O Jornal da Cidade

O Jornal da Cidade

A Prefeitura interditou duas agências bancárias do Itaú na manhã desta quarta-feira (8), situadas nos bairros de Paripe e Calçada, por desrespeitarem as determinações do Decreto Municipal 32.320/2020. A legislação determina que os bancos instalados em Salvador organizem as filas respeitando a distância mínima de um metro entre os clientes, tanto os que estão em atendimento como os que aguardam do lado de fora.

Além das interdições por tempo indeterminado, a força-tarefa criada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) realizou 30 vistorias em agências bancárias, no período da manhã, com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Militar da Bahia (PM-BA). Desde a segunda-feira (6) até a manhã de hoje, 84 agências bancárias já foram vistoriadas, 31 foram notificadas e duas foram interditadas.

"Os bancos precisam prestar os seus serviços com qualidade e segurança à vida e à saúde da população. Não vamos aceitar o descumprimento ao decreto municipal. A organização das filas externas é de exclusiva responsabilidade do banco e eles precisam se adequar", afirma o secretário da Sedur, Sérgio Guanabara.

A organização dos clientes deve ser feita tanto na parte interna como na parte externa das agências. Para tanto, os estabelecimentos podem utilizar sinalização horizontal disciplinadora e demais ferramentas que sejam necessárias. A medida começou a valer na última sexta-feira (3) com o objetivo de garantir o isolamento social, visto que a fiscalização municipal vinha constatando a aglomeração de pessoas nessas instituições nos últimos dias.

"Nós vamos continuar agindo sempre em defesa da população, da sua saúde e da sua vida. O nosso inimigo é um só, o Covid-19, e vamos vencer essa guerra", acrescenta Guanabara.

Demais estabelecimentos – A Sedur também realizou 556 vistorias em demais estabelecimentos da cidade esta semana. Ontem (7), foram 356 verificações em 51 bairros de Salvador, com o objetivo de monitorar o cumprimento das medidas restritivas de controle e prevenção do coronavírus. As vistorias são feitas com o apoio da Vigilância Sanitária de Salvador (Visa), da GCM e da PM-BA.

Ao todo, 34 estabelecimentos comerciais foram interditados e dois tiveram o alvará de funcionamento cassado. Os estabelecimentos vistoriados foram uma agência bancária; seis academias; três shoppings e centros comerciais, um call center, 253 bares e restaurantes; 82 clínicas de estética, salões de beleza e barbearias; cinco quadras e campos de futebol; nove barracas; seis obras e oito comércios de peixe.

Na segunda-feira (6), 200 estabelecimentos foram vistoriados em 34 bairros da capital. Do total, 12 deles foram interditados e uma loja de móveis na Calçada teve o alvará cassado.

Balanço – Desde o dia 18 de março, a força-tarefa da Prefeitura já realizou 6.004 vistorias em estabelecimentos da capital baiana. Já foram vistoriados 3.442 bares e restaurantes, 532 academias, 495 instituições de ensino, 517 clínicas de estética, salões de beleza e barbearias, 264 templos religiosos, 197 lojas em comércio de rua com área superior a 200 metros quadrados, 92 shoppings e centros comerciais, 28 supermercados, 21 casas de eventos, 20 call centers, 34 obras, 29 barracas, 14 quadras e campos de futebol, três cinemas, três clubes sociais e um parque infantil.

Nesse período, a fiscalização também realizou 382 interdições e cassou o alvará de funcionamento de 63 estabelecimentos. A Prefeitura manterá as fiscalizações diárias na cidade, visando assegurar as medidas de isolamento social, que é a melhor maneira de conter a Covid-19.

Contatos – Caso o cidadão identifique algum estabelecimento descumprindo as determinações do Município, é possível efetuar denúncia através do telefone 160; do site falasalvador. ba. gov. br; pelo e-mail ouvidoria @ salvador. ba. gov. br ou ainda pelo Instagram @ ouvidoriadesalvador.

Já quem quiser formalizar defesa decorrente do ato de fiscalização, pode encaminhar à Sedur por meio do endereço eletrônico: protocolo. sedur@salvador. ba. gov. br. Os responsáveis pelos estabelecimentos fiscalizados também podem obter mais informações por meio dos telefones (71) 3202-9557 e (71) 98549-6548.

A Justiça e o Ministério Público estão direcionando recursos recuperados em operações contra a corrupção para o combate ao coronavírus. Nas duas últimas semanas, ao menos seis decisões judiciais reverteram, para a Saúde, cerca de R$ 2,5 bilhões, dinheiro que havia sido devolvido aos cofres públicos por meio de acordos judiciais com empresas e delatores. Parte da verba já foi empregada para comprar respiradores pulmonares na Paraíba, luvas e máscaras para profissionais de saúde em Mato Grosso e testes sorológicos no Rio de Janeiro.

A verba destinada pela Justiça para lidar com a pandemia deve aumentar nos próximos dias. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar a aplicação de R$ 51 milhões no combate ao coronavírus. O dinheiro foi encontrado dentro de malas no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), em julho de 2017, na Bahia.

Além disso, o procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou hás 15 dias ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, um levantamento dos valores existentes em todas as contas judiciais do Brasil. As informações serão repassadas aos promotores e procuradores para que, em seus Estados, eles possam solicitar recursos para a Saúde. Aras também recomendou a promotores e procuradores que revertam recursos de acordos civis e penais para políticas de combate à doença.

A primeira sentença prevendo o redirecionamento de dinheiro de corrupção para combate a covid-19 foi do ministro do STF Alexandre de Moraes. Em 22 de março, ele determinou que fosse realocado R$ 1,6 bilhão recuperado pela Operação Lava Jato. Previsto em multa a ser paga pela Petrobras a autoridades dos Estados Unidos, segundo acordo feito em 2016, o dinheiro seria aplicado inicialmente em educação e meio ambiente. O pedido foi feito pela PGR e endossado pelos presidentes da Câmara e do Senado, além da Advocacia Geral da União (AGU).

A ordem do STF foi seguida por uma série de medidas judiciais canalizando valores da corrupção no combate ao covid-19. A Justiça da Paraíba mandou usar parte dos R$ 3,8 milhões recuperados pela Operação Calvário, que investigava desvios na saúde e educação do Estado, com a compra de 15 respiradores pulmonares. Os equipamentos foram entregues para hospitais públicos paraibanos no início da semana passada.

No Mato Grosso, a Justiça Federal determinou que R$ 566 mil recuperados na Operação Ararath, que teve como alvo o ex-ministro Blairo Maggi, fossem destinados ao Hospital Universitário Júlio Muller. E a Justiça de Brasília determinou que R$ 26,7 milhões do acordo de leniência feito pelo grupo J&F fossem para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio.

Em São Paulo, o Ministério Público Estadual também tem revertido dinheiro recuperado para o combate à covid-19. O órgão disponibilizou, na internet, um monitor para o público acompanhar quanto cada cidade está recebendo de multas, delações e outros acordos nas áreas criminal e cível.

Com o objetivo de auxiliar no monitoramento e combate ao coronavírus, o Ministério Público do Rio colocou à disposição do governo sua estrutura tecnológica de análises, diagnósticos e geoprocessamento de dados.

O governo publicou no fim da noite desta terça-feira (7) uma Medida Provisória (MP) que libera saque extraordinário de até R$ 1.045 de contas ativas e inativas do FGTS a partir de 15 de junho e até 31 de dezembro.

Como se trata de uma MP, a operação tem aplicação imediata, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em 120 dias. Diante da crise da Covid-19, o Congresso editou um ato para que as MPs tenham um rito mais rápido no Legislativo durante este período, de apenas 16 dias.

Caberá à Caixa Econômica Federal (CEF) definir os critérios e o cronograma dos novos saques.

A medida faz parte do conjunto de ações anunciadas pelo governo para mitigar os efeitos na economia da pandemia de coronavírus.

A MP também acaba com o Fundo PIS-Pasep, cujo patrimônio passará a ser administrado pelo FGTS. A mudança, no entanto, não altera em nada os pagamentos anuais do abono salarial PIS-Pasep.

Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, a nova rodada de saques do FGTS tem o potencial de injetar pouco mais de R$ 35 bilhões na economia, beneficiando 60 milhões de trabalhadores.

O cronograma de saques imediatos de até R$ 998 por conta no FGTS terminou no dia 31 de março.

No dia 16 de março, o governo anunciou a decisão de transferir valores não sacados do PIS/Pasep para o FGTS, para permitir novos saques. Na ocasião, o governo estimou que a medida teria impacto de até R$ 21,5 bilhões.

Pela MP publicada agora, quem tiver mais de uma conta vinculada ao FGTS deverá fazer o saque na seguinte ordem:

contas vinculadas relativas a contratos de trabalho extintos, com início pela conta que tiver o menor saldo;

demais contas vinculadas, com início pela conta que tiver o menor saldo.

Fundo PIS-Pasep
A MP extingue Fundo PIS-Pasep e transfere o seu patrimônio para o FGTS. A medida visa dar mais liquidez ao FGTS, que vem sendo usado nos últimos anos para injetar dinheiro na economia.

O patrimônio acumulado nas contas individuais dos participantes do Fundo PIS-Pasep, no entanto, fica preservado.

Segundo o Ministério da Economia, nada muda nas regras do pagamento do abono salarial PIS/Pasep, que destina até 1 salário mínimo por ano para trabalhadores.

"O que está sendo extinto é o antigo Fundo PIS-PASEP que funcionava como o FGTS: recolhimentos para contas individuais do trabalhador. Esse fundo foi descontinuado pela constituição e desde 1989 a arrecadação a título de PIS e PASEP passou a ser direcionada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. Quem paga o abono é o FAT. A medida de agora não traz nenhuma repercussão para o abono", informou o ministério.

Os recursos no Fundo PIS/Pasep foram constituídos por créditos depositados por empregadores entre os anos de 1971 e 1988. Desde então, não houve mais arrecadação para contas individuais, mas boa parte do dinheiro não foi resgatado. As cotas são de trabalhadores que não sacaram o PIS/Pasep ou que já morreram e nenhum herdeiro se apresentou para buscar o dinheiro.

"As contribuições ao PIS e ao PASEP continuarão existindo e são destinadas ao FAT para pagar o abono salarial e o seguro desemprego. Os saldos do Fundo estavam disponíveis para saque desde meados do ano passado. A procura foi caindo e não haveria sentido manter sua estrutura de funcionamento para aguardar o resgate de cerca dos 21 bi, que estão lá. Quem ainda tem direito ao saque do PIS/PASEP terá esse direito mantido", acrescentou o ministério.

De acordo com a medida provisória, as contas individuais dos participantes do Fundo PIS-Pasep que serão mantidas pelo FGTS após a transferência passam a ser remuneradas pelos mesmos critérios aplicáveis às contas vinculadas do FGTS. Segundo o texto, porém, elas serão tidas por abandonadas a partir de 1º de junho de 2025, passando à propriedade da União. Os valores ficarão disponíveis para saque pelo prazo de mais 5 anos.

Vale lembrar que o pagamento do abono salarial tem todo ano um calendário específico e não é afetado pela decisão do governo de encerrar o Fundo PIS/Pasep. O prazo final para saques do abono do calendário PIS/Pasep 2019-2020 termina no dia 29 de maio. Já o calendário do PIS/Pasep 2020-2021 começa em junho.

Auxílio de R$ 600
Também na madrugada, o governo publicou o decreto que regulamenta a operação do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600. O programa com custo de R$ 98,2 bilhões deve atender 54 milhões de pessoas.

Uma mulher foi morta a tiros dentro de um condomínio de Camaçari, cidade da região metropolitana de Salvador, na tarde de terça-feira (7). A informação foi confirmada pela Polícia Militar e também pela Polícia Civil.

Conforme a polícia, o caso ocorreu no Condomínio Praia da Penha, que fica na Avenida Eixo Industrial Urbano, por volta das 18h50.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que, com base em informações iniciais, dois homens em uma motocicleta invadiram o apartamento onde a mulher estava e efetuaram os disparos.

De acordo com informações do boletim da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), a vítima tinha 26 anos e foi identificada como Cristine Karina Sousa Santos.

Ainda segundo a polícia, a mulher chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), mas não resistiu aos ferimentos. O corpo dela foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Não há informações sobre o enterro.

Comidas típicas, bebidas quentes, roupas charmosas e muito forró. Esses são só alguns dos elementos que, tradicionalmente, entram na vida do nordestino no mês de junho, nos festejos de São João. No entanto, este ano, a festa está com a sua realização ameaçada devido à disseminação do novo coronavírus.

“No meu trabalho, há pelo menos 30 famílias que dependem do São João. Agora imagine as milhares de famílias nordestinas que precisam dessa festa. Não são só os músicos e bandas. Tem a agricultura, as bebidas típicas, as roupas, viagens, fogos. A gente está falando de pessoas que dependem da festa para sobreviver. Se cancelar o São João, vai matar muita gente”, disse o cantor Del Feliz.

Na Bahia, 12 cidades já cancelaram a festa: Amargosa, Ibicuí, Senhor do Bonfim, Irecê, Miguel Calmon, Seabra, Itaberaba, Piritiba, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Conceição do Almeida e Vitória da Conquista. Já em Campina Grande, na Paraíba, a festa foi adiada para outubro.

O CORREIO conversou com pelo menos seis empresários e forrozeiros sobre o assunto. Todos são unânimes em defender o adiamento dos festejos juninos, mas são contra o cancelamento.

“A palavra de ordem deve ser adiamento. Cancelar não pode ser a primeira opção. Se faria em junho, por que não pode ser em agosto ou setembro? Os recursos que seriam usados agora, serão usados depois. Tantas prefeituras já têm o hábito de fazer São João e São Pedro fora de época”, defendeu Adelmário Coelho.

“O que a gente ganha no São João é normalmente o que nos sustenta nos outros meses, quando a procura por shows de forró é menor”, completou o artista.

Desde que a tradição dos festejos juninos começou, não há relatos de que tenha havido um ano sequer que a festa não tenha sido realizada no mês tradicional. “A gente espera os 11 meses para que chegue junho, que é quando a gente tem uma amplitude de shows. Mas se tratando de saúde, a gente só chama por Deus e pede para que todos fiquem bem”, disse Jó Miranda, que já fez até 29 shows no período junino, enquanto nos outros meses encara cerca de 10 apresentações.

Se para os cantores famosos os impactos econômicos serão sentidos, para as bandas menores, aquelas que dependem quase que exclusivamente do São João, a situação é mais difícil ainda.

“Nós fazemos 4 a 5 shows, no máximo, durante os meses normais. No São João, viajamos o interior, tocamos sempre em algumas cidades, como Ouriçangas e Irará. Fazemos cerca de 20 shows”, disse Antônio Jorge, conhecido como Super Tom. Ele é vocalista da Zé de Tonha, uma banda de forró que começou nos barzinhos de Salvador há 18 anos e, desde o ano passado, começou a fazer exclusivamente shows maiores.

Esse não é o caso da Cavaleiros do Forró, uma banda potiguar de expressão nacional que faz uma média de 35 shows no período junino. Diferente de outros forrozeiros, o grupo possui uma média alta de shows nos outros meses, cerca de 20. Mesmo assim, a ausência do São João representa a perca de 35% do faturamento anual dos artistas.

“É uma doença nova, não podemos diminuir os cuidados, mas acho precipitado qualquer cancelamento de São João. Já tivemos que cancelar 48 shows entre março e início de maio. Mas, o povo precisará ter direito ao lazer, é um direito constitucional. Sou um eterno otimista e acredito que o Nordeste dará exemplo na taxa mínima de mortalidade, e que conseguiremos fazer a maior festa do mundo, que é a festa junina. Confiamos em Deus e nos cientistas”, disse Alex Padang, empresário da banda.

Outro grupo que também será afetado é o tradicional Trio Nordestino, que surgiu em Salvador em 1958 e hoje é comandado pelos herdeiros musicais dos fundadores. Os três músicos principais da banda, Luiz Mario, Beto Sousa e Jonas Santana, hoje vivem no Rio de Janeiro, mas no período junino, devido à quantidade de shows, se mudam para o Nordeste.

“A gente ia lançar um CD em maio, os meninos já iam chegar no final de abril. Tínhamos uma agenda bacana, cerca de 60% dos nossos shows eram na Bahia, mas essa pandemia chegou com força. Cerca de R$ 800 mil reais vão deixar de entrar com o cancelamento do São João. Um dinheiro que ia ser destinado para as nossas despesas e pagamento de 19 funcionários”, disse Coroneto, neto de um dos fundadores do grupo e empresário da banda.

Procurado, o governador Rui Costa informou que ainda não há uma decisão sobre o assunto. "É muito pouco provável ter condições de realizar qualquer festividade em junho. Prefiro não anunciar a decisão definitiva agora. Vamos aguardar como se comportará essa situação na Bahia e no Brasil. Vamos aguardar o final do mês para definir", disse.

Confira uma média de quantos shows cada banda entrevistada costuma fazer no São João e quanto dinheiro deixará de ser arrecadado pelos grupos:

Cavaleiros do Forró
Shows no São João: 35
Shows em outros meses: 20
Quanto deixa de ser arrecadado se o evento for cancelado: 35% do faturamento anual.

Del Feliz
Shows no São João: 30
Shows nos outros meses: 5
Quanto deixa de ser arrecadado se o evento for cancelado: R$ 1,5 milhão

Trio Nordestino
Shows no São João: 25
Shows nos outros meses: 7
Quanto deixa de ser arrecadado se o evento for cancelado: R$ 800 mil

Zé de Tonha
Shows no São João: 20
Shows nos outros meses: 5
Quanto deixa de ser arrecadado se o evento for cancelado: R$ 300 mil

Jó Miranda
Shows no São João: 29
Shows nos outros meses: 10
Quanto deixa de ser arrecadado se o evento for cancelado: Não divulgou

Adelmário Coelho
Shows no São João: 30
Shows nos outros meses: 5
Quanto deixa de ser arrecadado se o evento for cancelado: Não divulgou.

A Prefeitura de Camaçari cancelou o Camaforró 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. A decisão foi feita com base nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que entende a necessidade de eliminar situações de aglomeração como forma de controlar a disseminação da Covid-19. A mesma medida tem sido adotada por diversas cidades baianas e de vários estados do país.

De acordo com o prefeito, Elinaldo Araújo, o evento não é só festa e folia, é geração de emprego e renda para nosso povo. “Lamento a decisão e sei que ela afetará a renda de muitas famílias que tiram o sustento trabalhando nas festas da cidade, mas neste momento, a medida é necessária para salvar vidas. Estamos ampliando esse cuidado agora, porque entendemos a gravidade da pandemia da Covid-19”, diz.

Outras cidades

As prefeituras de pelo menos 12 cidades baianas decidiram cancelar suas tradicionais festas de São João 2020 em meio ao cenário de pandemia pelo novo coronavírus. Primeiros municípios a suspenderem os festejos, Conceição do Almeida e Vitória da Conquista fizeram seus anúncios no mês passado. Nesta segunda-feira (6), outras 10 cidades assinaram um termo conjunto de não realização dos seus eventos.

Conhecidas por suas grandes festas, as prefeituras de Amargosa, Ibicuí, Senhor do Bonfim, Irecê, Miguel Calmon, Seabra, Itaberaba, Piritiba, Cruz das Almas e Santo Antônio de Jesus entraram em acordo de cancelamento.

Prefeito de Ibicuí, Marcos Galvão (PSD) falou ao CORREIO que os gestores destas cidades resolveram se unir quando viram a necessidade de tomar uma decisão sobre o assunto, já que as festas costumam ser realizadas em junho, portanto, daqui a pouco mais de dois meses.

“Tínhamos que tomar uma decisão em conjunto. Por ser uma decisão controversa, já que existem pessoas que discordam [da não realização], nós criamos um grupo no WhatsApp e fomos amadurecendo até chegarmos no acordo de assinar o documento e anunciar em conjunto o cancelamento”, explicou Galvão.

Para embasar a medida, os prefeitos consideraram as recomendações do Ministério da Saúde quanto à necessidade de se manter o isolamento social até que a pandemia esteja sob controle.

Além disso, os gestores levaram em conta o alerta sobre o pico de casos de contaminação na Bahia, previsto para o mês de maio e junho, assim como o decreto de estado de emergência no estado.

A segurança do app de videoconferência Zoom, cuja popularidade explodiu com a pandemia do novo coronavírus, está sendo questionada por usuários e autoridades.

O uso da ferramenta chegou a ser proibido por várias instituições, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a fabricante de foguetes SpaceX, as Forças Armadas Australianas e alguns distritos escolares nos Estados Unidos.

A empresa prometeu aprimorar a segurança do app e já tomou algumas providências.

Embora nenhuma das falhas identificadas no Zoom seja grave a pronto de justificar o abandono total da ferramenta, há menos riscos envolvidos no uso das soluções de concorrentes, pelo menos por enquanto.
Quem ainda quer usar o Zoom deve tomar cuidado para não baixar nenhuma versão adulterada do programa e conhecer funções como o "Lock Meeting", que impede a entrada de participantes em uma reunião que já está fechada - mais ou menos como "fechar a porta da sala".

Quais são as desconfianças?
As restrições feitas por empresas são baseadas em uma série de vulnerabilidades encontradas por especialistas em laboratório, entre elas falhas de programação e deficiências na criptografia que protege a comunicação entre os usuários.

Análises do app mostraram ainda que o serviço compartilhava dados com o Facebook e com o LinkedIn sem deixar isso claro para os usuários da ferramenta.

Essas questões técnicas ficaram à sombra do fenômeno que ficou conhecido como "Zoom bombing", no qual um invasor consegue entrar na reunião e ouvir as conversas dos demais participantes ou transmitir imagens, tumultuando a conferência.

Na Noruega, um homem nu apareceu durante uma aula remota com alunos menores de idade, levando a escola a abandonar o aplicativo.

Além disso, a explosão de usuários com a urgência do dia para a noite de se estabelecer comunicação entre pessoas que foram mandadas para fazer home office e também de viabilizar aulas à distância, por causa do isolamento contra o coronavírus, colocou o Zoom na mira de hackers.

Facilidade do Zoom virou 'pecado'
Fundada em 2011, a empresa é uma startup e ainda não tinha passado por um surto de crescimento e exposição. Ou seja, é a primeira vez que a companhia chamou a atenção do público – assim como dos especialistas e golpistas.

As falhas encontradas por especialistas no aplicativo não são o maior problema. Vale lembrar, por exemplo, que o WhatsApp só começou a criptografar mensagens em 2012, quando já tinha 3 anos e era usado em larga escala em países como o Brasil.

O maior risco no Zoom está em ser alvo de golpistas, atraídos pela grande quantidade de pessoas buscando o aplicativo. E, neste caso, o jeito fácil de usar a plataforma, que é uma das atrações para os usuários do Zoom no "mar" de apps que oferecem o mesmo serviço, pode ser o maior "pecado".

Apps e convites falsos
O primeiro problema: o Zoom permite que você entre em reuniões sem ter uma conta. Isso é ótimo porque você não precisa fornecer seus dados, certo? Sim. Ele te manda um link que funciona como convite.

Mas ele exige que você baixe o aplicativo para entrar na reunião. E esta é uma oportunidade para criminosos confundirem usuários com convites para apps falsos do Zoom, nos quais a vítima é levada a baixar uma praga digital disfarçada do instalador do app.

De acordo com a empresa de segurança Check Point, 4% dos 1,7 mil sites registrados com a palavra "Zoom" desde o início do ano apresentam características suspeitas, que indicam a possibilidade de golpes. Também foram identificadas pragas digitais distribuídas com "zoom" no nome do arquivo.

Na correria, muita gente acaba usando o Zoom sem nem mesmo conhecer o serviço ou a empresa, deixando de lado um cuidado básico na segurança digital: quando um site ou serviço desconhecido pede a instalação de um software, o correto é ignorar o download.

Concorrentes, como Skype,da Microsoft, e o Meet, do Google, também mandam link para reuniões, mas não exigem baixar seus aplicativos porque possuem versão para a web, ou seja, funcionam no computador sem a necessidade de baixar aplicativo: é só abrir o link.

O Zoom não utiliza as lojas oficiais de aplicativos nos computadores (Microsoft Store ou Mac App Store). Caso a empresa optasse por esses canais, seria mais fácil saber que se está baixando o app legítimo.

O risco é menor no celular, onde download ocorre pelas lojas dos sistemas (Play Store e App Store), mas quem usa a ferramenta no notebook ou computador precisa ter muito cuidado.
Reuniões invadidas

E o "Zoom bombing"? De novo, a questão da facilidade. A invasão de reuniões aconteceu porque pessoas mal intencionadas têm sido atraídas pelo salto no número de usuários do app. Elas se aproveitavam da maneira mais simples com que o Zoom monta os "IDs" (número que aparece no convite) das reuniões.

Eles eram compostos apenas de números, enquanto o Skype e o Meet usam letras pra aumentar o número de variações (assim você não "topa" com reuniões por acaso).

Não se tratava, portanto, de uma falha, mas de falta de aleatoriedade no identificador da conferência.

A permissão de entrar em salas sem ter uma conta no app também abria brechas para invasões. Quando você precisa se logar para participar da chamada, ainda que você possa entrar apenas com um link, você tem uma camada a mais de proteção porque a pessoa pode ser bloqueada se ficar tentando "adivinhar" salas com a mesma conta.

Nos últimos dias, porém, o Zoom passou a adotar também uma senha codificada dentro do link para a reunião.
Chamada de vídeo ou videoconferência?
Existe uma diferença entre as soluções para chamadas de vídeo privadas e videoconferência.

Chamadas em áudio ou vídeo exigem que todos os participantes tenham um cadastro no serviço, o que aumenta a segurança da comunicação.

A videoconferência serve para comunicações eventuais, preferencialmente mais curtas e menos sensíveis, com muitos participantes.

Usar a solução correta para o tipo de comunicação que você precisa vai garantir o melhor equilíbrio entre a segurança e a facilidade de uso. Veja alguns exemplos:

Programas adequados para chamadas de vídeo privadas

Para usar esses serviços, todos os participantes precisam ser cadastrados:

Discord
Facebook Messenger
Google Hangouts
Skype – "Chamada com vídeo"
WhatsApp
Programas adequados para videoconferência

Esses serviços permitem conferências com pessoas que não possuem cadastros na plataforma.

Google Meet
Skype – "Reunião"
Zoom

Cuidados extras
Seja qual for o aplicativo escolhido para a sua comunicação, é sempre bom conhecer as opções de cada um. O próprio Zoom, apesar dos problemas, pode ser usado com segurança, especialmente se você utilizar a função "Lock Meeting" para bloquear novos participantes nas reuniões.

Outros programas também possuem seus próprios recursos ou, então, vão exigir que você convide seus contatos um a um para a chamada.

O que diz o Zoom
A Zoom removeu as integrações com redes sociais e "congelou" os recursos da sua tecnologia para aprimorar apenas a segurança do produto pelos próximos 3 meses, a partir do último dia 1º.

A companhia também prometeu contratar uma auditoria de segurança terceirizada, sem especificar quem conduziria o trabalho.

A Zoom também pretende elaborar um relatório de transparência a respeito de pedidos governamentais de dados – exatamente como os que são fornecidos por empresas como Microsoft e Facebook – e melhorar o diálogo com a comunidade.

O WhatsApp informou nesta terça-feira (7) que adotou novas medidas para evitar o compartilhamento de informações falsas pela plataforma em meio à pandemia do novo coronavírus. Agora uma mensagem que não foi criada pela pessoa que irá reenviá-la só poderá ser encaminhada para um destinatário por vez.

Por meio de nota divulgada em seu site, o aplicativo informou que também passará a usar a sinalização de setas duplas para indicar que a mensagem recebida não foi criada por quem a enviou.

"Geralmente, as mensagens encaminhadas muitas vezes podem conter informações falsas e não são tão pessoais quanto as mensagens típicas enviadas pelos seus contatos no WhatsApp. Agora, atualizamos o limite de encaminhamento para que essas mensagens só possam ser encaminhadas para uma conversa por vez", diz comunicado.

Segundo o WhatsApp, não é ruim que os usuários encaminhem informações úteis, vídeos divertidos, pensamentos ou orações. "Entretanto, temos visto um aumento significante na quantidade de mensagens encaminhadas que, de acordo com nossos usuários, podem contribuir para a disseminação de boatos e informações falsas."

Redução do limite de reenvio em 2019
Em janeiro de 2019, o WhatsApp já tinha decidido mudar as regras de encaminhamento de mensagens. Na ocasião, caiu para cinco o total de destinatários por vez que poderiam receber uma mensagem encaminhada por alguém que a recebeu de outra pessoa.

"No ano passado, quando criamos o limite de encaminhamento para conter a disseminação de notícias falsas, ajudamos a diminuir em 25% o número de mensagens encaminhadas em todo o mundo", diz a nota.

Função 'lupa' em testes
Os usuários da versão beta do aplicativo já podem utilizar uma função que busca oferecer mais informações sobre as mensagens encaminhadas.

Nelas, um ícone de lupa permite que os usuários busquem mais detalhes, notícias ou outras fontes sobre a informação compartilhada, checando assim sua veracidade.

O recurso está atualmente em testes e não tem data para chegar a todos os usuários do WhatsApp.

O pagamento do auxílio de três parcelas de R$ 600 a trabalhadores informais deve começar amanhã, segundo previsão divulgada divulgada ontem pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Os primeiros a receber deverão ser pessoas que estão no Cadastro Único do governo federal mas não recebem Bolsa Família, e que têm conta no Banco do Brasil ou poupança na Caixa.

A Caixa Econômica Federal abrirá mais de 30 milhões de poupanças para quem receberá o auxílio emergencial de R$ 600 e não tem conta em banco. O objetivo da medida é fazer o benefício chegar a quem não está no sistema financeiro, sem que todos precisem ir às agências para sacar o dinheiro.

O anúncio foi feito pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que divulgou ainda o cronograma de pagamento das três parcelas do benefício. Segundo ele, a medida, além de viabilizar os pagamentos do auxílio durante a crise do coronavírus, ajudará a diminuir o número de desbancarizados no país, que não têm acesso a crédito, por exemplo.

“Nós temos mais de 30 milhões de brasileiros sem acesso a nenhum tipo de conta. Normalmente, essas pessoas são aquelas que tomam dinheiro a 20% ao mês, 25% ao mês, no mínimo. Existe um componente de inclusão social muito relevante”, disse Guimarães.

A criação da poupança social digital é uma exigência da lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. O texto obriga que o governo ofereça ao menos uma transferência eletrônica por mês para a operacionalização do pagamento. Também está previsto que não haverá cobrança de tarifas.

Contas no vermelho
Trabalhadores que receberem o auxílio emergencial de R$ 600 do governo e estiverem com as contas no vermelho não terão débitos antigos descontados do benefício. A informação foi dada nesta terça-feira pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

Segundo o ministro, o modelo foi desenhado junto com a Febraban, entidade que representa os bancos brasileiros. “Se eventualmente está com cheque especial de R$ 200, de R$ 250, esse dinheiro não vai ser retirado dos R$ 600. A cada parcela de R$ 600 o sistema bancário vai contribuir deixando ele intacto para as pessoas utilizarem no que for interesse de cada cidadão e de cada cidadã”, anunciou o ministro.

Para requerer o benefício é necessário ter renda de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda mensal familiar de até três salários (R$ 3.135). Quem não está no Cadastro Único, pode se inscrever no aplicativo Auxílio Emergencial da Caixa, disponível na Apple Store e na Google Store, ou pelo site da Caixa. Veja abaixo os canais digitais para requerer o benefício, o cronograma de pagamento e quem pode receber o auxílio.

Como se inscrever
Os trabalhadores informais que ainda não estão inscritos no Cadastro Único já podem usar o aplicativo Auxílio Emergencial para celulares, que pode ser usado para cadastramento de informais. Além de ser gratuito, pode ser usado mesmo por aqueles que não tiverem crédito no celular.

Além do aplicativo, será possível fazer o cadastramento pelo computador, no site https://auxilio.caixa.gov.br.

O aplicativo deve ser usado pelos trabalhadores que forem Microempreendedores Individuais (MEIs), trabalhadores informais sem registro e contribuintes individuais do INSS. Aqueles que já recebem o Bolsa Família, ou que estão inscritos no Cadastro Único, não precisam se inscrever pelo aplicativo. O pagamento será feito automaticamente.

Apenas para as pessoas que não tenham acesso à internet será possível também fazer o registro em agências da Caixa ou lotéricas. O cadastro presencial será uma exceção, apenas em último caso.

A Caixa também disponibilizou o telefone 111 para tirar dúvidas dos trabalhadores sobre o auxílio emergencial. Não será possível se inscrever pelo telefone, apenas tirar dúvidas.

Caixa cadastrou 10 milhões de benefícios emergenciais em seis horas
Em seis horas de funcionamento, a Caixa Econômica Federal finalizou o cadastro de 10 milhões de benefícios da renda básica emergencial, disse há pouco o presidente do banco, Pedro Guimarães. Segundo ele, ao considerar os eventuais pedidos rejeitados de quem não tem direito ao benefício, a expectativa é terminar o dia com 15 milhões a 20 milhões de trabalhadores cadastrados que começarão a receber o auxílio até o dia 14.

Das 9h às 15h, as ferramentas de cadastramento da Caixa tinham enviado 15 milhões de SMS a trabalhadores que requereram o benefício. As mensagens pelo celular avisam se o trabalhador preenche os requisitos para ter direito ao auxílio de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solteiras.

Segundo Guimarães, a página de cadastramento da Caixa tinha recebido 31 milhões de visitas individuais nas seis primeiras horas da inscrição. A loja do sistema operacional Android tinha registrado 6 milhões de downloads do aplicativo. A linha telefônica 111, disponível para prestar informações e tirar dúvidas, recebeu 330 mil ligações no mesmo período.

Segundo Guimarães, o site da Caixa chegou a cair por três minutos e tem enfrentado momentos de lentidão ao longo do dia. Ele pediu paciência aos trabalhadores e recomendou que eles não desistam do cadastramento.

“A gente conseguiu dar vazão ao investimento muito grande de todos. Peço desculpas se estiver lento. Porque hoje será, sem dúvidas, o dia de maior intensidade”, declarou. Segundo o presidente da Caixa, a expectativa é encerrar a semana com o cadastramento de 60% a 80% dos trabalhadores que tenham direito à renda básica emergencial.

Segundo o presidente do Dataprev, Gustavo Canuto, o governo empreendeu um grande esforço nas últimas semanas para levantar um programa de ajuda emergencial para amenizar os efeitos da crise econômica gerada pela pandemia de coronavírus. “Há um longo caminho entre o que está previsto no dispositivo legal até chegar à linha de código. Esta é uma operação, talvez a maior que tenha sido feita em tão pouco tempo e com uma monta de recursos tão alta, R$ 98 bilhões” declarou.

Saques
Pedro Guimarães ressaltou que, pela primeira vez, 30 milhões de brasileiros terão uma conta poupança digital de graça. Nessa primeira etapa, eles apenas poderão fazer transferências eletrônicas ou pagar boletos e contas domésticas por meio do aplicativo Caixa Tem. No entanto, para o saque do dinheiro em agências, lotéricas e correspondentes bancários, o governo apresentará um cronograma que pretende evitar aglomerações em pontos de atendimento físico.

“Imaginem no dia em que realizarmos o pagamento, com 20 milhões de pessoas nas agências e nas lotéricas. Não vamos permitir isso”, declarou o presidente da Caixa.

Proteja-se: Golpe do falso cadastro já fez 6,7 milhões de vítimas
Um golpe que circula na internet com falso link para, supostamente, fazer o cadastramento na plataforma do auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal já fez 6,7 milhões de vítimas desde março, alertou o dfndr lab — laboratório especializado em segurança digital da PSafe.

A mensagem afirma que os pagamentos começam nesta terça-feira (dia 7), o que não é verdade, e que é possível sacar a quantia imediatamente após preencher as informações, o que também é falso.

Ao clicar no site indicado, o usuário é levado um questionário com três perguntas: "Você recebe Bolsa Família?"; "Você é autônomo?"; "Você quer receber o auxílio?". Após respondê-las afirmativamente, aparece uma mensagem dizendo que o benefício foi aprovado, mas que, antes, é necessário enviar o link para seus contatos no WhatsApp.

“Para tornar o ataque mais verídico, alguns golpes se aproveitam de ações reais que grandes empresas e o governo estão realizando para enfrentar o coronavírus, como a doação de álcool em gel e pagamento de benefícios à população. E a tendência é que o número de ataques e de vítimas aumente nos próximos dias, principalmente em decorrência do agravamento da situação do país neste momento de crise”, explicou Emilio Simoni, diretor do dfndr lab.

A PSafe, no entanto, informou que existem diversos links por onde o ataque de criminosos virtuais vem sendo disseminado.

Quem tem direito?

Micro Empreendedor Individual (MEI), ou;
Estar inscrito Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais do Governo Federal até o último dia dia 20 de março, ou;
Cumprir o requisito de renda média (renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, e de até 3 salários mínimos por família) até 20 de março de 2020, ou ainda;
Ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social.

Condições

Ter mais de 18 anos de idade;
Ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50);
Ter renda mensal até 3 salários mínimos (R$ 3.135) por família;
Não ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.
A mulher que for mãe e chefe de família, e estiver dentro dos demais critérios, poderá receber R$ 1,2 mil (duas cotas) por mês.
É preciso ter CPF e estar com ele regular para poder realizar o cadastro.


Calendário

Primeira parcela

Trabalhadores informais que estão no Cadastro Único e têm conta no Banco do Brasil ou poupança na Caixa: a partir de amanhã
Trabalhadores informais que estão no Cadastro Único e têm contas em outros bancos ou não têm conta: no dia 14 de abril (próxima terça-feira)
Trabalhadores informais, microempreendedores individuais e autônomos que não estão no Cadastro Único: até 5 dias apos o cadastro no novo sistema do governo (não há uma data fixa)
Beneficiários do Bolsa Família: de acordo com o calendário do benefício, a partir do dia 16 de abril
Segunda parcela

Nascidos em janeiro, fevereiro e março: 27 de abril
Nascidos em abril, maio e junho: 28 de abril
Nascidos em julho, agosto e setembro: 29 de abril
Nascidos em outubro, novembro e dezembro: 30 de abril
Beneficiários do Bolsa Família: de acordo com o calendário do benefício, a partir do dia 18 de maio
Terceira parcela

Nascidos em janeiro, fevereiro e março: 26 de maio
Nascidos em abril, maio e junho: 27 de maio
Nascidos em julho, agosto e setembro: 28 de maio
Nascidos em outubro, novembro e dezembro: 29 de maio
Beneficiários do Bolsa Família: de acordo com o calendário do benefício, a partir do dia 17 de junho

Um juiz do Paraguai concedeu nesta terça-feira (7) prisão domiciliar ao ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e ao irmão, Assis Moreira. Os dois respondem por entrarem no país com documentos paraguaios adulterados e estavam detidos havia mais de um mês.

Eles pagaram uma fiança de US$ 1,6 milhão de dólares (cerca de R$ 8,4 milhões) e ficarão hospedados em um hotel no centro de Assunção. Os irmãos estão proibidos de deixar o país.

De acordo com o juiz Gustavo Amarilla, os responsáveis pelo hotel autorizaram que a prisão dos dois brasileiros fosse cumprida no local.

O jornal paraguaio "ABC Color" informa que Ronaldinho e Assis vão ficar em quartos diferentes.

Ronaldinho e Assis estavam desde o dia 6 de março presos na Agrupación Especializada, quartel da Polícia Nacional do Paraguai transformado em cadeia de segurança máxima.

Prisão no Paraguai
Ronaldinho e Assis estão detidos desde 6 de março, após entrarem no Paraguai com documentos paraguaios adulterados. Outras três pessoas foram presas, inclusive o empresário brasileiro Wilmondes Sousa, acusado de fornecer os passaportes aos irmãos.

De acordo com o promotor paraguaio Federico Delfino, existia um processo de naturalização no Paraguai aberto para Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis Moreira. Segundo ele, o procedimento corria à revelia dos dois brasileiros.

Ainda segundo Delfino, o esquema também envolve um funcionário público paraguaio, que teria apresentado uma série de documentos à Direção de Migração do Paraguai para naturalizar os dois irmãos.

Ao envolver órgãos oficiais paraguaios, o caso se ampliou no país. Em 5 de março, o diretor geral da Direção de Migrações, Alexis Penayo, pediu demissão do cargo e criticou o Ministério do Interior pela demora na resolução do caso envolvendo Ronaldinho Gaúcho.