A companhia petroquímica Braskem lançou duas soluções em PVC que se utiliza de matéria-prima reciclada. Os  novos compostos integram o portfólio Wenew, ecossistema da Braskem voltado à economia circular na indústrias.  A Braskem tem a meta de incluir 300 mil toneladas de produtos com conteúdo reciclado em seu portfólio até 2025, elevando o total para 1 milhão de toneladas até 2030. Uma das novidades é o composto feito com parte da própria embalagem big bag da Braskem utilizada para o transporte de resina PVC.

Após atingirem o final da vida útil (cerca de seis anos), os capuzes dos bags são reciclados e voltam a integrar o ciclo produtivo na forma de novos capuzes. Para a produção desse novo capuz estão disponíveis cerca de 100 toneladas de material reciclável por ano, sendo possível produzir cerca de 55 mil unidades de capuz de big bag nesse período. O novo produto é utilizado nas plantas da Braskem na Bahia e Alagoas.

De acordo com a petroquímica, existem atualmente 11 mil unidades de capuzes em utilização pelos clientes da Braskem. O composto flexível também está disponível para a utilização em outras aplicações como calçados, laminados, mangueiras, etc. “Ampliar o portfólio de produtos com matéria-prima reciclada é um dos compromissos da Braskem que impulsionam a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva, contribuindo para impulsionar o cumprimento dos desafios e das metas de circularidade”, destaca Almir Cotias Filho, diretor de Vinílicos da Braskem.

A outra solução apresentada é um composto a ser usado na transformação de produtos rígidos. Com expectativa de fabricação de até 100 toneladas do composto por mês, o produto pode ser aplicado no segmento de construção civil para itens como eletroduto liso, telhas, pisos LVT. As duas inovações visam contribuir com outro objetivo: evitar que 1,5 milhão de resíduos plásticos sejam enviados para incineração, aterros ou descartados indevidamente no meio ambiente até o mesmo ano.

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A auxiliar de disciplina da rede municipal de ensino de Camaçari, Simone Pinto da Silva, 34 anos, moradora do bairro Ponto Certo, troca produtos recicláveis por alimentos desde que a Casa so+ma, patrocinada pela Braskem, foi instalada no Centro Comercial de Camaçari, em setembro de 2021. Ela não apenas recolhe os resíduos recicláveis de casa, mas também coleta e dá destinação correta para o plástico, papel, papelão e outros materiais separados na unidade escolar onde trabalha. E não para por aí. Atuando como multiplicadora, incentiva família, colegas e vizinhos a fazerem o mesmo. Nesta quarta-feira, 17, Simone comemora o Dia Internacional da Reciclagem com o seu exemplo. Em 20 meses, ela já arrecadou quase quatro toneladas de resíduos recicláveis.

“Antes jogava as coisas no lixo mesmo, mas com a chegada da Casa so+ma em Camaçari percebi que podia trocar resíduos recicláveis por alimentos, produtos de higiene e outros produtos, contribuindo com o meio ambiente também. Além de ajudar bastante no orçamento, com os alimentos que consigo trazer para casa, estou ensinado meus filhos a fazerem a coisa certa, para não jogar esses materiais na rua. Inclusive, comecei a falar com colegas e diretoras de outras escolas para fazerem o mesmo e participarem do projeto”, descreve Simone.

Ela integra uma das 1.534 famílias beneficiadas com a unidade da Casa so+ma, em Camaçari, que já recolheu cerca de 120 toneladas de resíduos sólidos e entregou mais de 4,7 mil recompensas desde sua implantação. A dinâmica da ação funciona da seguinte forma: por meio da entrega de resíduos, a comunidade local acumula pontos que são trocados por benefícios: alimentos, produtos de higiene, cursos ou doações para ONGs locais. A Casa so+ma também contribui para a inclusão social dos integrantes da Cooperativa de Materiais Recicláveis de Camaçari (Coopmarc), para onde todo o resíduo coletado é entregue, dando assim destinação correta aos materiais. Nos quatro primeiros meses de 2023 já foram mais de 37 toneladas recolhidas.

“A atuação da Casa so+ma evidencia a importância da reciclagem, por meio da adoção do consumo consciente e do descarte correto, fortalecendo assim a economia circular. É um chamado à mudança de atitudes das pessoas, para que possamos construir um futuro mais sustentável”, destaca Graziela Vasconcelos, analista de Relações Institucionais da Braskem. Primeira unidade do programa na Região Metropolitana de Salvador (RMS), a Casa so+ma de Camaçari atende mais de 300 mil moradores da cidade, estimulando a adoção de novas práticas sustentáveis. A iniciativa é desenvolvida pela startup so+ma e conta ainda com suporte da Prefeitura de Camaçari, por meio da Empresa de Limpeza Pública de Camaçari (Limpec).

“O programa so+ma vantagens traz uma espécie de endorfina onde a pessoa procura sempre contribuir, levando seu reciclável para uma Casa, pois o hábito mostrou que ela está contribuindo para a mitigação do aquecimento global. Em suma, nosso programa tem o objetivo de garantir uma ação efetiva para a mudança”, conta Claudia Pires, fundadora e CEO da so+ma.

Já o Ser+, outro projeto patrocinado pela Braskem e executado pelas Mãos Verdes, promove o fortalecimento da cadeia de reciclagem, com foco na inclusão social e na geração de renda. Por meio de cursos, assistência técnica, obras de infraestrutura e doação de equipamentos, duas cooperativas de Salvador (Cooperguary e Camapet) e uma de Camaçari (Coopmarc) elevam continuamente seus níveis de profissionalização. O resultado está na média mensal do volume comercializado, que passou de 39 para 65 toneladas, entre 2018 e 2022.

No início de maio, o programa capacitou 10 integrantes de cooperativas, que desenvolveram competências para trabalhar com gestão de processos, gerenciamento, controle e mensuração de indicadores, por exemplo. O curso teve duração de seis meses e contou com uma bolsa de estudos no valor de R$ 400,00. Além da Bahia, que teve três mulheres capacitadas, a ação foi promovida também nos estados de Alagoas, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Sobre a Braskem

Orientada para as pessoas e para a sustentabilidade, a Braskem está engajada em contribuir com a cadeia de valor para o fortalecimento da Economia Circular. Os 8 mil Integrantes da petroquímica dedicam-se diariamente para melhorar a vida das pessoas por meio de soluções sustentáveis da química e do plástico. A Braskem possui DNA inovador e um completo portfólio de resinas plásticas e produtos químicos para diversos segmentos, como embalagens alimentícias, construção civil, industrial, automotivo, agronegócio, saúde e higiene, entre outros. Com 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha, a companhia exporta seus produtos para clientes em 71 países.

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Com o propósito de oferecer capacitação e, ao mesmo tempo, contribuir para o aumento da diversidade, equidade e inclusão no mercado de tecnologia, a Braskem lança o Be Tech by Braskem, programa de formação com foco em educabilidade (educação aliada às oportunidades de empregabilidade) para novos talentos que desejam iniciar a carreira em Ciência de Dados.

É a primeira vez que a companhia promove essa iniciativa, realizada em parceria com a Ada, empresa especializada em formações em tecnologia. A edtech possui metodologia única com jornada síncrona e assíncrona, e já formou mais de 7 mil alunos.

Com duração de 6 meses e em formato ao vivo e remoto, o curso Be Tech by Braskem é gratuito e dedicado a pessoas pretas ou pardas, acima de 18 anos e que tenham concluído o ensino médio, sendo que pelo menos metade das vagas são exclusivas para mulheres que se encaixem na descrição anterior. Os interessados também devem residir no Brasil.

Nesta primeira edição do programa são oferecidas 25 vagas. As inscrições para o processo seletivo podem ser feitas no site do programa: https://ada.tech/sou-aluno/programas/be-tech-by-braskem. A seleção é composta de quatro fases: 1) curso online, 2) teste de lógica, 3) dinâmica em grupo e 4) coding tank (etapa eliminatória com cinco aulas remotas ao vivo de lógica da programação que irá avaliar os candidatos na prática, entre 03 e 09 de maio de 2023).

Para Guilherme Baeta, Chief Digital Officer da Braskem, o programa está alinhado com o investimento relevante em transformação digital que a companhia vem fazendo nos últimos anos. “O Be Tech by Braskem vai contribuir para a formação de novos profissionais, neste momento em que novas tecnologias e inovação digital são cada vez mais estratégicas, e vem ganhando cada vez mais espaço na tomada de decisões das empresas e na transformação dos negócios”, afirma.

O curso está previsto para acontecer de 17 de maio a 8 de novembro de 2023. As aulas serão às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19h às 22h, no modelo virtual e ao vivo. Os estudantes selecionados terão aulas de lógica e técnicas de programação, banco de dados, estatística, machine learning e modelos produtivos.

“Além de capacitar talentos em Ciência de Dados neste programa, a Braskem tem o compromisso de promover a inclusão e a diversidade. Entendemos que ações afirmativas são necessárias para impulsionar a empregabilidade na área de tecnologia”, explica Camila Fossati, diretora de Desenvolvimento Organizacional da companhia.

Para Felipe Paiva, CEO e fundador da Ada, programas como esse abrem portas para uma nova geração de profissionais se qualificarem em tecnologia: "Essa parceria com a Braskem é mais uma prova de que existe solução para o déficit de profissionais de tecnologia no mercado, e estamos no caminho certo, construindo com nossos parceiros a próxima geração tech.”

Para mais informações e inscrições acesse o edital no site do programa: https://ada.tech/sou-aluno/programas/be-tech-by-braskem.

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Fazer do que é visto como lixo, um luxo. É esse o lema da Liga Transforma, startup soteropolitana que recicla lixo têxtil em design de moda. Um modelo de negócio baseado na Economia Circular, que repensa formas de produção, consumo e descarte de materiais, criando um segundo ciclo para resíduos.

Quando se pensa na vida útil de uma roupa, fala-se, a grosso modo, em três etapas: produção, uso e descarte. É justamente a terceira fase que deixa de existir quando a lógica produtiva é a moda circular. Troca-se o descarte pela coleta. Processo que Lourrani Baas, CEO e fundadora da startup, realiza de telefonema em telefonema.

"É bem manual. Eu pesquiso marcas, confecções e tecelagem da cadeia de moda e entro em contato. Faço a apresentação do projeto, consigo o resíduo têxtil e pago para fazer a coleta", conta a empresária.

E o "lixo" vira luxo mesmo. Tanto é que a Liga Transforma ganhou o prêmio Fashion Futures da C&A na categoria Designer de Sustentável, em 2021. Ao todo, 323 empresas de todo o Brasil se inscreveram. Porém, foram selecionadas apenas quatro iniciativas e uma personalidade.

Quem também lança fora a palavra descarte é a Solos, empresa que trabalha com projetos de gestão de resíduos plásticos. O maior deles é o Braskem Recicla, iniciativa conduzida em parceria com a empresa que a batiza e que já reciclou mais de 67 toneladas de material.


Itinerante, o projeto já passou por cidades como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo e funciona por duas vias, como explica Saville Alves, co-fundadora da Solos. "A primeira é da logística reversa, onde a gente mapeia estabelecimentos para mobilizar e engajar pessoas a separar materiais e fazer reciclagem, ficando com esse material para a Solos. Além disso, criamos uma estrutura para falar de economia circular de forma lúdica", conta Saville.

Economia do presente

Tanto a Liga Transforma como a Solos são iniciativas de sucesso de uma economia que, apesar de vista como 'modelo do futuro' por muitos, é a cara do presente. Pelo menos, é o que afirma Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul. Ela cita a cadeia do plástico em que a Braskem está envolvida como exemplo disso.


“Na região, temos os catadores, os recicladores, os clientes transformadores com resinas virgens e recicladas e algumas iniciativas que levam conhecimento para população sobre a destinação correta do que, na verdade, é matéria prima e não resíduo. [..] É uma cadeia bem estruturada”, fala a diretora.

E o sucesso de projetos circulares baianos no presente não se limita a cadeia do plástico ou da já solidificada cadeia do alumínio, com reciclagem de latas. Andreia Barbosa, analista do Sebrae, cita outro setor da produção circular que se destaca pelo impacto que tem.
"Quando a gente fala de Economia Circular no nosso território, vejo cadeias produtivas relevantes além de alumínio e plástico. Pelo impacto que gera, a cadeia da moda é chave porque essa indústria é uma das mais poluentes", cita ela, ressaltando que setores mais problemáticos podem virar os de mais oportunidades para economia circular com a mudança no pensamento de produção.

Mercado com demanda

Quem está dentro do mercado concorda com a fala da analista. Lourrani Baas vê na moda circular um mercado ainda repleto de lacunas considerando o fato da diversidade matéria prima têxtil disponível que é descartada como resíduo.

"Tem muito espaço! A gente vê que resíduo tem aos montes, a cadeia produtiva da moda não para. Se tem matéria prima, só falta mesmo as pessoas verem a moda circular como futuro urgente, necessário e limpo. E que tem que acontecer agora", diz Lourrani.

O espaço para novas empresas não é exclusividade da moda circular. Para cadeias produtivas mais consolidadas, como a do plástico, também há lugar para novos empreendedores em busca de soluções do tipo.

“Essa cadeia tem se consolidado ainda mais porque o plástico tem uma diversidade de aplicações e tipologias que acabam ampliando a cadeia. Além disso, tem um valor agregado que o deixa competitivo. Então, é de interesse e prioridade para novos empresários no ramo”, explica Saville Alves, da Solos.

Oportunidades

Para ilustrar ainda mais como essas cadeias são ambientes de novas oportunidades, a reportagem traz dicas de negócios para pequenas empresas dentro da Economia Circular baseadas nas conversas com os entrevistados:

Cadeia da moda

Coleta de matéria prima - Em um setor onde os resíduos existem aos montes e são, muitas vezes, descartados, ter um negócio que faça a ponte entre o material têxtil com empresas de moda circular é rentável por existirem meios de obter a matéria prima através de doação e transformá-la em renda negociando com empresas que não têm como fazer a coleta.

Brechós - Investir em brechós e feiras itinerantes onde você ressignifica aquela peça de roupa vista antes como um item para descarte e transforma em um produto de qualidade para venda é outra boa opção. Além do que a Liga Transforma, a Renner e a C&A já fazem, transformando esses itens em luxo, com roupas personalizadas.

Cadeia do plástico

Design em plástico - Com um mercado solidificado em áreas como coleta, separação e reciclagem, optar por ter um negócio que produza desde produtos ornamentais ou de uso prático como cadeiras, revestimentos de piso e paredes e outros itens.

Coleta de matéria prima - Apesar de existirem muitas cooperativas de coleta do plástico, as empresas estão longe de cobrir todas as áreas de descarte do estado. Por isso, localizar uma região/bairro com volume alto de descarte, promover a separação e coletar o resíduo pode ser uma iniciativa rentável.

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