Operação interestadual conjunta foi realizada pelas policias de Goiás, São Paulo e Bahia.
Menos de 24 horas após o assassinato do camaçariense Ruan Silva Santos, de 21 anos, na cidade de Anápolis, em Goiás, dois homens suspeitos de envolvimento no crime foram presos nessa quarta-feira (19). A captura ocorreu em São Paulo durante uma operação interestadual conjunta que contou com troca de informações entre setores de inteligência das forças de segurança dos estados de Goiás, São Paulo e Bahia.
Assim que o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) iniciou as diligências, o cruzamento de dados compartilhados pela 4ª Delegacia de Homicídios (DH) de Camaçari, identificou que os suspeitos integram uma facção criminosa do município, aliada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), e que atualmente residiam no Rio de Janeiro. As investigações apontam que a dupla deixou o estado fluminense no dia 18 de novembro com a missão de executar Ruan.
Após o homicídio, os dois tentaram retornar ao Rio de Janeiro, mas tiveram todo o deslocamento monitorado por equipes da Polícia Civil, Polícia Militar de Goiás e Polícia Rodoviária Federal, até serem capturados em São Paulo. Com as evidências reunidas, a polícia solicitou ao Poder Judiciário a decretação da prisão temporária dos envolvidos.
O crime
Residente do bairro Phoc III, Ruan foi morto com um tiro na cabeça nas proximidades do viaduto da Avenida Brasil Sul com a Rua Amazílio Lino, na região central de Anápolis. O jovem havia chegado à cidade no fim de outubro a trabalho e foi surpreendido por criminosos ao descer de um carro por aplicativo na noite dessa terça-feira (18).
Segundo as autoridades policiais, um Voyage prata se aproximou e um dos ocupantes efetuou o disparo contra Ruan, que morreu em via pública. Segundo o delegado Cleiton Lobo, responsável pelo caso, não há indícios de desavenças da vítima na cidade, e a principal hipótese é de que o crime tenha relação com problemas externos.
A motivação do crime segue sob investigação da Polícia Civil.

