O Jornal da Cidade

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Campeã em duas categorias do UFC, Amanda Nunes colocará o cinturão peso-pena em jogo neste sábado, contra Felicia Spencer, em Las Vegas. O confronto deveria ter acontecido no dia 9 de maio, em São Paulo, mas o evento acabou cancelado por conta da pandemia do novo coronavírus.

Na retomada do UFC, Amanda pediu para não ser escalada para as primeiras edições do evento, realizadas em maio. Segundo a campeã contou em entrevista exclusiva ao Combate.com, o pedido foi por conta de um conselho de mãe.

- Todos os dias eu falava com a minha mãe, e a minha mãe ficava falando pra eu não lutar. E você sabe, mãe falou… Toda vez que eu falava com a minha mãe, ela falava isso. Eu lembro quando eu era pequena, uma vez eu tava brincando do lado de fora e minha mãe falou: “Amanda não vai praquelas tábuas ali porque tem muito prego e você vai furar seu pé. Não vá”. Eu fui. Furei meu pé e fui pro hospital sozinha. E lembro, foi muito marcante isso pra mim e falei: “Sabe de uma, vai que eu tome um pau nessa luta e perca meu cinturão? Eu não vou arriscar, não”. E aí eu falei com o UFC se tinha uma data mais pra frente, que a gente não desmarcasse, mas puxasse um pouquinho também pra aliviar, porque estava muito forte a situação do vírus e eu queria dar uma aliviada, puxar um pouco mais pra frente.

Amanda revelou ainda sua suspeita de ter contraído o covid-19 em uma viagem a Las Vegas no início da pandemia, e que poderia ter contaminado sua noiva, Nina Ansaroff. A "Leoa" espera confirmar o diagnóstico assim que desembarcar na cidade para o evento deste sábado.

- Eu estava em Vegas numa convenção. Tinha muita gente de todo o mundo. Eu fiquei exposta a muita gente lá, e quando eu cheguei em casa eu fiquei doente. Eu fiquei logo doente e com os mesmos sintomas do corona. E agora, indo pro UFC, eu vou ver se eu tive mesmo. Porque eu cheguei de viagem e fui direto pra cama, com febre, o corpo (doendo) mesmo, coisa que eu nunca senti antes. Eu já fiquei doente antes, e nunca me senti como eu me senti quando eu cheguei de Vegas, depois da convenção. E aí eu fiquei doente, fiquei de cama uns dois, três dias, e logo depois Nina pegou também e ficou doente. Então eu acredito que eu passei aí pelo corona rapidamente, mas vou saber agora se eu já tive. Então eu devo estar imunizada né, porque quando você pega acho que você fica imunizada, alguma coisa assim que eu vi. Aí eu vou saber realmente se foi ou não.

Confira abaixo a entrevista completa com Amanda Nunes:

Como foi a preparação durante a pandemia? Você chegou a falar que não ia lutar. O que te fez mudar de ideia?

Então, a academia ficou aberta pros atletas que tinham luta. Porque, como você sabe, o UFC não tinha cancelado luta nenhuma. Todo mundo já estava com contrato assinado, então a gente tinha que continuar treinando. E aí o que que a academia fez? Deixou as portas abertas só pra gente que tinha luta já assinada. Sendo que fechou pra todo o público, pros outros atletas e deixou aberta só pra mim e pra uns quatro a cinco atletas que ia lutar no mesmo card que eu e que tinha lutas também logo depois na sequência. Eu sentei com meus coaches, fiz um horário pra mim, quando não tinha ninguém lá, e aí quando eu saía, a academia limpava toda a área, e aí vinha outro atleta.

Deu pra fazer um camp legal, só que todos os dias eu falava com a minha mãe, e a minha mãe ficava falando pra eu não lutar. E você sabe, mãe falou… já tava ficando chato. Toda vez que eu falava com a minha mãe, ela falava isso. Eu lembro quando eu era pequena, uma vez eu tava brincando do lado de fora e minha mãe falou: “Amanda não vai praquelas tábuas ali porque tem muito prego e você vai furar seu pé. Não vá”. Eu fui. Furei meu pé e fui pro hospital sozinha. E lembro, foi muito marcante isso pra mim e falei: “Sabe de uma, vai que eu tome um pau nessa luta e perca meu cinturão? Eu não vou arriscar, não”.

E aí eu falei com o UFC se tinha uma data mais pra frente, que a gente não desmarcasse, mas puxasse um pouquinho também pra aliviar, porque estava muito forte a situação do vírus e eu queria dar uma aliviada, puxar um pouco mais pra frente. Então surgiu essa oportunidade de lutar dia 06, e eu peguei, né? E outra coisa, a gente precisa trabalhar também. Tem contas pra pagar. O UFC está fazendo um trabalho muito bom com isso tudo e é por isso que eu aceitei lutar. Conversei com a minha mãe também, falei com ela como é o procedimento lá, como eles estão fazendo. Estão todos sendo testados, e aí me deu um conforto melhor.

Com sua mãe aceitando, você acabou ficando mais tranquila pra fazer essa luta?

Me deixou mais tranquila. No início (da pandemia), eu estava em Vegas numa convenção. Tinha muita gente de todo o mundo. Eu fiquei exposta a muita gente lá, e quando eu cheguei em casa eu fiquei doente. Eu fiquei logo doente e com os mesmos sintomas do corona. E agora, indo pro UFC, eu vou ver se eu tive mesmo. Porque eu cheguei de viagem e fui direto pra cama… febre, o corpo (doendo) mesmo, coisa que eu nunca senti antes. Eu já fiquei doente antes, e nunca me senti como eu me senti quando eu cheguei de Vegas, depois da convenção. E aí eu fiquei doente, fiquei de cama uns dois, três dias, e logo depois Nina pegou também e ficou doente. Então eu acredito que eu passei aí pelo corona rapidamente, mas vou saber agora se eu já tive. Então eu devo estar imunizada né, porque quando você pega acho que você fica imunizada, alguma coisa assim que eu vi. Aí eu vou saber realmente se foi ou não.

E agora você fará sua primeira defesa do cinturão peso-pena desde que você o conquistou ao vencer a Cris Cyborg.

Com certeza, essa era a próxima luta. Era pra ser com a Germaine (de Randamie), mas ela não quis, ela preferiu a luta no peso-galo, mas era pra eu ter defendido o título com ela, porque ela ela foi campeã do peso-pena. Mas na cabeça dela era melhor disputar em baixo, porque (viu) como foi a luta de Cris, né? Rendeu bastante pra ela, tipo “eu vou pra categoria de baixo porque a Amanda não tem muita força”. Eu acho que foi o que aconteceu. E aí eu falei com o UFC: “Eu aceito essa luta no 135 (peso-galo) com ela, mas depois dessa eu só vou lutar se eu defender o título. Eu quero fechar um ciclo aí e eu preciso dessa luta, eu preciso defender, eu preciso continuar fazendo história, entendeu? Eu preciso, vocês não podem me limar de fazer isso, vocês não podem me parar. Eu preciso continuar”. E aí, depois de muita conversa, eles aceitaram e eu só assinei aquele contrato com a Germaine quando eles me deram certeza que a próxima seria a defesa do cinturão da categoria de cima.

Você quer ser lembrada como a primeira atleta do UFC a defender os dois cinturões simultaneamente?

Eu acho que se as pessoas já lembram de mim através da Cris, por ser campeã em duas categorias, imagina agora. Eu acho que eu quero continuar fazendo história, é isso que me move, entendeu? É continuar quebrando recordes e lutando com as melhores. Felicia é uma atleta muito dura, você viu a luta dela com a Cris, não foi fácil. Foi a única menina que conseguiu abrir a testa da Cris com uma cotovelada. Você nunca viu isso na história. Eu consegui nocautear a Cris, mas eu não consegui fazer cortes e coisa desse tipo, e ela conseguiu. Então é uma atleta muito forte, e lutar com a Spencer eu acho que foi a atleta perfeita pra essa minha próxima defesa. Ela ganhou de todas também, ganhou da Megan (Anderson), lutou com a Cris, a última agora também foi muito bem. Realmente ela merece, ela construiu um caminho pra chegar até a mim e eu estou muito feliz em dividir o cage com ela.

O que você acha do estilo da Felícia? Quais seus pontos fortes?

Super man punch, quer dizer, super man elbow, é uma coisa que ela gosta muito de fazer, que ela pegou a Cris algumas vezes na luta. Ela gosta do "nipic" que é aquela queda que ela está aqui e tal na trocação, aí ela muda e vai pra uma queda. Vai muito pro double leg, gosta muito. E ela gosta de usar bastante a grade, gosta de usar aquele dirty boxing, aquela coisa de agarra agarra. E são coisas que todas as minhas oponentes me prepararam pra esse momento. Eu já lutei com a melhor wrestler que existe, com a melhor striker, com a melhor grappler. Então eu estou muito bem preparada pra essa luta porque a Spencer é uma atleta que é diferente. Ela é uma menina que consegue continuar na luta, absorver os golpes e ela continua. É uma menina dura. Eu preciso ser bastante inteligente.

Não posso jogar nada displicente. Se for um jab, tem que ser o jab pra eu fazer ela sentir, pra ela sozinha começar a se perder na estratégia dela, e eu começar a impor a minha. Eu realmente tenho que estar preparada. Não tem coisa que eu tenho que olhar mais ou menos. Ela é dura, eu tenho que estar pronta. É como sempre falo, a gente tem que estar um cacto, toda vez que ela chegar ela tem que se ferir quando encostar na gente. Então é isso. Eu estou pronta pra tudo assim.

- Ela vem mesmo na raça, porque é uma menina dura, é uma menina que sabe que consegue absorver bastante golpes, então ela vem mesmo, e vem pro tudo ou nada. Então esse momento é um momento que eu gosto. Eu gosto de definir nesses momentos, que é o momento que eu me sobressaio bastante, quando alguém está me pressionando na maluquice, entendeu?

Como foi fazer seus treinos desta vez sem sua noiva, Nina Ansaroff, que está grávida?

A gente já não tá treinando já tem um tempo, porque ficou de uma forma que a gente estava numa briga mais do que uma ajudando a outra. A gente fazia um sparring, e às vezes a Nina conectava algum golpe em mim e meio que “tocava na minha ferida”, sabe? E aí ela corria, não queria mais fazer o contato, e aí ficava enrolando no sparring e tudo. Eu falava: “Quer dizer que você me acerta e agora tá correndo?”. Então o nosso sparring criou assim uma rivalidade muito grande, porque a Nina é boa pra caramba. E aí ela conectava, ou entrava um pontapé ou um golpe assim e tal. E aí eu falava: “É? Sacana…vou de te pegar filha da p…”(risos). E aí pronto, acabava o sparring. O Conan entrava e separava a gente. Coisa mesmo de treino, depois dali acabou. Aí o Conan separou a gente mesmo. Já tinha um tempo que a gente não fazia mais, até porque já estava ficando meio perigoso, numa brincadeira dessa, vai que alguém machuca a outra. E aí quando veio a Reagan (bebê), não tem como fazer.

Mas a Nina fica ali fora, ela tem um olhar clínico também muito bom, é uma pessoa que também tem uma experiência de luta, sabe o que eu estou passando ali. E também, a água, um paninho ali pra enxugar o suor… um cuidado ali, um cuidado aqui é sempre bom, né? Eu vejo gente, às vezes, no sparring que não tem nem um banco pra sentar depois do sparring (risos), porque não tem ninguém, não tem uma parceira, não tem um parceiro pra dar uma força. Eu não, eu quando vou pro meu sparring, quando volto eu me sinto na luta. Eu volto, sento, tenho o meu banquinho… o Conan tá ali na frente, Nina tá aqui, Katel tá aqui, um faz uma coisa, o outro faz outra coisa. Eu me sinto na luta. Então, a gente conseguiu se moldar legal com a parte da Nina ficar no córner também, ajuda também os coaches. O Conan tem a cabeça muito aberta, e ele conversa com a Nina o que ela acha, e a gente bola uma coisa ali. Eu acho que é por isso que tá esse sucesso todo. Porque a gente realmente tem uma mente aberta, não tem ego mesmo. A gente não está ali pra um ser melhor que o outro e sim em prol da minha carreira, pra eu evoluir, crescer como atleta, pra continuar aqui, ganhando e fazendo história, continuar campeã. Nina é como se tivesse lá dentro comigo, mas sem trocar porrada.

Passando esse recorde, fechando o ciclo de defender os dois títulos, o que vai fazer você continuar motivada e no topo de duas categorias?

Ah, essa pergunta é fácil: a Reagan (risos). A minha filha. Eu já tenho vários planos na minha cabeça. Quero levar ela na luta, quero que ela possa me ver lutando, então a motivação é ela. E a felicidade, tanto a minha quanto a de Nina, está radiante, sabe? É um momento muito especial, e a ansiedade é coisa de louco. A Reagan já está chutando, já sinto, está sendo muito rápido. Tem três meses e meio já pra ela chegar. Ela está de cinco meses e meio, então tá pertinho. E o doutor falou que, como ela está um pouco grande, talvez ela chegue um pouquinho mais cedo.

O que mudou em você com a gravidez da Nina?

Eu fico prestando atenção nas outras famílias. Tipo, como a mãe trata o filho… Vou no supermercado e às vezes tem uma família, eu não fico olhando muito pra não pensarem que eu sou maluca olhando, mas eu fico olhando e vendo o que eu faria e o que eu não faria em algumas situações. E também me controlar, com a minha boca, xingar alguma coisa assim, eu me controlo e invento logo uma palavra diferente e a Nina fala: “Falou um palavrão aí em português hein. Se cuida!” (risos). Então eu venho me policiando bastante. E outra coisa, também, eu já não tenho mais 20 anos, eu vou fazer 32. Então os treinos hoje pra mim não é tipo: “vou ser aquela menina durona, vou lá trocar porrada com os meninos mesmo”, aquela coisa de Amanda de antigamente eu já não tenho mais. Hoje eu vou pra academia e gosto de treinar inteligente. Aprendi isso agora e está me fazendo muito bem. De sexta-feira eram 10 rounds de sparring antigamente, hoje eu faço cinco rounds. Às vezes eu faço um extra, umas técnicas no final, coisas desse tipo, mas são coisas pra poder conservar meu corpo, a minha cabeça, que eu quero pensar quando eu tiver 40 anos eu tenho que estar bem, se eu tomar muita porrada aqui você sabe como a pessoa fica lelé da cuca.

Então hoje a gente já não bota um sparring que pode até me nocautear. Hoje a gente bota um sparring pra me ajudar, um cara que em alguns momentos vai me dar uma dura e vai aliviar, não vai ser um cara duro no sparring todo porque eu sou mulher. Vou trocar porrada com um homem o tempo todo sendo que a força dele é maior que a minha? Qualquer besteirinha que eu fizer nele e der certo, pra mim é uma grandeza. Então é claro que ele não vai aliviar, ele vai aliviar quando ver que eu tô numa posição que eu não vou sair nunca se ele não me deixar sair. Você exige um pouquinho ali de mim, mas deixa eu sair dali pra fluir. No camp todo tem todo um planejamento, e a gente tem que cuidar do corpo. Quero correr atrás da Reagan e o meu joelho ainda funcionar (risos).

O que você pensa para seu futuro no MMA? Até quando espera lutar?

Cara, eu nem sei. Na categoria de baixo tem a (Irene) Aldana, porque eu nunca lutei com a Aldana seria uma luta legal, né? E ela está nas cabeças, ela talvez seja a próxima, então assim…tá movimentando, tá chegando gente. Tem a Spencer, tem a Aldana e aí vamos ver. Claro que vou passar agora pela Spencer, aí deve ter a Aldana, e aí eu vou pensando depois da Aldana. Eu vou começar a pensar o que é que eu vou fazer. Mas eu quero que minha filha tenha a oportunidade de subir no cage, de uma luta, até pra gente ter como recordação. No futuro, quando ela tiver grande, a gente ter uma foto ou coisa desse tipo. Vai ser bem legal.

Vai homenagear a filha no octógono?

Ah, vamos ver, acredito que sim. Eu tenho o meu protetor bucal, meus dois que eu acabei de fazer a ordem agora, tem o nome dela já.

 

O Combate transmite o UFC 250 ao vivo, na íntegra e com exclusividade neste sábado, a partir das 19h20 (de Brasília), com o "Aquecimento Combate". O SporTV 2 e o Combate.com transmitem o "Aquecimento" e as duas primeiras lutas do card preliminar. O site acompanha todo o evento em Tempo Real.

UFC 250
6 de junho de 2020, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL (0h, horário de Brasília):
Peso-pena: Amanda Nunes x Felicia Spencer
Peso-galo: Raphael Assunção x Cody Garbrandt
Peso-galo: Aljamain Sterling x Cory Sandhagen
Peso-meio-médio: Neil Magny x Anthony Rocco Martin
Peso-galo: Eddie Wineland x Sean O'Malley
CARD PRELIMINAR (19h35, horário de Brasília):
Peso-pena: Alex Caceres x Chase Hooper
Peso-médio: Ian Heinisch x Gerald Meerschaert
Peso-galo: Cody Stamann x Brian Kelleher
Peso-médio: Charles Byrd x Maki Pitolo
Peso-mosca: Jussier Formiga x Alex Perez
Peso-meio-pesado: Alonzo Menifield x Devin Clark
Peso-casado (até 68kg): Herbert Burns x Evan Dunham

Mais dois óbitos para Covid-19 foram confirmados nesta quarta-feira (03) em Camaçari. Os pacientes são do sexo masculino, um de 42 anos, morador do Parque Verde II e outro de 48 anos, do Ponto Certo.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Município (Sesau), a cidade completa 335 casos confirmados do novo coronavírus. Um total de 41 novos casos. Outros 31 casos estão em investigação, dentre eles, mais dois óbitos. No momento, segundo a Sesau, 17 pessoas encontram-se em isolamento hospitalar em Camaçari. A cidade celebra 131 casos recuperados da Covid-19.

A força-tarefa liderada pela Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo, com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e Polícia Militar da Bahia (PM-BA), promoveu, somente pela manhã, 139 interdições nos quatro bairros onde as medidas regionalizadas de restrição começam a valer hoje (03): Fazenda Grande do Retiro, Tancredo Neves/Beiru, Cabula e Paripe.

Foram feitas, no total, 1.223 vistorias apenas pela manhã. O bairro com mais interdições foi Fazenda Grande do Retiro, com 84, seguido de Paripe, com 30, Tancredo Neves/Beiru, com 19, e Cabula, com seis. Entre os estabelecimentos interditados estão principalmente oficinas, lojas de cosméticos e de material de construção.

Além dessas quatro localidades, outros bairros que, da mesma forma, possuem número preocupante de casos de Covid-19 e tiveram relaxamento do isolamento social, passam por medidas restritivas regionalizadas e ações de proteção à vida. São eles: Periperi (cujo prazo, prorrogado por mais sete dias, venceria hoje), Lobato, Cosme de Farias e Pernambués.

Nesses quatro locais, todo o comércio, independentemente do tamanho da área ocupada, deve permanecer fechado, com exceção das atividades essenciais, que são: supermercados, padarias, delicatessens, farmácias, açougues e estabelecimentos que utilizam o sistema de delivery (sem retirada no local). Ambulantes e feirantes, que estão recebendo cestas básicas, também devem suspender os trabalhos nas ruas.

As ações de proteção à vida consistem, além da distribuição de cestas básicas para ambulantes e feirantes, na distribuição de máscaras, realização de testes rápidos para detecção do coronavírus, medição de temperatura, higienização de ruas, ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e Cras Itinerante.

Interdição - No caso de Paripe, além do fechamento do comércio e das ações de proteção à vida, também já foi feita pela Transalvador a interdição viária no pequeno trecho entre duas rotatórias da Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), ligando as ruas Tamandaré e Mourão de Sá. Isso para ampliar o isolamento social nessa área que comumente tem fluxo intenso de pessoas

A Bahia registrou mais de mil novas pessoas contaminadas com o novo coronavírus nas últimas 24 horas. Nesta quarta-feira (3), a Secretaria da Saúde (Sesab) atualizou os dados do estado, que agora já soma 22.451 casos confirmados de covid-19, com 762 óbitos. O número de diagnósticos é de 1.021 pessoas a mais que na véspera, terça (2), quando eram 21.430 infectados.

Em relação às mortes, foram registradas 26 novas fatalidades entre os dois dias. Porém, apesar de só terem sido informados agora, esses falecimentos referem-se a um período de 26 dias. De acordo com a Sesab, essas notificações tardias estão sendo apuradas pela Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Corregedoria.

Entre as 22.451 pessoas confirmadas com a covid-19, 7.823 já são consideradas recuperadas, o que representa 34,84% do total de casos. Outros 13.866 pacientes ainda apresentam sintomas da doença e permanecem monitorados pela vigilância epidemiológica.

Pelo estado, 3.240 profissionais da saúde testaram positivo para o coronavírus. São 126 pessoas a mais que o divulgado na terça-feira (2).

Ao todo, 315 municípios do estado tiveram pacientes notificados com a covid-19. A maior proporção é em Salvador (60,68%). As cidades com os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes Uruçuca (5.848,24), Ipiaú (5.036,64), Itabuna (4.718,07), Salvador (4.622,70) e Itajuípe (4.245,77).

Entre as 26 mortes notificadas nas últimas 24 horas, 18 ocorreram em Salvador. Os outros óbitos foram registrados em Jequié (2), Teixeira de Freitas (1), Lauro de Freitas (1), Mucuri (1), Juazeiro (1) e Candeias (1). Houve ainda uma fatalidade que aconteceu durante deslocamento da paciente.

737º óbito – homem, 69 anos, residente em Ibirapuã, sem comorbidades, sem data de internação, veio a óbito dia 02/06, em unidade da rede pública, em Teixeira de Freitas;
738º – homem, 80 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, doença cardiovascular, doenças endócrinas e nutricionais, foi internado dia 15/05 e veio a óbito dia 02/06, em unidade filantrópica;
739º – mulher, 85 anos, residente em Lauro de Freitas, portadora de diabetes e doença hepática, foi internada no 15/05 e veio a óbito dia 28/05, em unidade da rede pública, em Lauro de Freitas;
740º óbito – homem, 47 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular, foi internado dia 27/05 e veio a óbito dia 02/06, em unidade da rede privada, em Salvador;
741º óbito – homem, 53 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes, foi internado dia 22/05 e veio a óbito na mesma data 22/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
742º óbito – mulher, 74 anos, residente em Salvador, portadora da diabetes e hipertensão arterial, foi internada dia 12/05 e veio a óbito dia 30/05, em unidade filantrópica, em Salvador;
743º óbito – mulher, 82 anos, residente em Salvador, portadora da diabetes, hipertensão arterial e doença cardiovascular, foi internada dia 26/05 e veio a óbito dia 26/05, em unidade da rede privada, em Salvador;
744º óbito – mulher, 56 anos, residente em Conde, portadora de neoplasias, data de internação não informada e veio a óbito dia 30/05, em deslocamento.
745º – homem, 85 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão, diabetes, doença cardiovascular e demências, incluindo Alzheimer, foi internado dia 16/05 e veio a óbito dia 28/05, em unidade da rede privada, em Salvador;
746º óbito – homem, 64 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, diabetes e doença cardiovascular, foi internado dia 18/05 e veio a óbito dia 01/06, em unidade da rede privada, em Salvador;
747º óbito – homem, 48 anos, residente em Salvador, portador de diabetes, foi internado dia 11/05 e veio a óbito 29/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
748º óbito – homem, 64 anos, residente em Jequié, portador de hipertensão arterial e diabetes, data de internação não informada, veio a óbito dia 29/05, em unidade da rede pública, em Jequié;
749º óbito – homem, 58 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, foi internado dia 18/05 e veio a óbito dia 01/06, em unidade filantrópica;
750º óbito – homem, 56 anos, residente em Mucuri, portador de hipertensão arterial, doença cardiovascular e obesidade, foi internado dia 24/05 e veio a óbito dia 01/06, durante deslocamento para unidade hospitalar, no município de Mucuri;
751º – mulher, 69 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e doença cardiovascular, data de internação não informada, foi a óbito dia 02/06, em unidade da rede privada, em Salvador;
752º óbito – homem, 59 anos, residente em Salvador, portador de diabetes, hipertensão arterial, doença cardiovascular e doença renal crônica, foi internado em 06/12/2019 e veio a óbito dia 30/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
753º óbito – homem, 59 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e diabetes, foi internado dia 25/04 e veio a óbito dia 29/05, em unidade da rede privada, em Salvador;
754º óbito – homem, 74 anos, residente em Jequié, sem informação de comorbidades, foi internado dia 15/05 e veio a óbito dia 02/06, em unidade da rede pública, em Jequié;
755º óbito – homem, 69 anos, residente em Sobradinho, portador de doença cardiovascular, foi internado dia 16/05 e veio a óbito dia 28/05, em unidade da rede pública, em Juazeiro;
756º óbito – homem, 80 anos, residente em Salvador, portador de doença cardiovascular e doença respiratória crônica, foi internado dia 28/05 e veio a óbito dia 01/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
757º óbito – mulher, 73 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial e doença cardiovascular, foi internada dia 27/05 e veio a óbito dia 29/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
758º óbito – mulher, 68 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, diabetes e obesidade, foi internada dia 26/05 e veio a óbito dia 02/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
759º óbito – mulher, 83 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial , diabetes e doença cardiovascular, foi internada dia 20/05 e veio a óbito dia 02/06, em unidade da rede privada, em Salvador;
760º óbito – mulher, 94 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, foi internada dia 30/05 e veio a óbito dia 01/06, em unidade da rede pública, em Salvador;
761º óbito – homem, 44 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, data de internamento não informada, veio a óbito dia 08/05, em unidade da rede privada, em Candeias;
762º óbito – homem, 56 anos, residente em Salvador, portador de neoplasias, data de internamento não informada, veio a óbito dia 02/06, em unidade da rede pública, em Salvador.
Na Bahia, 1.031 dos 1.853 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para pacientes com covid-19 estão ocupados (56%). Entre os 791 leitos de UTI adulto e pediátrico destinados somente a contaminados com o novo coronavírus, 544 possuem pessoas internadas (69%).

De acordo com a Sesab, "o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda".

Entre o dia 1° de março e esta quarta-feira (3), o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) realizou 59.389 exames do tipo RT-PCR, que é o padrão ouro para identificar o genoma viral do coronavírus. Estão em análise 1.790 exames.

Em relação ao sexo dos pacientes confirmados com a covid-19, 52,97% foram do feminino, 44,91% do masculino e 2,12% sem informação. A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 19,45% do total.

O boletim epidemiológico registra ainda 42.429 casos descartados e 128.721 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (3).

O presidente Jair Bolsonaro vetou o repasse de R$ 8,6 bilhões de um fundo extinto para o combate à pandemia do novo coronavírus. Com o veto, os recursos poderão ser usados apenas para o pagamento à dívida pública, como constava do texto original da Medida Provisória 909, editada em dezembro e aprovada em maio pela Câmara e pelo Senado.

Durante a tramitação no Congresso, os parlamentares costuraram um acordo para incluir uma emenda que mudava a destinação dos recursos do Fundo de Reserva Monetária do Banco Central (FRM). Os recursos, que estavam parados, seriam usados para ajudar estados e municípios no enfrentamento à pandemia de covid-19.

Na justificativa para o veto, o presidente alegou que a mudança de destinação dos recursos viola a Constituição, que proíbe emendas parlamentares de aumentar despesa em projetos de iniciativa exclusiva do presidente da República. Bolsonaro alegou ainda que a medida descumpre o teto de gastos, ao não demonstrar o impacto orçamentário e financeiro da despesa no ano corrente e nos dois anos seguintes.

Criado em 1966, o FRM recebia recursos de sobras de verbas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) usados para intervir nos mercados de câmbio e de títulos. O fundo deixou de receber aportes após a promulgação da Constituição de 1988 e foi considerado irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2016, o que levou o governo a editar a medida provisória de extinção do fundo.

Em sessão conjunta, o Congresso analisará o veto, que poderá ser mantido ou derrubado. Com amplo acordo nas duas Casas, a medida provisória havia sido aprovada por votação simbólica na Câmara (sem registro de votos no painel eletrônico). No Senado, o texto foi aprovado por unanimidade, com o voto de todos os 75 senadores presentes no dia.

O papa Francisco quebrou seu silêncio nesta quarta-feira (3) sobre os protestos nos Estados Unidos (EUA), dizendo que ninguém pode "fechar os olhos ao racismo e à exclusão", ao mesmo tempo em que condenou a violência como "autodestrutiva e derrotista".

Francisco, que dedicou toda a seção em inglês de sua audiência pública semanal à situação nos EUA, implorou a Deus pela reconciliação nacional e pela paz. Ele chamou a morte de George Floyd de trágica e disse estar orando por ele e por todos aqueles que foram mortos como resultado do "pecado do racismo".

A Prefeitura de São Francisco do Conde realizou a desinfecção do Cemitério Campo da Paz Celestial. O local recebeu pulverização de água com hipoclorito de sódio, que neutraliza a ação contaminante do vírus.

Com a disseminação de um novo agente transmissor de doenças, que tem por característica se propagar por espaços onde ocorre circulação de pessoas, esses serviços passaram a acontecer de forma ainda mais rotineira no município, mas as ações de lavagem de espaços públicos como calçadas, pontos de ônibus e serviços de saúde já fazem parte da rotina da Secretaria Municipal de Serviços, Conservação e Ordem Pública (SESCOP), mesmo antes da pandemia.

A parte administrativa do cemitério também foi desinfectada, assim como a área externa.

A prefeitura da cidade de Serrinha, a cerca de 185 km de Salvador, decretou toque de recolher para diminuir a circulação de pessoas nas ruas e conter o avanço do coronavírus. A medida começou a valer nesta quarta-feira (3).

O toque recolher funcionará em dois horários: das 20h às 5h, de segunda a sexta-feira, e das 18h às 5h, nos finais de semana. Até a terça-feira (2), a cidade tinha 79 casos confirmados e duas mortes.

De acordo com a prefeitura, a decisão foi tomada depois que Serrinha registrou um aumento de 800% dos casos em um período de 15 dias, após a realização de testes rápidos.

A cidade já aderiu ao fechamento do comércio, sendo liberada apenas o funcionamento para serviços essenciais. Com a determinação do toque de recolher, esses estabelecimentos também terão que parar de funcionar às 20h.

A exceção é apenas para farmácias, que poderão ficar abertas durante a noite. Postos de saúde e hospital funcionarão normalmente.

Ainda de acordo com a prefeitura, quem for flagrado descumprindo o decreto será levado para a delegacia e, se for o caso, terá o veículo apreendido. A Polícia Militar vai circular pelas ruas para garantir o cumprimento da determinação.

Um vizinho de condomínio disse que jornal Extra que já ouviu várias vezes o rapaz alterado, gritando e barulho de objetos sendo quebrados dentro de casa. Nesta última briga, o relato é que Tiago estava alterado, e berrando que ia se ferir. Houve barulho de vidro quebrando.

Descontrolado, Tiago deu um soco numa vidraça do apartamento, causando um ferimento no homem de 23 anos. A ambulância foi chamada por volta das 20h15. Nervosa, Nadine acompanhou o namorado até o hospital.

O modelo foi levado à Santa Casa de Santos sangrando e com um corte profundo de aproximadamente 5cm acima do cotovelo. Ele passou por uma sutura. Aos médicos, Nadine, confirmou que o corte foi causado por um vidro, mas não deu muitos detalhes do que aconteceu. Já a assessoria de imprensa de Neymar informou que Tiago sofreu "um acidente doméstico".

Ainda segundo o Extra, amigos próximos ao modelo dizem que ele fica bastante agressivo, principalmente quando bebe ou sente ciúmes, e que Tiago já teria tentando se matar várias vezes. "Quando ele bebe, ele é louco, quebra tudo e já tentou se matar várias vezes. Ele é psicopata no ciúme. Louco mesmo, de tentar se matar, quebrar a casa toda", disse uma fonte ligado ao modelo.

Não é só com Nadine que o modelo apresenta um comportamento perigoso. Mês passado foi revelado um caso em que o modelo foi acusado de agressão na Espanha pela balconista Rita Cumplido, de 44, com quem namorou até outubro do ano passado. Na ocasião, a espanhola registrou a queixa na delegacia em outubro do ano passado e conseguiu uma medida protetiva contra o jogador. Rita disse que a briga deles foi causada por ciumes da parte de Tiago.

A primeira discussão entre Nadine e Tiago foi quando Nadine terminar o namoro com ele, após o passado do rapaz vir à tona, como o relacionamento que ele teve com um casal gay de São Paulo, e também a acusação de agressão.

Eles assumiram o romance no dia 11 de abril. A mãe de Neymar chegou a terminar o namoro com ele por duas vezes, mas acabou reatando e levando o rapaz, que é da Paraíba, para morar com ela, em Santos. A família de Nadine não aprova o romance.

A família de Arlete Santos, que morreu de Covid-19 no Hospital Espanhol, em Salvador, registrou o caso na delegacia nesta quarta-feira (3), depois de ter procurado pelo corpo da mulher na unidade médica e não ter encontrado.

O caso aconteceu na segunda-feira (1º), depois que a família foi informada da morte de Arlete e esteve no hospital mas identificou que o corpo era de outra mulher.

A suspeita é de que o corpo de Arlete tenha sido enterrado por engano, no lugar do corpo da mulher que foi mostrado à família dela. O sepultamento foi realizado no bairro de Portão, em Lauro de Freitas.

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na delegacia da Barra, que instaurou um inquérito para investigar a situação. Os familiares da paciente prestaram depoimento e outros envolvidos também serão ouvidos pela polícia.

Segundo a polícia, caso haja decisão judicial a partir do inquérito, a unidade expedirá guia para exumar o corpo enterrado em Lauro de Freitas, e fazer exames periciais. No entanto, uma guia de exumação do corpo já foi concedida pela Justiça ao Hospital Espanhol.

A unidade médica informou que agora cabe ao Tribunal de Justiça comunicar a necessidade da exumação ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Polícia Civil, que fará o procedimento.

Até a publicação desta reportagem, o DPT ainda não havia recebido a notificação. Ainda na terça-feira (2), o Hospital Espanhol admitiu, em nota enviada pela assessoria de imprensa, que houve um erro no procedimento de liberação do corpo, tanto da família da outra vítima, que fez o reconhecimento equivocado, quanto da unidade, que liberou o corpo.

Quando o paciente morre vítima de coronavírus, o hospital autoriza que apenas um familiar, devidamente paramentado com os equipamentos de proteção, realize a identificação do corpo.

Devidamente identificado, o corpo é lacrado e assim permanece até ser enterrado, com o caixão lacrado. Foi durante essa identificação de a família de Arlete percebeu que o corpo que ainda estava no hospital não era o dela.

Os familiares que provavelmente enterraram Arlete por engano já reconheceram que o corpo da pessoa correta é o que permaneceu no Hospital Espanhol.