A expectativa de vida do brasileiro subiu três meses em 2019, passando de 76,3 anos em 2018 anos para 76,6 anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados estão na Tábua Completa de Mortalidade de 2019, publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O aumento, embora pequeno, mantém a tendência de crescimento da taxa por anos consecutivos. Há quase dez anos, em 2011, a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos.

No ano seguinte, passou para 74,6 anos e depois para 74,9 anos.

Em 2014, a taxa ficou em 75,2 anos; em 2015, em 75,5 anos; em 2016, 75,8 anos; em 2017, 76 anos; e, em 2018, foi de 76,3 anos.

O IBGE deve detalhar o documento ainda nesta quinta-feira. Os dados apresentam as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos, trazendo informações por sexo.

A Tábua de Mortalidade é usada como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

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Os motoristas que estão com a CNH vencida devem ter atenção à nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O órgão revogou a suspensão dos prazos de renovação e divulgou novas datas para esse e outros serviços.

Os processos voltarão a vigorar a partir de 1° de dezembro, com novo cronograma. Os prazos estavam suspensos desde março, devido à pandemia.

"Procuramos estabelecer regras que permitam a retomada dos serviços e prazos de modo a causar o menor transtorno ao cidadão, adequando à capacidade de atendimento por parte dos órgãos de trânsito", disse o presidente do Contran e diretor-geral do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Frederico Carneiro.

O novo calendário concede um prazo de até 10 meses para a emissão das multas e autuações e estabelece diferentes datas para a regularização da CNH, a depender do vencimento.

Os condutores que tiveram a CNH vencida em 2020 poderão regularizar a situação a partir de 1º de janeiro de 2021, seguindo os meses de validade (veja imagem abaixo). Os documentos com data de validade de janeiro de 2020 poderão renovar até 31 de janeiro de 2021; para as vencidas em fevereiro de 2020, a renovação poderá ocorrer até 28 de fevereiro de 2021; e assim sucessivamente.

Já o envio das notificações de infrações cometidas entre 26 de fevereiro e 30 de novembro de 2020, deverá seguir um cronograma de 10 meses, a partir da data de cometimento da infração. Por exemplo, multas cometidas em fevereiro e março de 2020, serão enviadas aos condutores em janeiro de 2021, e assim por diante.

Para a transferência de veículo, os órgãos podem estabelecer um cronograma específico para o proprietário efetivar a transferência do veículo adquirido entre 19 de fevereiro e 30 de novembro. Caso o órgão não estabeleça um cronograma, fica estabelecida a data de 31 de dezembro de 2020.

Já o registro e licenciamento de veículos novos adquiridos entre 19 de fevereiro e 30 de novembro devem ser realizados até 31 de janeiro de 2021.

Os órgãos e entidades de trânsito poderão estabelecer prazos para a renovação do licenciamento anual dos veículos registrados, referente ao exercício de 2020, de acordo com o algarismo final da placa. E os prazos para licenças para funcionamento das Instituições Técnicas Licenciadas (ITL), vencidos de 20 de março a 30 de novembro, ficam prorrogados até 31 de janeiro de 2021.

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) detectou aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em todo o Brasil. Boletim Infogripe divulgado nesta semana indica que doze das 27 capitais brasileiras apresentam tendência de moderada a forte no volume de casos nas últimas seis semanas.

A tendência de aumento no número de casos de SRAG tem sido indicada há semanas pelo boletim Infogrip. Os dados desta quarta-feira (25), no entanto, reforçam o agravamento da situação da crise causada pelo novo coronavírus no Brasil.

A capital baiana é uma das quatro com sinal de crescimento acima de 95%, junto com Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Maceió (AL). O sinal é considerado moderado (a partir de 75%) em Curitiba (PR), Natal (RN), Palmas (TO), Plano Piloto de Brasília e arredores, Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

De acordo com informações de O Estado de S.Paulo, apenas em 2020 já foram reportados 565.312 casos de SRAG e 137.991 mortes decorrentes da síndrome. Quase a totalidade dos óbitos estão relacionados à Covid-19.

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O ex-governador de Sergipe João Alves Filho morreu na noite da terça-feira (24), aos 79 anos. Ele estava internado em estado grave desde a semana passada no Hospital Sírio Libanês, em Brasília, depois de sofrer uma parada cardíaca em casa no último dia 18.

Ele chegou a receber os primeiros socorros ainda no apartamento, em que morava com a esposa, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM). Ele já recebia cuidados intensivos em casa por estar com quadro avançado de Alzheimer. No sábado, também foi diagnosticado com covid-19. A família informou que o quadro era "clinicamente irreversível", com João estando com as funções renais paralisadas. Sedado, ele respirava com ajuda de aparelhos.

O corpo do político será cremado no Cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás, a 40 minutos de Brasília. Além da esposa, ele deixa três filhos e quatro netos.

Falando nesta manhã, o prefeito de Salvador, ACM Neto, deixou sua solidariedade aos familiares de João Alves e afirmou que ele foi "um grande brasileiro, um grande nordestino". "Tinha uma relação de grande amizade com o ex-governador. Aprendi com ele, ele era entusiasta da participação do jovem na política", disse, lembrando que foi convidado por ele para ir a Aracaju quando ainda fazia parte do PFL Jovem. "Foi um dos melhores amigos que meu amigo teve em sua vida pública", acrecentou. "Tinha visão regional, entendia como pouco os problemas do Nordeste".

O governo do estado, a Prefeitura de Aracaju e a Assembleia Legislativa decretaram luto oficial de três dias pela morte do político. O governador Belivaldo Chagas (PSD) colocou o Palácio Museu Olímpio Campos à disposição da família para realização de um velório.

"O ex-governador João Alves, sem dúvida alguma é uma das mais importantes referências políticas que temos no nosso estado. João Alves foi especial para Sergipe e realizou obras importantes para o povo sergipano. Estivemos em campos opostos ideológica e politicamente, mas sempre nos tratamos de maneira respeitosa. Tivemos uma relação institucional muito saudável. Seu legado será lembrado com apreço e respeito", disse Chagas.

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), pra quem João Alves passou o cargo, escreveu em uma rede social "Sempre estivemos em lados diferentes, mas jamais deixei de ter respeito por ele e pelo imenso legado que edificou em nosso estado. João realizou importantes obras e contribuiu efetivamente para o progresso de Sergipe".

Trajetória
O primeiro cargo público que o político teve foi como prefeito de Aracaju, de 1975 a 1979, em nomeação indireta durante a ditadura militar.

Foi também ministro do Interior do Brasil de 1987 a 1990. Governou o Estado de Sergipe por 3 mandatos (1983 a 1986; 1991 a 1994 e 2003 a 2006).

Em 2012, foi eleito prefeito de Aracaju, exercendo a função novamente de 2013 a 2016.

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Um acidente entre um ônibus e um caminhão deixou 41 pessoas mortas e mais uma dezena de feridos na manhã desta quarta-feira (25) na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, no interior de São Paulo.

A batida aconteceu por volta das 6h45, segundo o Corpo de Bombeiros. O ônibus levava funcionários de uma empresa têxtil para o trabalho quando aconteceu a batida, na região da cidade de Taguaí.

Quinze pessoas foram socorridas para hospitais da região, mas o trabalho de resgate continua. "Temos um ônibus que transportava 53 pessoas de uma empresa. Ele colidiu com um caminhão. Não temos dados precisos, porque é um local de difícil acesso. Mas acreditamos que tenha cerca de 22 a 25 vítimas fatais. 15 pessoas já foram socorridas para hospitais da região e outras vítimas estão recebendo socorro, porque ficaram presas nas ferragens", afirmou o tenente Alexandre Guedes, porta-voz da Polícia Militar, à GloboNews.

Duas pistas tiveram fluxo de trânsito interrompido por conta do acidente e do trabalho de resgate.

Segundo o Uol, os funcionários do ônibus eram da empresa Stattus Jeans. A região tem muitas fábricas têxteis e os ônibus costumam buscar empregados que moram em cidades próximas para levar ao trabalho. A empresa não respondeu a tentativas de contato.

A Prefeitura de Taguaí decretou luto oficial de três dias por conta do acidente. "Hoje a cidade amanheceu com a triste notícia de um acidente envolvendo um caminhão e um ônibus com trabalhadores de confecção que vinham de Itaí e Taquarituba para Taguaí. Informações mais detalhadas ainda estão sendo apuradas pelos órgãos competentes. Externamos nossos sinceros sentimentos às famílias, amigos, à empresa e colegas de trabalho destes que se foram. Dia triste", diz comunicado publicado nas redes sociais.

 

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga se uma funcionária do Carrefour mentiu ao depor sobre a morte de João Alberto Freitas, 40 anos, espancado por dois seguranças do local no último dia 19.

"O que nós observamos é que houve declarações contraditórias. Resta até o final do inquérito (saber) se essas contradições foram motivadas por algo que se queria encobrir ou não", disse à RBS, afiliada da Rede Globo, a delegada Roberta Bertoldo.

Várias contradições foram percebidas pela polícia no depoimento de Adriana Alves Dutra, que aparece nas imagens de blusa branca, próxima à cena e tenta em certo momento intimidar um rapaz que filmava a agressão. Ela era a responsável pelos seguranças da loja.

No depoimento, Adriana disse que o PM temporário, Geovane Gaspar da Silva, era um cliente do mercado. Na verdade, ele eera funcionário da empresa terceirizada que fornecia segurança ao local.

Ela também contou que João Beto empurrou uma senhora ainda dentro da loja, o que não aparece nas imagens obtidas até agora.

Contou ainda que não ouviu a vítima pedir por ajuda, mas nas gravações são audíveis os gritos dele pedindo socorro.

Ela disse ainda que por várias vezes pediu que os seguranças largassem João, mas as imagens não mostram nada parecido. Ela aparece tentando impedir a gravação que uma testemunha fazia.

Cronologia
Adriana contou que estava no setor de bazar quando foi chamada porque havia um conflito entre um cliente uma funcionária, uma fiscal de caixa que aparece usando roupa preta nas imagens.

Ela disse que quando chegou um cliente, que ela soube ser PM, tentava contornar a situação. Esse era Geovane, o segurança da Vector, terceirizada que presta serviço à Carreour.

A funcionária disse que João era uma pessoa agressiva e que já tinha tido problemas com fiscais antes. Ele foi escoltado para fora da loja e nesse momento teria empurrado uma senhora, segundo o depoimento, mas isso não aparece nas imagens disponíveis.

Depois, ela contou, João deu um soco no PM e os dois "se embolaram". Isso é possível ver nas imagens. Adriana diz que chamou a Brigada Militar e o Samu quando viu que havia sangue da vítima no chão, a essa altura já desmaiada.

Segundo ela, João xingou muito durante a "contenção", em suas palavras, mas em nenhum momento ela o ouviu pedir por socorro. Insistiu também que pediu várias vezes para os "rapazes" soltarem João.

"Se acalma pra gente poder te soltar, a brigada tá chegando aí, tá bom? (...) A gente não vai te soltar pra ti bater em nós de novo?", diz Adriana, segundo é possível ouvir em uma das gravações.

Ela notou que era gravada e tentou intimidar a testemunha. "Não faz isso, não faz isso que eu vou te queimar na loja", diz, se aproximando do rapaz.

Os dois seguranças que espancaram João Alberto foram presos em flagrante e até agora não foram ouvidos. Eles optaram por ficar em silêncio quando foram detidos. A prisão já foi convertida em preventiva. A polícia ainda espera ouví-los.

"Tão logo nós recebamos a autorização judicial, dar acesso a eles ao sistema prisional, para que eles possam esclarecer essas declarações e junto a isso compará-las com aquilo que foi referido pelas próprias testemunhas que estavam no entorno e que também ouviram e viram todas as situações que passaram ali", diz a delegada.

Omissão de socorro
Além dos dois seguranças, a polícia investiga outras pessoas, que podem ter cometido crime de omissão de socorro. Os nomes dos investigados, que estavam presentes durante o espancamento e nada fizeram, não foram divulgados.

"Inicialmente se apontou que João havia agredido fisicamente uma mulher no interior do estabelecimento, mas as câmeras de segurança mostraram que não houve essa agressão, que na verdade houve um certo mal-entendido entre um gesto que ele teria feito a uma fiscal que decorre dessa situação, então inúmeras questões vêm sendo ditas, ou desditas, ou não comprovadas", diz a delegada.

A polícia tenta descobrir se João já tinha tido desentendimentos com funcionários do local. Uma deles afirmou que era "agressivo" e já tinha brigado com fiscais anteriormente. Uma fiscal de caixa disse que soube por colegas que João já havia estado no local embriagado, importunando clientes. As câmeras de segurança de outras datas do local foram solicitadas pela polícia.

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Cerca de 3,1 milhões de beneficiários do ciclo 5, nascidos em fevereiro, recebem nesta quarta-feira (23) R$ 1,1 bilhão em suas contas poupança social digital. Desse total, 147,2 mil receberão R$ 97,1 milhões referentes às parcelas do auxílio emergencial. Os demais, 3 milhões de pessoas, receberão as parcelas do Auxílio Emergencial Extensão, somando R$ 1 bilhão.

A partir de hoje, os valores já podem ser movimentados pelo Caixa Tem para pagamento de boletos pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas, compras na internet e pelas maquininhas em mais de um milhão de estabelecimentos comerciais.

O benefício - criado em abril pelo governo federal - foi estendido até 31 de dezembro por meio da Medida Provisória (MP) nº 1000. O Auxílio Emergencial Extensão será pago em até quatro parcelas de R$ 300 cada e, no caso das mães chefes de família monoparental, o valor é de R$ 600.

Bolsa Família
Também nesta segunda-feira (23), a Caixa faz o pagamento da terceira parcela do Auxílio Emergencial Extensão para os beneficiários do Bolsa Família. Cerca de 1,6 milhão de pessoas com final de NIS (Número de Identificação Social) 5 receberão R$ 422,2 milhões.

Durante todo o mês de novembro, mais de 16 milhões de pessoas cadastradas no programa e consideradas elegíveis vão receber, no total, R$ 4,2 bilhões.

O pagamento do auxílio emergencial para quem recebe o Bolsa Família segue as datas do benefício regular e é permitida a utilização do cartão nos canais de autoatendimento, lotéricas e correspondentes Caixa Aqui; ou por crédito na conta Caixa Fácil.

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Os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não serão atendidos nas agências do órgão nesta segunda-feira (23). Os locais de atendimento estarão fechados por causa do ponto facultativo correspondente ao Dia do Servidor Público, que foi transferido de 28 de outubro para hoje.

A transferência do ponto facultativo havia sido autorizada por portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União em 27 de outubro, véspera do Dia do Servidor Público. Na ocasião, o governo justificou que a mudança de data foi necessária para manter os atendimentos agendados, evitando remarcações e transtornos para os beneficiários.

Outros órgãos, como a Receita Federal, haviam suspendido o expediente em 30 de outubro e atenderão normalmente nesta segunda-feira. O INSS, no entanto, optou por fazer o ponto facultativo no fim de novembro para desafogar o atendimento nas agências, que cuidam de pedidos e de processos acumulados durante a pandemia de covid-19.

Com o fechamento das agências, os cidadãos podem buscar informações, pedir benefícios e agendar serviços sempre pelo aplicativo Meu INSS. Também é possível resolver dúvidas pelo telefone 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.

 

 

 

Agências do INSS não funcionam nesta segunda-feira

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O presidente Jair Bolsonaro irá ao Amapá neste sábado, 21, a convite do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O Estado enfrenta uma crise de energia há 18 dias, com dois apagões registrados e fornecimento ainda precário de eletricidade. A previsão é a de que Bolsonaro visite Macapá, capital do Estado, no período da tarde.

O caos elétrico começou no último dia 3, quando um incêndio em um transformador deixou o Estado às escuras. Um segundo apagão ocorreu no Amapá na noite de terça-feira, 17. Desta vez, porém, a falha foi no lado da distribuição de energia.

Bolsonaro só falou sobre o apagão quatro dias depois da primeira ocorrência. Em vídeo nas redes sociais, ele isentou o governo federal de responsabilidade sobre o problema. No dia 9, o presidente criticou a empresa fornecedora de energia no Estado durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Nesta semana, em evento em Goiás, Bolsonaro evitou responder a perguntas sobre a situação no Estado.

O Ministério de Minas e Energia avalia que a carga total do Estado seja restabelecida até o dia 26. Em entrevista nesta quinta-feira, 19, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o fornecimento deve ser ampliado já a partir deste sábado, com início da operação de unidades geradoras contratadas emergencialmente.

A ida de Bolsonaro ao Amapá foi informada por Alcolumbre. Em nota, o presidente do Senado afirmou ter reforçado pedidos a Bolsonaro sobre o pagamento de auxílio emergencial às famílias atingidas pelo blecaute. O mesmo apelo foi feito ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Além do prejuízo material e financeiro aos moradores, a crise energética no Amapá obrigou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adiar o primeiro e o segundo turnos da eleição municipal em Macapá de novembro para dezembro.

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O assassinato de João Alberto, homem negro de 40 anos, por seguranças no Carrefour motivou protestos em diversas cidades nesta sexta-feira, 20, convocados pelas redes sociais. Um grupo se manifestou em frente ao mesmo supermercado onde ocorreu o assassinato, na capital gaúcha, com faixas como "vidas negras importam" e exigindo justiça. Em São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza, os atos tiveram tumulto. Houve também manifestações nas ruas do Rio de Janeiro, em Brasília e de Belo Horizonte.

A manifestação em Porto Alegre reuniu milhares de pessoas. No protesto, cruzes e flores foram colocadas em homenagem a João Alberto. Lideranças negras e políticas se revezavam no caminhão de som, além das buzinas de manifestantes que passavam pelo local.

Os manifestantes fizeram caminhada em direção ao estádio de futebol nas imediações do Sport Clube São José, time para o qual João Alberto torcia. Em um momento, um grupo começou a forçar o portão de entrada do Carrefour, que dá acesso ao estacionamento. Entre 20 e 30 pessoas conseguiram entrar no estacionamento e uma parte delas conseguiu chegar à parte térrea da loja, onde ficam pequenas lojas e uma escada rolante que leva ao primeiro andar,. Foi possível verificar quebra-quebra no local, muito vidro quebrado, cancelas do estacionamento foram quebradas. O vidro da escada rolante foi quebrado. O Batalhão de Choque foi até o prédio para tentar dispersar os manifestantes.

Uma minoria começou a atirar pedra e fogos de artifício. O Batalhão de Choque respondeu com bomba de gás. Depois disso, alguns outros portões que dão acesso ao hipermercado foram quebrados. Papéis, cartazes, faixas e até plantas secas foram incendiadas.

A fachada da unidade também foi pichada em protesto: "Assassinos". Rojões também foram arremessados contra o mercado.

São Paulo
Na capital paulista, manifestantes se concentraram no vão do Masp, na região central, por volta das 16 horas. Mais tarde, o grupo se direcionou para o Carrefour da Rua Pamplona. Uma pequena parte dos manifestantes pegou pedras dos vasos do estacionamento e arremessou contra os vidros do supermercado. O grupo de seguranças do Carrefour não resistiu à invasão - a própria Polícia Militar não interveio neste momento. A ação durou pouco mais de 10 minutos e clientes ficaram assustados.

Lideranças da manifestação chegaram a pedir que não houvesse quebra-quebra ou invasão - mas os pedidos não foram atendidos por esse pequeno grupo. A polícia só se aproximou quando todos os manifestantes já tinham saído do supermercado. Até às 20h45, não havia registro de prisões, feridos ou saques ao estabelecimento.

No fim do ato, manifestantes também acenderam velas em homenagem às vítimas da violência.

Outras cidades
No Rio, dezenas de manifestantes fizeram um protesto no supermercado Carrefour da Barra da Tijuca, na zona oeste. Aos gritos de "Assassino, Carrefour", eles chegaram a protestar até mesmo dentro do supermercado, pedindo para que a unidade fechasse. Antes, o grupo se posicionou no estacionamento que fica em frente ao supermercado e exibiu faixas com mensagens como "Parem de nos matar" e "Sem Justiça, sem paz". O ato foi pacífico.

Na capital mineira, o ato foi organizado por entidades que representam a população negra, como o Núcleo Rosa Egipsíaca Negros, Negras e Indígenas. A integrante do coletivo Nzinga, de mulheres negras, Etiene Martins, de 37 anos, afirma que esse tipo de violência não é um episódio isolado. "Acontece todos os dias. Nesse caso, foi filmado, divulgado, e ajuda a denunciar. Só que nem sempre é assim. Muitas vezes acontece e ninguém vê", diz.

Em Fortaleza, há relatos de uso de spray de pimenta pelos policiais e três manifestantes foram detidos. Em Brasília, as manifestações se concentraram no Carrefour localizado na Asa Sul O ato começou na rua e depois entrou na unidade para pedir seu fechamento.

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