O Jornal da Cidade

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O presidente nacional do Democratas e prefeito de Salvador, ACM Neto, destacou o trabalho desenvolvido por Sergio Moro no Ministério da Justiça . "Neste momento não posso deixar de ressaltar o importante trabalho realizado pelo ex-ministro Sergio Moro no combate à corrupção e sua luta em defesa da moralidade na vida pública do nosso país", declarou o democrata. 

ACM Neto também defendeu que o país caminhe em harmonia. "Assim como a ética, esses valores (combate à corrupção e defesa da moralidade), são fundamentais para que o Brasil e os brasileiros possam caminhar sempre em harmonia", disse, em publicação nas redes sociais.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu a saída do presidente Jair Bolsonaro do Palácio do Planalto. Em publicação nas redes sociais, o tucano afirmou que não há mais apoio ao ex-militar. Hoje (24), o ex-juiz Sergio Moro deixou o posto de ministro da Justiça e Segurança Pública após, segundo ele, ser contra interferências de Bolsonaro nos rumos da Polícia Federal.

"É hora de falar. Pr está cavando sua fossa. Que renuncie antes de ser renunciado. Poupe-nos de, além do coronavírus, termos um longo processo de impeachment. Que assuma logo o vice para voltarmos ao foco: a saúde e o emprego. Menos instabilidade, mais ação pelo Brasil", escreveu.

Essa semana, durante entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, FHC disse ser contrário ao impeachment por conta do momento que vive o Brasil e o mundo com o novo coronavírus.

Os vereadores de Camaçari voltaram a se reunir, na manhã desta quinta-feira (23/04), em mais duas Sessões Extraordinárias, para debater o Projeto de Lei No 1005/2020, que trata de medidas que poderão ser adotadas pelos Poderes Executivo e Legislativo para concessão de férias e licença prêmio para os servidores efetivos e comissionados, enquanto durar o Estado de Calamidade Pública de Camaçari, reconhecido pelo Decreto Legislativo No 2044/2020.

De autoria do Poder Executivo, a matéria foi aprovada com 12 votos a favor e seis votos contrários. Entre as propostas contidas no projeto está a de que a administração pública poderá colocar em gozo de férias, compulsoriamente, seus servidores efetivos e comissionados. Além disso, o projeto prevê que a administração pública poderá optar por efetuar o pagamento do adicional de um terço de férias até 12 meses após a sua concessão. Os servidores efetivos também poderão ser colocados em gozo de licença prêmio também de forma compulsória.

O vereador Flávio Matos (DEM) defendeu que o projeto não traz perda de direitos dos servidores. "O projeto apenas modifica datas de pagamentos e antecipa o gozo dos benefícios, como férias e licença prêmio, para o período em que os órgãos públicos estão impedidos de funcionar presencialmente por conta do distanciamento estabelecido para combater a pandemia. Não há perda para os servidores", afirmou.

Para o vereador Zé do Pão (CIDADANIA), essa medida de conceder férias nesse período tem sido inclusive adotada por outros órgãos e empresas. "A Ford, por exemplo, deu férias coletivas a todos os seus funcionários justamente durante esse período que eles precisam ficar em casa. No caso aqui estamos aqui debatendo, é uma medida que ajuda a racionalizar os gastos públicos", acrescentou o parlamentar.

O vereador Junior Borges (DEM) também defendeu o projeto afirmando que a medida vem atender uma necessidade em um momento muito difícil pelo qual todo o país está passando. "Estamos aqui trabalhando para oferecer melhores condições para que a administração pública tenha condições de enfrentar essa crise sem precisar cortar salários, sem prejudicar os servidores. Essas medidas só serão tomadas, se forem necessárias", pontuou.

Os vereadores da Bancada da Oposição, Dentinho do Sindicato (PT), Binho do Dois de Julho (PC do B), Jackson Josué (PT), Marcelino (PT) e Teo Ribeiro (PT) usaram a tribuna e se colocaram contra o projeto. "Entendemos que esse tipo de proposta deveria ter sido debatida, apresentada aos servidores. Não se pode aprovar mudanças sem antes de haver um diálogo, uma negociação com a categoria", registrou o vereador Dentinho do Sindicato. Para o vereador Marcelino (PT), o projeto é desnecessário. "Outras medidas poderiam ter sido efetivadas antes de mexer com questões relacionadas a servidores municipais", acrescentou.

Os vereadores também aprovaram a realização, no dia 28 de abril, a partir das 9h, de Audiência Pública para debater medidas que garantam sustentabilidade do comércio local neste momento de limitações de funcionamento por conta do combate ao novo Coronavírus. A proposta é de autoria de todos os vereadores da Casa.

Foi ainda aprovado o Requerimento No 12/2020 para que seja baixada resolução de medidas de incentivo ao desenvolvimento espiritual durante a pandemia do novo Coronavírus. A matéria propõe que sejam disponibilizados horários da TV Câmara de Camaçari para a transmissão de cultos religiosos, que estão proibidos de serem realizados presencialmente no município.

O ministro da Justiça Sergio Moro anunciou nesta sexta-feira (24) que está deixando o cargo, depois de um conflito com o presidente Jair Bolsonaro em relação ao comando da Polícia Federal. Considerado um homem de confiança de Moro, o delegado Maurício Valeixo foi exonerado da chefia da PF hoje. Desde ontem, a tensão entre o presidente e Moro chegou a um ápice na queda de braço pelo comando da polícia. "Tenho que preservar minha biografia e o compromisso que assumi que seríamos firmes no combate à corrupção", afirmou. "E um pressuposto para isso é que nós temos que garantir o respeito à lei, à própria autonomia da Polícia Federal".

Veja como foi a coletiva:

Em coletiva nesta manhã, Moro afirmou que Bolsonaro o apoiou em "alguns projetos, outros nem tanto" e tem pressionado desde o ano passado para mudanças na Polícia Federal. "A partir do segundo semestre do ano passado passou a existir uma insistência do presidente para a troca do comando da Polícia Federal", afirmou. O ex-juiz diz que não se negaria a demitir Valeixo se houvesse uma causa, mas afirmou que ele tinha "um trabalho bem feito".

"O grande problema de realizar essa troca é que haveria uma violação da promessa que foi feita, não haveria uma causa para essa demissão e estaria claro que havia interferência política na Polícia Federal", afirmou. "Falei ao presidente que seria uma interferência politica. Ele disse que seria mesmo", diz, informando que Bolsonaro queria acesso a relatórios de inteligência da PF.

Moro também citou "preocupação do presidente com inquéritos no STF". “Não é a questão do nome. Há outros delegados competentes. O problema dessa troca é a violação do que me foi prometido, não tem uma causa e tem impacto na efetividade da Polícia Federal”

O agora ex-ministro lamentou seu pronunciamento em meio à pandemia do coronavírus. Depois, enalteceu a Operação Lava Jato, que tornou seu nome famoso, afirmando que deu uma grande contribuição ao combate contra a corrupção. "Foi garantida a autonomia da Polícia Federal durante as investigações. É certo que o o governo da época tinha inúmeros defeitos, aqueles crimes gigantescos de corrupção, mas foi fundamental a manutenção da autonomia da PF, seja por vontade própria ou por pressão da sociedade", afirmou, destacando a importância da autonomia de quem investiga.

Em 2018, quando anunciou Moro como seu ministro, Bolsonaro afirmou que ele teria "carta branca". "Parabéns à Lava Jato. O recado que eu estou dando a vocês é a própria presença do Sergio Moro no Ministério da Justiça, inclusive Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), para combater a corrupção. Ele pegou o Ministério da Justiça, é integralmente dele o ministério, sequer influência minha existe em qualquer cargo lá daquele ministério. E o compromisso que eu tive com ele é carta branca para o combate à corrupção e ao crime organizado", disse o presidente na época.

Moro lembrou essa promessa hoje. "Me foi prometido na ocasião carta branca para nomear", afirmou. Ele negou que tenha colocado como condição para aceitar o cargo de ministro a promessa de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF). "Realmente assumi esse cargo, fui criticado e entendo essas críticas, mas a ideia era realmente alcançar o nível de formulador de políticas públicas e aprofundar o combate à corrupção", disse. A única condição que ele impôs foi que o governo não desamparasse a família dele "se algo me acontecesse", já que "deixei 22 anos para trás" ao largar a carreira de juiz.

O pedido de demissão de Valeixo "não é totalmente verdadeiro", segundo Moro, porque "foi decorrente dessa pressão, que a meu ver não é apropriado". Ele afirmou que não assinou o pedido de exoneração, que o surpreendeu hoje no Diário Oficial. "A exoneração eu fiquei sabendo pelo Diário, eu não assinei esse decreto", afirmou.

O ex-juiz enviou uma carta formalizando o pedido de demissão a Bolsonaro. Ele não telefonou ao presidente, preferindo comunicar por escrito a saída, segundo a assessoria de Moro.

Desejo antigo
Bolsonaro tenta desde agosto do ano passado retirar Valeixo do cargo. Naquela ocasião, Moro e outros membros do governo conseguiram convencer o presidente a manter o diretor-geral da PF.

Fontes próximas acreditam que a troca de comando está ligada ao desconforto em relação à investigação sobre uma rede de criação e disseminação de fake news contra desafetos do governo.

Por volta das 10h desta sexta-feira, Bolsonaro postou em uma rede social a imagem de trecho do Diário Oficial da União em que aparece o decreto com a exoneração de Valeixo. Escreveu uma mensagem junto: “Art. 2º-C. O cargo de Diretor-Geral, NOMEADO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, é privativo de delegado de Polícia Federal integrante da classe especial.”

Entre os mais cotados para substituir Valeixo estão Anderson Torres, atual secretário de Segurança do DF. Ele é policial federal, mas é considerado pouco experiente por pessoas da instituição - dos dezesseis anos na PF, passou 10 anos fora dela, ocupando cargos.

Outro nome é o do diretor da Abin, Alexandre Ramagem, nome forte entre os filhos de Bolsonaro. Ele é visto na PF como um bom policial, apesar de também jovem - são 15 anos como policial.

A Bahia registrou 9 mortes em decorrência do novo coronavírus nas últimas 24 horas. Após confirmar 6 óbitos na tarde desta quinta-feira (23), a Secretaria da Saúde do estado (Sesab) anunciou outras três vítimas fatais. Com isso, o total de pessoas que morreram por causa da covid-19 chega a 62.

A quantidade atual de diagnósticos da doença na Bahia está em 1.845, segundo o balanço da Sesab. Os casos estão espalhados em 108 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (61,3%, com 1.131 pacientes). Ao todo, estão recuperadas 428 pessoas e 231 estão internadas, sendo 67 em UTI.

A 60ª morte foi de uma mulher de 83 anos, na quarta-feira (22), em um hospital público de Salvador. Ela tinha histórico de demência avançada, AVC hemorrágico, hipertensão, insuficiência de comunicação, imobilidade, disfagia, tromboflebite crônica de veia cefálica e dupla incontinência.

O 61º óbito também foi em um hospital público da capital baiana na quarta, e a paciente era uma mulher de 90 anos, com Doença de Alzheimer em fase avançada.


A 62ª fatalidade aconteceu em uma unidade de saúde do município de Uruçuca, na última segunda (20). O paciente era um homem de 35 anos, cardiopata.

As mortes na Bahia foram registradas nos municípios de Adustina (1); Água Fria (1); Araci (1); Belmonte (1); Capim Grosso (1); Feira de Santana (1); Gongogi (2); Ilhéus (3); Ipiaú (1); Itabuna (2); Itagibá (1); Itapé (1); Itapetinga (1); Juazeiro (1); Lauro de Freitas (5), um dos óbitos era residente no Rio de Janeiro; Salvador (34); Uruçuca (3); Utinga (1); Vitória da Conquista (1).

Mortes por coronavírus na Bahia

29/3 - Idoso de 74 anos (Hospital da Bahia, em Salvador)
30/3 - Engenheiro civil de 64 anos (Hospital Aliança, em Salvador)
1/4 - Mulher, mãe de recém-nascido, de 28 anos (UPA, em Itapetinga)
2/4- Homem de 88 anos (Hospital da Bahia, em Salvador)
3/4 - Idoso de 79 anos (Cardiopulmonar, em Salvador)
3/4 - Mulher de 41 anos (Couto Maia, em Salvador)
3/4- Idoso de 80 anos (Utinga)
3/4 - Idosa de 62 anos (Instituto Couto Maia, Salvador)
4/4 - Ex-gerente da Caixa Econômica, 55 anos (Hospital Aeroporto, em Lauro de Freitas)
5/4 - Idoso de 87 anos (Salvador)
6/4 - Taxista de 64 anos (Instituto Couto Maia, Salvador)
6/4 - Idoso de 76 anos (Hospital Municipal em Araci)
7/4 - Homem de 26 anos (Instituto Couto Maia, Salvador)
7/4 - Homem de 53 anos (Instituto Couto Maia, Salvador)
7/4 - Mulher de 51 anos (Hospital particular, Salvador)
7/4 - Idoso de 96 anos (Hospital particular, Salvador)
7/4 - Idosa de 63 anos (Uruçuca)
8/4 - Idosa de 72 anos (Ipiaú)
9/4 - Idoso de 65 anos (Ilhéus)
10/4 - Idoso, 71 anos (Gongogi)
10/4 - Idosa de 84 anos (Salvador)
10/4 - Idosa de 62 anos (Itapé)
11/4 Homem de 35 anos, residente no Rio de Janeiro (Lauro de Freitas)
12/4 Idosa de 95 anos (Salvador)
13/4 Homem de 69 anos (Vitória da Conquista)
13/4 Idosa de 82 anos (Gongogi)
14/4 Idosa de 82 anos (Belmonte)
14/4 Homem de 52 anos (Hospital particular, Salvador)
14/4 Idosa de 73 anos (Salvador)
15/04 Idosa de 90 anos (Hospital público, Salvador)
15/04 Idosa de 74 anos (Hospital particular, Salvador)
15/04 Homem de 81 anos (Hospital público, Salvador)
15/04 Mulher de 60 anos (Hospital público, Salvador)
16/04 Homem de 62 anos (Hospital público, Ilhéus)
16/04 Mulher de 61 anos (Hospital público, Ilhéus)
16/04 Idosa de 82 anos residente de Lauro de Freiras (Hospital particular de Salvador)
16/04 Homem de 28 anos (Hospital Couto Maia, Salvador)
16/4 Idoso de 73 anos (Hospital particular de Salvador)
16/4 Homem de 37 anos (Hospital filantropico em Itabuna)
16/4 Homem de 27 anos (Salvador)
17/4 Idoso de 63 anos (Hospital público, Ilhéus)
17/4 Idoso de 80 anos (Salvador)
17/4 Idosa de 87 anos (Hospital público em Salvador)
18/4 Idosa de 82 anos (Salvador)
18/4 Idosa de 82 anos natural de Feira (Hospital Couto Maia, Salvador)
18/4 Idosa de 79 anos (Hospital público, Salvador)
18/4 Homem de 26 anos (era de Ipiaú, estava internado em hospital público de Salvador)
18/4 Homem de 64 anos (UPA, Salvador)
18/4 Idosa de 94 anos (Hospital público em Salvador)
19/4 Idosa de 86 anos (Hospital público em Salvador)
19/4 Idosa de 72 anos (Hospital público em Itabuna)
20/4 Médico de 55 anos (Hospital da Costa do Cacau, Ilhéus)
20/4 Mulher de 54 anos (residente em Água Fria, faleceu em hospital público de Salvador)
20/4 Homem de 35 anos (Uruçuca)
21/4 Homem de 62 anos (residente em Capim Grande, faleceu em público de Salvador)
21/4 Idosa de 97 anos (Hospital de Salvador)
21/4 Idosa de 87 anos (Hospital público em Salvador)
21/4 Idoso de 70 anos (Hospital público em Salvador)
22/4 Funcionário das Osid (Hospital Couto Maia, Salvador)
22/4 Mulher de 68 anos (Hospital privado, Salvador)
22/4 Idosa de 83 anos (Hospital público, Salvador)
22/4 Idosa de 90 anos (Hospital público, Salvador)

O Brasil teve 407 novas mortes nas últimas 24 horas em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o maior número neste período desde o início da contagem. No total, o país soma 3.313 óbitos, 49.492 mil casos confirmados da doença e 26.573 pacientes recuperados. Ainda de acordo com os dados divulgados hoje (23) pelo Ministério da Saúde, 19.606 casos estão em acompanhamento.

As novas mortes marcaram um aumento de 14% em relação a ontem quando foram registrados 2.906 falecimentos. O percentual de acréscimo foi mais do que o dobro do divulgado ontem em relação a terça-feira, de 6%.

Já a quantidade de pessoas infectadas teve uma elevação de 8,2% em relação a ontem, quando foram contabilizados 45.757 pacientes nessa condição.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (1.345). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (530), Pernambuco (312), Ceará (266) e Amazonas (234).

O ministro da Justiça Sergio Moro pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (23), depois de ser comunicado de uma troca que o presidente Jair Bolsonaro pretende fazer na diretoria-geral da Polícia Federal. Segundo a Folha de S. Paulo, Bolsonaro comunicou a mudança nesta quinta ao seu ministro, que não gostou. Agora, o presidente tenta reverter a decisão de Moro, para que ele siga no governo.

O jornal informou ainda que os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram escalados para convencer o ministro a recuar da decisão. Se Valeixo sair, Moro sairá junto, dizem aliados do ministro.

A diretoria-geral hoje é ocupada por Maurício Valeixo, escolhido para o cargo pelo próprio Moro e apontado como seu homem de confiança.

Bolsonaro ameaça mudar o comando da PF desde o ano passado, querendo ter mais controle sobre a atuação da polícia.

Moro deixou a carreira de juiz federal, na qual se destacou pela condução da Lava Jato, para virar ministro. Na época, chegou a dizer estar cansado de "tomar bola nas costas".

A promessa era de que Moro teria autonomia total no comando do ministério, mas desde então tem enfrentado vários embates com o presidente. Ainda segundo a Folha, a promessa de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) ao "superministro" já está enfraquecida desde que as mensagens privadas trocadas entre ele e procuradores da Lava Jato foram divulgadas pela imprensa.

Ainda de acordo com a folha, o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, avisou colegas em reunião nesta quinta-feira (23) que os rumores de sua saída tinham voltado - termo usado por ele mesmo. No encontro virtual com superintendentes, Valeixo disse que colocou seu cargo à disposição no início do ano. O diretor-geral da PF falou que as tratativas estavam ocorrendo entre o presidente e o ministro.

Moro topou largar a carreira de juiz federal, que lhe deu fama de "herói" pela condução da Lava Jato, para virar ministro. Ele disse ter aceitado o convite de Bolsonaro, entre outras coisas, por estar "cansado de tomar bola nas costas".

Tomou posse com o discurso de que teria total autonomia e com status de superministro. Desde que assumiu, porém, acumula recuos e derrotas. Com isso, Moro se firmou como o ministro mais popular do governo Bolsonaro, com aprovação superior à do próprio presidente, segundo o Datafolha.

Pesquisa realizada no início de dezembro de 2019 mostrou que 53% da população avalia como ótima/boa a gestão do ex-juiz no Ministério da Justiça. Outros 23% a consideram regular, e 21% ruim/péssima. Bolsonaro tinha números mais modestos, com 30% de ótimo/bom, 32% de regular e 36% de ruim/péssimo.

O ministro também tem se mostrado, nos bastidores, segundo a Folha, insatisfeito com a condução do combate à pandemia do coronavírus por parte de Bolsonaro. Moro, por exemplo, atuou a favor de Luiz Henrique Mandetta (ex-titular da Saúde) na crise com o presidente.

​Sob o comando de Moro, a Polícia Federal viveu clima de instabilidade em 2019, quando Bolsonaro anunciou uma troca no comando da superintendência do órgão no Rio e ameaçou trocar o diretor-geral.

No meio da polêmica, o presidente chegou a citar um delegado que assumiria a chefia do Rio, mas foi rebatido pela PF, que divulgou outro nome, o de Carlos Henrique de Oliveira, o da confiança da atual gestão. Após meses de turbulência, o delegado assumiu o cargo de superintendente, em dezembro.

No fim de janeiro deste ano, porém, o presidente colocou de volta o assunto na mesa, quando incentivou um movimento que pedia a recriação do Ministério da Segurança Pública. Isso poderia impactar diretamente a polícia, que poderia ser desligada da pasta da Justiça e ficaria, portanto, sob responsabilidade de outro ministro. Bolsonaro depois voltou atrás e disse que a chance de uma mudança nesse sentido era zero, ao menos neste momento.

A bebê Maria Eduarda, de apenas quatro meses, morreu nesta quinta-feira (23) depois de ficar soterrada em um deslizamento no bairro de Águas Claras nesta manhã. A criança chegou a ser resgatada com vida e foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Valéria, mas acabou não resistindo. A avó dela, Maria da Conceição Fraga Teixeira, de 41 anos, também teve a morte confirmada. Ela ficou mais de 3 horas soterrada.

"Local muito difícil o acesso, muito complicado, risco de novo deslizamento. Mas infelizmente estamos resgatando ela sem vida", disse à TV Bahia o coronel Adson Marquezine, dos Bombeiros, que participa da operação de resgate do corpo no local.

O deslizamento de terra foi registrado por volta das 9h30 desta quinta. Cinco pessoas estavam na casa no momento do deslizamento, segundo os moradores - um casal, dois filhos e uma neta. Vizinhos conseguiram salvar a bebê de 4 meses, Maria Eduarda, e a a mãe dela, Gabriela. Os bombeiros retiraram o pai de Gabriela, José. O filho conseguiu sair por conta própria. A matriarca da família, a diarista Maria da Conceição, segue soterrada. "Disseram que encontraram minha mãe, mas não querem falar se tá viva ou morta", chegou a dizer, emocionado, um dos filhos de dona Maria.

Segundo familiares, Gabriela passou a noite na casa da mãe, que queria ver a netinha.

Seu José, marido e avô das vítimas, está na UPA de Valéria com cortes no pé. Não há informações sobre o estado de saúde da mãe da criança.

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) acompanha a situação no local e alerta para riscos em outros imóveis. "Nós levantamos há pouco, há situações de risco aqui na localidade, vistorias realizadas na região, que apontam um risco por conta da questão geológica da localidade. Nossa operação agora passa a acontecer apenas após a de salvamento realizada pelos Bombeiros", explicou Sosthenes Macedo, diretor da Codesal, à TV Bahia. O órgão alertou moradores da região para deixarem os imóveis. "Se preciso for vamos fazer uso da força policial para que as pessoas deixem as edificações e preservem suas vidas".

Sussuarana
Outro caso foi registrado em Sussuarana. Uma criança de 8 anos foi soterrada após um deslizamento de terra e queda de parede. A pequena Sofia já foi resgatada após cerca de meia hora, segundo moradores da região.

Uma vizinha da família contou ao CORREIO que o barranco cedeu pelos fundos da casa da família, depois das 10h desta quinta-feira (23). "Quando eu passei para ir para casa de minha mãe eu vi o desespero da mãe da menina, gritando, pedindo socorro. Eu chamei o pessoal para ajudar a socorrer", diz ela, que prefere não se identificar.

A mãe de Sofia, Angela, relembrou a situação para a TV Bahia. "A gente estava na sala, chamei ela, chamei meu namorado para ir pra cama. Quando a gente deitou na cama eu só vi só o barro descendo... Imprensou minha filha. Saí na rua desesperada para chamar gente para acudir. Os vizinhos ajudaram, tiraram minha filha", conta. "Foi uma coisa rápida. Vi só o barranco desceu".

A família fará cadastro para receber o aluguel social e enquanto isso ficará na casa de vizinhos.

A Prefeitura Municipal de São Francisco do Conde está disponibilizando aos munícipes um canal de atendimento, através do 156, para quem desejar tirar suas dúvidas sobre o coronavírus (COVID-19) e também para aqueles que quiserem denunciar sobre aglomerações.

O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 08h30 às 16h e sábados, domingos e feriados, das 09h às 14h.

A medida tem como propósito orientar os munícipes quanto aos sintomas da doença e outros temas correlatos, bem como contribuir para os trabalhos de fiscalização das medidas adotadas pela gestão municipal no combate e enfrentamento à COVID-19, através das denúncias de moradores que presenciarem aglomerações.

A ligação é gratuita, anônima e pode ser feita de telefone fixo ou celular.


Onze mandados de prisão contra criminosos envolvidos com mortes ligadas ao tráfico de drogas foram cumpridos, no início da manhã desta quinta-feira (23), em Feira de Santana. A ação foi desempenhada em conjunto pelas polícias Civil e Militar.

No bairro Mangabeira, guarnições da 66ª CIPM alcançaram um criminoso na casa da namorada e efetuaram a prisão. Em outro ponto, na primeira investida, o irmão do alvo procurado informou que não tinha contato com o suspeito há dois meses. Minutos depois, nos fundos do imóvel, o foragido foi localizado.

Equipes da Rondesp Leste e da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) cumpriram as outras duas ordens da Vara do Júri de Feira de Santana no bairros Caseb e Chácara São Cosme.

Presídio
No Complexo Prisional de Feira de Santana, os policiais cumpriram mandados contra sete detentos envolvidos em homicídios, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

"Na semana passada, transferimos outros seis homicidas para o Presídio de Segurança Máxima, em Serrinha. Trabalhamos de forma incessante e integrada", declarou o coordenador da 1ª Coorpin, delegado Roberto Leal.

O comandante do Policiamento na Região Leste, coronel Luziel Andrade, por sua vez, informou que as ações ostensivas continuarão reforçadas na cidade. "A população pode nos ajudar denunciando, através dos telefones 190 e 181 (Disque Denúncia)", completou o oficial.