedacinho de mim', diz avó de jovem morto em chacina no Uruguai
Enquanto o corpo de Deivison da Conceição Santos, 18 anos, não chegava para o sepultamento previsto para as 10h desta quinta-feira (14), parentes e amigos aguardavam na entrada do cemitério municipal de Periperi, entre eles avó do rapaz, Lucilene Antônia Maria da Conceição, 64. A idosa, que o criou desde pequeno, desabafou ao lembrar do neto, morto na chacina do Uruguai. "É uma dor grande, sem limites. É um pedacinho de mim que se foi", declarou.
Tio de Deivison, William Silva Santos falou da dor pela morte do rapaz e os paredões. "A família está desolada, uma fatalidade com um jovem por causa de um paredão. A gente fica arrasado porque a gente quer que os jovens cresçam, que sejam alguém na vida, mas aí essas festas os atraem para a morte. Nesses paredões as músicas incentivam a promiscuidade e o uso de drogas. Não tem como num lugar desses colher bons frutos. Acredito que nem a polícia e nem o governo vão acabar com essa praga, infelizmente".
Pediu para não ir
“Ele morava com os avós e saiu de casa pouco antes de tudo ter acontecido. A avó ainda pediu para ele não ir por causa do horário, mas por ser maior, ele saiu. Eu estava dormindo na hora e só acordei com o som dos tiros. Nossa casa fica a 100 metros de onde a festa acontecia”, conta a mãe de Deivison.
Segundo ela, Deivison, que era seu filho mais velho, fazia supletivo e trabalhava em uma oficina. Logo após ter acordado com o som dos tiros, a mãe recebeu a notícia de que seu filho tinha sido baleado. “Quando eu cheguei na praça, ele já estava morto. A polícia já estava lá também. Eles me trataram super bem. Os policiais me deram palavras de apoio e incentivo”, relata.
A mãe ainda conta que Deivison era vizinho e amigo de Alexsandro, outra vítima do atentado. “Foram garotos que nunca se envolveram em nenhuma situação de desrespeito. Infelizmente, eles estavam na hora errada, no lugar errado. É complicado, mas quem nos sustenta é Jesus. Quando a gente pensa que não vai aguentar, é ele quem ampara”, disse.
Mais despedidas
Na manhã desta quinta-feira (14), também aconteceram os enterros de Adriane Oliveira Santos, 20 anos, e Alexsandro Santos Seixas, 16 anos, no cemitério de Plataforma.
"Ela tinha um salão de beleza lá mesmo no Uruguai. Começou a trabalhar desde cedo depois fazer um curso de cabeleireira. Deixou um menino de três anos. Como todo jovem, gostava de festas e era brincalhona", declarou o porteiro Everaldo Nascimento, 49, padrinho de um dos irmãos de Adriane. A avó da jovem passou mal e precisou ser carregada após o sepultamento. Antes de desmaiar, dona Irene repetia inúmeras vezes: "Perdi minha neta, meu Deus! Que dor".
A família de Alexsandro também estava bastante emocionada. "Deus está me dando forças para aguentar tudo isso. Quando soube (da morte), peguei a Bíblia, onde a fé me consola", declarou o pai de Alexsandro, o auxiliar de serviços gerais que, após o sepultamento, permaneceu ao lado da cova do filho.
Já a mãe do rapaz, Alcione, deixou o local amparada, sem forças para caminhar. "O que foi que eu fiz para merecer isso? Deus é quem está me mantendo em pé", disse ela enquanto deixava o cemitério. Ela chegou a dizer para um amigo que chegou a molhar algumas roupas do filho em uma tentativa de evitar que ele fosse ao paredão.
Vítimas
O crime aconteceu na madrugada dessa quarta-feira (13), deixando um saldo de 12 feridos e seis mortos. Todos estavam no paredão que acontecia na Travessa Oito de Dezembro, na localidade conhecida como Pistão. Moradores contaram que os tiros começaram já no final da festa, após uma discussão entre os participantes. Os tiros duraram menos de cinco minutos, mas como a festa estava cheia, muitas pessoas foram atingidas - a maioria com menos de 30 anos.
Os demais mortos na ação foram identificados como Adriane Oliveira Santos, Brenda Buri da Silva, Alexsandro Santos Seixas, de 16 anos, Jailton Sales dos Santos e Kadson dos Santos Passos.
Tiros
O tiroteio assustou quem mora no bairro. "Todo mundo que foi baleado não mora aqui. Essa rua é super tranquila. Agora, as pessoas estão com medo de vir aqui por causa disso", disse outro morador da rua, que é rodeada de casas e de alguns estabelecimentos comerciais, como bares, lojas de roupas, vidraçarias e oficinas mecânicas. "A maioria dos baleados tinha 30 (anos) para baixo. Na festa havia muito adolescentes", contou uma moradora.
Segundo informações da Polícia Civil, testemunhas relataram que um grupo armado chegou ao local onde acontecia uma festa do tipo “paredão” e efetuou vários disparos.
De acordo com a Polícia Militar, equipes da 17ª Companhia da PM (CIPM/ Uruguai) faziam rondas no local quando moradores relataram o tiroteio.
18 pessoas são baleadas durante festa no bairro do Uruguai
Dezoito pessoas foram baleadas, e cinco delas morreram, durante uma festa paredão, na madrugada desta quarta-feira (13), no bairro do Uruguai. O crime aconteceu na Rua Voluntários da Pátria, uma das principais do bairro, na localidade conhecida como Pistão.
Segundo informações da Polícia Civil, testemunhas relataram que um grupo armado chegou ao local onde acontecia uma festa do tipo “paredão” e efetuou vários disparos.
De acordo com a Polícia Militar, equipes da 17ª CIPM faziam rondas no local quando moradores relataram o tiroteio. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram duas pessoas no chão, sendo que um deles já estava morto.
Depois, testemunhas relataram que 8 pessoas também haviam sido baleadas e levadas para a UPA de Santo Antônio. Outras cinco pessoas foram socorridas ao Hospital Geral do Estado, duas ao Hospital do Subúrbio e uma à UPA de San Martins.
Ainda de acordo com a PM, a 17ª CIPM intensificou o policiamento com equipes realizando rondas e buscas na região à procura de suspeitos, mas ninguém foi preso.
A motivação e a autoria dos disparos ainda é desconhecida. O crime está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Mais de uma tonelada de drogas apreendida em Salvador e RMS é incinerada
Cocaína, maconha, crack oriundos de apreensões em Salvador e Região Metropolitana (RMS) foram destruídos durante a incineração realizada por equipes da Coordenação de Narcóticos, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), na quarta-feira (6). O total de 1,17 toneladas drogas foi apreendido por diversas unidades da Polícia Civil nas regiões.
A ação também contribui para desobstrução dos espaços onde o material estava armazenado.A incineração dos entorpecentes teve o apoio do Departamento de Planejamento Administração e Finanças (Depaf) e foi acompanhada por representantes do Ministério Público da Bahia (MPBA) e da Vigilância Sanitária.
O coordenador da Narcóticos, delegado Glauber Ushiyama avaliou a atividade como ponto final ao combate ao narcotráfico. “Essa atividade fecha um ciclo no combate a estes crimes. São entorpecentes objeto de processo penal, com ordem judicial para destruição”, comentou.
Caso Henry: Doutor Jairinho fez piadas e pediu pizza na delegacia, diz delegado
O delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, foi a primeira testemunha a ser ouvida nesta quarta-feira (6), na fase preliminar do julgamento do homicídio do menino Henry Borel Medeiros. As informações são de O Globo.
Damasceno disse que no dia em que foi ouvir Monique Medeiros, mãe do menino, ela estava "completamente à vontade" na delegacia, onde teria pedido pizza e tirou uma selfie - a imagem circulou nas redes sociais depois. Já Doutor Jairinho, padrasto de Henry, fez piadas enquanto estava na delegacia.
"Monique se mostrou completamente à vontade, inclusive eles pediram pizza durante o depoimento na delegacia", afirmou o delegado. O depoimento aconteceu em 17 de março.
Enquanto o delegado falava, começou uma discussão entre Thiago Minagé, advogado de Monique, e o promotor Fábio Vieira. O juiz precisou interromper e afirmou que ninguém transformaria o julgamento "em um circo".
No dia do depoimento, Monique também estava preocupada com as roupas. Ela trocou de roupa duas vezes até escolher como iria para a delegacia. As fotos do celular da professora mostram que ela experimentou um macacão preto e depois acabou optando por um conjunto social branco, depois de falar com o advogado.
Como já foi divulgado, um dia após o enterro do filho, Monique foi a um salão de beleza em um shopping e gastou R$ 240.
Em uma carta de abril, já presa, ela tentou explicar seu comportamento. A ida ao salão teria acontecido por conta de pressões de Jairinho, que exigia que ela se mostrasse "apresentável" mesmo em meio ao momento de trauma. Segundo a defesa, após a morte do filho, Monique emagreceu e arrancou tufos de cabelo - ela usa megahair.
Nesta quarta, há previsão de ouvir 12 testemunhas de acusação - 3 policiais e nove pessoas que foram ouvidas durante as inevstigações. Dr. Jairinho e Monique são acusados de tortura e homicídio triplamente qualificados, além de fraude processual. Ambos estão presos desde 8 de abril.
Pai manteve casamento para acobertar relação incestuosa com filha
O casamento de Jaelson Oliveira, de 39 anos, com Maria Aparecida Barroso, de 36, era uma fachada. O verdadeiro amor carnal de Jaelson era a própria filha dele, de 20 anos, com quem mantinha relações sexuais constantes e consensuais.
Joelson sofreu uma tentativa de assassinato a mando da esposa no papel após ela descobrir a relação incestuosa, conta o delegado Daniel Aragão Mota, da Delegacia Regional de Canindé, no interior do CE, nesta quinta-feira (30).
Maria Aparecida Barroso, de 36 anos, foi presa na última segunda-feira (27), por suspeita de pagar R$ 3 mil a dois homens para matarem o marido. Durante a ação, a filha de Jaelson, de 20 anos, também foi baleada e perdeu a visão de um olho.
O namorado da jovem, Antônio Herilson da Silva Lopes, de 26 anos, que, segundo a polícia, chegou a participar de uma relação sexual a três junto com pai e filha também foi preso e é suspeito de ajudar Aparecida no crime.
“Quando ela foi presa, a gente começou a perguntar os motivos que levaram a essa ação. Ela disse que realmente ela sofria violência psicológica, violência física. Ela queria se separar e ele não deixava. Conversando com ela a gente notou que ele queria manter à força essa relação para justamente acobertar o relacionamento que ele tinha com a filha", disse Daniel Aragão em entrevista ao G1.
Jaelson está internado em um hospital de Fortaleza, de onde falou com a polícia e confirmou que mantinha um relacionamento amoroso com a própria filha há 1 ano e 8 meses.
"Ele confirma a relação incestuosa. Há 1 ano e 8 meses começaram com essa relação amorosa. Ambos dizem que foi uma paixão mútua", afirma o delegado.
A filha de Jaelson também foi ouvida pela Polícia Civil na quarta-feira (29), em apuração sobre o possível estupro do pai contra a filha durante a infância. Porém, segundo o delegado, a jovem lhe relatou que era apaixonada pelo próprio pai e que o relacionamento só teve início após ela completar 18 anos.
"Ele não era reconhecido como pai até os 10 anos dela. Ele fez o DNA, confirmou a paternidade, com 12 anos ela foi morar com ele, por volta dos 18 anos foi quando começou esse relacionamento amoroso com a filha. Nós tentamos fazer toda a investigação para saber se realmente ele poderia ter entrado nesse crime de estupro de vulnerável, mas não se confirmou, pelo menos com o que foi dito por eles. É difícil de ter testemunha, haja vista que é um crime entre quatro paredes, então nenhum dos dois confirmou", explica o titular da delegacia regional de Canidé.
Cocaína era exportada do Brasil para Europa dentro de mangas
Três integrantes de uma quadrilha especializada em enviar cocaína da América do Sul para a Europa foram presos nessa quinta-feira (30) em ação conjunta da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal (DRE), da Polícia Federal.
Segundo a Secretaria de Polícia Civil, os criminosos foram localizados em um galpão no município de Itaguaí, na Baixada Fluminense, no estado do Rio. Lá, os agentes apreenderam mais de meia tonelada da droga escondida em mangas colocadas em caixas. Também foi apreendida uma pistola.
Mangas escondiam droga
Conforme as investigações, era por meio de um contêiner refrigerado que a quadrilha transportava a droga para a Europa. A cocaína saía de outros estados em fardos de açúcar e, posteriormente, era escondida em mangas exportadas para vários países.
As informações sobre a operação serão apresentadas ainda nesta manhã, em entrevista, na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro, pelo diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, delegado Felipe Curi; pelo titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, delegado Vinícius Domingos; e pela Polícia Federal.
Cartel das Placas: detalhes do esquema criminoso dentro do Detran da Bahia
Adriano Muniz Decia, Catiucia de Souza Dias, Rafael Ângelo, Eloi Decia e Ivan Carlos Castro do Carmo foram denunciados por associação criminosa e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público estadual que, através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), coordena a Operação Cartel Forte, responsável por investigar o esquema criminoso que condenava placas veiculares de forma irregular em vistorias no Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-Ba) para favorecer donos de empresas de emplacamento.
De acordo com o Gaeco, o dinheiro que circulava era lavado fora da Bahia. "As cotas dos empresários do cartel vinham de um elaborado mecanismo de lavagem de capitais que utilizava um stand de eletrônicos situado na Rua 25 de Março, em São Paulo [famosa pelo comércio popular]. O "stand" movimentou mais de R$ 80 milhões em dois meses. Todas as operações de lavagem eram precedidas de alienação de criptoativos", informou o Gaeco.
Procurado, o Ministério Público acrescentou que os materiais apreendidos nas duas fases da Operação Cartel Forte estão sendo analisados pela Assessoria de Inteligência do Gaeco. "Além disso, o Laboratório de Lavagem de Dinheiro (CSI/MPBA) promove a análise da movimentação financeira dos investigados (pessoa física) e das pessoas jurídicas integrantes do cartel. Essas atividades demandam tempo e rigor para a produção criteriosa da prova", respondeu, por meio da assessoria.
Funções dos laranjas
Além de detalhar como reuniu indícios para protocolar a denúncia contra os quatro integrantes do cartel, o Ministério Público deu mais informações sobre a atuação de Rafael Angelo Eloi Decia e Ivan Carlos Castro do Carmo. No caso de Ivan, o MP explicou que Ivan não decidia nada no esquema, se limitando a cumprir os pedidos de Adriano, apontado como o coordenador do grupo. "[...] Ivan, que consta no base de dados da Relação Anual de Informação Social (RAIS) como empregado da empresa Mega Placas, lá exerceria o cargo de motoboy para Adriano [...]. No seu depoimento, Ivan reconheceu não ter poder de decisão, apenas obedecendo ordens de Adriano", contou.
Ainda de acordo com o Ministério Público, Adriano Muniz Decia utilizou empresas constituídas por laranja para lavar capital, com destaque para a empresa Mega Placas, que tinha Rafael, filho de Adriano, como testa de ferro. A Mega Placas era peça chave para ocultar a origem ilícita dos recursos advindos dos crimes antecedentes. Rafael, no entanto, atuava como Ivan, sem decidir nada. "[Rafael] reconheceu no interrogatório no Gaeco que não tem poder de decisão na empresa Mega Placas, que é comandada por seu pai. Adriano era o sócio de fato, que tomava as decisões da empresa Mega Placas", disse.
Pena deve ser ainda maior
Kleber Andrade, advogado especialista em direito público, afirma que a nova denúncia, se comprovada, consegue piorar uma situação que já não era nada fácil para os envolvidos no esquema. "O ato de lavar o dinheiro só tende a agravar a situação dos denunciados, que já são investigados por corrupção. São dois crimes distintos e têm penas diferentes, que se somam. É lógico que a prática ilícita com intuito de esconder esse capital vai ser levada em consideração no momento da pena, vai ter esse agravo", explicou o advogado.
Andrade, no entanto, declara que o ato de agir por meio de alienação de criptoativos, apesar de dificultar as investigações, não se configura também em um agravante na lei nacional. "Apesar de dificultar a localização de passivos para restituição do valor desviado, ainda não há uma qualificadora para o ato, mas já tramita no congresso um projeto de lei para alterar a legislação e colocar tal modalidade como agravante. Para esse caso, a pena fica entre 3 e 10 anos e multa", informou.
Detran acompanha o caso
Fase anterior da Operação Cartel Forte apontou os servidores Alex de Carvalho Souza Júnior, responsável pelas vistorias e contratado via Reda, e Patrícia Meireles Notari, coordenadora de um posto do Detran num shopping da capital, como responsáveis pela reprovação das placas dos automóveis. Por esse envolvimento, o Detran informou que acompanha as investigações.
A reportagem questionou o órgão sobre quantas condenações de placas foram expedidas no ano anterior, mas não recebeu essa informação.
No entanto, o Detran reiterou o apoio às investigações realizadas pelo Gaeco e que está cooperando para que tudo seja revelado. "O Detran-BA tem colaborado com o Ministério Público Estadual (MP-BA) para apuração dos fatos que motivaram a deflagração da Operação Cartel Forte e informa que as estampadoras de placas envolvidas estão processadas, conforme a legislação vigente", escreveu.
Por meio de assessoria, o órgão disse ainda que tem tomado providências para evitar que esquemas do tipo voltem a se repetir dentro da repartição, fazendo com que as empresas privadas cumpram uma série de requisitos legais para seguirem associadas ao órgão. "Através do acompanhamento e exigência da implementação de novos critérios tecnológicos a serem usados pelas credenciadas voltados à melhoria e à expansão dos serviços e que venham a prevenir as fraudes ou abusos contra o cidadão", concluiu.
Após quase quatro horas de negociação, músico liberta ex-mulher em Sussuarana
O músico John Lima liberou no final da manhã desta segunda-feira (20) a ex-mulher, Flávia Souza Santos, 30 anos, que era mantida refém em uma casa no bairro de Sussuarana. Depois de quase quatro horas de negociação com a polícia, ele se rendeu. John usava uma faca para manter Flávia na casa e exigia R$ 8 mil para a liberação.
Por volta das 11h45, os dois saíram de rostos cobertos e foram atendidos no local pela ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A multidão que acompanhava a negociação vaiou John e pediu que a polícia o entregasse aos populares. Os dois foram levados para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Brotas.
"Foi conflito em relacionamento que evoluiu pra essa situação de cárcere. Desde o início eles brigaram durante a madrugada, então houve agressões mútuas, a casa está lá desarrumada resultado justamente desse conflito entre os dois", disse o major Luciano Jorge, comandante da 48° Companhia Independente (Sussuarana). "Todos os dois estão abalados. Estão mentalmente perturbado. Mas graças a Deus concluímos, estamos muito felizes em ter atingido esse objetivo, manter a integridade de todos", acrescenta.
A policia foi para o local após a mãe da vítima se dirigir até a sede da 48ª CIPM, que fica a poucos metros do local, e informar sobre a agressão que a filha sofria, de um ex-companheiro. Imediatamente a casa foi isolada e os militares iniciaram a negociação.
De acordo com familiares, o músico já estava separado há cerca de 6 meses da mulher, Flávia Souza Santos, de 30 anos. "Ele é um covarde, porque homem que bate em mulher é covarde. Ele já furou ela. Neste dia ela foi socorrida pelo padrinho ao HGE. E eles não estavam juntos", diz o pai de Flávia, Gerson Pereira Santos, 64
Por volta das 7h, Flávia ligou para a mãe, Maria Hilda de Souza, 65 anos, pedindo socorro. Maria Hilda, que mora perto, foi até a casa. Ao chegar lá, já encontrou John mantendo Flávia como refém. Ele dizia que só sairia dali se recebesse R$ 8 mil - ele enviou de SP R$ 10 mil para a ex, que comprou móveis e eletrodomésticos para a casa.
Histórico de brigas
Familiares contam que eles mantiveram uma relação de quase 10 anos, com várias idas e vindas, porque John era agressivo - a mãe de Flávia diz que ela chegou a registrar queixa contra ele na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Há seis meses, o término definitivo aconteceu. John viajou para São Paulo para fazer shows. Flávia continuou em Salvador com os filhos.
"Eles vivem brigando. Ele era muito ciumento. Ele também me ameaçava. Sempre exigia dinheiro e eu dava para ver a minha filha livre dele. Cheguei a comprar uma moto e antes mesmo de resolver a documentação, ele vendeu. Eu não sei a quem ele deve tanto assim. Pra ver a minha filha numa situação melhor, cheguei a pegar dinheiro com agiota pra dar pra ele", diz Maria Hilda.
Aos parentes, John diz que chegou de madrugada e quis ir embora 1h, mas Flávia não deixou. Depois disso, ele descobriu no celular de Flávia conversas que ela teria com outros homem. Ele ligou para a pessoa das mensagens, que confirmou a relação com Flávia. A partir daí, ele começou a exigir o dinheiro de volta. Depois disso, passaram a noite brigando, inclusive com agressões físicas. Pela manhã, ele a impediu de sair de casa.
"Eles brigavam constantemente. Eu mesmo já separei as brigas e uma delas já levei um murro dele. Ele me considera mais que os irmãos dele de sangue e foi por isso que, durante a negociação, ele pediu para eu descer, para falar com ele, mas a polícia não deixou", contou Hermes Agostinho, marido do prima de Flávia e irmão de consideração do cantor
"Quando eles tiverem o primeiro filho, a briga era intensa, mas não passavam das ofensas. Mas depois da segunda criança, ele começou a agredi-la fisicamente varais vezes ao dia", contou a prima Flávia
De dentro da casa, John manteve contato com parentes através de mensagens de celular. Ele pediu água e também solicitou a presença de um advogado, que chegou por volta das 11h15.
"O advogado está aqui para garantir não só as garantias constitucionais do chamado sequestrador, mas também para garantir a integridade de física da vítima", disse o defensor, Marcos Matos. "Devemos priorizar a integridade da vítima. Tanto de quem está causando a agressão de quem está sofrendo agressão", destacou.
Facção ostentou por 6 meses sigla em igreja ao lado da sede da Polícia Civil, na Piedade
Sacrilégio, mais um recado afrontoso ou os dois? O fato é que a inscrição da facção Bonde do Maluco (BDM) estava a 30 passos do prédio-sede da Polícia Civil, na Piedade. Há cerca de seis meses, as paredes da Igreja e Convento Nossa Senhora da Piedade exibiam as iniciais do maior grupo criminoso do estado e vinham deixando todos preocupados, principalmente quem está diariamente no tempo religioso.
“Vandalismo já aconteceu bastante, mas pichação como essa de agora, referente à uma facção, não. Estamos todos assustados. Qual o objetivo deles expressando isso em nossa parede? Faz medo porque a gente não sabe o que está por trás disso. Pode ser recado à polícia, pode sim, como também pode ser uma direta a outros grupos que também atuam aqui no centro. Quais as consequências disso para todos nós? ”, declarou o reitor do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padre Albervan Pinheiro.
As inicias “BDM” estavam até a última sexta-feira (10) nas paredes frontais da Igreja e Convento Nossa Senhora da Piedade, onde o portão de entrada está defronte à Praça da Piedade. “Já tinha visto as pichações, mas não sabia que as letras indicavam uma facção”, disse o padre Albervan. Ao tomar conhecimento do significado das três letras através do CORREIO, o religioso aproveitou que o templo passa por uma reforma e determinou que a pichação fosse apagada. “Viajei no último sábado (18), mas antes disso ordenei para o pessoal da obrar cobrisse aquilo lá. Quando retornei na segunda (13), não havia mais nada”, contou.
A reportagem repercutir o caso com alguns fiéis. De acordo com um deles, o BDM quis mandar um recado para a à Secretaria de Segurança Pública (SSP). “Com certeza foi para chamar a atenção da polícia, para dizer: ‘estamos aqui e não temos medo’. Esta é a minha leitura. Como é possível fazerem isso sem que a polícia percebesse, bem debaixo do nariz dela? Aqui tem câmera para todos os lados, inclusive na praça. E o pior: isso está aí há uns seis meses e ninguém apaga”, declarou o economista João Paulo de Freitas, 54, morador do bairro e um dos frequentadores assíduos da igreja Nossa Senhora da Piedade.
As iniciais teriam sido colocadas por moradores de rua da região. “Certamente. Eles são usuários ao mesmo que tempo que também trabalham para a facção, levando e trazendo informações e pichando as iniciais do grupo a pedido dos gerentes do tráfico”, contou João Paulo.
Questionada sobre o acontecido, a SSP informou que " combater o tráfico de drogas é prioridade das polícias Militar e Civil". "Informa ainda que de janeiro a agosto, em 2021, cerca de 15 toneladas de entorpecentes foram apreendidos e 1,2 milhão de pés de maconha foi destruído", disse a SSP em nota.
Já a Polícia Civil disse que " a ação de quadrilhas " é investigada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). A nota enviada pontua que a PC "vem atuando por meio de atividades de inteligência, diligências, operações e outras ações de Polícia Judiciária em todo território baiano".
A Polícia Militar, por sua vez, informou que "o policiamento ostensivo na região da Praça da Piedade conta com duplas de policiais militares a pé ao longo dos seus subsetores, reforçado por guarnições ordinárias embarcadas em viaturas duas e quatro rodas e pela Companhia de Emprego Tático Operacional (CETO) do 18º BPM". A PM também informou que conta com uma base móvel de segurança e com o reforço operacional de policiais atuando 24h. Ainda segundo o órgão, no mês de setembro, "o policiamento foi reforçado com mais uma viatura de rádio patrulhamento acrescida, durante o dia, ao efetivo já existente, tendo em vista a aproximação da alta estação e dos meses de final de ano".
Esta não foi a primeira vez que siglas de facções são ostentadas próximas a unidades policiais. Em setembro do ano passado, o CORREIO registou também as iniciais do Comando da Paz (CP) e o Comando Vermelho (CV) em frente à Base Comunitária e a menos de 500 metros da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (Nordeste de Amaralina). No seguida à publicação, as inscrições foram apagadas pela polícia.
Missas
Antes das inscrições, os assaltos já faziam parte da rotina dos fiéis. Por conta do aumento da criminalidade no entorno Igreja e Convento Nossa Senhora da Piedade e também na Paróquia de São Pedro que, apesar de não ter sido pichada com as iniciais do BDM, vem sofrendo as consequências por estar situada na Praça da Piedade, as tradicionais missas nas tardes de domingo foram suspensas desde o início da pandemia.
“Quando encerrávamos as celebrações das 17h, os fiéis eram assaltos nos pontos de ônibus ou quando andavam para casa, pois muitos moravam no entorno. Isso aqui aos domingos é muito deserto e as pessoas estavam vulneráveis. Bandidos levavam bolsas, correntes, o que podia carregar. Então, por uma questão de segurança, tanto aqui, como na Paróquia de São Pedro, ficou decido pelo encerramento das missas nas tardes de domingo”, declarou o reitor do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padre Albervan Pinheiro.
A reportegem perguntou à Polícia Civil sobre o que tem a dizer sobre o cancelamento das missas às 17h e também em relação aos constantes assaltos. Até o fechamento desta edição não houve um posicionamento. Os mesmos questionamentos foram realizados à Polícia Militar (PM), que por sua vez também não respondeu.
Barra
As marcas das facções são encontradas cada vez mais no centro de Salvador. Ou seja, os criminosos estão saindo da periferia, deixando os locais escondidos, para ostentar o poder em bairros turísticos, como a Barra.
Na Rua Barão de Sergy iniciais de grupos rivais foram deixadas em pontos distintos ao logo da via, a cerca de 250 metros da 14ª Delegacia (Barra). Na parede de uma farmácia que dá no início rua no sentido Porto da Barra, a letras “C” e “P”, postas lado a lado, fazem referência de que o comando do tráfico no local é do Comando da Paz. “Eu não sabia do que se tratava, mas está aí há quase um ano. Mas não é novidade pra ninguém que a Barra hoje virou o point da malandragem, principalmente nos finais de semana, pois o tráfico rola solto”, disse um morador de um dos edifícios no local.
Uma gaúcha, que mora há poucos mais de cinco meses em um dos prédios da rua, disse que assim que chegou, foi orientada pelos vizinhos sobre a situação do tráfico na Barra. “A gente percebe através de comentários, que aqui já foi um lugar mais tranquilo. Agora, vem muita gente de outros lugares atrás de drogas. Isso acontece com mais frequência no sábado e no domingo, quando tem o maior fluxo de pessoas, consequentemente um número maior de consumidores”, disse ela.
Já no final da Barão de Sergy, no muro do Edifício Rosário, é possível perceber, ainda que apagadas, uma das simbologias do Bonde do Maluco, "TD 3", que siginfica "Tudo 3", a mesma coisa que "BDM" , além da sigla CP, que, ao que tudo indica, sobrepõe a marca rivcal. Algumas pessoas disseram que foram os próprios moradores do prédio que trataram de retirar as pichações. Nenhum deles quis falar soibre o assunto.
Um porteiro que trabalho há mais de 20 anos em um edifício disse que a Barra está igual ao bairro que ele mora, o Tororó. “ Não tem muito tempo que acordamos com tudo pichado do BDM. A cada dia eles (traficantes) estão mais ousados, querendo ficar em evidência e dão testa onde for. Foi o que a aconteceu no domingo. Alguém deu o canal que o rapaz estava no local e foram lá para apagar ele”, disse o porteiro, se referindo ao episódio do último domingo, quando dois homens e uma mulher foram baleados durante tiroteio no Porto da Barra.
Tiroteio
O Departamento de Homicídios a Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a autoria e a motivação dos tiros que mataram o acusado de tráfico Rodrigo Cerqueira de Jesus, o Tosca no domingo (05), no Porto da Barra. No dia, a mãe dele e outro homem também foram baleados.
As vítimas foram socorridas para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde Rodrigo chegou sem sinais vitais. O estado de saúde das outras duas vítimas não foi divulgado. Moradores da região contam que foram, ao menos, cinco disparos efetuados na esquina da Rua Cézar Zama com a Barão de Sergy.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, informações preliminares dão conta de que Rodrigo seria integrante de um grupo criminoso com atuação no bairro de Cosme de Farias e um dos alvos de investigações do DHPP.
Ainda segundo informações preliminares, ele seria o principal alvo dos criminosos. A disputa pelo tráfico de drogas é a principal linha de investigação para o crime.
A Barra vem sofrendo com uma onda de violência. Para minimizar a situação, a 11ª Companhia Independente (Barra) conta atualmente com um novo comandante quer assumiu o cargo nesta quinta-feira (16).
Pavilhão
Um dos cinco grupos criminosos mais atuantes na Bahia, e considerado o mais violento, o Bonde do Maluco (BDM) surgiu em 2015 no pavilhão V do Presídio Salvador, no Complexo Penitenciário da Mata Escura. Liderado pelo assaltante de banco José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, morto em dezembro de 2019, o grupo nasceu como uma ramificação da extinta facção Caveira, comandada por Genilson Lima da Silva, o Perna, custodiado em presídio federal.
Seguindo modelo semelhante às maiores organizações criminosas do país - Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e Comando Vermelho, do Rio de Janeiro -, o BDM foi criado para ampliar a área de atuação da facção Caveira, nesse caso, na Bahia, em alguns pontos estratégicos do tráfico da capital, como Subúrbio e Cajazeiras, e principalmente na Região Metropolitana de Salvador.
No entanto, houve um racha e uma parte do grupo mais agressiva ficou sob o comando de Zé de Lessa, que tinha como fornecedor de armas e drogas o PCC. Atualmente, em Salvador, o BDM tem atuação em Cajazeiras, Brotas, parte do Subúrbio e orla (entre a Boca do Rio e Itapuã), Cabula, Garcia, Pau da Lima, Federação e parte da Ilha de Itaparica. A expansão começou por Cajazeiras X.
Primeira Delegacia da Mulher itinerante é criada na Bahia
A primeira Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) Itinerante é criada na Bahia. Um ônibus da Polícia Civil, com equipe especializada no atendimento de casos de violência contra mulher, visitará quatro cidades baianas até o começo de outubro: Ipiaú, Jaguaquara, Itatim e Itapetinga. O objetivo é reduzir a subnotificação destes crimes, principalmente no interior, assim como acolher e explicar às vítimas sobre seus direitos. A expectativa, segundo a delegada-geral Heloísa Campos de Brito, é que haja, pelo menos, 10 atendimentos por dia, em cada cidade.
Em toda a Bahia, existem somente 15 delegacias especializadas para a mulher - duas em Salvador, nos bairros do Engenho Velho de Brotas e Periperi, e duas na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Com a Deam Itinerante, cidades que não têm essa estrutura poderão se beneficiar, mesmo que por alguns dias, desse serviço. Daí que surgiu a ideia para a ação. A apresentação do projeto ocorreu durante o 1º Encontro Estadual das Delegacias e Núcleos Especiais de Atendimento às Mulheres, nesta terça-feira (14), no auditório do prédio-sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no CAB.
“Esse projeto veio da necessidade de estarmos mais próximos em comunidades onde não tínhamos uma estrutura voltada diretamente para a violência contra mulhe”, explica Heloísa. A delegada também esclarece que uma equipe de fora da cidade pode incentivar possíveis denúncias. “A ideia é que as mulheres se sintam mais à vontade para fazer o registro, porque a equipe não é da cidade. Normalmente, em cidades pequenas, o policial conhece a família e a pessoa fica inibida de ir à delegacia”, acrescenta.
Mesmo com a redução de 17,6% do número de feminicídios na Bahia, os números ainda preocupam a Polícia Civil. Em 2021, entre janeiro e setembro, foram 63 mulheres mortas só pelo fato de serem mulheres. Em 2020, foram 74 casos no mesmo período. “Ainda é um número substancial. E pior, a gente não sabe quantos outros tipos de violência aconteceram com essa mulher, como a violência emocional, patrimonial, que vão numa crescente, até que a mulher não aguenta mais e faz a denúncia”, alerta a delegada-geral.
Por isso, a Deam Itinerante tem ainda um viés educativo. A equipe será composta por uma delegada, uma escrivã e duas a três investigadoras. “Nossa equipe vai poder, inclusive, falar acerca dos direitos, quais medidas podem ser adotadas pelas mulheres vítimas de violência, para onde ela pode recorrer e qual a rede de proteção de apoio”, enumera a delegada.
O ônibus ficará, em média, três a quatro dias em cada município. As quatro cidades foram escolhidas por demandas de representações políticas locais. “O projeto ainda é piloto, vamos avaliar a demanda de cada cidade, fazer a primeira escuta, e isso servirá de subsídio para a gente fazer o planejamento para novos Núcleos de Atendimento à Mulher”, acrescenta a delegada-geral.
Vereadoras propõem DEAM em Cajazeiras
Uma proposta para se criar uma terceira Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Salvador, tramita na Câmara Municipal de Salvador (CMS). O projeto de indicação PIN-438/2021, enviado pelo mandato coletivo Pretas por Salvador, sugere ao governo estadual que uma Deam seja criada no bairro de Cajazeiras, o maior da América Latina, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele está na pauta do dia da sessão ordinária desta terça-feira (14).
“Cajazeiras é uma cidade, é enorme e o processo de acesso a transporte público não torna as Deams acessíveis. Uma é em Brotas, que é no final de linha do Engenho Velho de Brotas, e a outra em Periperi. Não são como o Fórum, por exemplo, que tem uma estação de metrô na frente. Inclusive, pela norma técnica de padronização das Deams, Salvador já deveria ter muito mais do que duas Deams. Então esse projeto visa garantir que as mulheres de Cajazeiras tenham acesso a uma política pública de enfrentamento de violência contra mulheres”, explica Laina Crisóstono, co-vereadora do mandato Pretas por Salvador.
Sobre a possibilidade da criação de uma Deam em Cajazeiras, a delegada-geral Heloísa Brito, afirma que existe um limitador estabelecido durante a pandemia da covid-19. “A gente não pode criar cargos nem aumentar nenhum tipo de estrutura, em razão da pandemia. Mas, a longo prazo, a Polícia Civil já pensa em superar essa demanda, considerando o tamanho de Cajazeiras”, argumenta Heloísa.
Rede de serviços públicos de enfrentamento a violência contra as mulheres**
Ligue 180
Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência 24 horas, todos os dias da semana, para orientação. O Ligue 180 não tem caráter emergencial, ou seja, a polícia não vai até o local em que a agressão ocorreu. Para acionar o socorro imediato, Disque 190, da Polícia Militar.
Disque 100
Disque Direitos Humanos é o canal oficial do governo federal que recebe denúncias de qualquer violação de direitos humanos.
Aplicativo Direitos Humanos BR
Nova plataforma digital do Disque 100 e Ligue 180. Disponível na AppleStore (Iphone) e na GooglePlay (celulares com sistema Android).
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) do Engenho Velho de Brotas
Rua Padre Luiz Figueira, SN. Telefone: (71) 3116-7000.
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Periperi
R. Dr. Almeida, 72. Telefone: (71) 3117-8217.
Defensorias Públicas e Defensorias Especializadas na Defesa dos Direitos das Mulheres
Rua Arquimedes Gonçalves, nº 482, Jardim Baiano. Atendimento de segunda a sexta das 07h às 16h. Distribuição de senhas até às 15h30min. Tel. (71) 3324-1587
Justiceiras
Iniciativa dos institutos Justiça de Saia, Bem Querer Mulher e Nelson Wilians, o projeto oferece apoio jurídico, psicológico e assistencial para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O contato pode ser realizado pelo Whatsapp (11) 99639-1212. Saiba mais: https://justiceiras.org.br | Instagram @justiceirasoficial
TamoJuntas
Organização feminista composta por mulheres profissionais que atuam voluntariamente na assistência multidisciplinar (jurídica, psicológica, social) a mulheres em situação de violência e que possui voluntárias em diversas regiões do Brasil. Saiba mais: https://tamojuntas.org.br | Instagram @atamojuntas | Facebook: @tamojuntas
Mapa do Acolhimento
Plataforma digital que conecta mulheres que sofrem ou sofreram violência de gênero a uma rede de psicólogas e advogadas dispostas a ajudá-las de forma voluntária. Saiba mais: www.mapadoacolhimento.org | Instagram: @mapadoacolhimento | Facebook: @MapaDoAcolhimento
Rede Feminista de Juristas
Composta por juristas de diversas áreas do Direito, a rede atua na promoção da igualdade de gênero no Brasil a partir de uma perspectiva interdisciplinar e interseccional. Instagram: @defemde | Facebook: @deFEMde
PenhaS
Iniciativa da Revista AzMina, o app apresenta um mapa de delegacias, além de oferecer acolhimento e prestar informações sobre direitos das mulheres. Disponível na GooglePlay e na AppleStore.
Robô ISA.bot
Desenvolvida pela Think Olga e pelo Mapa do Acolhimento, a ISA.bot oferece respostas e orientações rápidas para mulheres vítimas de violência doméstica ou online. Pode ser acionada pelo inbox do Facebook ou ativada no Google Assistente. Saiba mais: www.isabot.org.
Mete a Colher
Por meio de plataformas digitais e redes sociais, a startup oferece orientação a mulheres vítimas de violência. Saiba mais: www.meteacolher.org | Instagram: @appmeteacolher | Facebook: @appmeteacolher.
Safernet Brasil
A organização conta com um canal de denúncia e outro de orientação de forma online e gratuita sobre segurança na Internet e como prevenir riscos e violações, como intimidação, humilhações (cyberbullying), troca e divulgação de mensagens íntimas não-autorizadas (sexting ou nudes), encontro forçado ou exposição forçada (sextorsão), entre outras violências. Canal de denúncias: https://new.safernet.org.br/denuncie | Canal de orientação: https://www.canaldeajuda.org.br/helpline.
Marias da Internet
A ONG oferece apoio psicológico e jurídico a mulheres vítimas de violência de gênero online. O contato pode ser feito pela página do Facebook e também pelo (44) 99103-0957. Saiba mais: www.mariasdainternet.com.br | Instagram: @mariasdainternet | Facebook: @MariasDaInternet
**Fonte: Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM)