O Jornal da Cidade

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A Bahia registrou 5.471 novos casos de covid-19 em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta sexta-feira. Esse é maior número de casos registrados em um só dia pela Bahia desde 22 de julho, quando foram registrados 6.401 casos. De acordo com o Boletim divulgado pela Sesab o número seria o segundo maior número de contaminados por dia desde o começo da pandemia. Na nota, a Sesab considera o dia 22 de julho como o dia de maior registro em 24h.

No entanto, segundo o Acompanhamento Diário de Casos da própria Sesab, a data de maior registro de casos em 24h teria sido no dia 22 de junho, com 8.822 casos. Divergências à parte, o número é um dos mais altos desde o início da pandemia, e, de acordo com a Sesab, é reflexo, sobretudo, das festas e aglomerações ocorridas no final do ano e da retomada das notificações por parte de alguns municípios que tiveram as equipes de vigilância reestruturadas devido às novas gestões.

Ainda segundo o boletim desta sexta, dos 528.539 casos confirmados desde o início da pandemia, 508.189 já são considerados recuperados e 10.775 encontram-se ativos.Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,59%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (10.625,65), Muniz Ferreira (8.703,85), Conceição do Coité (8.593,05), Itabuna (8.272,56), Jucuruçu (8.174,45).

Na Bahia, 38.408 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 32 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.575, representando uma letalidade de 1,81%.

Aplicadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) relatam planos de ocupação superior a 30 estudantes nas salas onde a prova será realizada neste domingo. Um dos comunicados aos quais o Estadão teve acesso inclui a previsão de alocar em uma escola 32 candidatos em espaços com capacidade para 40 alunos - redução abaixo do patamar de 50% prometido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC). Os colaboradores relatam insegurança com os protocolos para evitar a transmissão do coronavírus. O Enem teve a segurança sanitária questionada na Justiça.

A reportagem ouviu aplicadores dos Estados de Amazonas, Rio, Pará, Minas, Rio Grande do Sul e Piauí em sigilo, além de secretários da Educação. Uma cláusula na contratação para aplicar a prova proíbe o detalhamento dos procedimentos a terceiros. A reportagem também teve acesso a trocas de mensagens entre aplicadores e coordenadores locais e ao manual dos chefes de sala e fiscais. Nos últimos dias, o Inep tem destacado que vai garantir distanciamento entre alunos, mas não respondeu às perguntas do Estadão sobre ocupação de salas.

Em um dos casos, em Manaus, uma jovem que participaria da aplicação do exame abandonou o serviço após a coordenadora do local de prova indicar que as salas com capacidade para 40 alunos seriam usadas por 32. O documento com a distribuição dos alunos por sala foi compartilhado no grupo de aplicadores na internet depois que alguns colaboradores, preocupados com os protocolos, questionaram sobre a ocupação das salas. Anteontem, a Justiça Federal barrou a aplicação da prova no Amazonas, mas a Advocacia-Geral da União recorreu.

Em outro, o coordenador de local de prova no interior do Piauí disse à representante da escola, uma servidora pública responsável por apoiar os fiscais no dia do exame, sobre a impossibilidade de garantir o distanciamento entre alunos. "Sugeriram 2 metros de distanciamento, mas vai ser impossível, porque colocaram 32 alunos por sala", disse ele, em mensagem à colaboradora compartilhada com a reportagem. Segundo a servidora, as salas da escola pública onde trabalha não comportam 32 pessoas com distância de 2 metros. O manual dos chefes de sala indica que carteiras devem ser organizadas "com espaço frontal e lateral de dois metros entre elas".

Ao Estadão, o secretário de Educação do Rio Grande do Norte, Getúlio Marques, afirmou que diretores de escolas cedidas para o exame procuraram a gestão estadual e relataram solicitação de classes para 30 alunos. "Algumas comunicações que chegaram da Cesgranrio (empresa que faz a aplicação da prova) pediram para (diretores de escola) preparar logística para sala com 30 alunos. E colocamos essa dificuldade, de que com 30 alunos a nossa legislação nem permite." O plano de retorno das aulas em fevereiro na rede estadual prevê 15 alunos, no máximo, nas salas. Segundo Marques, o Inep "alega que historicamente há abstenção de cerca de 27%". Ele encaminhou ofício ao MEC pedindo adiamento do exame. Na edição passada, o Enem registrou ausência de 23,1% candidatos no primeiro domingo.

O titular da Educação na Bahia, Jerônimo Rodrigues, também fez essa solicitação. Segundo ele, as salas da rede comportam em torno de 40 alunos. "Ouvi de uma escola de Camaçari (a 40 km de Salvador), a possibilidade de colocar 32 estudantes", disse ao Estadão. "Entendemos que vai haver aproximação entre um estudante e outro."

O Inep estima que serão usadas 205 mil salas, em 14 mil pontos de aplicação neste ano. Em 2019, o Enem foi aplicado em 145 mil salas, em cerca de 10 mil locais de prova. O número de inscritos na prova saltou de 5,1 milhões para 5,7 milhões.

Procurados para comentar sobre a ocupação das salas e sobre o motivo da previsão de 32 estudantes em salas com capacidade para 40, o Inep e o MEC não responderam. O Estadão também questionou se o órgão conta com a abstenção para garantir o distanciamento ou se esse distanciamento será respeitado mesmo em escolas sem registros de faltas de estudantes, mas não obteve resposta.

Nesta quinta-feira, ao UOL, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, disseque as salas terão "20, 30 pessoas". "Quem fez (vestibular da) Unicamp e USP sentou em sala com 20,30 pessoas. Assim como vai fazer o Enem em sala de 20, 30 pessoas." A Fuvest determinou ocupação de 40% das salas e a Unicamp dividiu inscritos em dois dias. A reportagem não conseguiu contato com a Cesgranrio. /J.M.

Insegurança
Outros aplicadores dizem não saber o número de alunos nas salas onde vão aplicar a prova nem como será medido o distanciamento - eles esperam esclarecimentos no domingo. "A escola deste ano é a mesma em que trabalhei em anos anteriores. Acho a sala pequena para o desafio do distanciamento e as janelas não são tão grandes", disse a chefe de sala em uma escola em Ananindeua, no interior do Pará.

Também há dúvidas sobre as máscaras. Os fiscais devem receber máscaras, mas não sabem o modelo. Quem vai trabalhar na prova passou por capacitação de 20 horas. Os módulos incluem instruções sobre a covid. Sobre ventilação, o documento indica como tarefa "quando for possível, abrir portas e janelas das salas, para priorizar a ventilação natural, e mantê-las abertas durante toda a aplicação".

Os aplicadores têm receio de que nem todos compartilhem os mesmos cuidados. Uma jovem que vai aplicar o Enem no interior de Minas recebeu a informação de que colegas de aplicação estariam em festas no fim de semana. "Não estou segura." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Bruno Reis garantiu, nesta sexta-feira (15), que Salvador tem oxigênio suficiente para atender a demanda da capital. Ele frisou que os soteropolitanos ainda não têm com o que se preocupar, ao menos enquanto a taxa de ocupação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estiver na casa dos 70%. Em Manaus (AM), a falta de oxigênio está provocando a morte de pacientes dentro das unidades de saúde.

Bruno comentou sobre o assunto durante a entrega de duas obras no bairro de Alto de Coutos, no Subúrbio.

“Estamos bem. Temos estoque suficiente. Hoje (15) estamos com 68% de ocupação de UTI, e temos mantido a média oscilando entre 62% e 72%. Dentro dessa média, estamos bem, a situação está sob controle. Qual o problema? Quando passar de 80%. Nesse momento, fatalmente teremos que tomar decisões para evitar uma propagação maior da pandemia”, afirmou.

Reis voltou a pedir que a população cumpra as medidas para evitar a disseminação do vírus, como o uso de máscara, o distanciamento social, e a higienização frequente das mãos. Ele disse que decretar lockdown não está nos planos da prefeitura no momento, mas que essa possibilidade sempre existe.

“Não quero e nem cogito que isso ocorra aqui nesse momento, mas esses são as únicas medidas que nós teremos disponíveis para adotar se houver o risco de perder o controle. O que seria perder o controle? não ter leito de UTI, não ter oxigênio, nem os insumos necessários para dar apoio às pessoas que necessitam do serviço de saúde”, contou.

Com o início da vacinação na próxima semana a expectativa é de que a situação comece a melhorar em todo o país. Bruno disse estar preocupado com o cenário em Manaus e criticou o comportamento da população e dos governantes.

“A realidade de Salvador é diferente e ficamos muitos felizes em dizer isso. Muito do que está acontecendo em Manaus foi por falta de planejamento adequado, por uma deficiência que existe de leitos, e por um relaxamento por parte das pessoas. Eles não continuaram com os cuidados necessários que estamos tendo em Salvador, flexibilizaram demais e, infelizmente, a gente lamenta o que está ocorrendo. E se Salvador puder ajudar de alguma forma, a gente se coloca a disposição”, disse.

Procurada, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) informou, em nota, que a situação no estado também está sob controle. A pasta afirmou que as unidades têm abastecimento próprio, os cilindros são usados apenas em situações emergenciais e que, caso isso ocorra, já existe um planejamento.

“Não temos problemas com o reabastecimento dos tanques de oxigênio. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia não adquire cilindros de oxigênio, pois toda as nossas unidades possuem tanques. Os cilindros são utilizados, geralmente, em situações emergenciais que impossibilitam a instalação de tanques ou em situações de transporte, mas mesmo neste caso, o contrato da rede de gases já prevê a cessão de cilindros ao invés da compra”, diz a nota.

Uma operação especial de transporte foi montada pela prefeitura para os próximos domingos (17 e 24), quando serão realizadas as provas do Enem. Haverá reforço nas linhas de ônibus e equipes da Transalvador nos principais corredores de tráfego para evitar retenções no trânsito.

De acordo com a prefeitura, serão 375 ônibus no total, representando um acréscimo de 49,1% em comparação com os 190 veículos que atendem estas mesmas linhas em domingos normais.

A operação especial de transporte vai acontecer das 8h às 16h, em ambos os domingos. Além destes ônibus extras, a Semob terá o reforço de quatro veículos reguladores nas estações da Lapa, Acesso Norte, Pirajá e Mussurunga. Esses veículos ficarão à disposição da fiscalização para apoio dos candidatos na saída das provas, entre 14h e 21h.

Haverá equipes da Transalvador em rondas pela cidade. Elas serão auxiliadas pelo Núcleo de Operações Assistidas (NOA), que fará o monitoramento do tráfego por meio das câmeras de videomonitoramento.

Caso seja identificada qualquer situação que possa causar retenção ou bloqueio nas vias, as equipes de rua serão acionadas imediatamente para que o problema seja finalizado com brevidade. Também não será permitida a realização de eventos que necessitem de interdição das vias nos horários de deslocamento dos estudantes para os locais de prova.

Confira as linhas que serão reforçadas:

CÓD

LINHA

1342

Estação Pirajá – Bonfim

1511

Conjunto Pirajá I – Engenho Velho da Federação

1521

Conjunto Pirajá – Estação Pirajá

1522

Pirajá – Estação Pirajá

1533

Fazenda Coutos – Lapa

1604

Base Naval/São Thomé/Escola de Menores – Lapa

1606

Paripe – Barroquinha

1634

Alto de Coutos – Pituba

1651

Base Naval/São Thomé – Lapa

0216

Ribeira – Lapa

0201

Ribeira/Bonfim – Campo Grande

0221

Ribeira – Barbalho/Fazenda Garcia

0218

Ribeira – Pituba

0219

Ribeira – Rodoviária

1607

Paripe – Barra

1614

Mirante de Periperi – Itaigara

1628

Rio Sena – Lapa

1633

Mirante de Periperi – Ondina

1653

Paripe – Aeroporto

0301

Alto do Peru – Terminal Acesso Norte

0354

Capelinha – Terminal Acesso Norte

0935

Centro de Convenções/Vale dos Rios – Comércio R1

0937

Centro de Convenções/Vale dos Rios/Stiep – Barra

1211

Tancredo Neves – Barra

1327

Estação Pirajá – Baixa dos Sapateiros

1340

Estação Pirajá – Barra 1

1341

Estação Pirajá – Barra 2

1347

Estação Pirajá – Pituba

1403

Cajazeira 11 – Ribeira

1413

Boca da Mata – Lapa / Barra

1388

Estação Pirajá – Barra 3

1215

Engomadeira – Lapa

1225

Sussuarana – Lapa (Vasco)

1141

Cabula VI – Ribeira R1

1310

Estação Pirajá – CAB

1207

Tancredo Neves – Pituba

1389

Nova Brasília/Jardim Nova Esperança – Estação Pirajá

1334

Sete de Abril – Lapa

1372

Jardim Nova Esperança – Lapa

1130

Cabula VI – Ondina

0403

Caixa D’Água – Lapa

0140

Lapa – Rio Vermelho (Cardeal)

1025

Estação Mussurunga – Barro Duro

1002

Aeroporto – Campo Grande

1005

Lapa – Itapuã/Stella Maris

1007

Lapa – Terminal Aeroporto/Jardim das Margaridas

1035

Aeroporto – Sé

1052

Estação Mussurunga – Barra 2

1061

Estação Mussurunga – Brotas

1062

Estação Mussurunga – Cabula

0708

Nordeste – Lapa

0715

Santa Cruz – Lapa

0720

Vale das Pedrinhas – Vila Rui Barbosa

0728

Nordeste – Ribeira

0410

Sieiro – Aeroporto

0422

Pero Vaz – Itaigara

0426

Santa Mônica – Pituba

0530

Cosme de Farias – Lapa

1055

Estação Mussurunga – Ribeira/São Joaquim

1034

Parque São Cristóvão – Barroquinha

1053

Estação Mussurunga – Barra 3

1155

Terminal Acesso Norte – Cidade Nova

0713

Santa Cruz – Calçada/Bonfim

0136

LB1 – Lapa/Chame-Chame

0137

Lapa – Barra Avenida/Barra

0138

Lapa – Garibaldi/Ondina

 

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (15) que o governo tem feito "além do que pode dentro dos meios que dispõe" para auxiliar no combate à segunda onda da covid-19 em Manaus. A capital do Estado do Amazonas sofre com a sobrecarga da rede de saúde e a falta de oferta de oxigênio para atendimento de pacientes.

"O governo está fazendo além do que pode dentro dos meios que a gente dispõe", disse em conversa com jornalistas nesta manhã na chegada à vice-presidência. Mourão destacou que na Amazônia "as coisas não são simples" e citou os desafios de logística da região. "Manaus é a cidade mais populosa da Amazônia Ocidental e você só chega lá de barco ou de avião. Então, qualquer manobra logística para aumentar a quantidade de suprimento lá requer meios", afirmou.

O vice-presidente criticou a falta de recursos da Força Aérea Brasileira (FAB), que segundo ele teve que se desfazer de aeronaves do tipo Boeing por "problemas de orçamento". Como Estadão/Broadcast mostrou, a FAB também está enfrentando falta de recursos para manutenção de sua frota. "Chega nessa hora a gente vê que não pode deixar com que a nossa última reserva, que são as Forças Armadas, sem terem as suas capacidades", ressaltou o vice.

Mourão negou, contudo, que tenha ocorrido um despreparo do governo em termos de logística quanto à oferta de oxigênio. "Você não tem como prever o que ia acontecer com essa cepa que está ocorrendo lá em Manaus totalmente diferente do que tinha acontecido no primeiro semestre (a pandemia)", disse.

Para ele, o governo estadual e municipal "deveriam ter tomado as medidas necessárias no momento certo" quanto à conscientização das pessoas sobre a pandemia. "Não é questão de ter um lockdown, é você comunicar à população que ela tem que manter determinadas regras no intuito de não se contaminar em uma velocidade tal que o sistema de saúde não consiga absorver", observou.

O vice-presidente sugeriu ainda que o brasileiro não é propenso a seguir medidas de restrição. "Nosso povo, ele não tem essa, vamos dizer assim... Essa imposição de disciplina em cima do brasileiro não funciona muito. A gente tem que saber lidar com essas características e buscar informar a população no sentido de que ela se proteja", opinou.

Vacina indiana
Mourão afirmou que é preciso "confiar na palavra do ministro da Saúde", Eduardo Pazuello, sobre a garantia de chegada dos 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford vindas da Índia. "Por enquanto é o que ministro da Saúde está dizendo, então vamos confiar na palavra dele", disse.

Em missão coordenada pelo Ministério da Saúde, um avião deve sair do Brasil na noite desta sexta-feira, 15, rumo à Índia, para buscar as doses da vacina, produzidas pelo laboratório indiano Serum. O governo conta com essas doses para iniciar a vacinação no dia 20 de janeiro, após possível autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O avião estava previsto para decolar de Recife ontem, mas o voo foi adiado por "problemas logísticos internacionais", segundo Pazuello. Ainda não há previsão sobre a chegada das doses ao Brasil. Em nota, o Ministério da Saúde disse que a data de retorno "está sendo avaliada de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística feita pelo governo federal em parceria com a Azul". O pouso será no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, disse nesta quinta-feira, 14, que é "muito cedo" para falar sobre exportação de vacinas para outros países.

Os objetos pessoais já estavam todos embalados em caixas e os móveis já tinham sido retirados. A autônoma Ailane Santos Costas, 28 anos, se preparava para se mudar e começar uma vida nova, quando teve todos os seus planos interrompidos pelo ex- companheiro, Alan Carlos Mota Soares, 42.

Segurando um revólver, ele invadiu o imóvel e cumpriu a promessa que fez: "Eu não falei que ia te matar?". Ailane foi assinada com vários tiros na escada de casa, quando ainda tentava fugir, na noite desta quinta-feira (14), na localidade de Barra de Pojuca, em Camaçari. Em seguida, o criminoso se matou com a mesma arma. Ele não aceitava o fim da relação.

O crime foi testemunhado pelo vizinho de Ailane, o cozinheiro Francisco Ramos Santos Filho, 38. Ele estava no imóvel quando tudo aconteceu, consertando um tanque a pedido dela. “Como ela ia embora, queria deixar tudo funcionando para o dono da casa. Antes de atirar, ele deu várias coronhadas nela”, contou Francisco ainda em estado de choque.

A casa fica no segundo andar de um imóvel. No térreo funciona uma igreja, onde acontecia um culto na hora do crime. Com o barulho dos disparos, os fiéis entraram em pânico.

De acordo com a Polícia Civil, a 33ª Delegacia (Monte Gordo) apura o caso de feminicídio seguido de suicídio. “Conforme informações iniciais, Alan Carlos agrediu e efetuou disparos de arma de fogo contra a ex-companheira. Equipe do Serviço de Investigação em Local de Crime de Homicídios (SILCH / RMS) expediu as guias de remoção e perícia em local de crime”, diz nota a policia em nota.

Ailane trabalhava como designer de unhas e há três anos morava junto com Alan no imóvel, que fica na Rua Filogônio de Oliveira. Os dois tinham rompido o relacionamento no último fim de semana. Já Alan era segurança de um hotel em Costa do Sauípe.

Vizinhos disseram que o casal vivia em constante discussão, tudo por causa do ciúmes de Alan. “Toda hora ela terminava, mas perdoava ele. Eram brigas intermináveis, porque ele era muito ciumento. Não queria que ela trabalhasse, queria mantê-la presa dentro da própria casa”, contou uma vizinha.

O casal teve uma briga recente no final de semana e Ailene decidiu ir embora e voltar para a casa dos pais, na cidade de Dias d’Ávila. Ainda na briga do final semana, Alan havia prometido que a mataria, caso o deixasse. Então, na manhã de quinta, enquanto Alan estava trabalhando, Ailene resolver arrumar tudo para deixar a casa. Empacotou as coisas, se desfez de alguns móveis e objetos. Ela já estava pronta para deixar o imóvel, mas havia um problema na boia do tanque e chamou Francisco para fazer o conserto.

Por volta das 17h30, Ailene e Francisco subiram as escadarias que dão acesso à casa. Cerca de 10 minutos depois, Alan surgiu segurando a arma. “Eu fiquei estático e ele começou a dar coronhadas nela, muitas. E depois ele disse: ‘Eu não falei que ia te matar?’”, contou Francisco. Nessa hora, Ailene correu e desceu as escadarias, mas não passou do portão, porque Alan havia trancado a fechadura. “Foi quando eu ouvi os tiros”, contou ele.

Depois dos disparos, Alan retornou para o imóvel e olhou para o cozinheiro. “Ele, calmamente, disse: ‘fique tranquilo, não é nada com você’. Aí foi para a janela e viu que havia uma viatura da polícia”, detalhou a testemunha. Os policiais foram chamados por vizinhos, que ouviram os gritos da vítima enquanto era espancada.

Ao perceber que os policiais forçavam o portão para acessar ao imóvel, Alan correu para um quarto e se matou com um tiro na cabeça. Quando os PMs conseguiram arrombar o portão, o corpo de Ailene, que estava escorada na porta, caiu para fora do prédio.

O mundo ultrapassou nesta sexta-feira, 15 de dezembro, a marca de 2 milhões de mortes em decorrência do coronavírus, pouco mais de um ano após o primeiro óbito confirmado, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins. No total, 93.418 283 pessoas foram oficialmente diagnosticadas com a doença em todo o planeta, dentre as quais 2.000.905 morreram.

O Estados Unidos seguem como o país com o maior número de infecções (23,3 milhões) e de óbitos (389.581). A Índia vem logo em seguida em volume de diagnósticos (10,5 milhões).

O país asiático soma 151,9 mil mortes, atrás de Brasil (207.095 mortes), que tem 8.324.294 casos.

O formato do retorno das aulas presenciais na rede municipal de Salvador está definido: um modelo híbrido, formado por atividades nas escolas e por atividades remotas, com metade dos alunos se revezando entre a casa e a unidade de ensino em dias alternados. Para bater o martelo de uma data, é preciso existir um cenário de estabilidade ou queda dos casos de coronavírus na cidade e encerrar as negociações com integrantes do setor, como professores e pais. “A retomada das aulas presenciais tem que acontecer o mais rápido possível”, diz o secretário municipal da Educação, Marcelo Oliveira.

As escolas da rede municipal estão prontas para o retorno com protocolos sanitário e pedagógico para o momento, garante o secretário da educação. Dentre as medidas para reduzir os riscos do contágio pelo coronavírus, estão o uso de máscara, a higienização das mãos e dos ambientes, o distanciamento de 1,5m entre as pessoas e a presença de apenas metade dos alunos nas escolas em turnos e dias alternados.

“As escolas estão com a estrutura montada para o retorno. Temos, por exemplo, mais equipamentos para higienizar as mãos. Vai haver uma mudança na rotina, com lanches em salas de aula, o recreio em horários intercalados. Tomamos todas as medidas para garantir que o risco de um aluno ou funcionário se contaminar na escola não seja maior do que eles já estão expostos”, afirma o secretário. Para ele, o cenário nas instituições de ensino apresentará um menor perigo de contaminação se comparado com situações em casas onde não há uma preocupação correta com a pandemia.

Na retomada, a rede municipal de ensino não deve realizar a testagem de professores e alunos, mas vai controlar a temperatura na entrada das escolas. Em caso de sintomas gripais, os possíveis infectados serão afastados e monitorados pela secretarias de saúde e educação. Com o resultado positivo, há um protocolo a ser seguido pela instituição para evitar o espalhamento do vírus, garante Oliveira. As famílias podem optar por não aderirem ao retorno presencial.

O começo da retomada híbrida vai servir como um complemento das aulas remotas do ano letivo de 2020 na rede municipal. Caso o ensino presencial realmente comece em fevereiro, a estimativa do secretário é que a complementação termine em abril para, então, iniciar as atividades escolares programadas para 2021 em maio. As aulas devem continuar até o final de dezembro, em um cenário ideal, mas podem até invadir o mês de janeiro de 2022.

“As iniciativas do ensino remoto, atividades e acompanhamento à distância não substituem o trabalho presencial em sala de aula. Precisamos complementar as lacunas de conhecimento deixados em 2020. Nas primeiras semanas, vamos submeter as crianças a uma avaliação para ter o diagnóstico do patamar de aprendizado. Com isso, vamos cumprir o currículo essencial com os assuntos mais importantes para avançar para as séries seguintes”, afirma Oliveira. Com a complementação, a rede municipal deve adotar uma aprovação automática já que existirão esforços para garantir o aprendizado evitando, assim, a descontinuidade da progressão.

O secretário ressalta que a retomada é urgente para não consumir muito tempo que poderia ser utilizado para o ano letivo de 2021. Ele avalia que um atraso pode impactar as atividades de 2022, o que “comprometeria 3 anos” e pode afetar “uma geração de jovens que deixam de assimilar os conhecimentos fundamentais para progredir na vida escolar”.

A falta de uma vacinação em massa não atrapalha os planos, mas o secretário concorda que o melhor cenário é o de vacinação dos profissionais da educação. Como as crianças e adolescentes em idade escolar não estão, de forma geral, dentro do grupo de prioridade para a imunização, Oliveira diz que não é possível esperar a proteção para retomar as atividades presenciais.

Na última terça-feira (12), Bruno Reis demonstrou interesse em inserir os profissionais de educação na 1ª fase de vacinação contra o coronavírus em Salvador caso a cidade receba doses suficientes para tal. Atualmente, esses trabalhadores estão na quarta fase no plano de imunização municipal. A prefeitura soteropolitana garantiu, nesta quinta (14), estar pronta para iniciar a aplicação das vacinas na próxima quarta-feira (20), a partir das 10h, em conjunto com outras cidades do país, como prevê o Ministério da Saúde.

“A vacinação daria aos professores uma segurança maior, mas não contamos com isso, não podemos atrelar a decisão à vacinação. Se sabe que as crianças dificilmente transmitem o vírus e os professores estariam em uma sala com metade dos alunos”, aponta o secretário.

Retorno conjunto
Para o secretário de educação de Salvador, o ideal é que o retorno ocorra por volta do mês de fevereiro em todas as redes de educação (municipal, estadual e privada). Por isso, a pasta alinha o processo com o governo do estado e representantes do setor privado. Uma nova reunião entre os entes está marcada para a próxima segunda-feira (18).

“Precisamos contar com a vontade política pelas redes de ensino serem interligadas. Os alunos do município seguem para as escolas estaduais. É preciso sincronizar para uma rede não terminar o ano letivo antes da outra e não correr o risco de falta vaga para a progressão dos alunos. Parte dos professores também trabalham em ambos os sistemas”, explica Oliveira. A decisão também depende do posicionamento dos funcionários das escolas e dos responsáveis pelos alunos.

Oliveira relata que o protocolo de retomada de Salvador foi construído em parceria com o Governo do Estado, assim, deve ser aprovado pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e posteriormente encaminhado para outros municípios baianos. O documento já foi validado pela pasta da saúde da capital da Bahia.

“As escolas particulares têm uma preocupação com o retorno e, pelas reuniões que nós tivemos, elas estão preparadas para isso. Há o mesmo anseio para uma retomada mais breve possível”, assegura Oliveira.

Segundo o Grupo de Valorização da Educação (GVE), composto por 60 escolas particulares de Salvador e Lauro de Freitas, e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Bahia (Sinepe-BA) o sindicato marcou o retorno das aulas na rede privada para 3 de fevereiro - com ou sem o sistema híbrido. Entretanto, boa parte das escolas deve esperar até o dia 8 do próximo mês pelo indicativo de retomada com o formato semi-presencial na data. O desejo também é receber alunos e professores nas instituições para um acolhimento a partir de 4 de fevereiro.

No setor privado, a intenção também é uma retomada presencial híbrida com 50% dos estudantes se revezando em sala de aula. A volta é facultativa. O indicativo da prefeitura é um alento para os representantes das instituições particulares: “esperamos a reunião de segunda para saber o que é possível e ter uma resposta mais precisa. Até podemos tentar descolar a rede privada da pública por possuírem situações bem diferentes”, afirma Viviane Brito, diretora do colégio vilas e integrante do GVE, durante live do grupo e do Sinepe-Ba para debater a situação das aulas presenciais.

Em resposta ao CORREIO, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) informa estar com os protocolos sanitários, de infraestrutura e pedagógico prontos para a retomada das aulas. A pasta ressalta ainda que as aulas presenciais nas escolas públicas e particulares de toda a Bahia permanecem suspensas por decreto governamental nº 19.529/2020 até o dia 15 de janeiro de 2021.

“A SEC adaptou as escolas estaduais com infraestrutura adequada, e itens como mais lavabos, dispensadores de álcool em gel e ventiladores, para acolher a comunidade escolar com segurança. Os profissionais de Educação estão entre os grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19”, afirma a pasta.

A secretaria pontua que os calendários referentes à retomada do ano letivo 2020 e às novas matrículas 2021 ainda serão divulgados. Sobre o período de retorno, a resposta é que este deve acontecer assim que as taxas de contaminação da COVID-19 diminuírem.

“Para recuperar o ano letivo 2020 em 2021, a proposta é fazer uma recomposição mínima da carga horária, com plano de trabalho e diversas outras atividades, observando o que permite a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação)”, complementa a SEC.

Alunos
Além das perdas educacionais, ainda existem os impactos psicológicos das aulas remotas. O secretário de educação de Salvador ressalta que pesquisas apontam a ocorrência de tristeza e até estresse pós-traumático entre os estudantes. As entidades particulares também apontam as consequências da falta de convívio com os colegas como um dos pontos fundamentais em prol do retorno dos encontros presenciais.

“Estamos levando a questão da saúde mental em conta na elaboração do protocolo pedagógico. Antes de avaliar o que será aproveitado de 2020, vamos acolher os estudantes logo no começo desse processo de retorno. O psicológico é uma prioridade”, garante Oliveira.

A diretora do GVE, Rosa Silvany, ressalta que as crianças e os jovens precisam do diálogo com os seus para seu desenvolvimento e a falta desse contato traz um entristecimento. “As crianças pequenas desenvolvem mais repertório de linguagem no contato com outras da mesma faixa. Também é nesse momento que se aprende os valores, o que acontece em cada etapa”, aponta.

Durante a live desta quinta, os representantes das escolas particulares também expressaram a preocupação com o aprendizado e cuidado que os estudantes têm recebido, pois parte dos pais voltaram a trabalhar.

“Nós sabemos as lacunas que ficarão com as crianças que deixaram de desenvolver a humanidade relacional já que é com o igual que se aprende certas coisas. Não aprende a ser solidário com o computador”, afirma o diretor do Sinepe-Ba, Jorge Tadeu, ao pontuar que alguns pais não têm matriculado seus filhos no ensino infantil pela incerteza sobre o modelo para 2021. Ainda há o receio de que as escolas fechem pela falta de matrículas para 2021. Segundo Tadeu, esse já foi o destino de 20 instituições de ensino da grande Salvador.

Com os pais fora de casa, os estudantes, especialmente os mais jovens, acabam tendo que ser olhados por outras pessoas, que tentam substituir o papel da creche ou da escola, relatam os integrantes dos grupos das instituições privadas.

“Existem casos em que há a contratação de um recreador ou um professor para dar aula. Outras crianças são levadas para cuidadoras que se dividem entre vários pequenos. Essas pessoas estão sem um projeto e um planejamento curricular”, afirma Rosa. Ela aponta que mesmo no ensino remoto não há uma absorção plena do conteúdo.

O questionamento do grupo das escolas particulares é porque outros setores já voltaram a funcionar, inclusive com a visitação de crianças e adolescentes, enquanto permanece a indecisão sobre as aulas presenciais. A solicitação é de mais informações para que seja possível definir a retomada.

“Desde o ano passado, procuramos as autoridades solicitando uma manifestação sobre os dos protocolos e parâmetros da retomada. Precisamos de uma previsão para se preparar. O estado não está se posicionando com clareza a respeito dos protocolos ou de uma data. Não temos um parâmetro claro”, critica o diretor do GVE Antônio Jorge Diretor do GVE.

A promotora de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Cíntia Guanaes, integrante do Grupo de Atuação Especial de Defesa da Educação (GEDUC), alerta que é preciso ter cautela na decisão sobre a retomada das aulas pela complexidade da situação. Durante a live, a promotora enfatizou que a educação têm sofrido prejuízos pela pandemia.

“Esse momento mostra que o fato social das escolas e o aprendizado da escola é importante. Isso não é apenas estar lá com o professor e jamais pode ser substituído por um tipo de tecnologia. Pode haver uma mescla, mas o desenvolver na escola e professor que não olhar para o aluno em um quadrado é importante. Existe um aspecto humano e social da escolas”, afirma a promotora.

O MP-BA acompanha a preparação da retomada da oferta de ensino presencial na Bahia e em Salvador. Na quarta (13), o Grupo de Trabalho de Enfrentamento ao Coronavírus (GT Coronavírus) do MP encaminhou ofícios à SEC e à Sesab solicitando o envio de informações que ficaram pendentes na apresentação dos planos ação sanitário e pedagógico realizada durante a reunião na terça (12). Um encontro com a Prefeitura de Salvador também está marcado.

“Existe um inquérito civil público [sobre a retomada das aulas] e temos que ter uma solução final. A partir das informações do estado e município, vamos avaliar e entender se as nossas questões foram esclarecidas. A partir disso podemos arquivar o inquérito se for solucionado, podemos fazer uma recomendação e, se a recomendação não for cumprida, há a possibilidade de judicialização. Não podemos judicializar pela falta de uma data da retomada, mas podemos por não haver premissas claras para isso no documento solicitado. Premissas que tem que ser cumpridas”, explica Guanaes.

Cidades do interior
As aulas híbridas com 50% dos alunos em sala em dias alternados começarão em 1º de fevereiro em Barreiras, no oeste da Bahia. Até 30 de janeiro, as atividades escolares são remotas. O retorno parcial foi autorizado pelo Comitê de Operações e Emergência em Saúde (COE).

De acordo com a prefeitura de Barreiras, todos os profissionais da educação serão testados antes dos retorno das aulas e as secretarias de Saúde e Educação seguirão mapeando o quadro epidemiológico na cidade após a retomada.

As instituições de ensino são adequadas para receber os alunos durante a pandemia. Segundo a prefeitura, ainda é preciso concluir o ano letivo de 2020 na rede municipal da cidade.


Escolas de Barrreiras são adaptadas para receber alunos (Foto: Divulgação/Prefeitura de Barreiras)
De acordo com a secretária municipal de educação da cidade, Cátia Alencar, todos os protocolos de segurança foram estabelecidos com base no Plano Geral de Retomada das Aulas, validado no COE; respeitando, inclusive, as restrições para os grupos de risco.

“Os estudantes matriculados em período integral poderão mediante, decisão da gestão e Conselho Escolar, adotar a frequência de 50% dos alunos em cada um dos turnos. Já os alunos da Educação Especial retornarão frequentando apenas a Sala de Recursos Multifuncionais e retornando à frequência da sala regular somente quando autorizado pela família. As turmas da EJA devem substituir as aulas de sábado por atividades à distância”, explica a secretária.

Juazeiro
Em Juazeiro, no norte do estado, o ano letivo de 2021 começa em 8 de março de forma remota. Os alunos terão aulas síncronas, quando a atividade acontece em tempo real, e assíncronas, com lições gravadas. Na cidade, a educação presencial só será retomada com a vacinação contra o coronavírus. O portal de acesso às aulas virtuais continuará sendo usado no contraturno mesmo com as aulas presenciais.

A matrícula dos novos alunos da rede municipal de ensino para 2021 acontecerá de 25 de janeiro a 6 de fevereiro, por meio de link que será disponibilizado no site da Prefeitura. Já a renovação das matrículas é automática.

A rede atende 35.631 estudantes da Educação Infantil, Pré escola, Ensino Fundamental I e II, e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo a Secretaria de Educação e Juventude, o município possui 134 unidades escolares entre a área urbana e rural e 1.227 professores efetivos.

Nesta quinta-feira (14), foi confirmada a ida do vice-governador João Leão (PP) para a secretaria da Casa Civil o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Nelson Leal (PP) assume seu lugar na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

A informação foi confirmada nesta quinta-feira (14) pelo bahia.ba com fontes do partido. Na quarta-feira (13), o PP, partido liderado por Leão, retirou a candidatura do deputado estadual Niltinho para a presidência Alba.

Após uma reunião com o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (14), prefeitos disseram que, de acordo com o ministro Eduardo Pazuello, a vacinação contra a Covid-19 começará em todo o país na quarta-feira (20) da semana que vem. A data depende de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial das vacinas Coronovac e Astrazeneca. A decisão da Anvisa sai no domingo (17).

"De acordo com @ministropazuelo, próxima segunda chegam as 2 milhões de doses da Astrazeneca para estados. Há também as 6 milhões da Coronavac. Anvisa liberando domingo, distribuem na terça para iniciar na quarta, dia 20. Ou seja: 8 milhões de doses para janeiro", escreveu o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), em uma rede social.

Algumas outras prefeituras que também saíram da reunião informando que o governo marcou a data do dia 20 foram as de: Salvador, Curitiba, Cuiabá, Maringá, Ribeirão Preto e Araucária (PR).

"Em Curitiba, vamos vacinar primeiro os grupos prioritários. Os 70 mil profissionais de saúde, e todos os idosos de Curitiba, que são perto de 300 mil pessoas", afirmou o prefeito Rafael Greca (DEM). "Será em 20 de janeiro".

Procurado pelo G1, o Ministério da Saúde ainda não confirmou a data. Pazuello recebeu mais de 130 prefeitos. A maioria participou virtualmente.

O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Jonas Donizete, ex-prefeito de Campinas, afirmou que eventual atraso no voo que vai buscar doses de vacina na Índia pode alterar a data.

"Embora tenha sido mencionado a data do dia 20, às 10h da manhã, essa data está pendente deste dois fatores: da logística de voo e da aprovação da Anvisa", afirmou.

Doses
A Frente Nacional dos Prefeitos disse ainda que, na reunião, Pazuello apresentou a seguinte previsão de quantas doses de vacina o país terá nos próximos meses:

Janeiro: 8 milhões
Fevereiro: 30 milhões
Abril: 80 milhões
Equipamento
Jonas Donizete também disse que a maioria das cidades tem quantidade suficiente de agulhas e seringas para iniciar a vacinação.

"A gente vai passar para o ministro uma ideia de como estão as cidades. E para isso eu fiz uma conversa antes com os prefeitos. A notícia boa para a população é que a maioria das cidades está preparada para a vacinação, com seringas, agulhas”, afirmou.