O Jornal da Cidade
Operação intensificará fiscalização nas estradas que cortam a Bahia
A partir desta quinta-feira, 18, uma ação especial será realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas que cortam a Bahia para reprimir a criminalidade e os acidentes de trânsito.
A Operação Semana Santa, que segue até a meia-noite de domingo, 21, as rodovias vão ter reforço extra de policiamento. Além disso, a PRF promoverá ações educativas.
A estimativa é que haja um aumento no fluxo de veículos nas estradas na próxima sexta, 19, devido ao fim de semana prolongado pelo feriado.
Em 2018, a PRF registrou 48 acidentes, 47 feridos e 10 mortos. Ainda de acordo com órgão, o uso de álcool é uma das principais causas de mortes no trânsito (confira dicas para dirigir com segurança abaixo).
Restrições
Durante o período, será restrito em vias de pista simples o tráfego de caminhões bi-trens (Combinações de Veículos de Carga, CVC) e de caminhões-cegonhas (Combinações de Transporte de Veículos, CTV).
Cada período de restrição dura seis horas e vale para veículos com ou sem carga e independente da Autorização Especial de Trânsito (AET).
Aqueles que descumprirem a determinação serão multados em R$ 130,16 (infração Média), perderão cinco pontos na CNH e terão que permanecer com o veículo estacionado até o término do horário da restrição.
CONFIRA 10 DICAS PARA DIRIGIR COM SEGURANÇA:
1. Só ultrapassar com segurança: ultrapassagens indevidas e avanço de sinal dão causa a muitos acidentes graves. Sob chuva, não havendo redução na velocidade normal de tráfego, o tempo de frenagem é maior. Desse modo, sob chuva a ultrapassagem deve ser evitada e só realizada de forma segura e quando necessária.
2. Usar farol baixo sempre aceso: O uso do farol baixo durante o dia, além de obrigatório nas rodovias, deixa seu veículo mais visível. Quando você acende os faróis, luzes vermelhas também se acenderão na parte traseira do veículo, e elas, em caso de chuva, são de extrema importância para evitar colisões.
3. Manter distância entre veículos em movimento: Manter distância segura entre veículos em condições de chuva torna-se ainda mais importante. Tal distância deve garantir ao motorista tempo hábil para que adote os procedimentos necessários enquanto dirige. Redobre o cuidado em curvas e frenagens.
4. Efeito aquaplanagem: fenômeno pelo qual os pneus não conseguem remover a lâmina de água e perdem o contato com o pavimento. A aquaplanagem ocorre pelo excesso de água na pista, velocidade demasiada e pneus com profundidade de sulco insuficiente. Durante a aquaplanagem, a direção fica repentinamente leve tornando-se muito difícil de controlar o veículo. Os procedimentos corretos nesse caso são: a) segurar firmemente o volante, sem virar. Rodas viradas para um dos lados podem levar ao capotamento quando a aderência voltar a existir entre os pneus e a pista; b) tirar o pé do acelerador e diminuir a velocidade, mas não frear bruscamente, pois se as rodas estiverem travadas no momento que voltar o contato dos pneus com a pista, o carro se desgovernará; c) estabelecer um padrão seguro de velocidade para a situação.
5. Checar pneus e limpadores de pára-brisas: mantenha as palhetas de pára-brisas em bom estado. Faça a checagem antecipada de itens básicos como freios, fluídos, iluminação. Não insista em usar seu veículo se ele apresentar algum problema mecânico ou elétrico, mesmo que pareça simples. Dê atenção especial ao estado dos pneus em tempos de chuva, pois além da perda natural de tração, seu desgaste excessivo comprometerá a dirigibilidade.
6. Desembaçar os vidros: mantenha os vidros limpos, desengordurados e desembaçados. Se o para-brisas embaçar, tente diminuir a temperatura interna do veículo. Ligue o ar-condicionado ou o ventilador e, se o veículo não dispuser desses recursos, deixe os vidros com uma pequena abertura para que o ar circule. Esfregar as mãos sobre o vidro geralmente não resolve o problema. É mais aconselhável limpar o pará-brisa, internamente, com um jornal ou pano limpo.
7. Atenção a locais de travessia de pedestres: é corriqueiro os pedestres correrem sob chuva, atravessando ou andando à margem de pistas de rolamento, avenidas e ruas sem os devidos cuidados. Para evitar atropelamentos uma boa dica é dirigir preventivamente, com extrema atenção e velocidade moderada, sobretudo, em locais nos quais há sinais visíveis da possibilidade de travessia de pedestres.
8. Evitar vias alagadas: evitar passar sobre poças ou lugares com acúmulo de água. Vias inundadas devem ser evitadas, pois podem esconder obstáculos, além de nem sempre permitirem estimar a profundidade. Motoristas de veículos pequenos costumam observar a passagem dos maiores para avaliarem às condições de trafegabilidade. Esse critério é perigoso, considerando as diferentes características dos veículos. O excesso de água pode reduzir o desempenho do sistema de freios, causar a parada do motor e até danificá-lo.
9. Em caso de chuva forte: boa visibilidade é requisito de segurança. Se a chuva estiver muito forte, estacione seu veículo em local seguro ou até no acostamento, mas jamais pare sobre a via. Uma vez parado corretamente, deixe seu veículo visível, ligando seu pisca alerta enquanto aguarda a chuva diminuir ou passar. Algumas pessoas, em situações de pânico, saem de seus veículos, colocando-se em extremo risco e ignorando o fato de que, muito provavelmente, não serão vistas por outros motoristas nessas situações. Mantenha a calma e avalie suas atitudes com prudência.
10. Cuidados específicos para veículos de duas rodas: com as chuvas, a dirigibilidade dos veículos de duas rodas torna-se mais difícil. Portanto, considerando a fragilidade desse tipo de transporte, a dica principal é a prudência e o respeito às regras de trânsito. Usar roupa apropriada, como capa ou macacão impermeável.
Fonte: A Tarde
Após acordo entre patrões e empregados, lojas dos shoppings de Salvador vão abrir no Domingo de Páscoa
As lojas dos shoppings de Salvador estarão abertas neste Domingo de Páscoa (21), conforme informou, nesta terça-feira (16), os Sindicatos dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas) e dos Comerciários da Bahia.
A decisão, pontual e válida apenas para esse feriado, foi definida após encontro entre patrões e empregados na segunda-feira (15). Na ocasião, ainda ficou definido que os funcionários que trabalharem no domingo devem receber uma bonificação no valor de R$ 44,12, auxílio-transporte e folga.
Já no feriado de sexta-feira (19), chamada de Sexta-Feira da Paixão - data religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo -, as lojas estarão fechadas.
Apesar do acordo referente ao Domingo de Páscoa, o impasse sobre o funcionamento das lojas nos demais domingos e feriados, continua, já que a convenção coletiva dos comerciários ainda não foi definida.
"Estamos em processo de negociação, já tivemos cerca de três encontros e a gente espera conseguir um acordo", disse o presidente do Sindilojas, Paulo Mota.
Assim como os patrões, os comerciários também esperam que a situação da categoria seja resolvida. "O que queremos é garantir os direitos dos trabalhadores tanto aos domingos, quanto aos feriados", disse Jaelson Dourado, presidente do sindicato dos Comerciários.
Impasse
Os acordos entre empresas e empregados para definir o funcionamento de lojas de rua e de shoppings de Salvador passaram a ocorrer depois que a Justiça do Trabalho de Salvador proibiu que os funcionários fossem obrigados a trabalhar no dia da votação do primeiro turno das eleições, em 7 de outubro de 2018. As lojas dos shoppings da capital baiana ficaram fechadas na ocasião.
O juiz estipulou uma multa de R$ 1 mil por cada empregado que comparecesse ao local de trabalho, revertida em favor do Sindicato dos Empregados no Comércio da Cidade do Salvador.
No dia 18 de outubro do ano passado, houve um acordo, e as lojas de Salvador, incluindo as dos shoppings, voltaram a funcionar aos domingos e feriados. O acordo valeu até o dia 18 de novembro de 2018.
Já no dia 23 de novembro, outro acordo parcial entre empresários e comerciários foi realizado no Centro de Conciliação do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (Cejusc/TRT5-BA) e permitia o funcionamento de lojas de rua e shoppings de Salvador nos domingos e feriados, até dezembro.
Já em 2019, o acordo realizado no ano anterior não estava mais vigente e, com isso, as lojas permanecem fechadas aos feriados, até que uma nova convenção coletiva seja firmada.
Fonte: G1/Bahia
Costa de Camaçari sedia evento internacional de vôlei de praia
A Prefeitura de Camaçari acaba de marcar um gol de placa. Aliás, um “match point”. De 16 a 21 de abril, a Costa de Camaçari recebe a etapa do Sul Americano de Vôlei de Praia 2019. Os resultados obtidos no Circuito Costa de Camaçari influenciam na classificação olímpica e rankeamento dos atletas para a seletiva das Olimpíadas de Tóquio 2020. Grandes nomes do vôlei de praia vão se reunir em uma arena montada especialmente para o evento, em Guarajuba. Realizado em 10 cidades brasileiras, para movimentar o calendário do vôlei nacional, o evento deve mobilizar 31 mil pessoas nos seis dias de evento.
A etapa acontece em parceria com a Prefeitura Municipal de Camaçari, através das secretarias de Turismo (Setur), Esportes, Lazer e Juventude (Sejuv) e Coordenação de Eventos. A competição deve movimentar os meios de hospedagem e de gastronomia do município, para receber os amantes da categoria esportiva. Conhecido como Circuito dos Shoppings, o evento terá apoio do Guarajuba Shopping e será realizado em um terreno cedido pelo apoiador na Estrada do Coco (BA-099), entre as localidades de Guarajuba e Monte Gordo.
A etapa Costa de Camaçari terá a presença do campeão olímpico de vôlei de praia, o baiano Ricardo Santos, e da medalhista Pan Americana, Carolina Horta. Além dos convidados, ao longo dos seis dias de evento, o município recebe mais 64 atletas, com disputas simultâneas em três quadras montadas na arena. O evento terá, ainda, cobertura internacional pela DirecTV e nacional pela Rede Globo, com expectativa de oito milhões de expectadores na América do Sul.
Segundo os organizadores, a ideia é tirar o voleibol da praia e levar para os shoppings, proporcionando ao público uma experiência única de aproximação com o evento, com tour gastronômico nas cidades, visita a pontos históricos e stands de serviços. Nesse quesito, a escolha por Guarajuba foi considerada assertiva pela equipe formada pela Federação Baiana de Vôlei, Confederação Sul Americana de Voleibol e Confederação Brasileira de Voleibol. “A gente ficou contente do prefeito e secretários darem a possibilidade de fazer a competição, porque é muito importante para o esporte baiano”, afirma Ricardo Luz, um dos organizadores da etapa baiana.
O acolhimento do evento faz parte do posicionamento estratégico da gestão do prefeito Elinaldo Araújo, para divulgação da Costa de Camaçari e incentivo ao esporte. Para isso, foi disponibilizado todo suporte da Secretaria de Turismo, através do secretário Gilvan Souza. “Esse evento vem reforçar o nosso comprometimento com o esporte, lazer e o cuidado com as pessoas que vivem aqui. Queremos receber bem e firmar parcerias com projetos que tenham qualidade e continuidade, garantindo assim um fluxo contínuo de visitantes e gerando emprego e renda para quem vive do turismo”, pontua Gilvan.
A visibilidade nacional para o evento traz também resultados no município, com o incentivo ao esporte e estímulo para atrair novos praticantes e turistas. O secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Sessé Abreu, comemorou a decisão e reforçou a importância do trabalho conjunto entre as secretarias municipais. “O prefeito Elinaldo traz um evento internacional que coloca Camaçari na vitrine e mostra o potencial da nossa cidade para assumir a liderança no ranking brasileiro de Turismo. Meu papel é fazer com que o esporte esteja inserido nesse crescimento e seja referência no mundo esportivo”, destaca.
Ingressos
Os ingressos para acesso ao evento estão sendo comercializados a um valor simbólico de R$ 10,00. Parte do valor arrecadado será destinado para uma instituição beneficente do município. Os interessados podem adquirir o passaporte de acesso através da Central do Carnaval, por meio do site, ou presencialmente, no Shopping da Bahia.
Em Camaçari, vários pontos de vendas foram credenciados: Guarajuba Shopping, Bibi Gourmet, Hotel Lagoa e Mar, Pousada Praia das Ondas, Pousada Terra e Lua, Pousada Cabanas de Jauá, Pousada Pedras do Mar, Pousada Maluar, Casa de material de construção Stevan, Arembepe Hostel, Pousada Brisa do Mar, Hotel Arembepe Beach, Pousada Águas do Piruí.
Atletas Olímpicos
Em 2018, Ricardo recebeu, aos 43 anos, dois prêmios da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), na temporada 2017/18: o jogador mais inspirador e também o esportista do ano. Com esses dois prêmios, Ricardo acumula agora oito título individuais concedidos pela entidade máxima do vôlei mundial ao fim de cada temporada. Ele foi eleito o melhor jogador do Circuito Mundial em 2005 e 2007, melhor ataque em 2005 e melhor jogador ofensivo em 2005, 2006 e 2007.
A atleta cearense Carolina Horta começou a treinar vôlei de praia em 2009. Na época já jogava Vôlei de Quadra no colégio e foi nesse ano que conheceu efetivamente o Vôlei de Praia. A atleta participou de competições internacionais e é medalhista Pan Americana, Campeã Sul-Americana e ganhou etapa do Circuito Mundial e do Circuito Brasileiro.
Fonte: Ascom/PMC
Explosão de gás dentro de casa deixa feridos em Salvador
Quatro pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas após uma explosão que pode ter sido causada pelo vazamento de um botijão de gás, dentro da casa onde elas estavam, no bairro do Vale das Pedrinhas, em Salvador, no fim da manhã de sexta-feira (12).
Conforme a Polícia Militar, o caso ocorreu na Rua do Campo, atrás do Multicentro de Saúde Vale das Pedrinhas.
O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento de Urgência (Samu) fizeram o atendimento no local. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana. Não há informações sobre o estado de saúde delas.
Por conta da explosão, algumas casas tiveram a estrutura danificada. Segundo uma moradora, a explosão estremeceu tudo.
"Foi um barulho muito forte. Estremeceu todas as casas da rua. Mas não sabia o que era. Quando cheguei na porta, vi muita fumaça e os bombeiros, polícia e Samu no local", disse Juliana Santana, operadora de caixa.
Fonte: G1/Bahia
Visitada por Mick Jagger e Janis Joplin, aldeia hippie de Arembepe faz 50 anos e mantém viva a filosofia da paz e amo
"Eu tenho que comemorar isso: que eu ainda estou vivendo essa filosofia de paz e amor". As palavras são de Maurício, um dos moradores que fazem parte da aldeia hippie de Arembepe, localidade que pertence à cidade de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, e que resiste aos tempos modernos, mantendo acesa a chama da paz e amor.
O reduto fica a cerca de 50 quilômetros do Aeroporto Internacional de Salvador, em uma imensa área cercada por dunas e cheia de coqueiros, margeada de um lado pela praia e do outro pelo rio Capivara. Entre os anos 60 e 70, foi frequentada pelos maiores "doidões" que cambaleavam pelo planeta Terra, de Mick Jagger a Janis Joplin, passando por Roman Polanski, Jack Nicholson, Novos Baianos, Gil, Caetano, Rita Lee e outros.
A data exata da fundação da aldeia é um mistério, entretanto, oficialmente, a prefeitura da cidade celebrou os 50 anos do local neste ano. No dia 30 de março, um show foi realizado em Arembepe, com apresentações dos Novos Baianos, Saulo e outros artistas.
As décadas passaram, o milênio virou e a badalação na aldeia terminou, contudo, meio século após os primeiros hippies chegarem ao local, cerca de 30 a 40 pessoas ainda vivem na aldeia, mantendo vivo o espírito de paz, amor, liberdade e harmonia com a natureza.
Em maioria, são artesãos, músicos, escritores e artistas diversos, que têm no local o paraíso que não encontram nos centro das metrópoles.
Um deles é Maurício [por lá, os moradores se conhecem pelo apelido ou primeiro nome. Esqueça sobrenomes], artesão que há 30 anos escolheu a aldeia hippie de Arembepe como lar.
"É só você olhar em volta. O que me faz ficar e amar tanto esse lugar está em volta da gente. A natureza, a paz... Isso é que me faz ficar no lugar há 30 anos", afirma.
Isso não quer dizer que os moradores vivam grudados à aldeia. Pelo contrário, muitos colocam a mochila nas costas e saem Brasil afora, trabalhando para conseguir a próxima refeição ou a carona que vai levá-los à próxima cidade. Mas, no final da jornada, todos voltam para casa.
Por falar em casa, a aldeia possui algumas espalhadas pelo enorme terreno. São espécies de bangalôs, com algumas garrafas de vidro no lugar dos tijolos, enquanto outras são feitas de madeira, barro ou palha. Quem chega no local pode alugar barracas disponíveis em algumas das casas, e quem não tem como pagar em dinheiro, paga em trabalho.
A aldeia já possui água encanada e energia elétrica, entretanto não é todo dia que o abastecimento está regular. Por isso, eletrodomésticos são quase inexistentes, e todo o serviço que precisa ser feito, de construção de casas até a manutenção da rede elétrica, é realizado pelos próprios moradores.
Origem
Não há um consenso de quando o primeiro hippie chegou ou quando a aldeia foi fundada, mas no próprio local há um cartaz descrevendo a provável origem do reduto hippie em Arembepe. O texto foi retirado do livro "naquele Tempo, em Arembepe", de Beto Hoisel.
"Quando e como começou a aldeia hippie, não se sabe. Possivelmente, fins dos anos sessenta algum chincheiro curtidor chegou e resolveu ficar. Fez casinha com palha de coqueiro, e ninguém reclamou. Arrumou - ou tinha - companheira e foi ficando. Encontrou outro maluco fazedor de colares e pulseiras em Itapuã ou no Mercado Modelo, onde vez em quando ia vender seu produto, e espalhou discretamente a descoberta. Foram aparecendo outros e outras, fazendo casinhas e ficando, sem ninguém reclamar. Tudo deserto, ninguém para encher o saco, natureza limpa, a praia, o rio, o pôr-do-sol e o nascer da lua, os coqueiros fornecendo material de construção e coco à vontade a fome a sede. Arembepe logo ali, para um apoio imediato. E principalmente, ninguém. Ninguém para reclamar dos trajes ou da falta deles, ninguém para fiscalizar os comportamentos assumidos. Silêncio e paz. Lugar ideal para o amor, ao som discreto das guitarras, flautas e bongôs. Liberdade. Li-ber-da-de! estava fundado o paraíso".
Mick Jagger foi fotografado na aldeia, em 1969 — Foto: Divulgação/Arquivo pessoal
Um dos primeiros registros conhecidos da aldeia foi a visita de Mick Jagger, em 1969. O momento foi imortalizado com uma foto dele, com cerca de 25 anos de idade, tocando bongô, rodeado por crianças, na Casa do Sol Nascente.
"Normalmente, nessa Casa do Sol Nascente, todos eram pessoas ilustres. Tinham cineastas, cantores, médicos", explica Anderson, que nasceu em Arembepe e hoje desempenha o papel de uma espécie de assessor de comunicação da aldeia hippie.
"Essa Casa do Sol Nascente foi escolhida nessa parte mais recuada da aldeia, pelo fato do Rio Capivara ter uma parte mais sinuosa, e aí eles poderiam usar do direito deles de ficar nu, na paz e amor deles, recuado das lavadeiras, que já existam há séculos. Por respeito, eles escolheram a parte mais sinuosa e recuada do rio, para se banhar e fazer as coisas do sexo livre da época", explica Anderson.
Outra celebridade do rock que passou por lá foi a cantora Janis Joplin. Ela esteve em Arembepe em março de 1970, sete meses antes de morrer por overdose de heroína.
Nativos não gostavam
No início, nativos de Arembepe não gostavam da presença dos hippies — Foto: Gabriel Gonçalves/G1 Bahia
Apesar da aldeia hoje ser parte importante de Arembepe e uma das principais atrações turísticas de Camaçari, os primeiros hippies que chegaram ao local, na década de 60, não encontraram boas vindas calorosas por parte dos nativos da localidade, que era uma vila de pescadores.
"Os hippies já vinham com pouca roupa, ou com roupas que não eram bem confeccionadas, no padrão, então os mais velhos contam que em 1966, 1967, quando os primeiros começaram a aparecer, eles diziam: 'Esconde os meninos, esconde as crianças, que os hippies chegaram'", conta Anderson.
Rancho Janis Joplin é uma das paradas obrigatórias na aldeia hippie de Arembepe — Foto: Gabriel Gonçalves/G1 Bahia
Com a passagem do tempo, Anderson conta que os nativos começaram a perceber que muitos hippies eram médicos, doutores, pessoas graduadas que desistiram da correria das cidades grandes e buscavam levar uma vida mais tranquila.
"Depois de uns 10 anos, começou a haver uma troca: 'Olha, dizem que o hippie é médico, não quer perguntar, Não?'. E a necessidade fez com que os nativos usassem um pouco do privilégio - porque os hippies não eram besta. Os hippies eram doutores, eram pessoas formadas, cineastas, escritores, compositores, americanos, franceses. Então, alguns hippies curavam as crianças", diz.
A partir daí, os nativos de Arembepe e os hippies passaram a ter uma relação mais próxima. "Depois de um tempo, a gente teve a interação com os hippies e a evolução. A gente evoluiu com os hippies. Aí a comunidade começou a abraçar a aldeia, mas no início foi bem difícil", conta Anderson
Paz e amor
Os moradores que vivem na aldeia hippie compartilham uma filosofia que estava em voga nos anos 60, mas que, segundo eles, foi perdida ao longo dos anos: paz, amor, liberdade e harmonia com a natureza.
Um deles é Alceu, que está na aldeia há 35 anos e comanda no local o Rancho Janis Joplin, que é conhecido como o reduto da música no local.
"Eu vivo o movimento hippie, sou da ideologia, vivo há 60 anos. A minha ideologia é a paz, o amor, a liberdade de expressão e que a Terra seja leve", diz.
Fiel aos próprios valores, ele recusa o título de dono da terra onde mora. "Eu sou posseiro, não sou dono de terra. Até porque, quando eu nasci, a terra já existia, quando cheguei aqui, a terra já existia. Como é que eu sou dono disso?", questiona Alceu.
Quando você nasce, já nasce na terra. A terra não tem dono. A terra é mãe. A mãe é esplêndida, é um desabrochar da natureza. Na terra temos tudo: temos alimento, temos nós mesmos, as espécies malignas e benditas. A terra é que é nossa história", afirma.
Cacau é outro morador da aldeia hippie de Arembepe que não troca o local por nenhum outro lugar. Para ele, que nasceu em Itapuã, em Salvador, e é filho de pescador, a calmaria da aldeia não tem preço.
Ele trabalha como salva-vidas na praia de Arembepe e está construindo outra casa no terreno em que vive.
"Essa tranquilidade, que Salvador não tem. Minha rotina na aldeia é acordar 3h da manhã, começar a fazer abdominal, depois amanhece e eu começo a catar pedra, para fazer minha casa", relata.
O artesão Black, que mora há 28 anos na aldeia, já passou por 19 estados brasileiros, mas sempre volta para Arembepe. Segundo ele, a liberdade que ele deseja não seria possível se tivesse que levar uma vida tradicional, nas cidades.
"Eu sempre fui artesão. E artesão qualquer lugar do mundo ele vive. Aonde chegar, ele está vendendo o trabalho dele", explica.
Com o espírito livre, os moradores da aldeia seguem mantendo em prática os valores que os hippies vêm carregando ao longo do tempo. E 50 anos depois, a aldeia de Arembepe segue como uma das últimas comunidades deste tipo no Brasil, abrigando aqueles que não se conformam com a vida tradicional nas cidades e prezam pela liberdade de estar aonde quiserem.
"Você quer ter um pouco de liberdade, viajar, e é uma coisa que um pai de família não consegue. Como é que ele vai viajar, se ele trabalha? A gente trabalha para nós mesmos. Qualquer lugar vive. Se eu cismar de ir pro Amazonas amanhã, eu vou. Pro Rio de janeiro, pro Mato Grosso... É só botar na cabeça que vai; arrumar a mochila e vai", diz Black.
Justiça determina que suspeito de matar mestre Moa do Katendê a facadas, na BA, vá a júri popular
A Justiça da Bahia determinou que o barbeiro suspeito de matar o mestre de capoeira Moa do Katendê a facadas, em Salvador, vai à júri popular. Conforme o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a data do julgamento ainda será agendada.
De acordo com informações do TJ, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e os advogados de acusação e defesa terão o prazo de cinco dias para apresentarem as testemunhas e juntar documentos que serão apresentados em plenário. O suspeito virou réu após a Justiça da Bahia aceitar a denúncia do MP, no dia 22 de outubro do ano passado.
Pela morte de Moa, Paulo Sérgio Ferreira de Santana é acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Já por ferir o primo da vítima, Germino do Amor Divino Pereira, de 51 anos, que tentou defender o capoeirista das agressões, o barbeiro é acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificado.
Caso
Moa do Katendê
O crime ocorreu na madrugada de 8 de outubro, horas após a votação do primeiro turno das eleições. As vítimas e o suspeito estavam em um bar, no Engenho Velho de Brotas. A investigação da Polícia Civil concluiu que Paulo e Moa brigaram por divergências políticas.
Segundo a polícia, o capoeirista, de 63 anos, teria criticado o então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), gerando o desentendimento com o suspeito. Os dois discutiram em voz alta e “agrediram-se mutuamente de forma verbal”, conforme o MP.
Em seguida, ainda segundo o órgão, Paulo Sérgio saiu do estabelecimento em direção à casa dele, onde pegou uma faca tipo peixeira e retornou ao bar para agredir Moa do Katendê. A vítima foi atingida por 13 facadas. Conforme o MP, a maior parte dos ferimentos foi no pescoço e no tórax do capoeirista.
Em depoimento, no entanto, Paulo Sérgio negou que o crime tenha sido motivado por política. A versão, contudo, é contestada pela polícia, que diz que testemunhas confirmam que a divergência política deu origem à discussão.
Paulo Sérgio está preso desde o dia do crime. Ele foi autuado em flagrante, mas, no dia 9 de outubro, o homem passou por audiência de custódia e teve prisão preventiva decretada pela Justiça. O suspeito está Complexo Penitenciário da Mata Escura, na capital baiana.
Homenagens
Desde que morreu, Moa do Katendê foi homenageado por diversos grupos culturais e artistas brasileiros e internacionais. Nomes como Gilberto Gil, Caetano e Roger Waters prestaram tributo ao capoeirista. No dia 23 de outubro, o capoeirista ganhou um documentário.
Na noite de 17 de outubro, Waters chegou a chorar após exibir uma foto de Moa durante um show, em Salvador. O artista também usou as redes sociais para comentar o caso novamente.
Um dia antes, uma multidão lotou o Largo do Pelourinho, no centro da capital baiana, em um ato em homenagem a Moa.
Vestidos de branco, grupos de coletivos de identidades negras e capoeiristas participaram da mobilização após a tradicional missa celebrada às terças-feiras, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Centro Histórico. Integrantes dos grupos Ilê Aiyê, Olodum e Filhos de Gandhy marcaram presença.
Uma faixa grande com a hashtag "Moa vive" foi colocada na fachada do Museu da Cidade. O grupo BaianaSystem também homenageou Moa na faixa "Navio", do álbum "O Futuro Não Demora", lançado recentemente.
O compositor, dançarino, capoeirista, ogã-percussionista, artesão e educador na propagação da cultura afro-brasileira completaria 64 anos de vida no dia 29 de outubro, de 2018.
Fonte: G1
A Justiça da Bahia determinou que o barbeiro suspeito de matar o mestre de capoeira Moa do Katendê a facadas, em Salvador, vai à júri popular. Conforme o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a data do julgamento ainda será agendada.
De acordo com informações do TJ, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e os advogados de acusação e defesa terão o prazo de cinco dias para apresentarem as testemunhas e juntar documentos que serão apresentados em plenário. O suspeito virou réu após a Justiça da Bahia aceitar a denúncia do MP, no dia 22 de outubro do ano passado.
Pela morte de Moa, Paulo Sérgio Ferreira de Santana é acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Já por ferir o primo da vítima, Germino do Amor Divino Pereira, de 51 anos, que tentou defender o capoeirista das agressões, o barbeiro é acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificado.
Caso
Moa do Katendê foi morto a facadas — Foto: Reprodução/Facebook
O crime ocorreu na madrugada de 8 de outubro, horas após a votação do primeiro turno das eleições. As vítimas e o suspeito estavam em um bar, no Engenho Velho de Brotas. A investigação da Polícia Civil concluiu que Paulo e Moa brigaram por divergências políticas.
Segundo a polícia, o capoeirista, de 63 anos, teria criticado o então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), gerando o desentendimento com o suspeito. Os dois discutiram em voz alta e “agrediram-se mutuamente de forma verbal”, conforme o MP.
Em seguida, ainda segundo o órgão, Paulo Sérgio saiu do estabelecimento em direção à casa dele, onde pegou uma faca tipo peixeira e retornou ao bar para agredir Moa do Katendê. A vítima foi atingida por 13 facadas. Conforme o MP, a maior parte dos ferimentos foi no pescoço e no tórax do capoeirista.
Em depoimento, no entanto, Paulo Sérgio negou que o crime tenha sido motivado por política. A versão, contudo, é contestada pela polícia, que diz que testemunhas confirmam que a divergência política deu origem à discussão.
Paulo Sérgio está preso desde o dia do crime. Ele foi autuado em flagrante, mas, no dia 9 de outubro, o homem passou por audiência de custódia e teve prisão preventiva decretada pela Justiça. O suspeito está Complexo Penitenciário da Mata Escura, na capital baiana.
Homenagens
Homenagem a Moa do Katendê — Foto: Alan Oliveira/G1
Desde que morreu, Moa do Katendê foi homenageado por diversos grupos culturais e artistas brasileiros e internacionais. Nomes como Gilberto Gil, Caetano e Roger Waters prestaram tributo ao capoeirista. No dia 23 de outubro, o capoeirista ganhou um documentário.
Na noite de 17 de outubro, Waters chegou a chorar após exibir uma foto de Moa durante um show, em Salvador. O artista também usou as redes sociais para comentar o caso novamente.
Um dia antes, uma multidão lotou o Largo do Pelourinho, no centro da capital baiana, em um ato em homenagem a Moa.
Vestidos de branco, grupos de coletivos de identidades negras e capoeiristas participaram da mobilização após a tradicional missa celebrada às terças-feiras, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Centro Histórico. Integrantes dos grupos Ilê Aiyê, Olodum e Filhos de Gandhy marcaram presença.
Uma faixa grande com a hashtag "Moa vive" foi colocada na fachada do Museu da Cidade. O grupo BaianaSystem também homenageou Moa na faixa "Navio", do álbum "O Futuro Não Demora", lançado recentemente.
O compositor, dançarino, capoeirista, ogã-percussionista, artesão e educador na propagação da cultura afro-brasileira completaria 64 anos de vida no dia 29 de outubro, de 2018.
Duas pessoas morrem em desabamento de prédios na Muzema, comunidade na Zona Oeste do Rio
Dois prédios desabaram na Muzema, comunidade na Zona Oeste do Rio, na manhã desta sexta-feira (12). De acordo com os bombeiros, ao menos duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas e foram resgatadas com vida. Bombeiros vasculham os escombros para tentar localizar outras vítimas. Parentes e moradores dizem que há pessoas desaparecidas.
Os imóveis teriam entre quatro e seis andares, segundo as primeiras informações. A Prefeitura do Rio informou que as construções são irregulares e já haviam sido interditadas, mas uma liminar impediu que fossem demolidas.
Resumo
Dois prédios desabaram em área perto de mata
-2 mortos: um homem e uma criança
-8 pessoas feridas
-Desaparecidos estão sendo procurados, mas não há balanço atualizado do número de pessoas
-Prefeitura informou que construções são irregulares e foram interditadas
-A comunidade da Muzema é controlada por milicianos
-Região foi muito afetada pelo temporal do início da semana
-O prefeito Marcelo Crivella, que foi para o local do acidente, disse que as obras no local continuaram mesmo após a interdição. "A Prefeitura do Rio já havia comunicado ao Ministério Público e tentado interditar, mas, infelizmente, uma liminar judicial impediu a demolição desses prédios, e as obras continuaram."
"Estamos aqui com a nossa equipe trabalhando para tentar resgatar as pessoas dos escombros. Fica para todos nós uma lição: quando a Prefeitura alertar sobre esses riscos, vamos dar ouvidos para que isso não aconteça nunca mais", afirmou Crivella.
Equipes de resgate trabalham na área onde prédios desabaram no Rio — Foto: Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Feridos
Entre os feridos, está uma família que se mudou há uma semana para o local: um casal e uma filha de 10 anos. Veja a lista de feridos (nome e idade estão sendo atualizados):
Adilma Rodrigues, 35 anos, teve ferimento na barriga, passou por cirurgia e está em estado grave
Cláudio Rodrigues, 40 anos, está internado em hospital particular; segundo a família, teve 4 paradas cardíacas e traumatismo craniano
Clara Rodrigues, 10 anos, teve fratura na perna e machucado na cabeça; está em hospital particular
Raimundo Nonato Ferreira, de 41 anos, teve escoriações na cabeça e queixo
Luciano Paulo dos Santos, de 38 anos, teve escoriações múltiplas
Evaldo Vieira Silva, está internado no Hospital Municipal Miguel Couto; estado de saúde não foi informado
Carolina Ferreira Andrade, de 34 anos, foi levada para o Miguel Couto
Ferido identificado como Arlan está internado no Hospital Municipal Miguel Couto
Um morador que foi retirado dos escombros chorou muito ao encontrar a neta. Por volta das 9h, a mulher dele ainda estava nos escombros.
Os bombeiros pediam que todos ao redor fizessem silêncio, para que pudessem ouvir possíveis pedidos de socorro.
O governador Wilson Witzel lamentou o incidente em uma rede social.
@wilsonwitzel - "Infelizmente, já há mortos e feridos vítimas do desabamento da Muzema. Situação lamentável, que acompanho com atenção. Nossos bombeiros, como sempre, fazendoseu melhor."
Relatos de moradores e vizinhos
Uma mulher, que se identificou como Érica, contou que tentava encontrar a mãe nos escombros. O padrasto conseguiu sair prédio.
“Meu padrasto está vindo pra cá, mas a minha mãe está gritando ali. Os moradores que estão ajudando foram até ali e ouviram uma senhora gritar exatamente no quarto dela”, disse a moradora.
De acordo com ela, os moradores estavam preocupados com as consequências da chuva e o andamento das construções.
“Eles construindo sem fim, sem parar. Uma construção atrás da outra, uma loucura. Era retroescavadeira, explosões constantes. Só querem construir e vender”, afirmou a moradora.
Moradora relata ouvir gritos nos escombros do desabamento na Muzema
Edvaldo, morador do primeiro andar do prédio, disse que teve que correr para conseguir escapar. Ele tem escoriações na perna.
“Eu estava no quarto, aí corri para a sala. Quando eu cheguei lá, desmoronou tudo em cima de mim. Foi muito rápido. Passou um pó branco, muita poeira”, destacou Edvaldo.
Outro morador, chamado Ronaldo, contou que as construções são novas. “De repente foi um estrondo, foi tudo de uma vez. Do nada começou a desmoronar”, explicou.
'Foi tudo muito rápido', conta morador de um dos prédios que desabou na Muzema
Chuvas
A Muzema foi uma das áreas mais atingidas pelo temporal que caiu no Rio. A cidade está em estágio de crise desde segunda-feira (8). O desabamento aconteceu em uma das áreas mais elevadas da comunidade, perto da mata.
Na manhã de quinta-feira (11), a principal avenida de ligação do bairro, que também dá acesso ao Rio das Pedras, continuava alagada e interditada.
Fonte: G1/Bahia
Suspeito de matar filha de 11 anos que foi defender a mãe é achado morto na Bahia
O homem suspeito de matar a tiros a filha de 11 anos que foi defender a mãe, durante uma discussão entre o casal, em Muritiba, no recôncavo da Bahia, foi achado morto na noite de quarta-feira (10), em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.
Michele Magalhães Rodrigues foi morta na noite de domingo (7), no povoado de São José de Itaporan. O outro filho do casal, de cinco anos, também foi atingido pelos disparos, mas sobreviveu.
Após o crime, Lucival de Oliveira Rodrigues, conhecido como "Buti da Rifa" fugiu do local.
De acordo com a SSP-BA, Lucival, que até então era considerado foragido, foi encontrado morto em um condomínio no bairro Caji. Segundo a polícia, a principal suspeita é de que ele tenha cometido suicídio.
Segundo a SSP-BA, equipes da Delegacia Territorial de Muritiba, que apura a morte da criança, receberam a informação de que o homem estava escondido em Lauro de Freitas. Policiais foram até o local mas, ao chegarem, encontraram Lucival morto.
Integrantes do MST realizam passeata na região metropolitana de Salvador
Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) realizam uma caminhada na manhã desta quinta-feira (11), na região metropolitana de Salvador.
Segundo a Polícia Militar, pouco mais de mil pessoas deixaram a região da Cascalheira, em Camaçari, em direção à região do Litoral Norte.
A caminhada dos integrantes do MST não bloqueia o trânsito, entretanto quem passa pelo local encontra pontos de lentidão. O grupo protesta contra a reforma da previdência.
Ford anuncia programa de demissões voluntárias em Camaçari
Depois de anunciar que sua unidade de caminhões em São Bernardo do Campo, em São Paulo, vai fechar este ano , a Ford anunciou um Programa de Demissões Voluntárias (PDV) na fábrica de Camaçari, na Bahia. Na unidade, são fabricados os veículos Ford Ka e Ecosport. O motivo é adequar o excedente de mão de obra à demanda do mercado, informou a montadora americana.
“A Ford confirma a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os empregados operacionais da fábrica de Camaçari (Bahia), no período de 8 a 26 de abril de 2019. Essa medida tem como objetivo adequar o excedente da força de trabalho à atual demanda de mercado”, informou a montadora em nota.
Há 4,8 mil funcionários da Ford em Camaçari. O diretor do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, Clécio Vanderlei de Aguiar, disse que a entidade negociou para que a montadora não fizesse uma demissão em massa até março de 2020. A opção foi abrir um PDV. Cada trabalhador que se inscrever no programa terá, além das verbas rescisórias, uma indenização de R$ 35 mil, disse o sindicalista.
Clécio estima que o objetivo da montadora é reduzir entre 20% e 25% o quadro de funcionários, cerca de 700 pessoas. A fábrica trabalha em três turnos.
Além da unidade de Camaçari, a Ford tem uma unidade em Taubaté, em São Paulo, onde são produzidos motores, e a unidade de Tatuí, também em São Paulo, onde a montadora mantém um campo de provas.
A fábrica de Camaçari está em funcionamento desde 2001, e é tida como referência no país pelo alto grau de automação de processos.
A Ford informou neste ano que está em processo de reestruturação mundial e vai reduzir em 20% o custo com funcionários e estrutura administrativa da América do Sul, fortalecer a linha de SUVs e picapes, e vai encerrar a produção do Focus na Argentina. A Ford também vai deixar de produzir o Fiesta, que era montado em São Bernardo do Campo, ao lado da linha de caminhões.
Na reestruturação global, o impacto previsto de despesas não recorrentes é de US$ 11 bilhões, com um efeito de US$ 7 bilhões no caixa a montadora.
Fonte: O Globo