O Jornal da Cidade

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O prefeito ACM Neto disse que está preocupado com o aumento de casos de covid-19 em Salvador e de internações em leitos clínicos e de UTI. "Está aí, vocês estão vendo. Basta a gente ver as pessoas conhecidas nossas. Quando começou a cair, cada vez menos a gente ouvia dizer que uma pessoa estava de covid, teve problema. Volta a subir, a gente começa a ouvir cada vez mais. Eu tenho os números, mas esse é um parâmetro para qualquer pessoa comum", disse.

"Há essa preocupação, há esse receio com relação à segunda onda em todo Brasil, há um aumento concreto no número de pacientes que estão precisando de internação, por isso estamos começando a reabrir leitos", afirmou na manhã desta quarta-feira (25), durante a inauguração de uma escola no Engenho Velho da Federação.

Neto afirmou que se reúne na tarde de hoje com a equipe de saúde para discutir o assunto e ter uma programação para a reabertura de leitos específicos para covid-19. "Nosso trabalho num primeiro momento será todo nesse sentido, de ampliar a oferta". No final de semana, 30 leitos para covid-19 foram reabertos.

Ele disse que também muitos hospitais e clínicas particulares começaram a internar pessoas com outras comorbidades e não têm mais a mesma agilidade em ofertar leitos para covid agora. "Volta todo aquele cenário de olhar tanto a rede particular como está se comportando, como a rede pública. Porque se uma colapsar, a outra colapsa".

O prefeito disse que não pensa agora em restrições. "A gente vai tentar evitar qualquer medida de restrição, de fechamento, porém não depende apenas das autoridades, depende de cada um", destacou.

Sobre a vacina, o prefeito disse que o país de origem não é importante. "Defendo que independentemente da origem da vacina, da China, da Rússia, Reino Unido, EUA... Se for uma vacina eficaz, é preciso que todos trabalhem para que esteja presente no Brasil e seja distribuída à população", afirmou. Ele disse que por conta do tamanho do país e dos limites de produção das vacinas, possivelmente o país terá que trabalhar com todas que sejam aprovadas.

Carnaval e Réveillon
Neto negou que tenha ido ao Rio de Janeiro discutir questões sobre a data do Carnaval do ano que vem. Ele afirmou que viajou como presidente nacional do Democratas para discutir questões da campanha do prefeito Eduardo Paes (DEM), que disputa segundo turno com Marcello Crivella (Republicanos).

"Essa é uma das eleições mais importantes que o Democratas está participando neste segundo turno, maior colégio eleitoral. Temos grandes expectativas em torno da vitória de Eduardo neste domingo. Será o quarto prefeito de capital que vamos eleger. Vamos ficar aguardando a eleição que foi atrasada em Macapá, onde o Democratas também disputa com grande chance", avaliou Neto. "Nada mais natural que como presidente do partido, prefeito e amigo dele eu fosse ao Rio de Janeiro levar uma palavra de apoio e tomar algumas decisões de ajustes finais em relação à campanha", acrescentou.

Ele disse que não trataria desse assunto do Carnaval com nenhum prefeito que não tenha sido eleito ou esteja no cargo e prometeu para a sexta (27) novidades sobre o tema. "Devo na sexta-feira fazer uma coletiva para apresentar a vocês os protocolos de Natal. Ideia é que já a partir de segunda o Natal de Salvador comece... Iluminação já está aí, em alguns lugares, mas vamos abrir o Campo Grande na segunda. Aproveito a oportunidade para oficializar a nossa posição sobre o Carnaval de Salvador, ao lado do prefeito eleito Bruno Reis", afirmou.

Um acidente entre um ônibus e um caminhão deixou 41 pessoas mortas e mais uma dezena de feridos na manhã desta quarta-feira (25) na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, no interior de São Paulo.

A batida aconteceu por volta das 6h45, segundo o Corpo de Bombeiros. O ônibus levava funcionários de uma empresa têxtil para o trabalho quando aconteceu a batida, na região da cidade de Taguaí.

Quinze pessoas foram socorridas para hospitais da região, mas o trabalho de resgate continua. "Temos um ônibus que transportava 53 pessoas de uma empresa. Ele colidiu com um caminhão. Não temos dados precisos, porque é um local de difícil acesso. Mas acreditamos que tenha cerca de 22 a 25 vítimas fatais. 15 pessoas já foram socorridas para hospitais da região e outras vítimas estão recebendo socorro, porque ficaram presas nas ferragens", afirmou o tenente Alexandre Guedes, porta-voz da Polícia Militar, à GloboNews.

Duas pistas tiveram fluxo de trânsito interrompido por conta do acidente e do trabalho de resgate.

Segundo o Uol, os funcionários do ônibus eram da empresa Stattus Jeans. A região tem muitas fábricas têxteis e os ônibus costumam buscar empregados que moram em cidades próximas para levar ao trabalho. A empresa não respondeu a tentativas de contato.

A Prefeitura de Taguaí decretou luto oficial de três dias por conta do acidente. "Hoje a cidade amanheceu com a triste notícia de um acidente envolvendo um caminhão e um ônibus com trabalhadores de confecção que vinham de Itaí e Taquarituba para Taguaí. Informações mais detalhadas ainda estão sendo apuradas pelos órgãos competentes. Externamos nossos sinceros sentimentos às famílias, amigos, à empresa e colegas de trabalho destes que se foram. Dia triste", diz comunicado publicado nas redes sociais.

 

Um dia de comemoração para lá de diferente. É isso que as quituteiras mais famosas de Salvador terão hoje, no dia das baianas de acarajé. Sem a missa tradicional de comemoração que acontece há 35 anos e com um faturamento bem abaixo do normal por causa da pandemia, para elas o que se tem para comemorar é a vida e a possibilidade de participar do retorno da economia.

Ainda em fase de recuperação, faturando de 50 a 60% do que obtinham antes da pandemia, as baianas lamentam o ano difícil mas compartilham da esperança do aumento das vendas desde o retorno. De acordo com informações da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Beiju, Mingau e Similares (Abam), em território soteropolitano, existem cerca de 3.500 baianas de acarajé - o número deve ter caído já que muitas quituteiras optaram por alternativas para superar as dificuldades.

Com esse panorama, as baianas ouvidas pela reportagem do CORREIO declararam que o dia delas se converte num momento de gratidão pela vida e pela oportunidade de ainda estarem fazendo o que mais amam: vender acarajé. Esse é o depoimento de Elaine Assis, 39, filha de Dinha do Acarajé, que reduziu em 80% as venda na pandemia. Para ela, trabalhar depois de um ano tão difícil é o motivo dos agradecimentos: “A gente tem que comemorar a vida e a possibilidade de estar trabalhando todos os dias já é uma vitória”.

Outras baianas de acarajé viram sua renda ser reduzida a zero com o isolamento social iniciado em março. Sem o delivery para reduzir as perdas, sofreram ainda mais. É o caso de Márcia da Cruz, 62, do Porto da Barra: “A pandemia acabou com a nossa renda, meu filho. Um período muito difícil que fez com que muitas colegas tivessem que deixar o tabuleiro. Eu tive a sorte de ainda continuar trabalhando, o que já me deixa contente e com motivos de sobra pra agradecer”.

Jussara Santos, 42, que trabalha no Acarajé da Cira, localizado no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, concorda que é preciso comemorar e lamenta a situação das colegas baianas que precisaram fechar o tabuleiro. “Não tá perfeito, longe disso. Sofremos com tudo que aconteceu, mas ainda estamos aqui, conseguimos voltar a vender e pagar as nossas contas. Com tanta baiana que precisou encontrar outras formas de ganhar dinheiro, me sinto abençoada“ de ainda abrir isso aqui", afirma”.

Os relatos que informam a necessidade que muitas baianas tiveram de parar com a venda de acarajé são confirmados por Rita Santos, presidente da Abam. Ela conta que recebeu várias informações de que um número considerável de baianas precisaram optar por trabalhos alternativos, mas não sabe precisar quantas foram. “Não temos como fazer o censo no momento, mas as baianas de acarajé estão em menor número em Salvador e na Bahia como um todo”, explica.

Para Jussara, o retorno das vendas tem dado esperança: “Hoje, já voltamos a vender 80% do que vendíamos antes. Então, apesar de não ter sido um ano fácil, ele vai terminando com aquela luz no fim do túne”. A situação é parecida no Acarajé da Dinha, que já fatura valores que fazem com que as contas fechem no verde. “Estamos com uma taxa de venda de 60% em relação aos valores de antes de toda essa crise. Dá pra fechar as contas, mas é uma situação diferente das baianas com pontos menores, que sofreram e ainda estão lutando para continuar com o tabuleiro aberto”, explica Elaine.

“Ainda tá tudo muito difícil, meu filho. Não voltou nem metade do que era antes. As barracas maiores estão se recuperando mais rápido, nós estamos mais atrás nisso. O bom do fim do ano é saber que não vou fechar”, diz Márcia.

Cole com as baianas

Além de Márcia, muitas outras baianas passam pela mesma situação e chegam até a depender da ajuda da Abam, que com uma campanha do CORREIO para arrecadar doações para as baianas, já distribuiu 2.800 cestas básicas.

A pandemia segue e as baianas continuam sofrendo com um faturamento inferior ao necessário, o que gera uma renda para suas famílias. Por isso, cole com as baianas e ajude depositando qualquer quantia na seguinte conta bancária para que as doações sejam revertidas em cestas básicas.

ABAM - Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Beiju e Similares.
Caixa Econômica Federal
Código Operação: 003
Ag.: 4802
Conta corrente: 000056-1
CNPJ: 02561067000120

A duquesa de Sussex, Meghan Markle, contou que sofreu um aborto espontâneo este ano. A história foi relevada em um artigo seu publicado nesta quarta-feira (25) no jornal "The New York Times".

Casada com o príncipe Harry, ela escreveu que sentiu uma dor forte enquanto trocava a fralda do primogênito Archie. "Eu sabia, enquanto segurava meu primeiro filho, que estava perdendo meu segundo", escreveu Markle.

A ex-atriz de 39 anos relata que sofrer um aborto espontâneo é uma "dor insuportável" e que o tema continua sendo um "tabu, impregnado de vergonha (injustificada), que perpetua um ciclo de luto solitário".

Em janeiro, o casal anunciou que abandonaria suas obrigações oficiais como membros da família real britânica, alegando não suportar a pressão da imprensa britânica sobre a realeza. Eles também deixaram de representar a Coroa.

Na época, Harry acusou os tabloides de assediar Meghan e denunciou comentários racistas contra a esposa.

Meghan, Harry e Archie se mudaram primeiro para o Canadá e depois para a Califórnia, na costa oeste dos Estados Unidos, onde vivem atualmente.

Quarta, 25 Novembro 2020 12:08

O defunto do ano

Embora os temas funerários, geralmente provoquem medo, o homem também aprendeu a lidar com a morte de forma debochada em várias culturas ao longo do tempo. Um exemplo dessas brincadeiras está bem viva em Bonfim de Feira, distrito do município de Feira de Santana. Lá nasceu a irreverente cerimônia de despedida do Ano Velho que é representado por um boneco, substituído durante a cerimônia por um morador da localidade, eleito o “defunto do ano”.

Pra representar o personagem, a pessoa precisa entrar num caixão funerário que é conduzido pelas ruas de Bonfim de Feira até a igreja local, tudo acompanhado por ruidoso cortejo com a população se divertindo ao som de música carnavalesca. O ponto alto da festa é quando o defunto do ano sai do caixão e o boneco é recolocado no lugar e o conjunto, então, queimado na praça na maior animação.

A tradição começou em 1972 criada por Vital Souza, que herdou uma funerária do pai. Pra comemorar a passagem do ano, ele resolveu pegar um caixão infestado de cupins, chamou os amigos e todos saíram festejando o réveillon pelas ruas de Bonfim de Feira até queimar o caixão.

Nos anos seguintes a festa evoluiu e um boneco foi colocado no caixão até a ideia de homenagear uma pessoa da comunidade elegendo-o o “defunto do ano”. Aí a festa se tornou cada ano mais animada. Quem quiser conhecer o “A queima do ano velho” pode assistir a última no portal “Meus sertões”

(www.meussertoes.com.br) do jornalista Paulo Oliveira.

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

Os dois fuzis de fabricação estadunidense e as 23 pistolas croatas encontradas pela polícia num ônibus clandestino na BR-116, em Vitória da Conquista, no Sul da Bahia, são avaliados em torno de R$ 500 mil, total que não inclui o valor das munições. O arsenal foi descoberto nesta segunda-feira (23) durante uma vistoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e dois suspeitos — o homem que transportava e o motorista — foram presos.

Todo o armamento achado é de uso restrito das Forças Armadas Brasileiras e os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Chefe em exercício da seção de Operações Especializadas da PRF na Bahia, o inspetor Jader Ribeiro explica que os fuzis possuem restrição por causa do modo automático, que permite os chamados tiros de rajada. Estima-se que esses fuzis, da marca Colt, sejam comercializados por até R$ 50 mil no Brasil. Junto com eles estavam seis carregadores, cada um com capacidade para 30 munições do tipo 556, ou seja, capaz de dar 180 disparos.

“Já as pistolas são provenientes do Leste Europeu, são armas muito bem construídas, de polímero e têm um custo muito elevado no Brasil. Aqui, só uma pistola dessa é vendida de R$ 15 a R$ 20 mil”, completa o inspetor.

Em março deste ano, a PRF apreendeu, também em Vitória da Conquista, um arsenal de 36 pistolas fabricadas na República Tcheca, país no limite com o Leste Europeu. Conforme Ribeiro, essa região tem tradição na fabricação de armamento de alta qualidade e as armas de países como os já citados e também da Hungria e Rússia são procuradas pelo mundo todo.

Ainda segundo ele, é comum achar armas oriundas dessa região em apreensões no estado. As pistolas achadas na Bahia tinham uma coloração incomum, um tom caqui, conseguido através de uma pintura cerâmica chamada cerakote, que facilita a camuflagem em regiões de mata, por exemplo.

Como a BR-116 é um corredor de entrada da Bahia e também das regiões Norte e Nordeste do país, produtos ilícitos, como armas, drogas e contrabandos, são escoados através dela. Pela forma com que foram transportadas e tomando por base as apreensões anteriores que tiveram investigação da Polícia Civil, acredita-se que o material seria mesmo usado por agentes do tráfico de drogas, para guerras de facções e assaltos a bancos.

“A gente espera com isso um baque financeiro. Como essas armas são muito caras, além do custo das armas, tiveram o custo de transportar o material, que veio da Europa e EUA. Essas apreensões são importantes, primeiro, para a preservação da vida de pessoas e por essa questão financeira também, que os desarticula”, afirmou.

RELEMBRE O CASO

Além do homem que transportava as armas, o motorista do ônibus também está preso. Delegada plantonista da 10ª Delegacia (Vitória da Conquista), Alessandra Márcia Pereira contou que o passageiro acusa o motorista de ser o dono da bagagem e afirma que estava transportando as mochilas sem saber o conteúdo. Já o condutor alegou que não tem envolvimento com o crime e que as armas são de responsabilidade do passageiro.

“Nós acreditamos que eles estavam agindo juntos por conta da logística do crime. O ônibus saiu de São Paulo. O passageiro estava em São Paulo, mas deixou para embarcar em Vitória da Conquista. Ele veio de carona até Conquista, acredito que para evitar as abordagens policiais no caminho, pernoitou em uma pousada e aguardou para embarcar exatamente nesse ônibus. Além disso, os dois se conhecem e já fizeram outras viagens juntos”, contou ela.

Como o ônibus era clandestino, o passageiro não embarcou na rodoviária de Vitória da Conquista. Ele aguardou pelo coletivo em um posto de combustível, no meio do caminho, e foi o único passageiro que não tinha o canhoto da compra da passagem. Ele e o motorista moram em São Paulo, e a última vez em que viajaram juntos foi há cerca de um mês, quando saíram de Feira de Santana para o estado paulista.

O ônibus pertence ao motorista, que é dono de uma empresa terceirizada e que não teve o nome revelado. Ele tem 39 anos, e não possui antecedentes criminais. O passageiro tem 32 anos e também não responde por crimes, mas estava sendo procurado pela justiça por não pagar pensão alimentícia.

Contradição
O passageiro caiu em contradição durante o depoimento. O ônibus saiu de São Paulo (SP) e seguia para Serrinha (BA). Ele contou que o combinado era embarcar em Vitória da Conquista e desembarcar no caminho porque o destino das bagagens era Feira de Santana, onde as armas seriam entregues.

Apesar de afirmar que o arsenal pertencia ao motorista, ele disse que não conhecia a pessoa que entregou as mochilas para ele, em SP, e nem sabe quem é a pessoa que iria receber o material em Feira. Ele não informou de quanto seria o pagamento pelo serviço, e contou que já transportou outras bagagens antes nesse mesmo modelo, mas que nunca procurou saber o que havia no conteúdo.

Já o motorista nega envolvimento no crime e afirma que pretendia desembarcar em Nova Soure, onde outro condutor daria continuidade à viagem até Serrinha.

Havia outros passageiros quando o ônibus foi abordado pela PRF, em Vitória da Conquista. Eles foram ouvidos pela polícia e uma mulher confirmou que a mala com as armas estava com o passageiro de 32 anos.

Prisão
Em nota, a PRF contou que a fiscalização começou pelo bagageiro do veículo. Depois, os agentes verificaram a bagagem de mão dos passageiros, e foi nesse momento que encontraram as armas. Todo o material estava em duas mochilas.

Os dois fuzis desmontados foram embrulhados junto com seis carregadores, cada um com capacidade para 30 munições 556. A PRF afirmou que o armamento é de fabricação norte americana.

Já as 23 pistolas estavam envoltas em sacos de lixo e fitas adesivas, acompanhadas de 27 carregadores com prolongador, cada um com capacidade para pelo menos 21 munições. Os policiais encontraram também outros 43 carregadores convencionais, com capacidade para 19 munições. As armas foram produzidas na Croácia.

A delegada acredita que a escolha de Vitória da Conquista para fazer o intercâmbio não foi por acaso. A BR-116 é uma estrada com movimentação intensa e a cidade faz ligação com diversos outros municípios do estado.

“Eles sabem que existe fiscalização intensa na divisa entre Minas Gerais e Bahia, e queriam evitar a abordagem. Ele deixou para embarcar em um posto de combustível, depois do local onde a polícia costuma fazer a fiscalização. O que ele não esperava era que ocorresse uma abordagem surpresa em outro ponto da estrada”, contou.

Motorista e passageiro foram presos em flagrante e estão custodiados em Vitória da Conquista, aguardando pela audiência de custódia. Os dois vão responder por comércio ilegal de arma de fogo e associação criminosa.

O Bahia ganhou cinco desfalques de última hora para enfrentar o Unión, pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O técnico Mano Menezes, os auxiliares James Freitas e Sidnei Lobo, além do goleiro Mateus Claus, testaram positivo para covid-19 e estão fora da partida desta terça-feira (24), às 19h15, na Fonte Nova.

Com isso, Mano não estará à beira do campo diante dos argentinos. O time será dirigido pelo auxiliar Cláudio Prates. O quinto cortado do duelo foi o volante Edson. De acordo com o Bahia, ele foi afastado de forma preventiva, já que dividiu quarto com Mateus Claus.

O restante do elenco passou por exames e testou negativo para o coronavírus.

Nos últimos dias, o meia colombiano Juan Pablo Ramírez, recém-contratado pelo clube, também foi infectado pela covid. O jogador já está recuperado e voltou aos treinamentos na Cidade Tricolor.

O governador Rui Costa declarou nesta terça-feira (24) que as festas de Réveillon estão proibidas na Bahia. O crescimento da ocupação de leitos voltados para o tratamento de pessoas com covid-19 fez o governador do estado decretar a proibição.

“Não será permitida em nenhum município da Bahia festas públicas e privadas. E se for para a praia? Não temos condições de dispersar pessoas nas praias. Vamos fazer um campanha, vamos fazer um apelo para que as pessoas não ocupem as areias da praia no Ano Novo. Não vou jogar bomba de gás na areia de praia. Espero que a consciência das pessoas fale mais alto”, declarou Rui.

“Festas por iniciativas privadas e poder público não serão permitidas. Se individualmente as pessoas vão aglomerar, o que vou fazer?”, questionou.

Rui já havia se pronunciado nas redes sociais no dia 19 de novembro, em que disse que não deveria haver "aglomeração no Natal, no Réveillon ou em qualquer outra data comemorativa enquanto não tivermos vacina". Ele disse que os eventos sem autorização da Vigilância Sanitária poderiam ser cancelados.

 

A Bahia registrou 20 mortes e 1.465 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (24). No mesmo período, 1.662 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%).

Dos 387.786 casos confirmados desde o início da pandemia, 371.474 já são considerados recuperados e 8.169 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,04%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (9.130,09), Aiquara (6.860,10), Itabuna (6.818,21), Madre de Deus (6.803,20), Almadina (6.716,69).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 787.648 casos descartados e 98.394 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira (24).

Na Bahia, 30.885 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 20 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.143, representando uma letalidade de 2,10%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,32% ocorreram no sexo masculino e 43,68% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,61% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,20%, preta com 14,81%, amarela com 0,72%, indígena com 0,11% e não há informação em 11,54% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,72%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,25%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Quinze mil máscaras infantis reutilizáveis serão distribuídas pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), do governo da Bahia, na próxima quinta-feira (26), na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid).

Além do Hospital da Criança, das Osid, que anualmente atende cerca de 5 mil crianças, os equipamentos de proteção individual serão destinados a instituições que trabalham diretamente com esse público, como Neojiba, Lar da Criança, Abrigo Lar Pérolas de Cristo, Organização do Auxílio Fraterno (OAF) e Lar Vida.

“As máscaras funcionam como barreiras na propagação da covid-19 e, apesar de ser uma faixa etária menos afetada pela doença, há uma preocupação de que as crianças pequenas possam ser vetores de transmissão para pais e outros familiares, além de idosos que venham a ter contato com elas”, afirma o titular da Setre, Davidson Magalhães.

Ao todo, serão produzidas 115 mil máscaras infantis, que serão distribuídas para instituições de todo o estado. Os itens são confeccionados pelo projeto “Trabalhando em Rede no Combate ao Coronavírus”, que promove geração de renda e auxilia no controle da pandemia.

A iniciativa, que tem investimento de R$ 4,6 milhões do Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad) e do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Funcep), prevê a distribuição gratuita de 2,6 milhões de máscaras para diferentes públicos.