O Jornal da Cidade

O Jornal da Cidade

O prazo para pagamento da taxa de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi prorrogado para o dia 10 de junho, segundo anunciou nesta terça-feira (2) o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Segundo a nota, os participantes que não pagaram a taxa de R$ 85 devem acessar a página do participante a partir de amanhã para emitir um novo boleto - os que já foram emitidos antes perderam a validade e não devem mais ser usados.

O Inep informou que cerca de 300 mil inscritos dos ainda não pagaram a taxa do Enem e, com isso, ganham nova chance. Até agora, mais de 5,7 milhões de inscrições foram confirmadas, o que já contempla também os isentos de pagamento da taxa.

Nome social
Travestis e transexuais podem solicitar o atendimento pelo nome social até a próxima sexta-feira, 5 de junho. O resultado das solicitações é divulgado individualmente, na Página do Participante. Estudantes com pedidos negados poderão recorrer em até três dias com o envio de documentação comprobatória solicitada.

As inscrições para esta edição do Enem acabaram em 27 de maio, depois de um prazo que também foi prorrogado pelo Ministério da Educação (MEC).

O Enem ainda não tem as novas datas de aplicação definidas, já que o exame foi adiado entre 30 e 60 dias do prazo estabelecido no edital , que era de novembro de 2020.

O Enem 2020 é a primeira edição com a edição digital. Apesar da aplicação em computadores, as provas terão o mesmo formato da versão impressa: dois dias de exame e 180 questões objetivas de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e uma redação.

O decreto n° 19.586, que determina a suspensão das aulas na rede estadual e a realização de eventos com mais de 50 pessoas em todo o território baiano, foi prorrogado até o dia 21 de junho. O governador Rui Costa anunciou a continuidade da suspensão das atividades na noite desta segunda-feira (1º), via transmissão ao vivo, por meio das redes sociais. O decreto venceria nesta terça-feira (2), mas, nesta data, será publicada, no Diário Oficial do Estado (DOE), a prorrogação das medidas por mais 19 dias, com a finalidade de conter o avanço do novo coronavírus na Bahia.

O decreto também mantém suspenso o transporte coletivo intermunicipal em 247 cidades baianas que registraram casos da Covid-19 recentemente. O governador lembrou que os dados da doença são analisados diariamente. "Essas medidas de proteção são necessárias para que possamos diminuir a taxa de crescimento. Antes da antecipação dos feriados, por exemplo, a média de crescimento diário do número de novos casos e da necessidade de novos leitos era superior a 5%, agora conseguimos baixar os casos para 4,6% e a necessidade de novos leitos para 2%. A nossa expectativa é controlar esse avanço da doença para que possamos, em breve, voltar à normalidade", disse Rui.

As suspensões previstas no decreto incluem as atividades que envolvem aglomeração de pessoas, como eventos desportivos, inclusive jogos de campeonatos de futebol, profissionais e amadores, religiosos, shows, feiras, apresentações circenses, eventos científicos, passeatas, aulas em academias de dança e ginástica, além da abertura e do funcionamento de zoológicos, museus, teatros, dentre outros.

Também ficam suspensas até 21 de junho a circulação, a saída e a chegada de ônibus interestaduais no território baiano. A suspensão do transporte coletivo intermunicipal é adotada nas cidades que não possuem mais de 14 dias sem registros de casos do novo coronavírus. A medida inclui a circulação, a saída e a chegada de qualquer transporte intermunicipal coletivo, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.

A Formula One Management – empresa responsável pela organização da Fórmula 1 (F1) -anunciou nesta terça-feira (2), as oito primeiras provas do calendário de 2020, que compõem a fase europeia da temporada. Os pilotos vão largar, pela primeira vez no ano no dia 5 de julho, no circuito de Spielberg, na Áustria. Inicialmente o campeonato estava marcado para começar em março, mas devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a data do primeiro Grande Prêmio teve de ser alterada. Ao todo, 11 provas foram afetadas pela insegurança sanitária, sendo que quatro delas - Austrália (estreia), Mônaco, França e Holanda - foram canceladas. Já outros seis GPs foram adiados: Bahrein (Vietnã), China, Holanda, Espanha, Azerbaijão e Canadá.

Em comunicado oficial no site da F1, o Presidente e CEO, o americano Chase Carey, comemorou o começo das disputas, que inicialmente vai acontecer sem a presença de público.

"Estamos satisfeitos por podermos definir nosso calendário de oito corridas de abertura e esperamos publicá-lo completo nas próximas semana. Temos trabalhado incansavelmente com todos os nossos parceiros, a FIA e as equipes para criar um calendário de abertura revisado para 2020, permitindo-nos reiniciar as corridas da maneira mais segura possível. Embora, a temporada comece sem fãs em nossas corridas, esperamos que nos próximos meses a situação nos permita recebê-los de volta quando for seguro. Mas sabemos que o retorno da F1 será um impulso bem-vindo para fãs de esportes de todo o mundo”, disse.

De 15 a 18 provas em 2020

De acordo com o novo cronograma, os austríacos serão os responsáveis por sediar duas corridas, assim como os ingleses. Desta forma, a organização da F1 alterou o nome dos GPs extras. Na Áustria será chamado de Estíria, que é a região onde está localizado Spielberg. Na Inglaterra levará a denominação de 70° aniversário, em memória da primeira prova ocorrida no autódromo de Silverstone. As provas anunciadas são:

GP da Áustria (Spielberg): 5 de julho

GP da Estíria (Spielberg): 12 de julho

GP da Hungria (Hungaroring): 19 de julho

GP da Inglaterra (Silverstone): 2 de agosto

GP 70º aniversário (Silverstone): 9 de agosto

GP da Espanha (Barcelona): 16 de agosto

GP da Bélgica (Spa-Francorchamps): 30 de agosto

GP da Itália (Monza): 6 de setembro

Com o calendário comprimido em razão da pandemia, a F1 trabalha para realizar entre 15 e 18 provas, das 22 programadas inicialmente. No início de abril, o diretor técnico da F1, Ross Brawn, explicou que o limite para o começo das corridas seria o mês de outubro, de modo a respeitar o estatuto da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que limita um mínimo de oito provas para realização de um campeonato mundial.

O Bahia registrou um prejuízo de R$ 1.411.660,58 no seu balanço financeiro em abril da pandemia do coronavírus. Neste mês não houve jogos de futebol, já que os campeonatos foram suspensos a partir de meados de março. Antes da paralisação, a equipe tricolor disputou quatro partidas, sendo duas pela Copa do Nordeste e duas pelo Baianão.

Desde a paralisação, o Bahia teve uma queda drástica nas receitas. Até o mês de março, clube recebeu cerca de R$ 4,5 milhões referente a transmissão, porém, sem os jogos entrou pouco mais de R$ 150 mil nos cofres. Já nas bilheterias, o Tricolor arrecadou em torno de R$ 1,2 milhão em fevereiro, enquanto que em março, quando o time deixou de jogar oito vezes, sem contar as fases finais da Copa do Nordeste e Baianão, o valor caiu para em torno de R$ 429 mil até zerar completamente em abril, quando não disputou nenhuma partida sequer.

Outra fonte de renda afetada é o programa de sócio. Neste ano, o Tricolor teve pico de R$ 4.164.649,87 em fevereiro. No mês seguinte, sem a disputa dos campeonatos, o número caiu para R$ 2.945.135,77. Porém, com os esforços da diretoria em manter os associados, a queda foi amenizada em abril, quando não teve nenhuma partida. Os torcedores contribuíram com R$ 1.942.697,36.

Enquanto acontecem as discussões em relação aos retornos dos treinos e, depois, dos campeonatos de futebol, o Brasil registra 526.447 casos confirmados do coronavírus, 211.080 pacientes recuperados e 29.937 óbitos, de acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, na noite desta segunda-feira (1°). Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) contabiliza 18.898 pessoas infectadas, 6.701 recuperadas e 701 mortes pela doença.

Durante este período sem jogos, o Bahia antecipou uma parte das férias do elenco e após o retorno adotou os treinos virtuais. O departamento de futebol tem feito os treinos coletivos com os jogadores por videoconferência. Eles realizam apenas atividades físicas para manter a forma.

A Caixa libera hoje (2) as transferências e os saques da segunda parcela do auxílio emergencial para 2,7 milhões de beneficiários nascidos em março.

A liberação do saque e a transferência da poupança social da Caixa para outros bancos está sendo feita de acordo com o mês de nascimento dos beneficiários. Os recursos estão sendo transferidos automaticamente para as contas indicadas.

No último sábado (30), foi liberado o saque e a transferência para os beneficiários nascidos em janeiro. Hoje é a vez dos nascidos em março. Amanhã (3), a liberação será para os nascidos em abril, e assim por diante até o sábado, dia 13 de junho, para os nascidos em dezembro, com exceção do domingo (7).

A transferência dos valores será feita para quem indicou contas para recebimento em outros bancos ou poupança existente na Caixa. Com isso, esses beneficiários poderão procurar as instituições financeiras com quem têm relacionamento, caso queiram sacar.

Segundo a Caixa, mais de 50 bancos participam da operação de pagamento do auxílio emergencial.

Todos os beneficiários do Bolsa Família elegíveis para o auxílio emergencial já receberam o crédito da segunda parcela.

A Caixa reforça que não é preciso madrugar nas filas. Todas as pessoas que chegarem às agências durante o horário de funcionamento, das 8h às 14h, serão atendidas. Elas vão receber senhas e, mesmo com as unidades fechando às 14h, o atendimento continua até o último cliente, informou o banco.

O banco lembra ainda que fechou parceria com cerca de 1.200 prefeituras para reforçar a organização das filas e manter o distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas.

Presidente nacional do DEM, o prefeito ACM Neto determinou que a ativista bolsonarista Sara Winter seja sumariamente expulsa do partido. Ontem, o prefeito classificou de "criminosas" pessoas ligadas a protestos como os que Sara tem comandado. Nesta terça-feira (2), Neto afirmou que os atos promovidos por ela no final de semana não compactuam com o que o partido defende.

"Essa senhora promoveu movimentos inaceitáveis de desrespeito à democracia, de agressão às instituições. Movimento que sem dúvida alguma flerta com tendências autoritárias, que são inaceitáveis para o nosso país. As atitudes dela confrontam com o espírito do Democratas, com os princípios do nosso partido. Para o Democratas, a democracia é um valor inegociável. Não iremos tolerar, aceitar ou compactuar com nenhum tipo de movimento que possa colocar em risco a democracia", afirmou.

Sara lidera o autodenominado grupo 300 do Brasil, que faz acampamento em Brasília e fez um ato contra o Supremo Tribunal Federal (STF) com estética similar à do grupo supremacista Ku Klux Klan, com rostos cobertos e tochas. Ela é também um dos alvos da operação contra fake news do STF.

A ativista se filiou ao DEM em 2018, quando tentou se eleger deputada estadual pelo Rio de Janeiro, sem sucesso. Segundo Neto, ela "não tinha nenhum tipo de atividade partidária, disputou eleição pelo partido, mas não tinha participação ativa com o partido, mas estava afiliada".

O prefeito já havia criticado o comportamento que "passou dos limites" dos manifestantes ligados a Sara. "Pessoas encapuzadas. Pessoas com tocha nas mãos. Pessoas defendendo agressões ao Supremo Tribunal Federal. Pessoas defendendo intervenção militar. O Brasil não tem condições de estar vivendo isso, e é uma extra insensibilidade com os milhares de mortos, e com as famílias que estão sofrendo nesse momento", afirmou ontem, lembrando a pandemia que o país enfrenta.

"É inaceitável. Está passando de todos os limites. Além do mais, qualquer coisa que signifique agressão física, enfrentamento físico, nada disso pode ser tolerado. Então, fica aqui o meu repúdio como cidadão, mais do que como presidente do Democratas ou prefeito de Salvador, o meu repúdio como cidadão a esses radicais insensíveis, a essas pessoas que são criminosas", completou.

O grupo comandado por Sara foi chamado de "milícia armada" pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que entrou com ação civil pública na Justiça pedindo dispersão do acampamento.

Falando à BBC Brasil, Sara afirmou que havia armamento no acampamento "para proteção dos próprios membros". Eles arracadaram mais de R$ 80 mil em uma vaquinha on-line para manter custos e pagar um "treinamento". O site que hospedava a vaquinha removeu a arrecadação após pressão nas redes sociais.

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, decidiu nesta segunda-feira, dia 1º, atender ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou o pedido apresentado por partidos da oposição para apreender os celulares do presidente Jair Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do chefe do Executivo.

Os partidos PDT, PSB e PV haviam solicitado ao Supremo a apreensão dos aparelhos "o quanto antes, sob pena de que haja tempo suficiente para que provas sejam apagadas ou adulteradas" dentro das investigações sobre interferência política do presidente na Polícia Federal.

O mero encaminhamento à PGR dos pedidos de apreensão do celular de Bolsonaro e de Carlos levou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, a divulgar nota em que afirma considerar "inconcebível" a requisição. Heleno afirmou ainda que, caso aceita, a medida poderá ter "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional".

"O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência alerta as autoridades constituídas que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os Poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional", disse Heleno, em nota.

A nota assinada por Heleno foi autorizada por Bolsonaro e chancelada pelos ministros militares. "Eu olhei e falei: 'O senhor fique à vontade'", relatou o presidente no dia em que o comunicado do general foi divulgado. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também endossou a nota. "A simples ilação de o presidente da República ter de entregar o seu celular é uma afronta à segurança nacional", afirmou.

Depois da manifestação de Heleno, um grupo de 90 oficiais da reserva do Exército divulgou uma nota de apoio ao ministro do GSI, na qual atacam o Supremo e falam em "guerra civil".

'Desobediência presidencial'

Ao arquivar o pedido, o ministro Celso de Mello alertou o presidente que descumprir ordem judicial implica "transgredir a própria Constituição da República, qualificando-se, negativamente, tal ato de desobediência presidencial".

No dia 22, em entrevista à Rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que, mesmo que houvesse uma decisão judicial neste sentido, não entregaria seu aparelho. "No meu entender, com todo o respeito ao Supremo Tribunal Federal, nem deveria ter encaminhado ao Procurador-Geral da República. Tá na cara que eu jamais entregaria meu celular. A troco de quê? Alguém está achando que eu sou um rato para entregar um telefone meu numa circunstância como essa?", afirmou o presidente.

As declarações de Bolsonaro foram lembradas pelo ministro em sua decisão. "Notícias divulgadas pelos meios de comunicação social revelaram que o Presidente da República ter-se-ia manifestado no sentido de não cumprir e de não se submeter a eventual ordem desta Corte Suprema que determinasse a apreensão cautelar do seu aparelho celular, muito embora sequer houvesse, naquele momento, qualquer decisão nesse sentido, mas simples despacho de encaminhamento dos autos (à PGR)", observou o decano.

"Tal insólita ameaça de desrespeito a eventual ordem judicial emanada de autoridade judiciária competente, de todo inadmissível na perspectiva do princípio constitucional da separação de poderes, se efetivamente cumprida, configuraria gravíssimo comportamento transgressor, por parte do Presidente da República", acrescentou o decano da Corte.

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, decidiu nesta segunda-feira, dia 1º, atender ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou o pedido apresentado por partidos da oposição para apreender os celulares do presidente Jair Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do chefe do Executivo.

Os partidos PDT, PSB e PV haviam solicitado ao Supremo a apreensão dos aparelhos "o quanto antes, sob pena de que haja tempo suficiente para que provas sejam apagadas ou adulteradas" dentro das investigações sobre interferência política do presidente na Polícia Federal.

O mero encaminhamento à PGR dos pedidos de apreensão do celular de Bolsonaro e de Carlos levou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, a divulgar nota em que afirma considerar "inconcebível" a requisição. Heleno afirmou ainda que, caso aceita, a medida poderá ter "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional".

"O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência alerta as autoridades constituídas que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os Poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional", disse Heleno, em nota.

A nota assinada por Heleno foi autorizada por Bolsonaro e chancelada pelos ministros militares. "Eu olhei e falei: 'O senhor fique à vontade'", relatou o presidente no dia em que o comunicado do general foi divulgado. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também endossou a nota. "A simples ilação de o presidente da República ter de entregar o seu celular é uma afronta à segurança nacional", afirmou.

Depois da manifestação de Heleno, um grupo de 90 oficiais da reserva do Exército divulgou uma nota de apoio ao ministro do GSI, na qual atacam o Supremo e falam em "guerra civil".

'Desobediência presidencial'
Ao arquivar o pedido, o ministro Celso de Mello alertou o presidente que descumprir ordem judicial implica "transgredir a própria Constituição da República, qualificando-se, negativamente, tal ato de desobediência presidencial".

No dia 22, em entrevista à Rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que, mesmo que houvesse uma decisão judicial neste sentido, não entregaria seu aparelho. "No meu entender, com todo o respeito ao Supremo Tribunal Federal, nem deveria ter encaminhado ao Procurador-Geral da República. Tá na cara que eu jamais entregaria meu celular. A troco de quê? Alguém está achando que eu sou um rato para entregar um telefone meu numa circunstância como essa?", afirmou o presidente.

As declarações de Bolsonaro foram lembradas pelo ministro em sua decisão. "Notícias divulgadas pelos meios de comunicação social revelaram que o Presidente da República ter-se-ia manifestado no sentido de não cumprir e de não se submeter a eventual ordem desta Corte Suprema que determinasse a apreensão cautelar do seu aparelho celular, muito embora sequer houvesse, naquele momento, qualquer decisão nesse sentido, mas simples despacho de encaminhamento dos autos (à PGR)", observou o decano.

"Tal insólita ameaça de desrespeito a eventual ordem judicial emanada de autoridade judiciária competente, de todo inadmissível na perspectiva do princípio constitucional da separação de poderes, se efetivamente cumprida, configuraria gravíssimo comportamento transgressor, por parte do Presidente da República", acrescentou o decano da Corte.

Um perfil no Twitter que diz ser do grupo hacker Anonymous Brasil expôs nas redes sociais informações pessoais que seriam do presidente Jair Bolsonaro, de seus filhos, e dos ministros Damares Alves e Abraham Weintraub. O grupo também revelou informações que seriam do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, que apoia o presidente.

Os dados divulgados incluem salário, endereço, nota de avaliação de entidades de crédito, bens, dívidas registradas, capacidade de pagamento de contas e outros. O deputado do PSL Douglas Garcia confirmou que também teve os dados expostos pelo grupo.

Após os dados terem sido divulgados, o mesmo perfil informou que os dados haviam sido retirados da internet, mas que eles seriam expostos novamente. Em seguida, o perfil foi excluído do Twitter. Nas redes sociais, alguns usuários apontam que os dados já estavam disponíveis na internet e, por isso, o episódio não seria de vazamento de dados.

A família Bolsonaro e os ministros Damares Alves e Abraham Weintraub ainda não se posicionaram publicamente sobre o caso.

A Bahia superou a marca de 700 mortes em decorrência do novo coronavírus. Nesta segunda-feira (1º), a Secretaria da Saúde (Sesab) anunciou mais 34 vítimas fatais por covid-19, fazendo o estado chegar ao número total de 701 falecimentos. De acordo com o boletim, já são 18.898 casos confirmados da doença.

Apesar das 34 novos óbitos terem sido notifcados agora, a Sesab informa que não aconteceram nas últimas 24 horas, mas sim em período de 28 dias. Estas notificações tardias estão sendo apuradas pela Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Corregedoria.

Dos 18.898 diagnósticos, 6.701 pacientes já são considerados recuperados, o que representa 35,46% do total de contaminados. Outras 11.496 pessoas (60,83%) permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e ainda apresentam sintomas da covid-19. Ao redor da Bahia, 2.764 profissionais da saúde testaram positivo para a covid-19.

Os infectados foram registrados em 302 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (61,32%). As cidades com os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes foram Uruçuca (5.653,30), Ipiaú (4.294,47), Itabuna (4.192,79), Salvador (3.979,67) e Itajuípe (3.855,35).

Entre as 34 novas mortes, 21 ocorreram em Salvador. Os outros óbitos aconteceram em Ilhéus (4), Itabuna (3), Feira de Santana (1), Eunápolis (1), Valença (1), Mulungu do Morro (1), Simões Filho (1) e Vitória da Conquista (1).

668º óbito – mulher, 88 anos, residente em Salvador, portadora de doença respiratória crônica. Internada dia 21/05, veio a óbito dia 29/05, em hospital da rede particular, em Feira de Santana;
669º óbito -homem, 45 anos, residente em Eunápolis, portador de hipertensão arterial. Internado dia 11/05, veio a óbito dia 12/05, em hospital da rede pública, em Eunápolis;
670º óbito – homem, 84 anos, residente em Uruçuca, portador de diabetes mellitus, hipertensão arterial e doença renal crônica. Internado dia 22/05, veio a óbito dia 26/05, em hospital da rede pública, em Ilhéus;
671º óbito – mulher, 76 anos, residente em Cairu, portadora de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Sem informação acerca da data de internação, veio a óbito dia 07/05, em hospital filantrópico de Valença;
672º óbito – mulher, 65 anos, residente em Mulungu do Morro, portadora de diabetes mellitus, doença cardiovascular, hipertensão arterial e doença respiratória crônica. Internada dia 23/05, veio a óbito dia 29/05, em hospital da rede pública, em Mulungu do Morro;
673º óbto – mulher, 84 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes mellitus e hipertensão arterial. Internada dia 04/05, foi a óbito dia 24/05, em hospital da rede particular, em Salvador;
674º óbito – homem, 70 anos, residente em Salvador, portador de obesidade e hipertensão arterial. Internado dia 18/05, veio a óbito dia 30/05, em hospital da rede particular, em Salvador;
675º óbito – homem, 71 anos, residente em Simões Filho, portador de doença cardiovascular e obesidade. Internado dia 22/05, veio a óbito dia 24/05, em hospital da rede pública, em Simões Filho;
676º óbito – mulher, 71 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular, imunodeficiência e neoplasia. Internada dia 23/05, veio a óbito dia 26/05, em hospital militar, em Salvador;
677º óbito – homem, 65 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Internado dia 19/05, veio a óbito dia 28/05, em hospital filantrópico, em Salvador;
678º óbito – mulher, 85 anos, residente em Pau Brasil, sem comorbidades. Internada dia 21/05, veio a óbito no mesmo dia (21/05), em hospital da rede pública, em Ilhéus;
679º óbito – homem, 60 anos, residente em Salvador, portador de diabetes mellitus, hipertensão arterial e doença cardiovascular sistêmica. Internado dia 18/05, veio a óbito dia 29/05, em hospital da rede particular, em Salvador;
680º óbito – homem, 78 anos, residente em São José da Vitória, portador de hipertensão arterial. Internado dia 23/05, veio a óbito dia 27/05, em hospital filantrópico, em Itabuna;
681º óbito – mulher, 91 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial. Internada dia 18/05, veio a óbito dia 22/05, em hospital da rede pública, em Salvador;
682º óbito – homem, 98 anos, residente em Itabuna, sem informação acerca de comorbidades. Internado dia 22/05, veio a óbito dia 26/05, em hospital filantrópico, em Itabuna;
683º óbito – homem, 44 anos, residente em Santa Cruz da Vitória, sem comorbidades. Internado dia 23/05, veio a óbito dia 29/05, em hospital da rede pública, em Ilhéus;
684º óbito – homem, 88 anos, residente em Itabuna, portador de neoplasia. Internado dia 15/05, veio a óbito dia 20/05, em hospital filantrópico, em Itabuna;
685º óbito – homem, 77 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Internado dia 26/05, veio a óbito no mesmo dia (26/05), em hospital da rede pública, em Salvador;
686º óbito – homem, 90 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular, doença do sistema nervoso e doença respiratória crônica. Internado dia 17/05, veio a óbito dia 21/05, em hospital filantrópico, em Salvador;
687º óbito – homem, 73 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, data de internação não informada, veio a óbito dia 19/05, em domicílio, em Salvador;
688º óbito – mulher, 80 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes e doença cardiovascular, foi internada dia 17/05 e veio a óbito dia 20/05, em unidade da rede filantrópica, em Salvador;
689º óbito – homem, 58 anos, residente em Salvador, portador de diabetes, doença cardiovascular e obesidade, foi internado dia 18/05 e veio a óbito dia 29/05, em unidade da rede privada, em Salvador;
690º óbito – homem, 55 anos, residente em Valença, portador de diabetes, data de internação não informada, veio a óbito dia 23/05, em unidade da rede pública, em Ilhéus;
691º óbito – mulher, 68 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes, doença cardiovascular doença renal crônica e hipertensão, foi internada no dia 15/05 e veio a óbito dia 22/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
692º óbito – mulher, 52 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes e hipertensão arterial, foi internada dia 03/05 e veio a óbito dia 04/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
693º óbito – mulher, 85 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes e doença cardiovascular, foi internada dia 17/05 e veio a óbito dia 30/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
694º óbito – mulher, 79 anos, residente em Salvador, portadora de doença do sistema nervoso, hipertensão arterial e doença renal crônica, data de internação não informada, veio a óbito dia 24/05, em unidade da rede privada;
695º óbito – mulher, 67 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes e doença renal crônica, foi internada dia 24/05 e veio a óbito dia 26/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
696º óbito – mulher, 76 anos, residente em Salvador, portadora de demências, incluindo Alzheimer, diabetes e hipertensão arterial, foi internada dia 21/05 e veio a óbito dia 29/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
697º óbito – mulher, 67 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, foi internada dia 19/05 e veio a óbito dia 26/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
698º óbito – mulher, 81 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular e obesidade, foi internada dia 16/05 e veio a óbito dia 23/05, em unidade da rede privada, em Salvador;
699º óbito – mulher, 81 anos, residente em Aporá, portadora de doença cardiovascular, doença respiratória crônica, neoplasias e obesidade, foi internada dia 19/05 e veio a óbito dia 25/05, em unidade da rede privada, em Salvador;
700º óbito – homem, 82 anos, residente em Ipiaú, sem comorbidades, foi internado dia 08/05 e veio a óbito dia 31/05, em unidade da rede pública, em Vitória da Conquista;
701º óbito – mulher, 94 anos, residente em Salvador, portadora de doenças autoimunes, foi internada dia 03/05 e veio a óbito dia 26/05, em unidade da rede privada, em Salvador.
No estado, dos 1.803 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para infectados com coronavírus, 1.017 estão ocupados (56%). Já entre os 791 leitos de UTI adulto e pediátrico voltados exclusivamente a pessoas com covid-19, 534 possuem pacientes internados (68%).

De acordo com a Sesab, "o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda".

Entre o dia 1° de março e esta segunda-feira (1°), o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) realizou 55.547 exames do tipo RT-PCR, que é o padrão ouro para identificar o genoma viral do coronavírus. Estão em análise 1.416 exames.

Em relação aos casos confirmados, 53,10% foram do sexo feminino, 44,08% do masculino e 2,82% sem informação. A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 19,86% do total.

O boletim epidemiológico registra ainda 41.442 casos descartados e 117.625 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta segunda (1º).

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (1º) que não se deve “sair da democracia” nem transformar o enfrentamento da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus em um “laboratório de autoritarismo”.

“Não deve haver saída da crise com saída da democracia”, disse ministro em palestra online sobre direito e covid-19, organizada pelo Centro Universitário de Brasília (Ceub), universidade privada da capital. “É dentro da legalidade constitucional que devemos lidar com essa crise”, acrescentou o ministro.

Para Fachin, assim como um médico segue os protocolos de saúde numa sala de emergência, também a sociedade deve observar os protocolos democráticos para lidar com a situação, “para que o enfrentamento dessa crise seja um laboratório da democracia, e não seja, em hipótese alguma, um laboratório de autoritarismo”.

O ministro frisou que, mesmo sendo necessário conviver com as divergências em uma democracia, “é preciso que tenhamos presente que grades de proteção da legalidade democrática não podem ser suplantadas”.

Ao final, Fachin defendeu tolerância, inclusão e pluralidade como princípios inerentes ao processo democrático, mas ressalvou também ser preciso “que quem demande respeito se respeite. Chamar para si a liberdade de expressão para atentar contra a liberdade da expressão é ser tolerante com os intolerantes”.