Interpol inclui réu acusado de matar nutricionista em Camaçari na lista de procurados internacionais

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Promotor diz que Marlon fugiu para os Estados Unidos e que a prisão preventiva é urgente.

A Interpol incluiu Marlon Ribeiro dos Santos, de 25 anos, na Difusão Vermelha, a lista internacional de procurados. Ele é acusado de participação no ataque a tiros que matou a nutricionista Larissa Pavan de Assis, de 27 anos, em Guarajuba, distrito de Camaçari, em 7 de dezembro de 2024. A inclusão na lista ocorreu no início de outubro, após solicitação do Ministério Público da Bahia.

Segundo o promotor Gilber Santos de Oliveira, Marlon teria fugido para os Estados Unidos, e a prisão preventiva era necessária para garantir a aplicação da lei penal e evitar prejuízos à investigação. A Difusão Vermelha permite que fugitivos sejam localizados e presos em qualquer país-membro da Interpol, para fins de extradição.

O crime ocorreu quando Larissa retornava de Salvador com os irmãos em um carro de aplicativo. Ao passar perto do condomínio onde Marlon e seu comparsa Fábio Ribeiro moravam, em Guarajuba, os acusados perseguiram o veículo e abriram fogo. Larissa foi atingida na cabeça e morreu na hora, já os irmãos, de 15, 18 e 23 anos, e o motorista ficaram feridos, mas sobreviveram.

Marlon e Fábio foram denunciados por homicídio e quatro tentativas de homicídio. Três dias após o crime, Marlon foi ouvido pela polícia, mas liberado por falta de provas. Em 12 de dezembro, a Justiça decretou prisão temporária dos dois, que já haviam fugido, seguida de prisão preventiva.

O advogado da família, Richard Lacrose Almeida, afirmou que os suspeitos desapareceram estrategicamente e possuíam recursos para se esconder. Marlon chegou a admitir que a arma usada pertencia a Fábio e teria sido descartada no rio Jacuípe, mas nunca foi localizada.

O assassinato de Larissa levou à Operação Dyanamus, em janeiro de 2025, para cumprir mandados de busca e prisão preventiva, mas Marlon e Fábio não foram localizados. Dois homens foram detidos durante as diligências, sem ligação direta com o caso.

A mãe de Larissa, Roseli Pavan, lamenta a perda e reitera o pedido de justiça: “Saímos de Eunápolis para vir a passeio e eu voltei com minha filha dentro de um caixão. Ela tinha uma vida e sonhos pela frente”. Para a família, a inclusão de Marlon na Difusão Vermelha é um avanço, mas a justiça completa ainda está distante.