O Jornal da Cidade

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A Bahia registrou 29 mortes e 1.423 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,3%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta segunda-feira (25). No mesmo período, 2.214 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%).

Dos 566.743 casos confirmados desde o início da pandemia, 546.205 já são considerados recuperados, 10.652 encontram-se ativos.Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,98%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (11.494,25), Itororó (9.729,17), Itabuna (8.931,96), Muniz Ferreira (8.919,43) e Conceição do Coité (8.834,74). Na Bahia, 39.325 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 29 óbitos que ocorreram em diversas datas.A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.886, representando uma letalidade de 1,74%.

Responsável por mais de 10 mil empregos na Bahia, a DASS Nordeste Calçados e Artigos Esportivos pretende investir R$ 40 milhões na implantação de mais uma unidade industrial no estado, no município de Santo Antônio de Jesus, no galpão onde funcionava a Ramarim. A empresa, em atuação há 15 anos no estado, é voltada à fabricação de calçados esportivos e tem a previsão de gerar mais 1 mil empregos diretos e indiretos na primeira fase da operação. O protocolo de intenções foi assinado com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), nesta segunda-feira (25). A nova fábrica terá capacidade de produção de 2 milhões de pares por ano e pretende iniciar as obras em março deste ano.

"Três dos nossos maiores objetivos são: geração de empregos, redução das desigualdades regionais e sociais nos municípios e o fomento da economia baiana. A DASS é a maior empregadora da Bahia, tem 4 unidades industriais instaladas no Estado, sendo uma em Santo Estevão, uma em Itaberaba e duas em Vitória da Conquista. Tivemos no início de 2020 o fechamento da Ramarim em Santo Antônio de Jesus, mas agora temos essa excelente notícia para o município. Estamos no caminho certo, o governador Rui Costa e eu estamos empenhados em estimular novos investimentos na Bahia", destaca o vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico.

De acordo com o diretor presidente da empresa, João Henrique Hoppe, no aporte total do investimento está previsto a criação de um Outlet na região, para comercializar produtos fabricados na unidade de Santo Antônio de Jesus. "A DASS pretende ampliar as suas operações aqui na Bahia, com a maior parte da operação concentrada na região. Neste ano de 2021 estamos fazendo a ampliação dessa operação, com parte dela destinada ao município de Santo Antônio de Jesus, onde existe uma edificação do Governo, que já era uma indústria calçadista. Portanto, possui mão de obra com experiência, que nos permite iniciar de forma imediata essa expansão no município. Estamos aqui confirmando a nossa parceria com a Bahia e os baianos e fazendo uma aposta no Brasil", explica.

Um acidente com um ônibus na BR-376 em Guaratuba, no litoral do Paraná, deixou 18 mortos na manhã desta segunda-feira (25). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mais de 20 pessoas foram socorridas do local do acidente, sete delas em estado grave.

O acidente aconteceu no KM 668, no trecho da Curva da Santa, por volta das 8h30. O ônibus, que tinha placa de Belém, no Pará, descia a Serra do Mar em direção ao litoral quando se chocou contra a mureta de contenção, saindo da pista e tombando. O veículo seguia de Ananindeua (PA) para Balneário Camboriú (SC).

Ambulâncias e helicópteros dos bombeiros tanto do Paraná quanto de Santa Catarina foram usados para socorrer os feridos, que foram encaminhados para hospitais de Joinville e Curitiba - os que tinham ferimentos leves foram para Guaruva.

O ônibus levava 54 passageiros e dois motoristas. Há crianças entre as vítimas. O acidente levou a pista a ser bloqueada e gerou um congestionamento de cerca de 10 km.

A partir desta segunda-feira (25), candidatos que não puderam comparecer no primeiro ou no segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 podem solicitar a reaplicação do exame. Apenas os estudantes impossibilitados por estarem com sintomas de Covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa e aqueles que não conseguiram fazer as provas por problemas logísticos podem solicitar. O sistema ficará aberto até o dia 29 deste mês.

As provas da versão impressa foram aplicadas nos dias 17 e 24 de janeiro. Nas semanas que antecederam as aplicações, os candidatos puderam enviar, através da Página do Participante, os exames e laudos médicos que comprovam a doença. Aqueles que ainda não o fizeram poderão, agora, acessar o sistema on-line. As provas da reaplicação serão nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Segundo o Inep, até o momento, mais de oito mil inscritos solicitaram reaplicação do segundo dia de provas, em virtude de doenças infectocontagiosas. Ao todo, 5.536 solicitações já foram deferidas e 2.503 foram indeferidas.

Além da Covid-19, podem solicitar a reaplicação participantes com coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para a análise da possibilidade de reaplicação, o estudante deve inserir, obrigatoriamente, documentos legíveis para a comprovação da doença.

Na documentação deve constar o nome completo, diagnóstico da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 MB.

Além dos participantes acometidos com alguma doença, estudantes que foram prejudicados por problemas logísticos também podem solicitar a reaplicação. No edital do Enem, são considerados problemas logísticos: desastres naturais que comprometam a infraestrutura e que prejudiquem a aplicação, falta de energia elétrica, falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante que solicitou uso de leitor de tela ou erro de execução de procedimento de aplicação que incorra em comprovado prejuízo ao participante.

No primeiro dia de aplicação, participantes foram impedidos de fazer o exame por causa da lotação dos locais de prova. Devido à pandemia do novo coronavírus, as salas deveriam ter até metade da lotação máxima. Em alguns locais, não foi possível acomodar os inscritos. De acordo com o Inep, esses casos foram relatados em pelo menos 11 locais de prova em Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Londrina (PR), Pelotas (RS), Caxias do Sul (RS) e Canoas (RS).

Também terão direito à reaplicação os 160.548 estudantes que fariam a prova no estado do Amazonas, 2.863 em Rolim de Moura (RO) e 969 em Espigão D'Oeste (RO). O exame foi suspenso por causa dos impactos da pandemia nessas localidades. Ao todo, segundo o Ministério da Educação, foram quase 20 ações judiciais em todo o país contrárias à realização do Enem.

Os pedidos de reaplicação serão analisados pelo Inep. A aprovação ou a reprovação do pedido de reaplicação deverá ser consultada também na Página do Participante. Os candidatos também podem entrar em contato com o Inep pelo telefone 0800 616161. O Órgão recomenda, no entanto, que os candidatos façam a solicitação pela internet.

Sobre o Enem 2020

O Enem 2020 tem uma versão impressa, que foi aplicada nos dois últimos domingos, 17 e 24, e uma digital, que será realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro deste ano.

O Inep divulgará, até quarta-feira (27), os gabaritos das questões objetivas do Enem. Mesmo com o gabarito em mãos não é possível saber quanto se tirou no exame. Isso porque as provas são corrigidas com base na teoria de resposta ao item (TRI). A pontuação de cada estudante varia de acordo com o desempenho do próprio candidato no exame.

Contudo, o resultado final será divulgado no dia 29 de março. Os candidatos podem usar as notas do para concorrer a vagas no ensino superior, por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, e o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas.

* Com informações da Agência Brasil

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

 

Após 32 anos, a dupla Faustão e Globo irá se separar ao final deste ano.

Segundo o colunista Flávio Ricco, do R7, a decisão já está tomada e a atração só vai estar no ar até o final deste ano, quando encerra o contrato do apresentador.

A Globo já tem decidido que, a partir de 2022, a programação dos seus domingos será inteiramente diferente. O “Domingão”, por sua vez, ainda não tem o fim decretado. Estudos serão feitos para avaliar a decisão.

Ao mesmo tempo, Ricardo Waddington, hoje diretor de Entretenimento, ofereceu ao Fausto um programa nas noites de quinta-feira, a partir de uma nova ideia que, juntos, pudessem desenvolver, considerando público, dia e horário diferentes. Mas o apresentador não está disposto a aceitar, informa o colunista.

Após a sua saída da TV Globo, no final deste ano, Fausto informa que irá conversar com o mercado e pode parar numa nova emissora. Ele já trabalhou na Band, por exemplo, onde comandou o Perdidos na Noite.

Boninho chegou a garantir permanência
No final do ano passado já haviam boatos que apontavam pelo fim do ciclo. Mas em outubro, Boninho, diretor da emissora, elogiou Fausto e garantiu que ele não sairia em 2022.

“Esse é o cara! Faustão é um mestre na condução do show. Criativo, divertido e preciso nas suas opiniões. Essa semana foi atacado por jornalistas que não respeitam a profissão e envolveram talentos que eu respeito, como Xuxa Meneghel e Eliana”, escreveu o diretor nas redes sociais.

“Cada um no seu caminho, não merecem ser envolvidos em uma tese maluca e inconsequente. Respeito todos os três, com suas qualidades e características. Sobre o bla bla bla dessa semana, sigo minha parceria com o Faustão. Seguiremos em 21 e apostamos nessa sequência por muitos anos. Talento a gente respeita!”, finalizou.

Assim como no primeiro dia de prova, é tranquilo o movimento em algumas das principais escolas de Salvador que recebem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No Campus Salvador do Instituto Federal da Bahia (Ifba), no Barbalho, alguns alunos aguardavam na entrada do colégio o horário de fechamento dos portões para não entrar tão cedo em sala de aula.

"Eu prefiro ficar aqui fora, pois tomo um ar, respiro um pouco e evito o nervosismo", disse a estudante Stefanie Lobosco, 18 anos. Ela queria que a prova tivesse sido adiada. "Não houve segurança. Em minha sala, não teve distanciamento, era um bem atrás do outro. Ninguém conferiu a minha temperatura também", reclamou.

O estudante Emerson Barreto, 19 anos, também lamentou a realização do exame por aqueles que tiveram que escolher não fazer a prova, por segurança. "Eu mesmo tenho uma amiga que a mãe é do grupo de risco e por isso ela não quis fazer o Enem esse ano", relata o rapaz. "Ano passado o Inep fez a votação para que escolhessemos a melhor data de realização da prova e a maioria das pessoas decidiu por maio. Mesmo assim eles deixaram em janeiro, o que foi muito prejudicial para muita gente", diz Emerson, que estava acompanhado dos amigos João Victor Bonfim e Welington Gomes. "Nós ficamos em casa nesse período, mas como moramos perto e estamos na mesma escola, viemos juntos enfrentar essa prova", explica.

No geral, o clima entre os estudantes era mais tenso por causa dos temas desse segundo dia: matemática e ciências da natureza. Os números assustavam alguns. "Semana passada eu estava bem mais tranquila, mas agora são temas que eu tenho mais dificuldade", confessou Jéssica Souza dos Reis, 18 anos, que fez o seu primeiro Enem no tradicional Colégio Central. Por lá o movimento era mais tranquilo, assim como foi no primeiro dia do exame.

"Eu estou com medo por causa da pandemia, mas tranquila com os protocolos de segurança. Teve muita gente que faltou na minha sala e muitas cadeiras ficaram vazias", contou Jéssica. No Central não teve correria no horário de fechamento do portão. Assim como no primeiro dia de prova, nenhum aluno chegou atrasado.

Economia
Se o movimento foi tranquilo, o mercado informal também foi prejudicado. Apenas dois ambulantes estavam na porta do IFBA vendendo água, suco e canetas. Um deles é João Santos, 53 anos, que em todo Enem vai para a porta do Ifba. "Já é tradição. Escolho esse local por ser mais perto da minha casa e por causa do movimento que é sempre bom. Mas esse ano está deixando a desejar", diz o rapaz, que projeta uma queda de 50% no seu ganho em comparação com a última edição do Enem. "Todo o mercado informal está sendo muito impactado com a pandemia", lamenta.

Já Caroline Oliveira, que fazia panfletagem na frente do Ifba, confessou que na semana passada estava no Colégio Central, mas decidiu mudar de unidade por causa do baixo movimento. "Eu estou achando aqui no Ifba melhor, pois pelo menos tem essa concentração de estudantes. No Central estava bem parado mesmo. Mas se formos pensar num Enem tradicional, sem pandemia, a diferença é enorme. Não tem nem comparação", aponta.

No Central, o gestor do polo ACM da faculdade particular Unopar, Jefter Fernandes, coordenava a equipe que fazia o cadastro de possíveis alunos para sua faculdade. Ele comentou que teve mais sucesso nesse domingo do que no passado.

"A gente conseguiu fazer mais cadastros, acredito que na semana passada as pessoas estavam mais nervosas e preocupadas com o protocolo. Agora, até mesmo com a chegada da vacina, dá uma sensação de esperança para projetarmos o nosso futuro", diz.

Nesse domingo, os portões dos colégios abriram 15 minutos mais cedo do que na semana passada e 45 minutos mais cedo do que é normalmente, às 11h15. Os estudantes tiveram, por tanto, 1h45 para entrarem no colégio. Os portões só fecharam às 13h e a aplicação das provas começa pontualmente às 13h30.

A família Bolsonaro liderou o ranking de ataque à imprensa em 2020. É o que aponta um levantamento feito pela ONG Repórteres Sem Fronteira. Ao longo do ano, foram cerca de 580 ofensas a profissionais e empresas de comunicação protagonizadas pelo presidente, filhos e ministros.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) estão no topo do ranking de “predadores da liberdade de imprensa”.

Eduardo é líder com 208 ataques a jornalistas. O presidente Jair Bolsonaro vem em seguida, com 103 ataques, e Carlos é o terceiro com 89 ataques. Bolsonaro e seus filhos respondem por 85% das ofensas promovidas por autoridades à imprensa em 2020 compiladas pela organização não governamental.

No dia 20 de janeiro deste ano, Eduardo Bolsonaro foi condenado a indenizar a jornalista Patrícia Campos Mello, repórter da Folha, em R$ 30 mil por danos morais. A Justiça ainda determinou o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios no valor de 15% da condenação.

O balanço do Repórter Sem Fronteiras aponta que as redes sociais foram o meio preferido de Bolsonaro, seus filhos e ministros para declarações desse tipo. Pelo Twitter, foram publicadas 489 mensagens com hostilidade a profissionais da imprensa. Metade dos ministros de Bolsonaro contribuiu com os ataques a jornalistas aferidos no levantamento.

Dos 22 ministros, 11 deles promoveram alguma ofensa a jornalistas. Damares Alves, titular da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, foi quem mais atacou, protagonizando 19 episódios de hostilidade. Com informações da Folha de S.Paulo.

Ainda sem previsão para o retorno das aulas presenciais, as matrículas nas escolas particulares de Salvador e de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana, tiveram, em média, queda de 70% para o ano letivo de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. No caso da educação infantil, a situação “está catastrófica”, como define a gestora da Cresça e Apareça, Mariana Mongenroth. Segundo ela, nenhuma criança de 0 a 3 anos fez a matrícula na escola, que fica no Rio Vermelho.

Segundo o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino da Bahia (Sinepe-BA), Jorge Tadeu Coelho, somente 15% dos alunos da educação infantil estão de fato matriculados para o ano letivo de 2021. Já o Grupo de Valorização da Educação (GVE), que representa mais de 60 unidades privadas de ensino na capital e RMS, estima que, em média, houve baixa de 30% nas matrículas de estudantes de todas as séries nos estabelecimentos que fazem parte da entidade.

“As matrículas diminuíram bastante, em média 30% menor do que no ano passado. E tem escola que não tem nem 10% dos alunos matriculados. A maioria consegue se recuperar pelos outros ciclos, mas estão tendo muita redução de turmas, o que gera um problema porque temos professores contratados, porém, não temos aluno na sala para pagar a conta”, afirma Wilson Abdon, porta-voz do GVE e diretor do Colégio Perfil e Escola Mais Perfil.

Abdon explica que, mesmo sem a definição do município e estado, as escolas já estão preparadas, com protocolos sanitários aplicados e calendário letivo definido. A maioria dará início às aulas entre 3 e 10 de fevereiro. Assim que ocorrer a liberação do ano letivo, pequenas adaptações serão realizadas.

“As escolas já prepararam mais de um modelo e calendário, tanto para o presencial, quanto para o remoto ou o híbrido. O que muda é a carga horária. Se começar 100% remoto, vamos diminuir a carga horária diária para reduzir a exposição às telas, principalmente na educação infantil, e, com isso, alargar o número de aulas”, explica.

A previsão é de que, inicialmente, as aulas retomem ainda na modalidade virtual e, aos poucos, o ensino seja híbrido. Isto é, com 50% das crianças em sala de aula e a outra metade acompanhando a mesma classe de casa. O GVE reforça que a escolha pela modalidade de ensino ficará a critério das famílias.

De acordo com Jorge Tadeu Coelho, o Sinepe-BA tenta convencer os governos estadual e municipal a liberaram que as séries da educação infantil voltem com 100% dos alunos em regime presencal. “Inicialmente, o governo não deve autorizar o ensino presencial todos os dias e seria com 50% dos alunos em todas as séries. Mas estamos tentando convencer o governo de que a educação infantil não precisaria desse rodízio, como se fez em outros países. Eles são os que se defendem melhor, pegam pouco e transmitem pouco [a covid-19]”, afirma Coelho.

Crise e demissões

A diminuição das matrículas tem afetado o quadro de funcionários de algumas escolas. Pela não obrigatoriedade das crianças menores de 4 anos estarem nas instituições de ensino, os pais preferem não inscrevê-las.

“Como não existe a obrigação legal, os pais estão esperando definição. Como não sabem ainda como vai funcionar, as matriculas da educação infantil estão na ordem de 15%. Dá pena. A situação é lamentável nas escolas de educação infantil”, conta o presidente do Sinepe.

Na Escola Tempo de Crescer, no Caminho das Árvores, por exemplo, houve somente 50% das matrículas, assim como na Escola Cresça e Apareça e na Escola Lápis de Cor, na Pituba. Ambas iniciam as aulas no dia 8 de fevereiro, de forma remota, se não for autorizado pelos governos o ensino híbrido ou presencial.

“Houve uma redução na chegada de alunos novos, recebemos visitas de famílias interessadas, mas que condicionam a efetivação da matrícula ao retorno das aulas presenciais”, conta a advogada Aline Pinto, diretora da Escola Lápis de Cor.

O mesmo acontece na Escola Tempo de Crescer. “Meu ensino fundamental está praticamente todo completo, porém, na educação infantil, perdemos muitas crianças e os pais estão receosos de matricular, porque crianças dessa faixa etária precisam de contato físico, precisam estar nas escolas para o desenvolvimento social, apoio emocional, acolhimento e ter a troca entre os colegas e com o professor”, diz Cinthia Garcia, diretora da unidade.

Por conta da redução de alunos, Cinthia teve de demitir 12 funcionários, entre professores e auxiliares. “É uma parte muito chata e que a gente não gosta, mas, nesse momento foi inevitável”, diz a gestora. A capacidade total da unidade é de 250 alunos.

Na Escola Cresça e Apareça, a evasão das crianças até 3 anos foi de 100% e também houve demissões, principalmente porque a medida provisória do governo federal, a 936, que permitia a redução de salários, acabou em dezembro do ano passado.

“As matrículas dos pequenos de 0 a 3 anos reduziu drasticamente, tanto é que a gente não tem nenhuma matricula. Temos uma lista enorme de pais que, no dia que retornarem as aulas presenciais, no dia seguinte eu matriculo, mas antes disso não”, revela a diretora Mariana Mongenroth. A maioria dos alunos é justamente os mais jovens. A escola atende bebês a partir de seis meses.

No Educandário Augusto Freitas, em Cajazeiras, a redução de alunos foi de 70%, diz o diretor Mário Sérgio. “A maior redução foi na educação infantil e primeiro ano. Mas, na expectativa de que com o início dos trabalhos, as matrículas melhorem”.

Em alguns colégios, a matrícula não teve grandes perdas. Foi o caso da Villa Global Education - Avenida Paralela e Litoral Norte -, que já têm 80% das matriculas.

Fator econômico

A recusa dos familiares em matricular crianças pequenas sem ter certeza de quando as aulas recomeçam é também por questões financeiras, diz Mariana Mongenroth. “A gente tem um perfil de família que matricula no tempo integral, que opta por não ter babá para colocar na escola integral. Todos dizem que querem continuar com a orientação, mesmo no remoto, estão muito satisfeitos com as soluções, mas é questão financeira mesmo, porque ou paga a escola ou paga alguém para ficar com as crianças”, explica a diretora da Cresça e Apareça.

Por conta da indefinição, a gestora teve que adaptar o contrato com as famílias esse ano, para prever todos os cenários possíveis em que a escola pudesse oferecer o serviço. “A gente colocou as opções para especificar tudo que pode acontecer”.

Para ela, a angústia é tripla – como mãe, educadora e empresária. “Sofro de múltiplas angústias. Como empresária, vejo meu CNPJ na UTI. Como mãe, me vejo desesperada por minhas filhas porque tenho família de outros estados e outros países e as crianças já começaram a ir para a escola, e, enquanto educadora, por saber o quão isso é prejudicial para a saúde das crianças”, avalia.

No colégio Nossa Senhora do Resgate, que tem unidades no Cabula, São Lázaro e Brotas, o receio maior ainda são os números da pandemia. “Estamos passando por um momento atípico. Na educação infantil, as escolas estão sofrendo muito porque os pais estão muito receosos em confirmar a matricula nesse período, enquanto não há vacina disponível para todos, enquanto os números de contaminação não passarem e quanto ao acesso da criança à tecnologia”, explica o direto geral Sérgio Pires.

Na Villa Global Education, a CEO Viviane Brito diz que entre as crianças de 0 e 3 anos, os pais ainda aguardam uma melhor definição da situação da pandemia para fechar a matrícula. “Temos matrículas para todas as séries. O ensino médio e fundamental, temos quase todos os alunos matriculados”, afirma.

A CEO do Villa explica que a espera se dá por vários fatores. “O ensino remoto é complicado para crianças pequenas porque depende dos adultos para acompanhar e as famílias já voltaram a trabalhar. A segunda questão é que as crianças estão precisando socializar".

Rede Municipal

A volta às aulas presenciais, segundo o secretário municipal de educação de Salvador, Marcelo Oliveira, deve ocorrer entre a segunda quinzena de fevereiro e 01 de março. “Nossa intenção é iniciar as aulas presenciais com a maior brevidade possível, com os professores fazendo o acompanhamento dos alunos. Temos ainda uma expectativa de início no final de fevereiro e início de março, se não houver evolução da curva de contágio e aumento da taxa de ocupação de leitos”, afirma.

O secretário estima que até a quarta-feira (27), o protocolo sanitário definido será publicado e, possivelmente, a data exata de retorno das aulas será divulgada. Segundo ele, só faltam ajustes entre o setor de saúde e o governo estadual.

O calendário do ano letivo de 2021 para a rede municipal também foi definido, porém, sem estabelecer a data de início. Se as aulas começaram depois de março, o secretário diz que o calendário invadirá 2022. Não haverá rematrícula dos alunos da rede que já estavam matriculados em 2020, porque a carga horária total não foi cumprida, ou seja, ainda é preciso finalizar o ano letivo de 2020. Se as aulas recomeçarem em março, as matrículas para 2021 devem acontecer em maio, pois, em abril, deve ter sido concluído o ano de 2020, de acordo com o secretário.

Dois anos em um

Marcelo Oliveira esclarece que foram elaborados dois protocolos: o físico, sobre as regras sanitárias e adaptação do espaço das escolas; e o pedagógico, com as especificidades do calendário. Entre elas está a inclusão de alguns sábados no ano letivo e as atividades remotas como obrigatórias. Em 2020, elas tinham função complementar.

“Como só aproveitamos 118 horas do ano de 2020, temos que somar com as 800 horas do ano letivo de 2021. Então vão ser mais de 200 dias letivos, o ensino remoto vai ser considerado atividade pedagógica e vai compor o calendário. Vamos incluir os sábados com atividades e, com isso, conseguimos vencer esses dois anos em um”.

As atividades remotas serão ampliadas para as outras séries com a criação de novos canais de televisão a fim de que o ensino seja híbrido e atenda a todos os alunos. A defesa do secretário é que as crianças do ensino infantil voltem 100% presencial. “Os estudos com base científica têm mostrado que o risco de contaminação de crianças abaixo de 10 anos entre si e delas para os adultos é muito baixo”, justifica.

Em relação ao protocolo físico, elaborado em conjunto com o governo estadual, Oliveira disse que as escolas municipais já estão adaptadas às exigências sanitárias e que a última inspeção foi feita na sexta-feira (22). As crianças farão o lanche nas salas de aula e o recreio será escalonado, tendo cada turma um horário diferente, com uma duração de 10 minutos. Só serão testados os alunos que apresentarem sintomas gripais.

Ao todo, são 163 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino de Salvador e 8 mil professores, distribuídos em 433 escolas. Os chips de internet, disponibilizados pela prefeitura para os estudantes acompanharem as aulas napandemia, continuarão.

O secretário também ponderou que não é ideal esperar até que os profissionais de educação sejam vacinados para dar início às aulas. Ele ressalta que poderá não haver vacinas e a demora é prejudicial aos estudantes.

"A gente não conta com essa possibilidade e temos que nos preparar para voltar mesmo sem que haja vacina porque senão o prejuízo para os alunos seria irreparável, principalmente para aqueles da rede municipal de ensino, que atende principalmente crianças e jovens de famílias mais humildades e vulneráveis socialmente”, conclui.

Rede Estadual

A Secretaria de Educação do Estado da Bahia lembra que as aulas presenciais nas escolas públicas e particulares de todo o estado permanecem suspensas por decreto até 30 de janeiro de 2021. “A expectativa é de retorno assim que as taxas de contaminação da covid-19 diminuírem”, informou a secretaria, por meio de nota.

Os calendários letivos e os protocolos sanitários, de infraestrutura e pedagógicos já estão prontos, mas ainda não serão divulgados. A secretaria não deu estimativa de data de divulgação.
Ainda segundo a pasta, a proposta é “fazer uma recomposição mínima da carga horária, com plano de trabalho e diversas outras atividades, observando o que permite a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LBDE)”. A secretaria comunicou ainda que as escolas estaduais estão adaptadas, com mais lavabos, dispensadores de álcool em gel e ventiladores, “para acolher a comunidade escolar com segurança”. A rede estadual de ensino possui 1.111 escolas, 671 anexos e 786.097 estudantes matriculados.

Um vereador da cidade de Candeias, na região metropolitana de Salvador, foi morto a tiros no bairro Sarandi, na noite de domingo (24). Outras cinco pessoas ficaram feridas, incluindo a esposa da vítima.

André Luiz Ferreira de Araújo (PP), conhecido como Júnior CCA, estava em um bar próximo à casa dele. Segundo a prefeitura da cidade, homens chegaram atirando e o vereador foi baleado. Ainda não há informações se ele era alvo dos tiros.

O vereador chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), assim como os outros feridos, mas ele não resistiu aos ferimentos. A esposa dele está internada no Hospital Geral do Estado (HGE). Não há detalhes sobre o estado de saúde dela.

Júnior CCA tinha 38 anos e estava no primeiro mandato. A prefeitura de Candeias decretou luto oficial de três dias pela morte do parlamentar, em respeito aos amigos, eleitores e familiares.

Nas redes sociais, a prefeitura escreveu que "a cidade perde um líder político, que tinha em seu perfil a juventude, o caráter, a coragem e a busca incessante pelo bem estar da população candeense".

As mil pessoas mais ricas do mundo levarão apenas nove meses para ver suas fortunas retornarem aos níveis pré-pandemia, enquanto os mais pobres vão levar 14 vezes mais, ou seja, mais de dez anos, para conseguir repor as perdas devido ao impacto econômico da doença. A conclusão é do relatório O Vírus da Desigualdade, que será lançado pela Oxfam nesta segunda-feira (25), na abertura do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Em fevereiro de 2020, foi identificado o valor da fortuna dos mais ricos, representando 100%. Em março, essa riqueza caiu para 70,3%, voltando aos 100% em novembro. Como base de comparação sobre a velocidade dessa recuperação, os mais ricos do mundo levaram cinco anos para recuperar o que perderam durante a crise financeira de 2008.

“A pandemia escancarou as desigualdades – no Brasil e no mundo. É revoltante ver um pequeno grupo de privilegiados acumular tanto em meio a uma das piores crises globais já ocorridas na história”, afirmou Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. “Enquanto os super-ricos lucram, os mais pobres perdem empregos e renda, ficando à mercê da miséria e da fome.”

O relatório mostra que, em todo o mundo, os bilionários acumularam US$ 3,9 trilhões entre 18 de março e 31 de dezembro de 2020, sendo que sua riqueza total hoje é de US$ 11,95 trilhões, o equivalente ao que os governos do G20 gastaram para enfrentar a pandemia. Apenas os dez maiores bilionários acumularam US$ 540 bilhões no período – o suficiente para pagar pela vacina contra a covid-19 para todo o mundo e garantir que ninguém chegue à situação de pobreza.

Por outro lado, a pandemia deu início a uma crise em relação aos empregos, que, segundo a Oxfam, é a pior em mais de 90 anos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que cerca de meio bilhão de pessoas estão agora subempregadas ou sem emprego, enfrentando miséria e fome. “Quando o coronavírus chegou, mais da metade dos trabalhadores e trabalhadoras dos países de baixa renda viviam na pobreza, e 75% dos trabalhadores e trabalhadoras do mundo não tinham acesso a proteções sociais como auxílio-doença ou seguro-desemprego”, observa a entidade.

Diante desses dados, o relatório revela que a pandemia de covid-19 tem o potencial de aumentar a desigualdade econômica em quase todos os países ao mesmo tempo, o que acontece pela primeira vez desde que as desigualdades começaram a ser medidas há mais de 100 anos. Para a Oxfam, a sociedade, empresas, governos e instituições devem agir com base na urgência de criar um mundo mais igualitário e sustentável.

“A crise provocada pela pandemia expôs nossa fragilidade coletiva e a incapacidade da nossa economia profundamente desigual trabalhar para todos. No entanto, também nos mostrou a grande importância da ação governamental para proteger nossa saúde e meios de subsistência. Políticas transformadoras que pareciam impensáveis antes da crise, de repente se mostraram possíveis. Não pode haver retorno para onde estávamos antes da pandemia”, diz o texto.

Economias mais justas são a chave para uma recuperação econômica rápida da pandemia, segundo avaliação da Oxfam. A existência de um imposto temporário sobre os excessivos lucros obtidos pelas 32 corporações globais que mais lucraram durante a pandemia poderia arrecadar US$ 104 bilhões em 2020. O valor, conforme estima a Oxfam, seria o suficiente para providenciar auxílio-desemprego para todos os trabalhadores afetados durante a pandemia e para dar apoio financeiro a todas as crianças e idosos em países de renda baixa ou média.

“A desigualdade extrema não é inevitável, mas uma escolha política. Os governos pelo mundo precisam utilizar este momento de grande sofrimento para construir economias mais justas, igualitárias e inclusivas, que protejam o planeta e acabem com a pobreza. A nova fase pós-pandemia não pode ser uma repetição de tantos erros do passado, que nos legaram um mundo que beneficia poucos às custas de milhões”, acrescentou Katia.

Para ela, a recuperação econômica tem que incluir as pessoas em situação de vulnerabilidade e não pode haver recuperação econômica sem responsabilidade social. A necessidade de reparação da desigualdade se dá ainda diante de outro fator de alerta mostrado pelo documento: a insegurança alimentar.

O relatório concluiu que o impacto da pandemia sobre empregos e meios de subsistência fez, expandir de forma rápida e significativa, a crise alimentar. O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) estimou que o número de pessoas que passam fome aumentaria para 270 milhões no fim de 2020 por causa da pandemia, um aumento de 82% em comparação a 2019. A Oxfam considerou que isso poderia significar entre 6 mil e 12 mil pessoas morrendo a cada dia de fome, associada à crise até o fim de 2020.

“Enquanto uma em cada dez pessoas vai para a cama com fome, as oito maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo pagaram mais de US$ 18 bilhões a seus acionistas entre janeiro e julho de 2020. Isso é cinco vezes mais do que os valores arrecadados pela ONU, em novembro de 2020, com a chamada para doações para a covid-19”, diz o documento.

No que diz respeito ao gênero, as mulheres são as que mais sofrem neste contexto, conforme o documento. Elas são maioria nos empregos mais precários, que foram os mais impactados pela pandemia. Em todo o mundo, 740 milhões de mulheres trabalham na economia informal e, durante o primeiro mês da pandemia, sua renda caiu 60%, o equivalente a uma perda de mais de US$ 396 bilhões, segundo dados apresentado pela Oxfam.

Nos Estados Unidos, 22 mil pessoas negras e hispânicas ainda estariam vivas, até dezembro do ano passado, se tivessem a mesma taxa de mortalidade por covid-19 que as pessoas brancas. O relatório diz ainda que, no Brasil, pessoas negras têm 40% mais chance de morrer de covid-19 do que pessoas brancas. Se as taxas de mortalidade da doença nos dois grupos fossem as mesmas até junho de 2020, a entidade estima que mais de 9.200 afrodescendentes estariam vivos.

Ainda segundo a Oxfam, as taxas de contaminação e mortes por covid-19 são maiores em áreas mais pobres de países como França, Espanha e Índia. Na Inglaterra, essas taxas são o dobro nas regiões mais pobres em comparação com as mais ricas.