O Jornal da Cidade

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, mentiu na quinta-feira, 26, ao negar que tenha se referido à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, como uma "gripezinha". Bolsonaro usou a palavra pelo menos duas vezes publicamente, uma delas ao responder ao jornal O Estado de S. Paulo.

Durante live no Palácio da Alvorada na quinta, o presidente lançou um desafio, pedindo que apresentassem vídeos ou áudios em que ele tenha citado o termo. Bolsonaro fez o comentário ao citar estudo de universidades brasileiras, que sugerem risco 34% menor de internação em pacientes que praticam atividade física regularmente.

"Eu falei lá atrás que no meu caso, pelo meu passado de atleta, não generalizei, se pegasse o covid não sentiria quase nada. É o que eu falei. O pessoal da mídia, grande mídia, falando que chamei de gripezinha a questão do covid. Não existe um vídeo ou áudio meu falando dessa forma. Eu falei pelo meu estado atlético, minha vida pregressa", disse o presidente no Alvorada. "Nunca fui sedentário e disse que se o vírus um dia chegasse em mim não sentiria quase nada pelo meu passado de atleta. O pessoal foi para a gozação, falaram que eu estava menosprezando as mortes, zombando."

Diferentemente do que o presidente afirma agora, porém, ele comparou, sim, os sintomas da covid-19 a uma gripe em mais de uma ocasião.

No mês de eclosão da pandemia, em março, o presidente citou a "gripezinha", pelo menos duas vezes, ambas gravadas em vídeos oficiais do governo federal e transmitidas ao vivo. Bolsonaro tentava evitar a paralisação de atividades econômicas e minimizava os efeitos do novo coronavírus. Só em uma delas Bolsonaro refere-se às práticas desportivas que fazia no Exército. Ele se formou em Educação Física na Força Terrestre.

A primeira vez em que Bolsonaro tratou a covid-19 como "gripezinha" foi em 20 março, durante entrevista coletiva, no Palácio do Planalto. "Depois da facada não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar, tá ok?", afirmou Bolsonaro, ao responder questionamento do jornal O Estado de S. Paulo sobre o motivo pelo qual não divulgava de forma transparente o laudo completo de seus exames negativos para o coronavírus (à época, o presidente apenas dizia que não havia sido infectado, o que ocorreria mais tarde).

Quatro dias mais depois, Bolsonaro voltaria a citar a "gripezinha". Usou a expressão que minimiza os riscos da doença durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, em 24 de março. Na ocasião, vinculou os sintomas à sua capacidade física. "No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão", declarou o presidente, em referência ao doutor Dráuzio Varella, da TV Globo, cuja atuação motivou disputas de narrativa política por parte de apoiadores do bolsonarismo.

No canal do jornal O Estado de S. Paulo no YouTube, há um vídeo no qual há várias citações de Bolsonaro sobre o novo coronavírus.

 

Uma menina nascida em 2019 na Bahia tem a expectativa de viver quase 10 anos a mais do que um menino nascido no mesmo ano. Isso é, pelo menos, o que foi calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nas Tábuas de Mortalidade 2019, divulgadas nesta quinta-feira. Segundo a pesquisa, a expectativa de vida dos homens é de menos de 70 anos (69 anos e 8 meses), enquanto das mulheres é de quase 80 anos (78 anos e 10 meses). Isso significa dizer que as baianas vivem quase uma década a mais do que os baianos. É a segunda maior diferença de expectativas de vida no país, atrás de Alagoas, com 9,5 anos.

No país como um todo e em todos os estados, as mulheres têm uma esperança de vida maior do que a dos homens: 80,1 anos para elas e 73,1 anos para ele. De acordo com a geriatra do Hospital Português, Katia Guimarães, essa diferença é explicada por múltiplos fatores, como as diferenças do organismo masculino e feminino e os hábitos de cada perfil:

“O homem possui testosterona, hormônio que o faz se arriscar mais ao perigo. Além disso, o homem tem pouquíssimo estrógeno, hormônio que a mulher tem em abundância e que a protege de várias doenças”.

No entanto, Katia não sabe explicar o motivo de na Bahia essa diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres ser a segunda maior do país: “Seria necessário um estudo científico que pudesse identificar o que acontece no nosso estado”.

Por esse mesmo caminho pensa Washington Luiz Abreu, doutor em saúde pública e professor de medicina nas universidades UniFTC, Bahiana e Ufba. “Essa informação é complexa. Em todas as faixas etárias, os homens morrem mais que a mulheres. O que a gente já sabe que influencia essa mortalidade masculina, em geral, é a não preocupação deles com a sua saúde no quesito prevenção. A mulher utiliza mais o serviço de saúde e adoece menos”, disse o professor, alertando também que não há um estudo específico com recorte na Bahia sobre o assunto.

Questão de genética
A aposentada Valdete Conceição tem 78 anos e 9 meses, apenas um mês a menos da idade exata calculada pelo IBGE para a expectativa de vida das baianas. Ela já é viúva e se orgulha da idade atingida, mas não se contenta com isso. Dona Valdete quer viver muito mais.

“Meu marido morreu com 76 anos. Não tem ninguém da minha família que chegou a essa idade que eu estou. Minha mãe morreu com 68 e meu pai tinha uns 70. Meus irmãos são todos mais novos e eu sempre digo para eles tomarem cuidado, pois na nossa família o povo vai embora cedo. Como sou bastante religiosa, sempre digo a Deus que eu gosto dele, mas que ainda quero ficar por aqui mais uns anos”, diz ela, com um sorriso no rosto.

Valdete classifica esse modo de levar a vida como algo que a ajudou a viver por tantos anos. “Eu fumei até quase 50 anos. Também bebia, mas socialmente. E não praticava exercícios físicos. Com a idade chegando, melhorei meus hábitos. Hoje, durmo duas vezes por dia, faço questão de andar, vou para a igreja diariamente. Só não saio mais por causa da pandemia”, relata a moradora do Cabula VI e frequentadora da Paróquia Ceia do Senhor e Santo André Apóstolo.

Já o casal Luiz Marciel Fernandes, 85, e Osvaldite Boaventura Fernandes, 79, já superaram a expectativa de vida dos baianos. Luiz, inclusive, já vive 15 anos à frente da média para os homens, segundo o IBGE. “Minha família tem uma genética boa, pois minha mãe viveu até os 91 anos, a avó materna até os 103 e outro tio chegou aos 100. Tenho também quatro tios, um homem e três mulheres, que estão vivos e já superaram os 90 anos”, conta.

De fato, segundo a médica geriatra Katia Guimarães, questões genéticas são fatores que contribui na longevidade.

“Existem estudos que apontam que 25% da expectativa de vida é determinada pela genética e o restante são hábitos saudáveis”, explica.

Para viver esses hábitos saudáveis, o casal faz pilates em casa duas vezes na semana e foca em boa alimentação.

“Eu adoro viver. Gosto de fazer tudo de bom que você pensar no mundo. Adoro viajar, comprar, sair... Pena que essa pandemia obriga a gente a ficar dentro de casa, mas isso não me altera”, diz dona Osvaldite, que tem um recado para aqueles que pretendem viver muito como ela.

“Façam tudo que aparecer e façam bem, sem criar problemas em nada. Os problemas só nos levam a uma vida infeliz. Temos que entender que tudo se resolve com paciência e fé em Deus”, conclui.

Outros números
Ainda segundo o IBGE, em 2019, a esperança de vida do baino ao nascer era de 74,2 anos. Em relação a 2018, esse número representa um aumentou em cerca de 3 meses, mas é a 10ª mais baixa do país e pouco mais de 2 anos menor que a média nacional, de 76,6 anos.

Entre 1980 e 2019, a chance de uma pessoa de 60 anos chegar aos 80 na Bahia cresceu 90,8% e cerca de seis em cada 10 idosos (580 a cada mil) passaram a ter essa possibilidade de viver mais. Isso representa uma diminuição atual na mortalidade nas idades mais avançadas em comparação com a década de 1980. Isso representou uma redução média de 276 mortes por mil idosos, em 29 anos.

Foi um aumento de sobrevida proporcionalmente maior que a média nacional. No Brasil como um todo, a probabilidade de um idoso de 60 anos chegar aos 80 passou cresceu 75,6%, o que representou menos 260 mortes por mil no período.

Segundo o doutor em saúde pública Washington Luiz Abreu, esse cálculo é importante para entender o envelhecimento da população brasileira e para que sejam criadas políticas públicas para essa categoria. “Nossa população de idosos só aumenta e não estamos preparados para acolhê-los. Obrigá-los a enfrentar uma fila é um ato de violência institucional e isso é inadmissível. Ele precisa ter acesso a alimentação saudável e renda. Só reforma da previdência não resolve o problema”, apontou.

Crianças
A taxa de mortalidade infantil na Bahia, em 2019, foi estimada em 15,4 por mil, ou seja, para cada mil crianças nascidas vivas, 15,4 morreriam antes de completar 1 ano de vida. Essa taxa é bem superior à nacional, que é de 11,9 por mil. O indicador mostra, entretanto, uma tendência progressiva de redução, já que em 2018, era de 16,0 por mil.

Mesmo com a queda, a Bahia segue tendo o 9º índice mais elevado do país. Em 2019, a menor taxa de mortalidade infantil continuou sendo a do Espírito Santo (7,8 óbitos para cada mil nascidos vivos), e a maior, do Amapá (22,6 por mil).

Dos estados do Nordeste, apenas Pernambuco, com uma taxa de 11,4 mortes por mil nascidos vivos, ficou ligeiramente abaixo da média nacional. Dentre os nove estados da região, a Bahia tem a quarta maior estimativa de mortalidade infantil, menor apenas que as verificadas no Maranhão (18,6 mortes por mil nascidos vivos), Piauí (17,5 por mil) e Alagoas (16,4 por mil).

“Todos esses dados são indicadores da qualidade do nosso sistema de saúde. Quanto menor a mortalidade infantil e maior a expectativa de vida, melhor a condição daquele país. No passado, tínhamos taxas bem piores do que a atual. No entanto, ainda temos muito a avançar”, explicou o professor Washington.

Quatro pessoas ficaram feridas depois que a estrutura de uma barraca de beiju desabou sobre funcionários e clientes na noite desta quinta-feira (26), no Largo de Santana, no Rio Vermelho. O acidente no Largo da Dinha, um dos pontos turísticos mais famosos de Salvador, aconteceu por volta 19h30.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para retirar os feridos dos escombros da estrutura do Beiju do Paço. As quatro pessoas que foram atingidas pela queda das madeiras sofreram escoriações leves.

Quiosque desabou e atingiu funcionários e clientes (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
A funcionária de uma lanchonete que fica no largo disse que houve um barulho muito forte na hora do desabamento. "Foi um estrondo alto, então todo mundo correu para ajudar as duas meninas que trabalham lá", disse ao CORREIO. Segundo ela, havia clientes no momento do acidente, que também foram atingidos.Testemunhas já haviam retirado as vítimas dos escombros quando as equipes dos bombeiros chegaram ao local.

Os feridos foram atendidos pelo grupamento da Salvar. Agentes da 12ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e uma ambulância estiveram na área, que não possui risco, segundo avaliação dos bombeiros. A situação foi controlada com a chegada das equipes militares.

Estrutura e fiação elétrica foi ao chão em acidente (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
A subida da Av. Cardeal da Silva, que dá acesso ao bairro da Federação, chegou a ser interditada, e a área da barraca foi isolada com fitas para evitar que as pessoas se aproximassem. A queda fez com que parte da fiação elétrica que alimenta a barraca também fosse ao chão. A Coelba foi acionada para desenergizar a estrutura e chegou ao local por volta das 21h.

Ao menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito ou confirmado de covid-19 ficaram com seus dados pessoais e médicos expostos na internet durante quase um mês por causa de um vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde. Entre as pessoas que tiveram a privacidade violada, com exposição de informações como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes, estão o presidente Jair Bolsonaro e familiares; o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; outros seis titulares de ministérios, como Onyx Lorenzoni e Damares Alves; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e mais 16 governadores, além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

A exposição de dados não foi causada por ataque hacker nem por falha de segurança do sistema. Eles ficaram abertos para consulta após um funcionário do Hospital Albert Einstein divulgar uma lista com usuários e senhas que davam acesso aos bancos de dados de pessoas testadas, diagnosticadas e internadas por covid nos 27 Estados.

Conforme o Einstein, o hospital tem acesso aos dados porque está trabalhando em um projeto com o ministério.

Com essas senhas, era possível acessar os registros de covid-19 lançados em dois sistemas federais: o E-SUS-VE, no qual são notificados casos suspeitos e confirmados da doença quando o paciente tem quadro leve ou moderado, e o Sivep-Gripe, em que são registradas todas as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ou seja, os pacientes mais graves.

A exposição dos dados foi descoberta pelo jornal O Estado de S. Paulo após uma denúncia recebida pela reportagem com o link para a página onde as senhas dos sistemas estavam disponíveis. A planilha com as informações foi publicada em 28 de outubro no perfil pessoal de Wagner Santos, cientista de dados do Einstein, na plataforma github, usada por programadores para hospedar códigos e arquivos.

A reportagem acessou o sistema para checar a veracidade dos dados. Ao verificar que as senhas eram válidas, buscou registros de autoridades que já haviam divulgado publicamente diagnóstico ou suspeita de covid e confirmou que os dados estavam corretos.

Os bancos de dados do ministério trazem, além das informações pessoais dos pacientes, detalhes considerados confidenciais sobre o histórico clínico, como a existência de doenças ou condições pré-existentes, entre elas diabete, problemas cardíacos, câncer e HIV.

Alguns registros de pacientes internados traziam até informações do prontuário, como quais medicamentos foram administrados durante a hospitalização. No registro de Pazuello, por exemplo, era possível saber em qual andar do Hospital das Forças Armadas ele ficou internado e qual profissional deu baixa em sua internação.

Tanto pacientes da rede pública quanto da privada tiveram seus dados expostos. Isso porque a notificação de casos suspeitos ou confirmados de covid ao Ministério da Saúde é obrigatória a todos os hospitais.

Para o advogado Juliano Madalena, professor de Direito Digital e fundador do fórum direitodigital.io, o vazamento das senhas e exposição dos dados que deveriam ser resguardados pelo poder público é preocupante. De acordo com o especialista, as informações podem ser usadas para fins comerciais por diferentes empresas. "Dados de saúde podem ser usados por empresas do ramo que queiram criar produtos específicos voltados para um público, por empresas de seguro de vida ou planos de saúde de forma indevida, muitas vezes até com aspecto discriminatório, pois você tem as informações sobre o histórico de saúde da pessoa", diz.

O advogado diz que, considerando a Lei Geral de Proteção de Dados, é dever de quem controla e acessa os dados adotar medidas que evitem vazamentos. Nesse caso, tanto o Einstein e seu funcionário quanto o Ministério da Saúde podem ser responsabilizados por dano coletivo por terem exposto informações de milhões de pessoas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bahia registrou 20 mortes e 1.472 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta-feira (26). No mesmo período, 1.529 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%).

Dos 392.381 casos confirmados desde o início da pandemia, 375.458 já são considerados recuperados, 8.738 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (24,90%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.188,87), Aiquara (6.882,59), Itabuna (6.839,32), Madre de Deus (6.826,91), Almadina (6.771,60).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 792.265 casos descartados e 103.098 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quinta (26).

Na Bahia, 31.190 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 20 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.185, representando uma letalidade de 2,09%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,37% ocorreram no sexo masculino e 43,63% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,62% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,22%, preta com 14,82%, amarela com 0,72%, indígena com 0,11% e não há informação em 11,51% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,72%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,11%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Uma multidão de torcedores e personalidades do esporte e da política começou a chegar à mítica Casa Rosada nesta quinta-feira (26) para se despedir do ícone do futebol Diego Armando Maradona, que morreu ontem, aos 60 anos, após sofrer um ataque cardíaco.

A morte de um dos melhores e mais carismáticos jogadores de futebol da história, ocorrida em sua casa no subúrbio de Buenos Aires, gerou profundas reações e homenagens, incluindo líderes mundiais e o papa Francisco.

"Obrigado por ter jogado futebol, porque é o esporte que mais me dá alegria, mais liberdade. É como tocar o céu com as mãos. Graças à bola", disse Maradona em 2005 durante um programa de televisão que apresentava, referindo-se ao que diria em seu próprio funeral.

A mídia argentina espera que até 1 milhão de pessoas se despeça do ídolo na Casa Rosada, um grande número em meio à pandemia do novo coronavírus que está abalando o mundo.

Antecipando-se ao velório de três dias, milhares de argentinos saíram às ruas ontem para homenagear o craque, deixando flores e mensagens em lugares emblemáticos de sua vida na Argentina.

"Sou um torcedor do Racing Club, mas, para mim, isso transcende o que os clubes são. [Maradona] é a Argentina, ele é o povo. É basicamente tudo para mim", disse à Reuters Gonzalo Vera, de 21 anos, em frente ao estádio do Boca Juniors, do qual Maradona era um conhecido torcedor.

O polêmico ídolo alcançou fama global após o grande desempenho que teve na Copa do Mundo do México, em 1986, quando levou a Argentina ao seu segundo título mundial com alguns dos gols mais memoráveis ​​da história dos mundiais.

"Diego" ou "Pelusa", como era conhecido, teve vários problemas de saúde devido ao abuso de drogas e álcool e, semanas atrás, foi submetido a uma cirurgia no cérebro. Em mais de uma ocasião nas últimas décadas, ele teve que ser hospitalizado de emergência para salvar sua vida.

O governo da Argentina decretou três dias de luto nacional, enquanto as homenagens - que começaram com minutos de silêncio na Copa Libertadores e na Liga dos Campeões, além de inúmeras demonstrações de carinho nas ruas e nas redes sociais - se repetem em todo o mundo.

Rosana Auri da Silva Candido e a companheira Kacyla Priscyla Santiago foram condenadas na quarta-feira (25) pelo Tribunal do Júri de Samambaia, no DF, pela morte e esquartejamento do menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, no ano passado. As penas das duas, somadas, ultrapassam os 129 anos de prisão. Ainda cabe recurso.

A mãe da criança foi condenada a 65 anos, 8 meses e 10 dias de prisão, enquanto a companheira pegou pena de 64 anos, 8 meses e 10 dias de detenção. Elas foram condenadas por homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver e fraude processual.

O crime teve grande repercussão pela brutalidade. Depois de esfaquearem Rhuan várias vezes no peito e outras partes do corpo, elas degolaram o menino ainda vivo. Depois, esquartejaram o corpo, perfuraram os olhos e dissecaram a pele do rosto dele. As duas ainda tentaram incinerar as partes do corpo para evitar o reconhecimento. Como não conseguiram, colocaram os restos mortais da criança em duas mochilas e uma mala.

A mala foi jogada em um bueiro perto da casa onde o crime foi cometido. Moradores desconfiaram da cena e chamaram a polícia. As duas foram presas em flagrante no dia 1º de junho do ano passado. 

Violência ainda em vida

Outro ponto que chamou muita atenção foi a violência a que Rhuan foi submetido ainda em vida. A mãe e a companheira chegaram a retirar os testículos da criança, um ano antes da morte, em casa, sem qualquer tipo de anestesia. 

Segundo o Uol, Kacyla optou por ficar calada no julgamento. Já Rosana confessou os crimes e disse que a companheira não tinha participado de nada, o que contradiz a investigação.

A investigação policial apontou que Rosana agiu por sentir ódio do filho e não querer lembrar do passado que teve com o pai da criança. 

As duas estão presas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal.

Crime

Para o Ministério Público, o homicídio foi plenajado. As duas esperaram Rhuan dormir e Rosana então esfaqueou o criança no peito. Kacyla segurou o menino enquanto a mãe desferiu mais 11 golpes nele.

Depois disso, a mãe decapitou o menino ainda com vida. As duas então separaram partes do corpo e tentaram queimá-lo na churrasqueira, sem sucesso.

Na denúncia, o MP diz que Rosana tinha "sentimento de ódio" em relação ao filho por conta da família paterna. Maycon Douglas Lima de Castro, pai do garoto, se separou dela logo após o nascimento de Rhuan. Rosana fugiu com a criança do Acre, onde eles moravam, e não foi mais vista.

Desde 2014, Rhuan vivia abusos físicos e mentais. Ele não ia para a escola, não podia conversar com outras pessoas e era frequentemente punido pela mãe e pela companheira dela.

Eles viveram em Sergipe, Goiás e no Distrito Federal. Maycon foi à Justiça pela guarda do filho e conseguiu, em novembro de 2015, uma provisória, mas jamais conseguiu achar a ex-mulher e o filho. 

 

A Comissão Mista da Covid-19 no Congresso Nacional confirmou para quarta-feira, 2, a audiência pública com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para explicar a situação dos testes parados do novo coronavírus.

Conforme o Estadão revelou, um total de 6,86 milhões de testes para o diagnóstico da doença comprados pelo Ministério da Saúde perde a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021.

O Congresso cobra do ministro uma explicação sobre a situação. O convite foi aprovado em audiência da comissão, que reúne deputados e senadores, na quarta-feira, 24. De acordo com o colegiado, a videoconferência com o titular da pasta está confirmada para o próximo dia 2.

Questionado sobre a situação, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta semana que são governadores e prefeitos, e não o governo federal, que devem explicação. Como mostrou o reportagem, os testes não foram repassados à rede pública. Os dados sobre prazo de validade dos testes estão registrados em documentos internos do próprio ministério.

Desde que as praias de Salvador começaram a ser reabertas, há mais de dois meses, a Salvamar registrou 101 ocorrências de afogamento na orla da capital baiana. Ems etembro, foram 44 casos, em outubro outros 42 e em novembro, até a quarta-feira (25), mais15.

O órgão não informou quantos destes afogamentos resultaram em morte. Neste mês, no último dia 10, uma adolescente morreu afogada na praia de Ondina. Taiane Paula Almeida de Santos, 16 anos, não sabia nadar, mas estava com familiares na água. Ela foi levada pela correnteza e o corpo foi achado no dia seguinte.

Entre as praias de Salvador, as que têm mais ocorrência de afogamento são as de Jardim de Alah, Jaguaribe e Praia do Flamengo. O mais comum é os banhistas se acidentarem por imprudência e falta de atenção.

A Salvamar destaca que a mudança de estações, com aproximação do verão, gera correntes muito fortes na região atlântica, o que requer mais atenção dos banhistas. A olho nu, essas mudanças de correntes muitas vezes não são notadas.

A primeira recomendação é logo na chegada à praia verificar se há um salva-vidas para ter informações sobre as condições da maré e da praia. Deve-se também evitar as profundidades. Ainda se recomenda que o banhista fique atento às sinalizações. A bandeira vermelha indica uma área de perigo. A amarelo sinaliza que há salva-vidas ali. Placas também apontam riscos de afogamento.

Para famílias com crianças, é recomendado que dêem preferências as praias de Piatã e Itapuã, que têm proteção dos arrecifes, mas mantendo o cuidado. “Não deixa de ser arriscado, a depender do estado da praia. A maré baixa é mais favorável para estar com crianças. Já na maré cheia, todas elas são arriscadas”, destaca o coordenador da Salvamar, Yuri Carlton.

Liberação
Com exceção do Porto da Barra, que está liberado apenas de terça a sábado, todas as outras praias da capital podem ser frequentadas atualmente de segunda a sábado, sem restrição de horários. Por conta da pandemia de covid-19, as praias continuam interditadas nos domingos e feriados.

Em todas elas, deve ser respeitado o distanciamento de 1,5m entre as pessoas, durante toda a permanência. O uso da máscara é obrigatório, até mesmo durante a prática de atividades físicas, com exceção das aquáticas, momento em que o distanciamento deverá ser de 2m.

São permitidas atividades físicas individuais ou em duplas, desde que os participantes usem máscara durante a prática. Estão proibidas atividades que geram aglomerações, como piqueniques e luaus. O uso de materiais como ombrelones, guarda-sóis, sombreiros e similares não são permitidos apenas no Porto da Barra. O comércio ambulante também está autorizado.

A Jacobina Mineração e Comércio (JMC), unidade baiana da mineradora Yamana Gold, anunciou, nesta quarta-feira, 25, que planeja ampliar a produção de ouro em até 31% no estado a partir de 2023. O anúncio foi feito em reunião com o vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE).

O aumento na produção de ouro na Bahia virá do aporte de cerca de US$ 57 milhões que a empresa planeja fazer na mina e na planta de processamento do metal, entre 2021 e 2022.

Com a expansão, a expectativa é de que a produção de ouro anual em Jacobina salte para 230 mil KOz (onças). Em 2019, a companhia obteve recorde na produção de ouro de 159,4 mil KOz.

“O setor mineral na Bahia vem crescendo assustadoramente. Com a ampliação, a Yamana, que já tem em seu quadro mais de 2 mil funcionários diretos e indiretos, vai criar 400 novas vagas na fase de ampliação e 250 empregos diretos na operação. A Bahia realmente tem aplicado recursos no setor mineral, um exemplo disso são as prospecções que estão sendo feitas na linha da Fiol, 100 km para um lado e 100 Km para o outro, no intuito de cada vez mais nós termos mais minérios prospectados, atrair empreendedores e gerar emprego e renda”, declarou João Leão.

Segundo Sandro Magalhães, vice-presidente de Operações Brasil-Argentina da Yamana Gold, o investimento de US$ 57 milhões será dividido em três áreas. US$ 35 milhões na planta, UU$ 14 milhões na área da mina e UU$ 8 milhões na área de infraestrutura.

“Esperamos sair de 6,5 mil toneladas/dia de minério processado para 8,5 mil toneladas/dia. Com isso, a Bahia, que hoje é 3º produtor mineral de ouro do país, vai passar a ser uma mina de classe mundial”, ressaltou

A Yamana Gold é a 3ª maior mineradora de ouro em atuação no Brasil e a 1ª maior do estado. De acordo com o Informe Executivo de Mineração, produzido pela SDE, o município onde o empreendimento está instalado é o maior arrecadador da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).

No ano passado, a Bahia foi a 4ª maior arrecadadora da taxa no Brasil. Somente o município de Jacobina foi responsável por 21% (R$ 12,2 milhões), dos R$ 57,9 milhões arrecadados no total. Com o novo projeto, que está com estudos adiantados, a cidade será ainda mais impactada com o desenvolvimento econômico e social da companhia.