O Jornal da Cidade

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Nesta quinta-feira, 12.03, Gabriela Pugliesi confirmou em seu Instagram que está com COVID-19, o coronavírus. Com sintomas de gripe deste ontem, a digital influencer chegou a confirmar para a Glamour que estava apenas gripada.

"Não passava pela minha cabeça (que pudesse ser coronavírus), eu estava crente que era de bebida, de festa. E, realmente, para algumas pessoas do casamento também deu positivo, não tantas como divulgaram, mas algumas pessoas deram positivo. E eu nem tenho mais o que falar. É isso, tenho que me cuidar, me isolar (...)", comentou a influencer fitness em uma série de vídeos.

Mais tarde, Gabriela tranquilizou os fãs: "Não é um bicho de sete cabeças. Eu sou jovem, saudável, daqui a pouco eu estou bem". Sobre os sintomas, a influencer disse: "Sinto um pouco de fraqueza, cansaço, realmente, as vezes me falta o ar um pouco, mas não quero dar mais pânico pra isso".

Sobre as pessoas que convivem com Pugliesi, a influencer afirmou que: "A minha funcionária foi embora na hora que eu estava fazendo esses vídeos, exatamente na hora que eu soube do diagnóstico".

Gabriela não deu maiores detalhes sobre o seu isolamento (quarentena) e se o seu marido, Erasmo, está contaminado ou não.

Foco da doença

A contaminação da digital influencer aconteceu durante o último final de semana em Itacaré, Bahia, local aonde aconteceu o casamento da sua irmã, Marcella MInelli com o médico Marcelo Bezerra de Menezes. O paciente "zero" teria sido um convidado que foi contaminado durante suas férias em Aspen. Segundo informações de convidados, cerca de 500 pessoas estavam na festa. O resort Txai, local aonde aconteceu a cerimônia e festa, chegou a divulgar uma nota de esclarecimento sobre o ocorrido.

O marido de Gabriela Pugliesi, Erasmo Viana, postou que dois convidados que estavam no casamento foram diagnosticados com coronavírus, mas não há confirmação oficial de que são dois convidados que estão com o vírus. Além disso, Erasmo não deu detalhes dos casos.

A assessoria do resort afirma que um hóspede que participou do casamento de Marcela Minelli, um homem de 26 anos, foi diagnosticado com o coronavírus, mas não se sabe se é caso suspeito ou confirmado. Não há detalhes do estado de saúde dele. O homem viajou para Aspen, nos Estados Unidos, durante o carnaval. A suspeita é que a contaminação tenha ocorrido na cidade americana.

O resort afirma que nenhum funcionário apresentou sintomas, mas que tomou medidas profiláticas nas instalações do hotel e que todos os funcionários que trabalharam entre sexta (6) e domingo (8), período em que o hóspede esteve no local, estão sendo observados pela equipe de enfermagem do resort.

De acordo com as redes sociais da própria influenciadora, os noivos passam bem e estão aproveitando a lua de mel. Em post compartilhado nos stories na manhã desta quinta-feira (12), Marcella Minelli afirmou que não apresenta sintomas.

Os números mais recentes ainda não foram notificados ao Ministério da Saúde, mas devem ser contabilizados na lista oficial ainda esta quinta. No total, o hospital já conta 38 casos confirmados dos 2.429 testes para o coronavírus.

Fonte: Glamour


O chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Fabio Wajngarten testou positivo para o novo coronavírus. Ele acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em visita a Miami, nos Estados Unidos, e logo após o retorno apresentou sintomas da doença.

Na tarde dessa quarta (11/03), Wajngarten procurou o Hospital Albert Einstein para realizar exames. Já nesta quinta-feira (12), o ministério confirmou o diagnóstico, após exames de contra prova.

Fontes do Palácio do Planalto afirmam que desde que o secretário apresentou os sintomas, o presidente Jair Bolsonaro também passou a ser monitorado. Existe a previsão que ele seja submetido a exames ainda nesta quinta.
Nesta manhã, Bolsonaro cancelou uma viagem que faria ao estado do Rio Grande do Norte, devido ao avanço da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Além de Bolsonaro, integrantes da comitiva que o acompanharam em viagem ao Estados Unidos, na última semana, também estão sendo monitorados. O Palácio do Planalto afirmou em nota, que já comunicou às autoridades do governo norte-americano a ocorrência do evento para que elas também adotem as medidas cautelares necessárias.

Durante a viagem, Wajngarten jantou com presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Convidados que estiveram no casamento da influenciadora digital Marcella Minelli, irmã da blogueira fitness Gabriela Pugliesi, com Marcelo Bezerra, em Itacaré, no Sul da Bahia, neste sábado (7), estão preocupados com a possibilidade de terem sido infectados com o novo coronavírus. De acordo com o Estadão Conteúdo, há pelo menos dois casos confirmados da doença e a suspeita de, no mínimo, dez infectados.

Em nota, o Grupo Txai Resorts, onde ocorreu o casamento, afirmou que um de seus hóspedes, convidado do evento, foi diagnosticado nesta quarta (11) com coronavírus. "Trata-se de um paulistano, de 26 anos, que esteve em viagem a Aspen (Colorado – EUA) no feriado do Carnaval e que se hospedou no Txai entre os dias 6 e 8 de março", diz nota do grupo.

Alguns dos presentes na cerimônia já foram nesta quarta (11) realizar exames em hospitais para o diagnóstico do vírus, chamado covid-19. Entre eles, a blogueira fitness Gabriela Pugliesi, irmã de Marcella. Ela postou em seu Instagram uma foto de um termômetro marcando 38,8ºC e uma filmagem falando que foi fazer exames para diagnosticar gripes e coronavírus. Mais tarde, Gabriela apagou este último trecho.

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O marido de Gabriela, Erasmo Viana, publicou vídeo em uma rede social informando que na cerimônia "tivemos duas pessoas confirmadas".

"Não se fala em outra coisa. Esse negócio do coronavírus é full time. No casamento da Mazinha nesse final de semana tivemos duas pessoas confirmadas. Isso dá uma assustadinha", diz ele.

"Assustado entre aspas. Ninguém gosta de ficar doente, mas a gente sabe que isso não é uma coisa tão grave assim para pessoas que não são idosas. Mas é isso, né? Vamos nos proteger e seguir as recomendações", completa o baiano.

O hotel afirma que nenhum dos colaboradores do local apresenta qualquer sintoma, "mas nosso posto interno de enfermagem está capacitado para detectar e tomar as medidas necessárias, na hipótese de casos suspeitos".

O Estadão conversou com um dos presentes à festa. Sob a condição de anonimato, a fonte relatou nos últimos dias que teve febre e dores pelo corpo. Depois disso, ela procurou um hospital e, para confirmar a doença, passou por três diferentes exames nessa terça-feira, 10, para a coleta de secreção nasal. Pela grande demanda de casos, o resultado só sairá dentro de três dias e será enviado por e-mail.

"Sinto como se fosse uma gripe normal, com febre de 38ºC e dores pelo corpo. Estou repousando em casa mesmo, mas com muita tranquilidade", disse um dos convidados. O casamento reuniu cerca de 500 pessoas. Fora a celebração, no sábado, os presentes à festa se reuniram também na noite de sexta-feira, 6. Boa parte dos presentes voltou para São Paulo em um mesmo voo, que saiu de Ilhéus no domingo.

O convidado que conversou com a reportagem disse saber de pelo menos quatro casos confirmados da doença. Entre os presentes na festa de casamento, há relatos até de 14 infectados. A suspeita é que a origem da nova contaminação na Bahia é de um convidado que anteriormente havia viajado para Aspen, nos Estados Unidos.

O convidado contou ao Estado que recebeu orientações médicas para não sair de casa. "Vou trabalhar de casa e evitar contato com as outras pessoas. Vou até dormir em um quarto separado. Estou usando máscara e álcool em gel. Se mais alguém que mora comigo tiver sintomas, vai ter de procurar ajuda médica", afirmou.

A orientação médica passada ao convidado do casamento foi que, em caso de contaminação por coronavírus, é preciso permanecer em casa por 14 dias. A internação só será necessária caso a pessoa apresente complicações, como falta de ar. A fonte consultada pelo Estado disse que não possui outros fatores de risco, como hipertensão e diabete, e tem menos de 60 anos. O Estado não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da noiva.

A Organização Muncial da Saúde (OMS) deicidiu nesta quarta declarar que há uma pandemia do novo coronavírus em curso no mundo, com a sua disseminação por mais de cem países.

 

Olá, leitores.
Aceitei o convite para publicar no site e impresso O Jornal da Cidade, a minha coluna “A Economia da Salvação”, que trata sobre fatos sobrenaturais, superstições, lendas e a tentativa de diálogo do vivente com o mundo espiritual, com vistas à continuação de sua existência numa outra dimensão. Vou contar algumas histórias coletadas ao longo das pesquisas para a elaboração do meu livro, de título homônimo à coluna, lançado em 2013 e que obteve a medalha de prata, categoria ensaio - Prêmio Viana Moog - no Concurso Internacional de Literatura da União Brasileira dos Escritores - UBE. Regularmente estarei aqui trazendo um caso relacionado a esse tema amplo e fascinante. Espero que gostem.

(Biaggio Talento, jornalista, pós-graduado em História Política, Econômica e Social)

Ira Divina explicava as epidemias do passado

A humanidade sempre atravessou períodos de epidemias, como essa atual do coronavírus. No passado, as pestes que assolaram a Europa na Idade Média e mataram milhões, surgiram num momento em que nem mesmo as sociedades mais avançadas da época, possuíam o menor preparo pra enfrentar as calamidades. Sequer tinham condições de encontrar uma causa pro problema.

Suspeitavam de três coisas: os eruditos especulavam que a peste era causada pela corrupção do ar devido a fenômenos celestes como a aparição de cometas, a conjunção de planetas, eclipses.

Já os religiosos asseguravam que o flagelo era resultado da ira de Deus, ante um mundo pecaminoso, o que poderia se resolver com penitência.

Uma terceira explicação acusava agentes malignos de espalharem a doença. E aí a suspeita recaia, principalmente, no diabo e suas assessoras as feiticeiras, o que motivou várias temporadas de caças às bruxas.

Como era mais fácil procurar bodes expiatórios na comunidade, a ira coletiva se voltava, além das bruxas, para os leprosos, os estrangeiros, os viajantes, os marginais, os judeus As pestes foram grandes motivadoras de ciclos antissemitas.

Fantasmas também integravam o rol de suspeitos. Conta-se que no Tirol, França, um fantasma de longas pernas e manto vermelho circulava na região deixando a epidemia no seu rastro. Em Milão, o causador, segundo crônicas da época, era um diabo de olhos brilhantes, que percorria as ruas e entrava nas casas. Com o passar do tempo, a humanidade foi substituindo a superstição pela ciência e a medicina prevaleceu salvando a vida de milhões de pessoas.

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.


Depois do anúncio do aumento da passagem dos ônibus do sistema de transporte público de Salvador, as tarifas dos coletivos metropolitanos e do metrô também foram reajustadas. Os novos valores foram anunciados nesta quarta-feira (11) e já valem a partir de quinta (12).

O reajuste anual, regulamentado pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), será de R$ 0,10, para as linhas metropolitanas dos anéis 1 e 2, e de R$ 0,20, para linhas metropolitanas do anel 3. Veja novas tarifas abaixo:

novas tarifas

De acordo com a Agerba, o reajuste é concedido com base na correção de uma cesta de índices, a exemplo da variação do diesel, IPCA e NPC.

Já o metrô, que não tem reajuste desde janeiro de 2018, também terá nova tarifa a partir de quinta-feira (12). A passagem sai de R$ 3,70 para R$ 3,90, um aumento de cerca de 5%.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou, na tarde desta quarta-feira (11), que está confirmado o terceiro caso do novo coronavírus no estado da Bahia. O resultado foi confirmando por meio de testes.

A Sesab disse que a paciente é uma mulher de 68 anos, que teve contato domiciliar com a segunda paciente do estado com o COVID-19, quando ela ainda estava sintomática. Segundo a Sesab, a paciente está com sintomas leves, em isolamento domiciliar, adotando as medidas de precaução de contato.

Este é o segundo caso de transmissão local do vírus na Bahia. A primeira ocorrência foi um caso importado, de uma mulher de 34 anos, residente na cidade de Feira de Santana, que retornou da Itália em 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma, onde aconteceu a contaminação.

A primeira transmissão local do vírus também foi em uma mulher de 42 anos, trabalhadora doméstica, que teve contato domiciliar com a primeira paciente do estado com o coronavírus, quando ainda esta ainda estava sintomática.

Amostras foram coletadas na residência e analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), que, de acordo com a Sesab, a partir desta semana foi autorizado a realizar os exames para detectar diretamente o Covid-19, sem necessidade de contraprova em laboratório de referência nacional.


Notificações
A Bahia registrou 187 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus), de janeiro até as 17h desta quarta-feira (11). A informação foi divulgada através de uma nota conjunta da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.

Desse total, 133 casos foram descartados e 51 aguardam análise laboratorial. Ao todo, 25 municípios da Bahia fizeram notificações oficiais. O diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode cursar com grau leve, moderado ou grave.

A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.

Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Prevenção

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Fonte: G1

Nascido em Dobrada, no interior de São Paulo, Dom Sergio da Rocha, 60, terá a missão de assumir o comando da arquidiocese de Salvador. Ele foi nomeado nesta quarta-feira (11) pelo papa Francisco como arcebispo primaz do Brasil e de Salvador. Ele será o 28º arcebispo a comandar a arquidiocese de Salvador. A notícia foi divulgada em primeira mão pelo jornal CORREIO na sua versão digital.

Foi ordenado diácono na Igreja de Santa Cruz de Matão (SP) em 18 de agosto de 1984, e presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão (SP), Diocese de São Carlos, em 14 e dezembro de 1984. Ele ocupará o posto que é comandado por dom Murilo Krieger desde 2011. Dom Murilo deixará arquidiocese após completar 75 anos e ter sua renúncia aceita pelo papa.

Dom Sergio estudou Filosofia no Seminário de São Carlos (SP) e Teologia na PUC de Campinas (SP). Licenciado em Filosofia pela Faculdade Salesiana de Lorena (SP). Fez Mestrado em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo, e obteve o Doutorado na Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, em 21 de janeiro de 1997.

Foi bispo auxiliar de Fortaleza (2001-2007), arcebispo coadjutor de Teresina (2007-2008), arcebispo metropolitano de Teresina (2008-2011), membro da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé – CNBB (2002-2007), membro da Comissão Episcopal do Mutirão de Superação da Miséria e da Fome da CNBB (2001-2004), secretário do Regional Nordeste I (2002-2007), bispo de referência da Pastoral da Juventude e da Pastoral Vocacional no Regional Nordeste I (2002-2007), bispo de referência para o Ensino Religioso e para os Presbíteros, no Regional Nordeste IV (2007-2011), presidente da Comissão Episcopal para o Seminário do Regional Nordeste IV (2007-2011), membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB (2007-2011), presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM (2007-2011) e representante da CNBB na XIII Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização (2012).

Atualmente, é Arcebispo Metropolitano de Brasília, delegado eleito para a Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Dom Sergio, em data ainda não informada, assumirá o comando da Diocese de São Salvador da Bahia que foi criada no dia 25 de fevereiro de 1551, pela Bula Super Specula Militantis Ecclesiae, do Papa Júlio III. A 22 de novembro de 1676, pela Bula Inter Pastoralis Officii Curas, do Papa Inocêncio XI, a Diocese de São Salvador da Bahia foi elevada à Arquidiocese e Sede Metropolitana. Atualmente, a Arquidiocese de Salvador é formada por cinco municípios: Itaparica, Lauro de Freitas, Salinas da Margarida, Salvador e Vera Cruz.

Fonte: Correio*

O sotaque catarinense que desde março de 2011 foi o som do pastoreio da Igreja Católica de Salvador sairá de cena. Nesta quarta-feira (11), dom Murilo Sebastião Ramos Kriger, arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, teve seu pedido de renúncia do cargo aceito pelo papa Francisco e deixará o posto. O comunicado foi divulgado pela Arquidiocese de Salvador, às 8h, após autorização do Vaticano, e encerra o período de nove anos de dom Murilo  no comando da primeira arquidiocese do Brasil. Será o fim de um ciclo pacificador. 

O religioso havia pedido sua renúncia, em outubro de 2018, quando completou 75 anos - idade estipulada pela igreja para que os arcebispos se aposentem. Hoje, com 76 anos, dom Murilo recebe a concessão da aposentadoria do cargo e passará nos próximos dias o comando da arquidocese para dom Sergio da Rocha,  60, que atualmente era arcebispo de Brasília.  A notícia foi divulgada em primeira mão pelo jornal CORREIO nesta reportagem no site. Pelo posto de cardeal, dom Sergio, fica credenciado a participar do conclave em uma possível sucessão do papa Francisco podendo, inclusive se tornar papa no futuro.

Sergio e Murilo trabalharam juntos na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre 2015 e 2019,  quando foram respectivamente presidente e vice-presidente da entidade.  

A partir de hoje e até o dia da posse do novo arcebispo, dom Murilo passa a ser o administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador.

Catarinense, nascido na cidade de Brusque, dom Murilo chegou em Salvador em 2011, já com 14 anos de experiência na função de arcebispo. Sua primeira Arquidiocese, em Maringá (PR), foi em 1997, aos 53 anos. Cinco anos depois, em 2002, foi transferido para Florianópolis e aos 67 dom Murilo assumiu a Arquidiocese de Salvador. Deixará como legado a empatia com os baianos aliada ao jeito acolhedor, mas também sistemático. Um destaque para sua pontualidade. "Sou um homem que acorda cedo, meu filho", costuma dizer. 

Em nota oficial, dom Murilo deixou mensagem para dom Sergio. "O Senhor Bom Jesus do Bonfim, que com seus braços abertos acolhe todos os que sobem a Colina Sagrada, acolha este irmão que vem para a Bahia! Nossa Senhora da Conceição da Praia, Padroeira deste Estado, interceda por este seu filho! E Santa Dulce dos Pobres seja para o cardeal Dom Sergio um exemplo de como 'amar e servir".

Sexto filho de nove irmãos, fez o primeiro e segundo graus  no Seminário de Corupá (SC), na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Em 1964, ingressou nessa congregação e iniciou o curso de Filosofia. Em 1970, foi ordenado padre e começou a trabalhar em Taubaté (SP). Em 1985, foi nomeado bispo auxiliar de Florianópolis, pelo papa João Paulo II e em 1991 assumiu sua primeira diocese, em Ponta Grossa (PR).

Dados dos últimos levantamentos do IBGE mostram que o número de pessoas que se declaram católicos na Bahia reduziu. Em conversa com o CORREIO sobre o assunto, dom Murilo - sempre no estilo pacificador - fez questão de mostrar que a igreja está em transformação e que ele acompanha esse movimento.

"Na Igreja sempre tivemos consciência de que havia uma época em que qualquer pessoa se declarava católica, mesmo que não participasse de nada. Mais: normalmente, um terço dos que se dizem católicos são praticantes, fiéis; um terço participa ocasionalmente das celebrações, ritos e compromissos católicos; e um terço foi batizado, mas não tem prática religiosa nenhuma. Esse último grupo acaba sentindo atração para alguma outra religião e 'deixa' a Igreja Católica. Nossa resposta só pode ser uma: ajudar o católico a conhecer as riquezas de sua fé, mesmo porque, ninguém ama o que não conhece", destacou.

Dom Murilo assumiu o posto que foi ocupado por dom Geraldo Majella, que ficou no cargo desde 1999. O legado de dom Murilo é o da pacificação. No seu período à frente da arquidiocese coube a ele, por exemplo, a mediação pelo encerramento das greves dos policiais, dos professores, dos rodoviários, etc.

"Tudo o que diz respeito ao ser humano diz respeito à Igreja. Afinal, não fazemos parte de um grupo de anjos que não têm problemas, mas de uma comunidade humana, onde cada um tem suas necessidades e desafios. Acredito que os que me chamaram para ser mediador fizeram porque viram que eu estou acima de grupos e que quero é o bem da comunidade. Talvez, eu surpreenda muitos ao dizer que não é muito difícil o papel de mediador, desde que a gente seja aceito pelos dois lados e que procure unir os contrários. Ser mediador é mostrar que uma solução é boa quando é boa para todos; que não é possível que haja um só vencedor; e que, pelo diálogo, descobrimos que nossas diferenças não são tão grandes quanto pensávamos. Uso muito do meu bom humor, o bom humor que aprendi com meu pai. Nessas horas, precisa de alguém que descontraia", destacou dom Murilo, ao CORREIO, em 2018 quando pediu a renúncia. 

A Diocese de São Salvador da Bahia foi criada no dia  25 de fevereiro de 1551, pela Bula Super Specula Militantis Ecclesiae, do Papa Júlio III. A 22 de novembro de 1676, pela Bula Inter Pastoralis Officii Curas, do Papa Inocêncio XI, a Diocese de São Salvador da Bahia foi elevada à Arquidiocese e Sede Metropolitana. Atualmente, a Arquidiocese de Salvador é formada por cinco municípios: Itaparica, Lauro de Freitas, Salinas da Margarida, Salvador e Vera Cruz.

Dom Murilo é o 27º arcebispo da arquidiocese e o único a ter no currículo a honraria de ter sido o chefe da igreja no momento mais importante para a história do catolicismo do Brasil: a canonização de Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa genuninamente brasileira. 

"Eu nunca imaginei que isso iria acontecer. Quando eu cheguei à Bahia eu tinha certeza que Deus havia reservado para mim uma missão. Me alegra o coração de poder ter estado aqui nesse momento tão importante para a história da nossa igreja", ressaltou dom Murilo, ao CORREIO, em outubro de 2019 quando esteve no Vaticano para a celebração da canonização de Dulce. 

À época, Maria Rita Lopes Pontes, superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), destacou a relevância de dom Murilo para o processo de canonização de Dulce. Ele, inclusive, é membro do conselho de administração das Osid. "Dom Murilo foi um grande amigo e nos auxiliou em todo processo desde que dom Geraldo (que abriu o processo) deixou o posto. Dom Murilo tem uma luz muito grande", ressaltou Maria Rita. 

Dom Murilo é autor de vários livros, escreve em revistas e jornais e tem programas na televisão e na Rádio Excelsior da Bahia, sempre com o intuito de evangelizar. Dentre as obras publicadas, destacam-se: Shalom: A Paz ao Alcance da Juventude (Loyola); O Primeiro, o Último, o Único Natal (Loyola); Com Maria, a Mãe de Jesus (Paulinas); Um Mês com Maria (Paulinas); Anunciai a Boa Nova (Canção Nova); Dai-lhes vós Mesmos de Comer (CNBB) e Se Eu Tivesse Uma Câmera Digital… (Paulinas).

Na edição do CORREIO de 14 de março de 2011, ao jornalista Jorge Gauthier,  dom Murilo concedeu a primeira entrevista sobre sua chegada à Bahia já dando as diretrizes do que faria. 

"É essencial o diálogo. Entendo o diálogo com uma estrada de duas vias: somos chamados a ouvir o outro, para conhecê-lo e compreendê-lo; e devemos ter oportunidade de apresentar ao outro nossos pontos de vista - naturalmente, esperando também sermos escutados. Poderemos terminar o diálogo sem um consenso; crescerá, porém, o respeito mútuo. Já São Pedro, em seu trabalho missionário, no início do cristianismo, entendeu essa necessidade, quando escreveu: 'Estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que a pedir'”. 

À época, além de falar da canonização de Dulce, também demonstrou sua preocupação com a violência. "Convenço-me cada vez mais que grande parte dos problemas que nossa sociedade enfrenta – e a violência é um deles – se deve à falta de algo primordial: a educação. Quando se trata de pessoas carentes, é essencial que tenham uma ajuda especial do Estado e das organizações não-governamentais, pois entendo que pobre é aquele que, sozinho, não consegue sair da situação em que se encontra e, por isso, precisa de mãos amigas", destacou. 

Um homem de fé 

Dom Murilo sentiu o chamado à vocação sacerdotal ainda na infância quando, aos 6 anos, viu o irmão mais velho, Marco Aurélio, arrumando a mala para ir ao seminário. Curioso, o pequeno Murilo perguntou: "o que é seminário?". Após a resposta do irmão, ele pensou: "então, se eu for para o seminário, também ganharei uma mala". “Claro que não se tratava de vocação, mas de um sinal que Deus colocava em meu caminho, para despertar em meu coração o interesse pelo sacerdócio”, recorda dom Murilo.

Aos 8 anos passou a ser coroinha na Matriz da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque. Era neste templo que o menino ficava impressionado com os padres que celebravam as missas.

Aos 12 anos o jovem Murilo tomou a decisão de ingressar no seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, fundada pelo padre João Dehon, por isso os religiosos são chamados de Dehonianos. Entre 1956 e 1962, Murilo continuou e concluiu os estudos; em 1963 fez o Noviciado no Convento Nossa Senhora de Fátima, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina; e em 1964 retornou à cidade natal para iniciar o curso de Filosofia. Foi também neste ano, em 2 de fevereiro, que o então seminarista Murilo fez a primeira profissão religiosa.

Dois anos depois, em 1966, aconteceu a profissão perpétua e, neste mesmo ano, passou a cursar Teologia, em Taubaté, concluindo em 1969. Após este período de formação, aconteceu o momento mais especial: pelas mãos do então arcebispo de Florianópolis, dom Afonso Niehues, o seminarista Murilo recebeu a Ordenação Sacerdotal em 7 de dezembro de 1969, na sua paróquia de origem, São Luiz Gonzaga, em Brusque. Começava ali uma longa caminhada de missão na vida da Igreja.

 

Fonte: Correio24horas

 

O sotaque catarinense que desde março de 2011 foi o som do pastoreio da Igreja Católica de Salvador sairá de cena. Nesta quarta-feira (11), dom Murilo Sebastião Ramos Kriger, arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, teve seu pedido de renúncia do cargo aceito pelo papa Francisco e deixará o posto. O comunicado foi divulgado pela Arquidiocese de Salvador, às 8h, após autorização do Vaticano, e encerra o período de nove anos de dom Murilo  no comando da primeira arquidiocese do Brasil. Será o fim de um ciclo pacificador. 

O religioso havia pedido sua renúncia, em outubro de 2018, quando completou 75 anos - idade estipulada pela igreja para que os arcebispos se aposentem. Hoje, com 76 anos, dom Murilo recebe a concessão da aposentadoria do cargo e passará nos próximos dias o comando da arquidocese para dom Sergio da Rocha,  60, que atualmente era arcebispo de Brasília.  A notícia foi divulgada em primeira mão pelo jornal CORREIO nesta reportagem no site. Pelo posto de cardeal, dom Sergio, fica credenciado a participar do conclave em uma possível sucessão do papa Francisco podendo, inclusive se tornar papa no futuro.

Sergio e Murilo trabalharam juntos na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre 2015 e 2019,  quando foram respectivamente presidente e vice-presidente da entidade.  

Dom Murilo deixará o comando da arquidiocese; dom Sergio assumirá (Fotos: Divulgação)

 A partir de hoje e até o dia da posse do novo arcebispo, dom Murilo passa a ser o administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador.

Catarinense, nascido na cidade de Brusque, dom Murilo chegou em Salvador em 2011, já com 14 anos de experiência na função de arcebispo. Sua primeira Arquidiocese, em Maringá (PR), foi em 1997, aos 53 anos. Cinco anos depois, em 2002, foi transferido para Florianópolis e aos 67 dom Murilo assumiu a Arquidiocese de Salvador. Deixará como legado a empatia com os baianos aliada ao jeito acolhedor, mas também sistemático. Um destaque para sua pontualidade. "Sou um homem que acorda cedo, meu filho", costuma dizer. 

Em nota oficial, dom Murilo deixou mensagem para dom Sergio. "O Senhor Bom Jesus do Bonfim, que com seus braços abertos acolhe todos os que sobem a Colina Sagrada, acolha este irmão que vem para a Bahia! Nossa Senhora da Conceição da Praia, Padroeira deste Estado, interceda por este seu filho! E Santa Dulce dos Pobres seja para o cardeal Dom Sergio um exemplo de como 'amar e servir".

Foto: Divulgação

Ouça dom Murilo sobre o que representou para ele ter chefiado a primeira Arquidiocese do Brasil:  

Sexto filho de nove irmãos, fez o primeiro e segundo graus  no Seminário de Corupá (SC), na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Em 1964, ingressou nessa congregação e iniciou o curso de Filosofia. Em 1970, foi ordenado padre e começou a trabalhar em Taubaté (SP). Em 1985, foi nomeado bispo auxiliar de Florianópolis, pelo papa João Paulo II e em 1991 assumiu sua primeira diocese, em Ponta Grossa (PR).

Chegada de Dom Murilo Krieger a Salvador
Chegada de Dom Murilo Krieger a Salvador (Divulgação)

Dados dos últimos levantamentos do IBGE mostram que o número de pessoas que se declaram católicos na Bahia reduziu. Em conversa com o CORREIO sobre o assunto, dom Murilo - sempre no estilo pacificador - fez questão de mostrar que a igreja está em transformação e que ele acompanha esse movimento.

"Na Igreja sempre tivemos consciência de que havia uma época em que qualquer pessoa se declarava católica, mesmo que não participasse de nada. Mais: normalmente, um terço dos que se dizem católicos são praticantes, fiéis; um terço participa ocasionalmente das celebrações, ritos e compromissos católicos; e um terço foi batizado, mas não tem prática religiosa nenhuma. Esse último grupo acaba sentindo atração para alguma outra religião e 'deixa' a Igreja Católica. Nossa resposta só pode ser uma: ajudar o católico a conhecer as riquezas de sua fé, mesmo porque, ninguém ama o que não conhece", destacou.

Dom Murilo assumiu o posto que foi ocupado por dom Geraldo Majella, que ficou no cargo desde 1999. O legado de dom Murilo é o da pacificação. No seu período à frente da arquidiocese coube a ele, por exemplo, a mediação pelo encerramento das greves dos policiais, dos professores, dos rodoviários, etc.

"Tudo o que diz respeito ao ser humano diz respeito à Igreja. Afinal, não fazemos parte de um grupo de anjos que não têm problemas, mas de uma comunidade humana, onde cada um tem suas necessidades e desafios. Acredito que os que me chamaram para ser mediador fizeram porque viram que eu estou acima de grupos e que quero é o bem da comunidade. Talvez, eu surpreenda muitos ao dizer que não é muito difícil o papel de mediador, desde que a gente seja aceito pelos dois lados e que procure unir os contrários. Ser mediador é mostrar que uma solução é boa quando é boa para todos; que não é possível que haja um só vencedor; e que, pelo diálogo, descobrimos que nossas diferenças não são tão grandes quanto pensávamos. Uso muito do meu bom humor, o bom humor que aprendi com meu pai. Nessas horas, precisa de alguém que descontraia", destacou dom Murilo, ao CORREIO, em 2018 quando pediu a renúncia. 

A Diocese de São Salvador da Bahia foi criada no dia  25 de fevereiro de 1551, pela Bula Super Specula Militantis Ecclesiae, do Papa Júlio III. A 22 de novembro de 1676, pela Bula Inter Pastoralis Officii Curas, do Papa Inocêncio XI, a Diocese de São Salvador da Bahia foi elevada à Arquidiocese e Sede Metropolitana. Atualmente, a Arquidiocese de Salvador é formada por cinco municípios: Itaparica, Lauro de Freitas, Salinas da Margarida, Salvador e Vera Cruz.

Dom Murilo é o 27º arcebispo da arquidiocese e o único a ter no currículo a honraria de ter sido o chefe da igreja no momento mais importante para a história do catolicismo do Brasil: a canonização de Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa genuninamente brasileira. 

"Eu nunca imaginei que isso iria acontecer. Quando eu cheguei à Bahia eu tinha certeza que Deus havia reservado para mim uma missão. Me alegra o coração de poder ter estado aqui nesse momento tão importante para a história da nossa igreja", ressaltou dom Murilo, ao CORREIO, em outubro de 2019 quando esteve no Vaticano para a celebração da canonização de Dulce. 

À época, Maria Rita Lopes Pontes, superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), destacou a relevância de dom Murilo para o processo de canonização de Dulce. Ele, inclusive, é membro do conselho de administração das Osid. "Dom Murilo foi um grande amigo e nos auxiliou em todo processo desde que dom Geraldo (que abriu o processo) deixou o posto. Dom Murilo tem uma luz muito grande", ressaltou Maria Rita. 

Dom Murilo é autor de vários livros, escreve em revistas e jornais e tem programas na televisão e na Rádio Excelsior da Bahia, sempre com o intuito de evangelizar. Dentre as obras publicadas, destacam-se: Shalom: A Paz ao Alcance da Juventude (Loyola); O Primeiro, o Último, o Único Natal (Loyola); Com Maria, a Mãe de Jesus (Paulinas); Um Mês com Maria (Paulinas); Anunciai a Boa Nova (Canção Nova); Dai-lhes vós Mesmos de Comer (CNBB) e Se Eu Tivesse Uma Câmera Digital… (Paulinas).

Na edição do CORREIO de 14 de março de 2001, ao jornalista Jorge Gauthier,  dom Murilo concedeu a primeira entrevista sobre sua chegada à Bahia já dando as diretrizes do que faria. 

"É essencial o diálogo. Entendo o diálogo com uma estrada de duas vias: somos chamados a ouvir o outro, para conhecê-lo e compreendê-lo; e devemos ter oportunidade de apresentar ao outro nossos pontos de vista - naturalmente, esperando também sermos escutados. Poderemos terminar o diálogo sem um consenso; crescerá, porém, o respeito mútuo. Já São Pedro, em seu trabalho missionário, no início do cristianismo, entendeu essa necessidade, quando escreveu: 'Estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que a pedir'”. 

À época, além de falar da canonização de Dulce, também demonstrou sua preocupação com a violência. "Convenço-me cada vez mais que grande parte dos problemas que nossa sociedade enfrenta – e a violência é um deles – se deve à falta de algo primordial: a educação. Quando se trata de pessoas carentes, é essencial que tenham uma ajuda especial do Estado e das organizações não-governamentais, pois entendo que pobre é aquele que, sozinho, não consegue sair da situação em que se encontra e, por isso, precisa de mãos amigas", destacou. 

Um homem de fé 
Dom Murilo sentiu o chamado à vocação sacerdotal ainda na infância quando, aos 6 anos, viu o irmão mais velho, Marco Aurélio, arrumando a mala para ir ao seminário. Curioso, o pequeno Murilo perguntou: "o que é seminário?". Após a resposta do irmão, ele pensou: "então, se eu for para o seminário, também ganharei uma mala". “Claro que não se tratava de vocação, mas de um sinal que Deus colocava em meu caminho, para despertar em meu coração o interesse pelo sacerdócio”, recorda dom Murilo.

Aos 8 anos passou a ser coroinha na Matriz da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque. Era neste templo que o menino ficava impressionado com os padres que celebravam as missas.

Aos 12 anos o jovem Murilo tomou a decisão de ingressar no seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, fundada pelo padre João Dehon, por isso os religiosos são chamados de Dehonianos. Entre 1956 e 1962, Murilo continuou e concluiu os estudos; em 1963 fez o Noviciado no Convento Nossa Senhora de Fátima, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina; e em 1964 retornou à cidade natal para iniciar o curso de Filosofia. Foi também neste ano, em 2 de fevereiro, que o então seminarista Murilo fez a primeira profissão religiosa.

Dois anos depois, em 1966, aconteceu a profissão perpétua e, neste mesmo ano, passou a cursar Teologia, em Taubaté, concluindo em 1969. Após este período de formação, aconteceu o momento mais especial: pelas mãos do então arcebispo de Florianópolis, dom Afonso Niehues, o seminarista Murilo recebeu a Ordenação Sacerdotal em 7 de dezembro de 1969, na sua paróquia de origem, São Luiz Gonzaga, em Brusque. Começava ali uma longa caminhada de missão na vida da Igreja.

A cada dia, dez pessoas, em média, são diagnosticadas com sífilis em Salvador. A doença, que já foi apontada como uma ‘vingança dos americanos contra os europeus’, por ter se espalhado no continente a partir do final do século XV, continua se multiplicando em grau de epidemia mais de 500 anos depois. No ano passado, o número de novos casos da doença cresceu 40% em Salvador, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Foram 3.625 novos diagnósticos em 2019, contra 2.582 em 2018. De acordo com o Ministério da Saúde, Salvador ocupa a 6ª posição dentre os 100 municípios que respondem por cerca de 60% dos casos de sífilis do país. Apesar da alta em Salvador, houve redução de 6,7% no número de novos diagnósticos em toda a Bahia.

“A sífilis é uma doença muito antiga e a gente está percebendo que ela é uma doença reemergente. Ela é curável, não é difícil de ser tratada, mas a gente está percebendo, no geral, que para todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), está havendo uma diminuição das práticas preventivas, há pouca adesão”, explica a chefe do setor de DST/Aids da SMS, Daniela Cardoso. Em outras palavras, as pessoas, sobretudo o público jovem, não têm usado camisinha.

Segundo Daniela, a doença tem fácil contágio. Se, por exemplo, existe uma chance de que a pessoa contraia o HIV durante o sexo anal sem camisinha, essa chance se multiplica por três para a sífilis. “Esse aumento no número de casos não é só na Bahia, nem em Salvador. Em 2019, em todo o Brasil, o aumento foi de mais de 28%. Em fevereiro, quando apresentou os dados, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou que, se a gente não tiver cuidado, a epidemia de sífilis vai passar a de Aids”, afirma Daniela.

De acordo com especialistas, há outras explicações possíveis para a alta no número de casos diagnosticados. Além da falta de prevenção, com o uso da camisinha, é grande o abandono do tratamento, embora ele seja simples, acessível, rápido e gratuito – está disponível em toda a rede pública de saúde.

Outra explicação pode estar no fato de que, entre 2016 e 2017, o Brasil enfrentou uma falta de penicilina benzatina – ou Benzetacil, medicamento de referência utilizado no tratamento. Não se pode deixar de lado, também, o aumento no número de testes feitos, o que também implica em mais diagnósticos.

Só no Carnaval, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) diagnosticou 17 novos casos de sífilis, enquanto a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fez 42 diagnósticos durante a folia. A boa notícia é que, tanto na Bahia quanto na capital, o número de casos em gestantes caiu em 2019 com relação a 2018: em Salvador, a queda foi de 12,3% e na Bahia, de 15,4%.

Já os casos de sífilis congênita – que é passada da mãe para o bebê – sofreram queda de 39,7% em Salvador no ano passado. Nesta terça-feira (10), o Unicef e a prefeitura da capital lançaram, juntos, uma campanha pela prevenção e tratamento (leia mais abaixo). A meta do Ministério da Saúde é que a taxa de sífilis congênita não ultrapasse 9 casos para cada 100 mil. Mesmo com a queda no número de casos, segundo a SMS, a taxa de Salvador ainda é alta: 14 casos para cada 100 mil.

Perfil e dificuldades
Em Salvador, a sífilis acomete mais mulheres do que homens. “O que se vê nos dados é que a população jovem está mais susceptível à sífilis, principalmente de 20 a 34 ou 35 anos. Aqui em Salvador, a gente tem o recorte de raça muito importante: as pessoas que se autodeclaram pardas e pretas são mais acometidas. No recorte de sexo, são mais mulheres e em relação à escolaridade, em Salvador, o recorte é a baixa escolaridade”, afirma Daniela Cardoso.

Além de serem mais acometidas pela doença, as mulheres sofrem com outro fator: a reinfecção.

“Algumas vezes, a mulher é tratada, mas ela se contamina novamente porque o companheiro não se tratou ou se reinfectou e a infectou novamente”, explica Francisca Maria Andrade, especialista em saúde e prevenção de ISTs do Unicef no Brasil.

Segundo ela, uma recomendação muito comum nestes casos é que os casais negociem e usem camisinha ao menos durante a gravidez, para não infectar o bebê. “Mas é claro que o ideal é que use sempre”, reforça.

A médica infectologista Jacy Andrade, professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), explica ainda que, muitas vezes, os casos se multiplicam porque as pessoas não sabem que têm a doença.

“A pessoa pode ter uma lesão que passa despercebida, porque não dói. Quando é no homem, é mais fácil de perceber porque a genitália masculina é externa. Quando é na mulher, a lesão acontece dentro da vagina, no colo do útero, então você não consegue ver. É mais difícil ela se autodiagnosticar. Aí o indivíduo passa pela primeira fase da doença sem sintomas, sem dor, e passa a bactéria adiante, infecta outras pessoas”, afirma.

Embora, num primeiro momento, a sífilis não provoque dor, a doença causa uma série de complicações: além de lesões na pele, pode provocar mal-estar, febre, cefaleia, perda da sobrancelha e até comprometimento do fígado. No caso da sífilis terciária, que pode aparecer até 30 anos depois da infecção, é possível haver comprometimento do sistema nervoso e cardiovascular, atrofia, meningite, paralisia e até demência.

Abandono do tratamento
O abandono do tratamento também tem feito crescer o número de casos. Em geral, a sífilis é tratada com injeções de Benzetacil durante três semanas – uma injeção semanal. O acompanhamento, no entanto, é mais prolongado, de pelo menos seis meses até que a pessoa seja considerada curada. Muita gente, entretanto, abandona o tratamento ou sequer começa.

“O tratamento é simples, é fácil, com antibiótico. Mas o acompanhamento dura pelo menos seis meses e isso demanda tempo, compromisso da pessoa. Então, a gente percebe que muitas pessoas abandonam, sim. E algumas não querem se submeter ao tratamento com a Benzetacil, reclamam que dói muito”, explica Daniela Cardoso, da SMS.

Francisca Maria Andrade, do Unicef, afirma que, de um modo geral, tratamentos com medicação injetável têm adesão mais difícil. Uma das alternativas que vem sendo cobrada pela Unicef é que a aplicação seja feita nas próprias unidades básicas de saúde. “Às vezes, o profissional sente receio de aplicar a medicação ali, numa unidade básica, mas a gente insiste para que eles tenham uma condição de aplicar nas unidades, para que o paciente não tenha que se deslocar para um hospital ou uma UPA e, aí sim, abandonar o tratamento”, defende.

Unicef e prefeitura lançam campanha por erradicação da sífilis congênita
Em 2019, 484 bebês nasceram em Salvador com sífilis congênita – quando a bactéria é passada de mãe para filho. O número de casos foi 39,7% menor do que aquele registrado em 2018, mas, mesmo assim, a taxa na capital baiana, de 14 para cada 100 mil, ainda está acima do desejável pelo Ministério da Saúde, que é de 9 casos para cada 100 mil. Nesta terça-feira (10), o Unicef e a Prefeitura de Salvador lançaram juntos uma campanha pela erradicação da sífilis congênita.

Embora haja cura para a doença, desde que identificada precocemente, ela pode trazer uma série de complicações para o bebê, desde as mais leves até as mais graves, levando até à morte. “A criança pode nascer prematura, pode ter defeito ósseo, pode ter alteração na retina, no sistema nervoso central”, explica a médica infectologista Jacy Andrade, professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Para a chefe do setor de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Daniela Cardoso, há uma preocupação pela erradicação no Brasil inteiro. O país, inclusive, é signatário de compromissos internacionais pela eliminação da sífilis desde 1992.

“Se existe sífilis congênita, significa que a gente está tendo problema com a gestante no pré-natal, elas não estão sendo tratadas de forma correta. A doença é completamente curável e se ela é captada no tempo correto, a criança não precisa ter sífilis. Mas, a gente está tendo e não é só Salvador, não é só na Bahia, é no Brasil como um todo”, afirma Daniela.

Com a campanha lançada nesta terça-feira, a proposta é que as pessoas saibam que precisam e têm o direito de fazer o diagnóstico e tratar. “É o que a gente chama de ‘teste, trate, cure’. É importante ter certeza que curou, porque alguns pacientes fazem a testagem, mas não tratam”, afirma explica Francisca Maria Andrade, especialista em saúde e prevenção de ISTs do Unicef no Brasil.

No material a ser distribuído, há uma recomendação para que as mulheres façam o teste de sífilis assim que descobrirem a gravidez – e que levem seus parceiros, já que a reinfecção por conta da recusa do tratamento pelos homens é um dos principais problemas enfrentados. Outra recomendação é fazer o teste sempre que se expor a algum risco.

A campanha conta com duas frentes: a da prevenção, com distribuição de folders, cartazes, material para envio através do WhatsApp, vídeos e totens na Estação da Lapa para transmitir à população as informações sobre a necessidade do diagnóstico e tratamento. A segunda frente é voltada para os profissionais de saúde, que terão agora nas unidades um livro de acompanhamento da sífilis. A meta é que os casos não se percam e que sejam acompanhados pelo livro desde o diagnóstico até a cura.

Fonte: Correio24horas

O psicólogo Victor Hugo foi eliminado do BBB 20 nesta terça-feira (10). Ele recebeu 85,22% dos votos do público. Ele foi o sétimo participante eliminado do programa.

Babu e Manu, que também estavam no paredão, se salvaram e permanecem na casa. Babu recebeu 4,60% dos votos, e Manu recebeu 10,18%.

Manu foi para o Paredão após apertar o botão vermelho no Quarto Branco. Victor Hugo foi indicado pelo Líder Pyong, e Babu foi o mais votado pela casa, com cinco votos.

Victor Hugo tem 25 anos e é natural de Imperatriz, interior do Maranhão. Teve uma infância tímida, acompanhando os shows da banda de forró dos pais, mas logo que começou a atuar ao lado deles como backing vocal a timidez ficou no passado. Já adulto, mudou-se para São Paulo, onde mora atualmente, para estudar. Contou que por ter sido considerado um bom ouvinte na adolescência, decidiu cursar Psicologia. Hoje é psicólogo e cientista da área de saúde pública.

"Gente, muito obrigado. Eu vivi um sonho aqui. Foi muito importante cada momento. Eu queria muito estar aqui. E eu me joguei com tudo. E eu vivi cada momento como se fosse o último. E tinha que chegar o último", disse, pouco antes de deixar a casa.

Ao deixar o confinamento e reencontrar os familiares e amigos, o psicólogo afirmou: "'Estou tranquilo. Eu pensei que eu fosse estar mais desesperado. Estou feliz para caramba. Tudo o que eu pensei que eu ia viver, acho que eu vivi mais ainda. Estou muito feliz".

Fonte: G1