Maioria do STF vota para manter rito do impeachment de Witzel na Alerj
Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram para manter a comissão especial formada para avaliar o impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). O julgamento de um recurso de Witzel está sendo feito no plenário virtual da Corte, uma ferramenta digital que permite que os ministros analisem casos sem se reunirem pessoalmente ou por videoconferência. A discussão deve ser encerrada às 23h59 desta sexta-feira, 13.
Até a publicação deste texto, o relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Rosa Weber, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram para rejeitar um recurso de Witzel.
O sexto voto, que garantiu a maioria na Corte contra o recurso de Witzel, veio de Nunes Marques, que foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, adversário político do governador afastado.
O presidente do STF, Luiz Fux, se declarou suspeito e não votou. O ministro Dias Toffoli, por outro lado, votou para que a comissão especial formada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) seja desconstituída.
O recurso de Witzel foi levado ao plenário virtual por determinação de Alexandre de Moraes e contesta uma decisão do próprio ministro que, em agosto, autorizou a continuidade do procedimento que apura se o governador cometeu crime de responsabilidade. A defesa do governador afastado insiste em questionamentos sobre o rito utilizado pela Assembleia Legislativa do Rio para conduzir o processo de impeachment.
Em seu voto, assim como indicou na decisão monocrática, Alexandre de Moraes voltou a defender que a Alerj não cometeu irregularidades.
"O Ato do Presidente da Assembleia Legislativa não desrespeitou o texto constitucional ou mesmo a legislação federal, pois refletiu o consenso da Casa Parlamentar ao determinar que cada um dos partidos políticos, por meio de sua respectiva liderança, indicasse um representante, garantindo ampla participação da maioria e da minoria na Comissão Especial. Basta verificar que não houve irresignação por parte de nenhum dos partidos políticos representados na Assembleia Legislativa", observou.
O processo de impeachment de Witzel foi aprovado por ampla maioria na comissão e no plenário da Assembleia Legislativa. Agora, está nas mãos de um Tribunal Especial Misto, formado por deputados e desembargadores, o destino político do governador afastado.
Tribunal misto tem maioria para continuar processo de impeachment de Witzel
Formado por parlamentares e magistrados, o Tribunal Especial Misto formou maioria para dar continuidade ao processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Sete dos 10 votantes votram recebimento integral da denúncia. As informações são da CNN Brasil.
Além do relator, deputado Waldeck Carneiro (PT), decidiram pela continuidade do processo os deputados Carlos Macedo (Republicanos), Chico Machado (PSD) e Alexandre Freitas (novo) e os desembargadores Fernando Foch, José Carlos Maldonado de Carvalho e Teresa de Andrade Castro Neves. Eram necessários seis votos para o prosseguimento do julgamento.
Deputados e magistrados decidiram também que Witzel terá um desconto de 1/3 seu salário de governador durante o afastamento. Haverá ressarcimento destes valores caso o gestor seja absolvido.
A saída do réu do Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador, enfrenta um impassse. Waldeck Carneiro votou favoravelmente para que Witzel deixe o local. O deputado Chico Machado (PSD) e o desembargador Fernando Forch foram contra.