Não deu para quem quis. Uma semana depois de autorizar atividades nas praias de Cantagalo, Boa Viagem, Amaralina e Piatã, a Prefeitura voltou atrás e determinou a proibição novamente. Banhistas terão de esperar pelo menos mais sete dias. Esse será o prazo inicial de interdição. O anuncio foi feito pelo prefeito ACM Neto na manhã desta terça-feira (29). A razão para a probição foram as aglomerações que aconteceram nesses espaços após a reabertura da semana passada.
As barreiras físicas serão instalada pela Guarda Civil Municipal e Secretaria Municipal de Manutenção (Seman), e, uma vez bloqueadas, estarão interditadas para o público. Os calçadões continuarão abertos para a prática de atividades físicas. ACM Neto disse que não descarta interditar outras praias caso haja novas aglomerações.
"Outras cidades do país que reabriram as praias sem regras e sem limites, onde houve aglomeração, agora, a conta chegou. O aumento do número de casos, o aumento da pressão sobre o sistema hospitalar, o aumento da taxa de ocupação das UTIs, e, é claro, a consequência inevitável do aumento da taxa de óbitos. Eu não quero isso para Salvador", disse ACM Neto.
A reabertura das praias foi permitida, mas a população precisava obedecer algumas recomendações como manter o distanciamento entre os banhistas para evitar aglomerações, usar a máscara sempre que estivesse fora d'água, não consumir bebidas nem alimentos na praia, e não frequentar a praia no fim de semana. Todas foram ignoradas, como o CORREIO mostrou em reportagens no fim de semana.
"A maioria da população está respeitando as regras. Os problemas têm sido ocasionados por uma minoria. O trabalho dos guardas municipais e dos fiscais da Prefeitura tem sido o de orientar, sem usar da força. Essa é uma fiscalização que não é fácil, e por isso que relutamos tanto em reabrir as praias", disse o prefeito.
Três praias da cidade permanecem totalmente interditadas: Porto da Barra, Buracão e Paciência. Já São Tomé de Paripe, Tubarão, Ribeira, e Itapuã só podem funcionar de terça a sexta-feira. As demais têm horário de funcionamento de segunda a sexta-feira.
“Não dá para ter a guarda [municipal] em 64 km de litoral, em todos os dias. Fizemos uma operação móvel no final de semana. Os agentes conversam e pedem para que as pessoas se retirem, mas cada um precisa exercer sua consciência. Infelizmente, o erro de alguns acaba trazendo penalidade para o coletivo”, acrescentou.