O Jornal da Cidade

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O governador Rui Costa (PT) se manifestou após do vice João Leão do cargo de secretário de Planejamento da Bahia nesta segunda-feira (14). O petista afirmou que "a nossa maior aliança construída em bases sólidas com o povo da Bahia".

O racha entre PT e PP ocorreu por desentendimentos durante a formação da chapa governista para o governo do estado nas eleições de outubro deste ano.

“Nosso ritmo de correria, de cuidar de gente e trabalhar pelas pessoas que mais precisam vai continuar até o último dia do meu governo. Nós já temos candidatos a governador e a senador. Nossa chapa está sendo formada e ficando bastante forte para chegarmos a mais uma vitória, pois são nomes que verdadeiramente representam um projeto liderado pelo presidente Lula. E o nosso grupo está ao lado do povo que deseja Lula para reconstruir o Brasil”, afirmou Rui Costa.

Além de Leão, outros pepistas também entregaram os cargos: Nelson Leal, antigo secretário de Desenvolvimento Econômico, e Leonardo Goés, que era o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento.

Entenda
O racha entre PP e PT ocorreu por divergências na formação da chapa governista ao governo do estado. O desejo de João Leão era que Rui Costa deixasse o cargo de governador para concorrer ao senado, o que transformaria o pepista em governador por nove meses.

No entanto, Rui recuou do desejo de concorrer ao senado e vai ficar no cargo até o fim do mandato.

Sem acerto, o PP decidiu abandonar a base aliada e já negocia com a oposição para integrar a chapa que deve ser capitaneada por ACM Neto, como revelou Bruno Reis.

João Leão (PP) entregou nesta segunda-feira (14) uma carta onde pediu ao governador Rui Costa (PT) a exoneração do cargo de secretário do Planejamento da Bahia, que o pepista acumulava concomitantemente ao de vice-governador.

A decisão de deixar o posto ocorreu após a oficialização da saída do PP da base governista causada por desentendimentos na formação da chapa para as eleições estaduais de 2022.

"Nesses anos de trabalho conjunto, dei o melhor de mim, sempre atento ao interesse público, com ética e dedicação. Despeço-me, agradecendo a convivência respeitosa que gerou laços de amizade", disse Leão na carta.

Além de Leão, outros pepistas também entregaram os cargos: Nelson Leal, antigo secretário de Desenvolvimento Econômico, e Leonardo Goés, que era o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento.

Entenda
O racha entre PP e PT ocorreu por divergências na formação da chapa governista ao governo do estado. O desejo de João Leão era que Rui Costa deixasse o cargo de governador para concorrer ao senado, o que transformaria o pepista em governador por nove meses.

No entanto, Rui recuou do desejo de concorrer ao senado e vai ficar no cargo até o fim do mandato.

Sem acerto, o PP decidiu abandonar a base aliada e já negocia com a oposição para integrar a chapa que deve ser capitaneada por ACM Neto, como revelou Bruno Reis.

Fazer do que é visto como lixo, um luxo. É esse o lema da Liga Transforma, startup soteropolitana que recicla lixo têxtil em design de moda. Um modelo de negócio baseado na Economia Circular, que repensa formas de produção, consumo e descarte de materiais, criando um segundo ciclo para resíduos.

Quando se pensa na vida útil de uma roupa, fala-se, a grosso modo, em três etapas: produção, uso e descarte. É justamente a terceira fase que deixa de existir quando a lógica produtiva é a moda circular. Troca-se o descarte pela coleta. Processo que Lourrani Baas, CEO e fundadora da startup, realiza de telefonema em telefonema.

"É bem manual. Eu pesquiso marcas, confecções e tecelagem da cadeia de moda e entro em contato. Faço a apresentação do projeto, consigo o resíduo têxtil e pago para fazer a coleta", conta a empresária.

E o "lixo" vira luxo mesmo. Tanto é que a Liga Transforma ganhou o prêmio Fashion Futures da C&A na categoria Designer de Sustentável, em 2021. Ao todo, 323 empresas de todo o Brasil se inscreveram. Porém, foram selecionadas apenas quatro iniciativas e uma personalidade.

Quem também lança fora a palavra descarte é a Solos, empresa que trabalha com projetos de gestão de resíduos plásticos. O maior deles é o Braskem Recicla, iniciativa conduzida em parceria com a empresa que a batiza e que já reciclou mais de 67 toneladas de material.


Itinerante, o projeto já passou por cidades como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo e funciona por duas vias, como explica Saville Alves, co-fundadora da Solos. "A primeira é da logística reversa, onde a gente mapeia estabelecimentos para mobilizar e engajar pessoas a separar materiais e fazer reciclagem, ficando com esse material para a Solos. Além disso, criamos uma estrutura para falar de economia circular de forma lúdica", conta Saville.

Economia do presente

Tanto a Liga Transforma como a Solos são iniciativas de sucesso de uma economia que, apesar de vista como 'modelo do futuro' por muitos, é a cara do presente. Pelo menos, é o que afirma Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul. Ela cita a cadeia do plástico em que a Braskem está envolvida como exemplo disso.


“Na região, temos os catadores, os recicladores, os clientes transformadores com resinas virgens e recicladas e algumas iniciativas que levam conhecimento para população sobre a destinação correta do que, na verdade, é matéria prima e não resíduo. [..] É uma cadeia bem estruturada”, fala a diretora.

E o sucesso de projetos circulares baianos no presente não se limita a cadeia do plástico ou da já solidificada cadeia do alumínio, com reciclagem de latas. Andreia Barbosa, analista do Sebrae, cita outro setor da produção circular que se destaca pelo impacto que tem.
"Quando a gente fala de Economia Circular no nosso território, vejo cadeias produtivas relevantes além de alumínio e plástico. Pelo impacto que gera, a cadeia da moda é chave porque essa indústria é uma das mais poluentes", cita ela, ressaltando que setores mais problemáticos podem virar os de mais oportunidades para economia circular com a mudança no pensamento de produção.

Mercado com demanda

Quem está dentro do mercado concorda com a fala da analista. Lourrani Baas vê na moda circular um mercado ainda repleto de lacunas considerando o fato da diversidade matéria prima têxtil disponível que é descartada como resíduo.

"Tem muito espaço! A gente vê que resíduo tem aos montes, a cadeia produtiva da moda não para. Se tem matéria prima, só falta mesmo as pessoas verem a moda circular como futuro urgente, necessário e limpo. E que tem que acontecer agora", diz Lourrani.

O espaço para novas empresas não é exclusividade da moda circular. Para cadeias produtivas mais consolidadas, como a do plástico, também há lugar para novos empreendedores em busca de soluções do tipo.

“Essa cadeia tem se consolidado ainda mais porque o plástico tem uma diversidade de aplicações e tipologias que acabam ampliando a cadeia. Além disso, tem um valor agregado que o deixa competitivo. Então, é de interesse e prioridade para novos empresários no ramo”, explica Saville Alves, da Solos.

Oportunidades

Para ilustrar ainda mais como essas cadeias são ambientes de novas oportunidades, a reportagem traz dicas de negócios para pequenas empresas dentro da Economia Circular baseadas nas conversas com os entrevistados:

Cadeia da moda

Coleta de matéria prima - Em um setor onde os resíduos existem aos montes e são, muitas vezes, descartados, ter um negócio que faça a ponte entre o material têxtil com empresas de moda circular é rentável por existirem meios de obter a matéria prima através de doação e transformá-la em renda negociando com empresas que não têm como fazer a coleta.

Brechós - Investir em brechós e feiras itinerantes onde você ressignifica aquela peça de roupa vista antes como um item para descarte e transforma em um produto de qualidade para venda é outra boa opção. Além do que a Liga Transforma, a Renner e a C&A já fazem, transformando esses itens em luxo, com roupas personalizadas.

Cadeia do plástico

Design em plástico - Com um mercado solidificado em áreas como coleta, separação e reciclagem, optar por ter um negócio que produza desde produtos ornamentais ou de uso prático como cadeiras, revestimentos de piso e paredes e outros itens.

Coleta de matéria prima - Apesar de existirem muitas cooperativas de coleta do plástico, as empresas estão longe de cobrir todas as áreas de descarte do estado. Por isso, localizar uma região/bairro com volume alto de descarte, promover a separação e coletar o resíduo pode ser uma iniciativa rentável.

Ser pai sempre foi um desejo de Pedro Paulo de Lavor, de 35 anos. Para concretizar o sonho, optou pela adoção em fevereiro do ano passado e só em outubro conseguiu ficar habilitado para adotar. Desde então, tem lidado com a ansiedade de estar na fila de espera participando de grupos de apoio e ajudando colegas que passam pelo mesmo processo. Como Pedro, existem outros 956 pretendentes na Bahia, um número sete vezes maior que o de crianças disponíveis para serem adotadas, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Natural de Juazeiro e morador da capital há seis anos, Pedro Paulo conta que quando deu entrada no processo de adoção monoparental, sofreu constrangimentos: “Como eu sou gay, pediram até atestado de HIV, porque associaram isso à possibilidade de eu não dar conta fisicamente de adotar”. Agora em um relacionamento em que o parceiro também deseja ter um filho, ele pretende formar uma família homoafetiva no futuro. A única restrição feita por Pedro é que a criança tenha até 6 anos de idade.

Na Bahia, existem hoje 130 crianças à espera de um lar, sendo que 78% delas possuem mais de 9 anos de idade. Segundo os dados do CNJ, 58% são meninos e 72% são pardos. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) afirma que a maior razão para a discrepância entre o número de pessoas que desejam adotar e crianças que estão habilitadas para adoção, é justamente o perfil escolhido pelos pais que costuma ser de crianças recém nascidas e do sexo feminino. Este padrão foge das características da maior parte dos meninas e meninos abrigados no estado.

Ter que escolher o perfil pode não ser uma tarefa fácil para os futuros pais e mães adotivos. No caso de Patrícia Prisco, este foi o primeiro entrave do processo de adoção e ela conta que precisou de duas semanas para preencher o formulário. “É uma questão emocional complicada. Eu achava que ao colocar no papel o perfil que eu queria, estava excluindo as outras crianças”, diz. Patrícia, que também foi adotada pelos pais, optou por uma menina recém nascida, independente da etnia.

Depois de dois anos do processo, ela e o marido receberam a pequena Maria. “Ela chegou com dez dias de vida e nem precisou passar por um abrigo. Eu agradeço muito a Deus por ter sido dessa forma com a gente”, lembra. Pensando em como contar para a filha que ela foi adotada, Patrícia decidiu escrever uma carta, que acabou virando o livro Dumdum e O Segredo do Coração. Nele, a autora conta sua história e pretende ajudar pais que enfrentam o mesmo processo.

A psicóloga especialista no tema Aline Santana, compara a adoção à uma engrenagem, que precisa estar funcionando de ambos os lados. Ou seja, tanto a família precisa estar consciente da escolha que está fazendo, como a criança precisa ser recebida em um lar que a faça sentir bem. “A criança merece alguém que a aceite como ela é, assim como a família deve estar preparada para conseguir aceitar e lidar”, afirma.

Mas nem sempre a escolha de um perfil específico é o motivo para que a adoção ocorra lentamente. Pais e especialistas reclamam da falta de infraestrutura nas varas da infância, o que torna o processo mais demorado. O professor Márcio Barbosa e a esposa esperaram cinco anos para conseguirem adotar o filho, mesmo tendo escolhido um perfil considerado mais amplo. O casal deu entrada na documentação no final de 2014, optando por adotar uma criança de até 6 anos e preferencialmente negra.

“A gente esperava que fosse receber nosso filho em alguns meses, mas só viemos a receber em 2020. Existem alguns fatores para essa demora. As varas da infância no país são, em geral, muito desorganizadas. É uma infraestrutura precária e poucos profissionais. Em Salvador, na nossa época, só tinham duas profissionais envolvidas com todo esse processo”, conta Márcio.

Apresentação de documentos, entrevistas e um curso formativo são alguns dos requisitos obrigatórios para que os pretendentes fiquem aptos para a adoção. Além disso, o Tribunal de Justiça do estado lembra que pontos mais subjetivos também são levados em consideração. Entre eles, o estágio de convivência, idoneidade dos adotantes, reais vantagens para o adotando e motivos legítimos para a adoção.

A criança também precisa passar por um processo até que possa ficar disponível para adoção dos futuros pais. Isso porque, a justiça dá preferência para que a adoção seja feita por parentes, então enquanto exista a possibilidade algum familiar adotar, mesmo que isso não se concretize, a criança não pode ser adotada por outras pessoas. Ainda segundo o TJ-BA, o processo de adoção no estado costuma levar seis meses em média.

No caso do filho de Márcio Barbosa, o pequeno entrou no abrigo com 2 anos e só foi adotado aos 5 anos de idade. Muitas vezes essa demora acaba tornando mais difícil que essas crianças sejam adotadas, já que a maioria dos pais desejam crianças mais novas e bebês. “Como a maior parte opta pelos menores de 3 anos, as crianças envelhecem e saem do perfil mais desejado”, explica Aline Santana.

A juíza titular da Vara da Infância e da Juventude de Jequié, Ivana Pinto Luz, explica que quando o jovem completa 17 anos e não há perspectiva de que ele seja adotado, é iniciado um processo de desligamento e medidas são postas em prática para que ele adquira autonomia fora da instituição. Na Bahia existem hoje 41 jovens com mais de 15 anos esperando uma família.

Ivana Pinto Luz lembra ainda que existe um processo de apadrinhamento, que pode ser feito de duas maneiras: “Ele é um excelente mecanismo de promoção destes adolescentes. Temos o apadrinhamento financeiro, no qual os padrinhos podem ajudar o jovem com alguma contribuição financeira ou oferecendo pagamentos de cursos, material escolar, dentre outros. O padrinho afetivo, por sua vez, é a pessoa que servirá de referência para o adolescente”. As pessoas que têm interesse em apadrinhar crianças mais velhas e especialmente adolescentes podem se cadastrar nas Varas da Infância e Juventude.

A espera ativa pode ajudar pais que estão na fila de espera
O período em que os futuros pais se encontram na fila de espera para adoção costuma ser marcado por momentos de ansiedade e angústia. Segundo os advogados Victor Macedo e Brunna Fortuna, a legislação prevê que o tempo máximo para a conclusão da adoção, depois que os pretendentes estão habilitados, é de 120 dias. Eles explicam que esse prazo pode ser prorrogado uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.

Ainda segundo eles, o período costuma ser estendido, principalmente pela idealização da família adotante de um perfil específico de criança. “As etapas do procedimento precisam ser seguidas com cautela, pela própria natureza da adoção e seus resultados. O melhor interesse da criança ou adolescente submetido àquele processo deve ser sempre prestigiado”, afirma o advogado Victor Macedo.

A psicóloga Aline Santana atende famílias que estão no processo de adoção e indica que os futuros pais aproveitem a oportunidade para refletirem sobre a decisão e aprenderem mais sobre o processo. “O que tentamos fazer é tornar essa espera ativa, para que os pais se preparem para receber os filhos”, afirma. A psicóloga possui um perfil no Instagram, o @mundodaadocao, em que faz posts explicativos sobre o tema.

No caso de Pedro Paulo, estar em contato com grupos de adoção tem ajudado a diminuir a ansiedade. O processo do curso formativo para pais adotivos inclusive fez com que ele diminuísse a idade da criança que vai adotar para 6 anos. “Participar do grupo de adoção é importante para tirar dúvidas sobre o nosso próprio perfil. Eu queria adotar uma criança com até 11 anos de idade, mas com o curso, o grupo e as avaliações eu fui entendendo que não”, afirma o professor.

Já Patrícia Prisco teve trabalho para lidar com as inseguranças durante os anos que passou na fila de espera. Segundo ela, já ter 41 anos enquanto o processo se prolongava a fez questionar seu futuro papel como mãe. “Tive medo de ter muita idade para ter uma filha, além do receio daquilo não se concretizar. Foi muito complicado de lidar”, relembra a mãe da Maria.

A prefeitura de Porto Seguro, no extremo-sul da Bahia, decidiu retirar a obrigatoriedade de máscaras em ambientes abertos e logradouros públicos. O decreto, que já está em vigor, foi publicado no Diário Oficial do município nesta sexta-feira (11).

A decisão vale ainda para as ruas, barracas e restaurantes de praia de toda a cidade. Para os locais fechados, no entanto, a máscara segue obrigatória, assim como em locais de trabalho com mais de uma pessoa e em transporte coletivo.

No último boletim publicado pela Secretaria Municipal de Saúde, na quinta (10), Porto Seguro contava com 319 casos ativos de covid-19, com uma taxa de ocupação de 20% dos leitos de UTI.

Máscaras liberadas em abril

O uso de máscaras em ambientes abertos pode deixar de ser obrigatório na Bahia a partir do próximo mês. A flexibilização na medida sanitária foi anunciada pelo governador Rui Costa, nesta sexta-feira (11), em Salvador.

No entanto, isso só vai acontecer se a pandemia continuar em declínio no estado. "Em abril, se os números continuarem em queda, podemos liberar o uso de máscaras em ambientes abertos. Nós estamos otimistas e tomara que esse otimismo de transforme em realidade", disse o governador.

Ainda de acordo com Rui, os números continuam em queda, mas de forma mais lenta. "Os números continuam caindo, agora um pouco mais lentamente do que estavam caindo, o número de internados também está caindo, e se continuar assim até o final do mês, podemos iniciar abril com uma série de medidas de flexibilização", explicou.

O processo licitatório para aquisição e implementação de câmeras de filmagem nas fardas policiais já começou a ser tocado, internamente, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). A informação foi fornecida à Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) que solicitou à pasta informações e dados atualizados sobre a licitação.

De acordo com a SSP, já foram vencidas as etapas de especificação técnica, inclusive com a realização de consulta pública, pesquisa de mercado e definição da fonte de recursos para custear a prestação do serviço. “Na sequência, seguindo o rito processual do Estado, o processo será enviado para análise de órgãos sistêmicos, quais sejam, Secretaria de Administração (SAEB), Secretaria da Fazenda(SEFAZ) e Procuradoria Geral do Estado(PGE)”, informa a Secretaria.

Ainda de acordo com a resposta enviada pela SSP, não é possível definir o tempo que o processo irá tramitar nesses órgãos, devido às nuances e peculiaridades de cada análise, sendo muitas vezes necessária a realização de diligências complementares durante o processo.

Após a conclusão das análises, completa o ofício, será iniciada a fase externa da licitação obedecendo os prazos previstos na Lei Estadual nº 9433, de 01 de março de 2005, que dispõe sobre as licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes do Estado da Bahia.

Em meados do ano passado, a Defensoria colaborou com o Grupo de Trabalho criado pela SSP para avaliar questões relativas à aquisição, regulação e operacionalização da tecnologia de câmeras.

O uso de máscaras em ambientes abertos pode deixar de ser obrigatório na Bahia a partir do próximo mês. A flexibilização na medida sanitária foi anunciada pelo governador Rui Costa, nesta sexta-feira (11), em Salvador.

No entanto, isso só vai acontecer se a pandemia continuar em declínio no estado. "Em abril, se os números continuarem em queda, podemos liberar o uso de máscaras em ambientes abertos. Nós estamos otimistas e tomara que esse otimismo de transforme em realidade", disse o governador.

Ainda de acordo com Rui, os números continuam em queda, mas de forma mais lenta. "Os números continuam caindo, agora um pouco mais lentamente do que estavam caindo, o número de internados também está caindo, e se continuar assim até o final do mês, podemos iniciar abril com uma série de medidas de flexibilização", explicou.

Feira da Mulher
O governador Rui Costa visitou a Feira Março Mulher, em frente ao Hospital da Mulher, na Cidade Baixa. A iniciativa da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) vai oferecer mais de 10 mil consultas, exames e emissão de documentos para o público feminino.

O evento disponibilizará exames como mamografia, ultrassonografia, eletrocardiograma, raio-x e ginecológicos, além de serviços odontológicos e consultas oftalmológicas. A programação inclui ainda emissão de carteira de identidade, inscrição no CPF e cadastramento da biometria no título de eleitor.

Para ter acesso à feira e aos serviços, a usuária deve usar máscara e apresentar RG, cartão do SUS, comprovante de residência e comprovante de vacinação com as doses em dia. O atendimento fica disponível das 8h às 17h.

O pico da variante Ômicron levou a um recorde de casos de covid-19 em todo o mundo no início de 2022, e a queda da curva que se seguiu a ele no Brasil traz o que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) considera uma janela de oportunidade para o controle da pandemia, que completa dois anos hoje (11). Com menos casos e internações, diminui a pressão sobre os sistemas de saúde e crescem as chances de bloquear a transmissão do vírus e a formação de novas variantes aumentando a cobertura vacinal.

"Em um momento em que há muitas pessoas imunes à doença, se houver uma alta cobertura vacinal completa, há a possibilidade de tanto reduzir o número de casos, internações e óbitos, como bloquear a circulação do vírus", destacava o boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz no início de fevereiro ao prever a queda de casos confirmada nas últimas semanas.

A previsão de uma situação mais confortável, porém, ainda não significa o fim da pandemia, reforça o pesquisador Raphael Guimarães, que integra o observatório. “A gente entende que o Brasil deve entrar em uma fase mais otimista”, afirma ele. “Temos uma redução dos casos novos, gradativamente uma descompressão do sistema de saúde, uma menor ocupação dos leitos, e a gente vai ter também uma redução dos óbitos.”

Para aproveitar esse momento promissor, ele destaca que o país precisa avançar na vacinação e reduzir a desigualdade nas coberturas vacinais, que se dá tanto entre estados, como entre municípios e até entre populações dentro de cada cidade.

“O que a gente precisa pensar é que toda política pública deve ter por princípio minimizar as iniquidades que acontecerem em cada escala geográfica. É preciso uma política coordenada do governo federal para reduzir as iniquidades entre estados. Os estados precisam ter essa leitura para reduzir a desigualdade entre os municípios, e os municípios, para reduzir entre os bairros. E tudo isso tem que acontecer de forma coordenada.”

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, ainda é difícil dizer se a queda do número de casos, proporcionada pela imunidade das vacinas somada aos anticorpos adquiridos pelas pessoas infectadas pela Ômicron recentemente, vai ser o suficiente para indicar o fim da pandemia. Ele ressalta que a expectativa de um cenário mais positivo depende de não surgir uma nova variante de preocupação capaz de causar uma nova onda de contágio.

“Será muito mais uma questão retrospectiva. Não dá para dizer quando vai ser o fim da pandemia, vai dar para olhar para trás e dizer quando foi o fim da pandemia”, avalia ele. “A expectativa é de que, se não aparecer nenhuma variante nova de preocupação, a gente tenha um período mais calmo, com menos casos e mortes. Mas a questão é que em novembro do ano passado a gente estava em um momento assim com o fim da Delta, e apareceu a Ômicron. Então, é difícil fazer qualquer previsão.”

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro publicou em seu perfil no Twitter que o Ministério da Saúde estuda rebaixar a situação da covid-19 no Brasil para endemia, o que significa que a doença passaria a ser considerada parte do cotidiano, como outras doenças já acompanhadas pelos sistemas de saúde. Em nota divulgada no mesmo dia, o Ministério da Saúde confirmou que já estava adotando as medidas necessárias para reclassificar o status da covid-19 no Brasil que, atualmente, é identificado como pandemia.

Chebabo ressalta que a situação de pandemia é internacional, afeta todos os continentes, e por isso foi declarada pela Organização Mundial da Saúde. “Quem vai definir o final da pandemia não é nenhum país, é a própria OMS, que declarou a pandemia", diz. "Um país pode decretar o fim do estado de emergência, tirar as medidas restritivas, suspender o uso de máscara, mas quem declara o fim da pandemia é a OMS a partir de dados que ela monitora no mundo inteiro”, completa ele.

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que "avalia a medida da questão endêmica, em conjunto com outros ministérios e órgãos competentes, levando em conta o cenário epidemiológico e o comportamento do vírus no país".

Com 72% dos britânicos com duas doses, a Inglaterra dividiu opiniões ao anunciar no mês passado um plano para conviver com a covid-19. O uso de máscaras havia sido abolido em janeiro, e a iniciativa atual inclui a eliminação de medidas restritivas como a obrigação de isolamento para pessoas que testam positivo, além de programar para o fim deste mês o encerramento da distribuição gratuita de testes para o diagnóstico da doença. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que também compõem o Reino Unido, adotaram planos distintos que também reduzem as restrições.

Mesmo que os números globais apontem queda nos casos e óbitos, nem todos os países caminham no mesmo ritmo. Citada em diversos momentos da pandemia como exemplo por sua capacidade de rastreio de casos, a Coreia do Sul registrou na semana passada o maior número semanal de mortes por covid-19 desde o início da emergência sanitária, ultrapassando mil óbitos em sete dias pela primeira vez, segundo a OMS. Até janeiro de 2021, o país não havia registrado mais de 10 mil casos de covid-19 em um único dia nenhuma vez, e, em março, esse patamar diário já chegou a 300 mil. A situação no país asiático se agravou mesmo com 86% dos 50 milhões de coreanos vacinados com duas doses ou dose única.

A Organização Mundial da Saúde também monitora o surgimento de uma nova variante, que combina estruturas genéticas da Delta e da Ômicron, e por isso foi chamada de Deltacron. Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, a pandemia está longe de acabar. "Ela não vai acabar em nenhum lugar até que ela acabe em todos os lugares", voltou a alertar em pronunciamento nesta semana.

Endemia requer estabilização
Os pesquisadores apontam que a transição da pandemia para a endemia depende que o número de casos e óbitos se estabilize em um patamar baixo e entre em uma trajetória previsível, mesmo que haja períodos recorrentes de maior circulação, como no caso do Influenza. A partir dessa estabilização, autoridades de saúde pública passam a ter condições de se programar para a demanda por atendimento.

Com a mudança para a situação de endemia, medidas preventivas como o uso de máscara deixam de ser recomendadas para todos, explica Alberto Chebabo, enquanto o reforço da vacinação deve continuar a ser uma forma de prevenção importante.

“A maioria das medidas vai ser abandonada de alguma forma, porque não se consegue sustentar, mas é claro que alguns hábitos devem continuar, como o uso de máscara por quem está com alguma doença respiratória, o que já deveria acontecer anteriormente”, cita ele, que acrescenta que pessoas com imunidade mais vulnerável também podem manter o uso de máscara em locais com aglomeração. “Mas, na população em geral, nenhuma dessas medidas vai se manter, a não ser a vacinação”.

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Flávia Bravo, ressalta que o cenário de estabilização dos dados epidemiológicos também será importante para definir como será feita a vacinação com doses de reforço contra a covid-19, e se ela de fato será necessária para todos.

“São vários os pontos que a gente tem que discutir, não é só se vai precisar ou não. Pode ser que precise só para alguns. É possível que se chegue à conclusão que os pacientes imunodeprimidos, que respondem pior e a com uma duração menor, vão necessitar de doses de reforço para levantar o nível de anticorpos. Pode ser que a gente chegue à conclusão que mesmo pessoas saudáveis vão precisar. Vai depender também da circulação viral”, afirma. “Quanto dura a proteção, não surgindo nenhuma variante, é fácil de observar. Vamos continuar fazendo a vigilância de casos. Isso é o que a ciência faz, e não é só para a covid, é para todas as doenças”, destaca.

Ao olhar para o índice de violência contra a mulher, os números apontam que a vida das baianas está constantemente em risco. “Esse é o castigo para aquelas que não atendem às expectativas depositadas nelas – em geral pelos parceiros e ex-parceiros ou que simplesmente são objetificadas”, cita o relatório 'Elas Vivem: dados da violência contra mulher'.

Em 2021, na Bahia, foi registrado um caso de violência contra a mulher a cada dois dias. O estado ocupa o quarto lugar no índice nacional de vítimas, de acordo com o levantamento da Rede de Observatórios da Segurança, responsável pela pesquisa. Os três com mais registros são: São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.


Do total registrado no ano passado, a Bahia teve 66 feminicídios, 50 agressões e tentativas de feminicídios e 29 estupros. Outros quatro tipos de violência contra a mulher ainda foram denunciados: 55 homicídios, 13 tentativas de homicídios, 7 torturas, cárceres privados e sequestro, 6 agressões verbais e ameaças. Somando os casos de balas perdidas e os considerados como outros, 232 eventos de violência foram contabilizados.

Luciene Santana, pesquisadora da Rede de Observatórios da Segurança e da Iniciativa Negra na Bahia, explica que a cultura machista é o principal motivador desse cenário. “Primeiro que a violência contra a mulher é algo construído culturalmente, por isso, os índices ainda são tão altos. Violência contra mulher está em terceiro lugar em quantidade, atrás apenas de casos de policiamento e eventos envolvendo armas de fogo”, explica.

Quando a motivação dessas agressões e mortes são informadas, as três maiores causas apontadas são brigas (28%), término de relacionamentos (9%) e ciúmes (8%). Boa parte dos crimes contra mulheres divulgados (85%) não traz a informação racial da vítima. Mas, ao considerar os casos em que a cor da mulher é informada, 50,7% delas são negras, 48,6% brancas e 0,7% indígenas.

Em 65% dos casos de feminicídios e em 64% dos casos de agressão, os autores dos crimes são os companheiros das vítimas. “As mulheres têm medo de denunciar, pois muitas têm filhos ou dependem financeiramente do companheiro. Em alguns casos, muitas ainda têm medo da família, do julgamento dos vizinhos e amigos. Sentem medo de serem colocadas como culpadas”, explica Luciene.

De acordo com a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/BA, Daniela Portugal, a Lei Maria da Penha prevê, dentre as medidas protetivas de urgência, a possibilidade de fixação de alimentos provisórios para as vítimas economicamente vulneráveis, mas não é o que ocorre na prática.

“Grande parte dos magistrados se recusa a aplicar a medida, sob o argumento de que estariam invadindo a competência das Varas de Família. Com a recusa dos magistrados, fica praticamente impossível para uma mulher que depende economicamente do agressor, romper o ciclo de violência”, destaca Daniela.

Em relação a 2020, houve uma queda de 31% nos registros da Rede de Observatórios da Segurança, na Bahia. Porém, ao analisar os tipos de violência sofridas por essas vítimas, não há grande variação quando se trata de feminicídio: foi de 70 em 2020 para 66 casos em 2021.

Para Daniela Portugal, "ainda que as pesquisas mais recentes tenham apontado certa diminuição nos números de feminicídio na Bahia, a quantidade de casos ainda é muito alta e as medidas de prevenção ainda são insuficientes. Há uma resistência em se aplicar, na íntegra, os dispositivos da Lei Maria da Penha”, explica.

Segundo a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/BA, para as vítimas, o apoio do estado ainda parece insuficiente, pois, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) conta com poucas unidades e os núcleos de atendimento não acolhem a complexidade e a gravidade dos casos.

A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP), na tarde de ontem, para maiores esclarecimentos, mas até a publicação desta matéria, não houve retorno.

A partir de agora, detectar o novo coronavírus está mais fácil, mais rápido e mais barato na capital baiana. Após a aprovação da Anvisa, os interessados podem encontrar os autotestes de covid-19 nas farmácias. Nas drogarias São Paulo, por exemplo, o custo unitário é R$ 69,90, através da compra pelo site, que possibilita receber o autoteste no endereço indicado, ou por meio da compra online, com retirada, nesta semana, apenas nas duas unidades da rede localizadas no bairro do Canela. No entanto, na próxima segunda (14), os exames também estarão disponíveis em todas as lojas físicas da Bahia.

Meio milhão de autotestes foram providenciados pelo Grupo DPSP, junto às empresas com produtos aprovados pela Anvisa (Autoridade Nacional de Vigilância Sanitária), como Eco Diagnóstica e Kovalent. “Esses dois laboratórios foram um dos primeiros a terem os autotestes aprovados e, por isso, foram escolhidos”, esclarece a coordenadora de Projetos e Serviços de Saúde da DPSP, Rafaela Machado.

Em 15 minutos, em média, o autoteste é capaz de detectar a presença do vírus no organismo com mais de 99% de assertividade no resultado. O novo produto representa um auxílio na assistência, tanto pela sua praticidade de coleta como pela rapidez no resultado. Ele tem caráter orientativo e não define diagnóstico. Em caso de resultado positivo, o cliente deve procurar o serviço de saúde para avaliações e orientações.

A coordenadora explica que os autotestes são feitos para detectar o antígeno do Sars-Cov-2. A primeira coisa que o cliente deve fazer ao comprar o produto é ver se o kit veio completo. “Ele deve verificar se o kit veio com a solução reagente, cotonete, dispositivo para fazer o teste e, normalmente, eles vêm com uma tampinha, que é um bico dosador. Antes de fazer, é importante sempre ler as instruções, porque algumas coisas variam de fabricante para fabricante”, orienta Rafaela.

Como usar
No teste da Eco, por exemplo, é preciso abrir o cotonete e, antes de introduzir no nariz, assoá-lo, para evitar excesso de secreção. “É preciso introduzir o cotonete no começo do nariz, cerca de 1,5 cm, até a curva. Depois, é preciso esfregar 10 vezes em cada narina e, depois, introduzir dentro do tubo, fazendo uma mistura com o líquido que tem dentro, porque ele que vai ajudar a reagir com a solução do nosso nariz”, detalha.

Uma vez feita a mistura, deve-se esfregar o cotonete mais 10 vezes e apartar a parede do tubo, para extrair todo o material. Depois disso, o cotonete pode ser descartado. Em seguida, com a ajuda do dosador, em torno de quatro gotas (varia a depender do fabricante) devem ser colocadas na fossa que vem junto ao kit, e aguardar até 30 minutos. “É importante não ler o resultado depois do tempo recomendado pelo fabricante”, alerta Rafaela Machado.