A dificuldade de aumentar a cobertura vacinal de adolescentes tem levado especialistas a sugerir que uma solução eficaz para aumentar a imunização desse público pode ser levar a vacina até ele, no espaço em que estão com mais frequência: a escola. A proposta ganha força no momento em que imunizantes com histórico de atingirem metas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão com baixas coberturas.

A chefe de saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Luciana Phebo, defende a vacinação nas escolas como uma forma de acelerar a retomada das coberturas vacinais, que precisam ser recuperadas antes que doenças controladas por elas voltem a incidir no país, como a paralisia infantil.

“Outros setores como a educação devem trabalhar junto com o SUS e o Programa Nacional de Imunizações. Se as escolas não atuarem junto, nós não vamos conseguir dar essa aceleração”, afirma Luciana Phebo. Para a especialista, atuação vai além de vacinar nas unidades de ensino, “fazendo vacinação nas escolas, campanhas de vacinação, educação em saúde, trazendo para a escola essa temática da saúde como importante para se cuidar, do autocuidado dos pais e mães, o cuidado com as crianças pequenas. A vacinação é uma questão legal. A criança tem o direito a ser protegida”.

Estratégia disponível

Vacinar nas escolas já faz parte dos planos do Ministério da Saúde para enfrentar as baixas coberturas vacinais. A estratégia de multivacinação adotada no Amazonas e no Acre desde junho, por exemplo, prevê essa ação entre as possibilidades de vacinação fora dos postos de saúde.

A vacinação de crianças e adolescentes nas escolas deve incluir o apoio de profissionais de saúde da atenção primária, para leitura de caderneta de vacinação, a vacinação propriamente dita, e o registro de doses aplicadas no Sistema de Informação Oficial do Ministério da Saúde. O público prioritário para essa ação são as crianças e os adolescentes de 9 a 15 anos de idade, e as vacinas oferecidas são dT, Febre Amarela, HPV, Tríplice Viral, Hepatite B, Meningite ACWY e Covid-19.

O Ministério da Saúde orienta ainda que a vacinação escolar deve ser precedida de ação pedagógica e de divulgação voltada aos estudantes sobre a importância da vacinação. Caso o responsável não queira autorizar a vacinação da criança ou adolescente, ele deverá ser orientado a assinar e encaminhar à escola o “Termo de Recusa de Vacinação”.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, um programa de vacinação nas escolas foi lançado no último dia 15, com a possibilidade de imunização nas escolas públicas e particulares. O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, destacou a imunização contra o HPV entre as que precisam chegar aos adolescentes. A vacina garante maior proteção se for aplicada antes do início da vida sexual e o vírus contra o qual ela protege é o maior causador de câncer de colo de útero, além de estar associado a tumores malignos no pênis, ânus e garganta.

“A vacina prioritária é a vacina do HPV, porque é uma vacina que salva vidas no longo prazo, prevenindo o câncer de colo de útero e outros cânceres”, explicou o secretário. “A gente pretende aplicar todas as vacinas do calendário. A expectativa é que a gente vacine ou pelo menos confira a caderneta de 600 mil crianças nesse processo”.

Em um mês do programa, a Secretaria Municipal de Saúde aplicou 28 mil doses em mais de 1,2 mil escolas da cidade. Somente contra o HPV, mais de 11,5 mil adolescentes foram protegidos.

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Ballalai, conta que trabalhou em vacinação nas escolas ao longo de sua carreira e afirma que as experiências e estudos sobre o tema mostram que essa é uma estratégia necessária.

“Em 1993, fiz minha primeira campanha vacinal em escolas, e, sem dúvida nenhuma, a literatura, a minha prática, a prática do Ministério da Saúde, mostram o quanto isso é importante. Essa estratégia ainda é usada no Brasil como uma forma de acesso, principalmente para adolescentes. Se não levar, eles não vão ao posto, então, é muito importante”.

Além de abrir as portas para a vacinação, ela defende que as escolas podem contribuir como promotora da saúde, com a educação em saúde. “A escola pode contribuir muito com a confiança na vacinação, com a lembrança das próximas doses, colocando esse tema, que é considerado transversal pelo Ministério da Educação, no seu planejamento pedagógico. Saúde e educação precisam andar juntas”.

A importância e as facilidades trazidas pela vacinação nas escolas também são reconhecidas por parte das mães brasileiras. Uma pesquisa realizada com duas mil mães no ano passado chegou a um percentual de 76% que consideram a escola como o lugar ideal para a vacinação infantil. O estudo foi realizado pela farmacêutica Pfizer e pelo Instituto Locomotiva e divulgado em abril deste ano. As respostas indicam que as mães gostariam de ser ajudadas pela escola a manter o calendário vacinal em dia.

Oito em cada dez mães concordaram com a frase "seria muito prático se a vacinação do/da meu/minha filho/filha pudesse ocorrer dentro da escola", e, para 85%, "se houvesse a possibilidade de a vacinação ocorrer na escola a cobertura vacinal infantil poderia ser maior".

O questionário aplicado nas cinco regiões do país também mostrou que 81% das entrevistadas ficariam seguras com a vacinação dentro da escola se soubessem que ela seria realizada por profissionais de saúde qualificados. Segundo a pesquisa 91% das mães afirmam que provavelmente autorizariam os filhos a receber as doses na escola.

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Um velho inimigo das crianças voltou a assombrar as autoridades de saúde. Há seis anos, a Bahia não atinge a meta de 95% de cobertura vacinal contra o poliovírus, causador da poliomielite. No momento, mais de 300 mil crianças baianas, de 1 a 5 anos, estão desprotegidas contra o vírus que provoca a paralisia infantil. Para tentar recuperar os índices de imunização, foi iniciada a Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio e de Multivacinação, que vai até o dia 9 de setembro.

Em Salvador, as 55,6 mil crianças que ainda não estão imunizadas vão poder ser vacinadas em 156 salas instaladas nos postos da rede básica de saúde da capital. O público total esperado na cidade é de 649 mil crianças e adolescentes. Em todo o país, serão disponibilizadas 40 mil salas de imunização. A reportagem procurou a Secretaria Estadual da Saúde para ter um número específico de postos na Bahia, mas a pasta afirmou que determinar os locais de vacinação é uma atribuição de cada município.

A cobertura contra a pólio no último ano na Bahia foi de 61,2%, mais de 30% abaixo do esperado. Em Salvador, a taxa foi de 63,43%, um pouco acima da média nacional, que, segundo os últimos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, não chegou sequer aos 50% do público-alvo neste ano.

Apesar de a poliomielite ter sido oficialmente erradicada do país em 1994, com o último caso registrado em 1989, os especialistas temem que com a baixa cobertura vacinal o vírus volte a circular no país. "Nós eliminamos o vírus da pólio aqui no Brasil (nas Américas), mas com pouca vacinação, se eu vou em qualquer país onde esteja funcionando [o vírus], e não estou vacinado, posso trazer esse vírus e ele começar a circular entre crianças e mesmo adultos que não têm vacinação. Isso nos preocupa muito enquanto profissionais da saúde”, afirma a infectologista e professora da Ufba Glória Teixeira.

Alerta de risco
A baixa cobertura vacinal levou a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) a incluir o Brasil na lista de países da América Latina com alto risco de pólio. No período entre 1979 e 1989, a letalidade média da doença era em torno de 12%, levando a mais de 300 mortes na década de 1970. Nas formas graves da doença, desenvolvidas especialmente em crianças com menos de cinco anos, o vírus afeta o sistema nervoso e pode causar uma fraqueza muscular que originou o termo "paralisia infantil", um dos nomes populares da doença.

Marielza Macedo Santos, 63 anos, nasceu em Iaçu, no interior da Bahia, e perdeu o movimento das pernas ainda com 1 ano e 4 meses, em 1959. “Naquela época, aqui no interior, não tinha vacina, só tinha em Salvador. E para levar lá era difícil. Comecei com febre alta, me levaram para Itaberaba, Feira de Santana e depois para Salvador, quando diagnosticaram. O meu atacou os membros inferiores e escoliose — fiz 17 cirurgias e melhorou um pouco, eu era toda torta. Por isso mesmo eu tenho problemas no pulmão, um lado ficou apertado”, conta a professora aposentada.

Marielza ressalta que apesar dos problemas de saúde derivados da pólio, ela leva uma vida produtiva, mas reconhece que a vacina poderia ter mudado sua vida. “Com certeza, se [a vacina] chegasse ao interior, minha mãe me dava e eu não estava na cadeira de rodas. Minha vida estaria em outra dimensão. Fiz três anos de pedagogia e acabei desistindo faltando dois por causa da acessibilidade [na faculdade]. Eu levo uma vida normal, mas a gente vê as dificuldades que tem. Se tem como não acontecer isso, por que não faz [vacinar as crianças]? Hoje a vacina está aí, gotinha que não vai doer nada”, diz a professora.

Baixa cobertura

A baixa cobertura vacinal na infância não se reduz à poliomielite. De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Vânia Rebouças, desde 2016, nenhuma vacinação teve a meta alcançada na Bahia, que é de 95% de cobertura, exceto para Rotavírus e BCG (90%).

De acordo com ela, isso acende um alerta para o risco do reaparecimento de doenças que antes estavam controladas pela vacinação, sendo as principais o sarampo e a oliomielite. “Há casos de sarampo em quatro estados do Brasil e tem risco de reintrodução da poliomielite, que acende mais um alerta”, afirma a coordenadora, que ressalta que o problema não se restringe a essas duas doenças.

Na Campanha Nacional, que vai até o dia 9 de setembro, também há a atualização da caderneta na multivacinação. Segundo a coordenadora, qualquer adolescente com menos de 15 anos pode procurar os postos de saúde para atualizar seu esquema de vacinas.

Para crianças estarão disponíveis os imunizantes: Hepatite A e B; Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente; VIP (Vacina Inativada Poliomielite); VRH (Vacina Rotavírus Humano); Meningocócica C (conjugada); VOP (Vacina Oral Poliomielite); Febre amarela; Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba); Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela); DTP (tríplice bacteriana); Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).

Para adolescentes: HPV; dT (dupla adulto); Febre amarela; Tríplice viral; Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada).

Segundo Vânia, a Sesab está articulando com a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) um plano para melhor a cobertura vacinal. Na campanha contra a poliomielite, terá o Dia D nacional de vacinação, em 20 de agosto. “Nós temos aí um desafio de avaliar as cadernetas de vacina de crianças e adolescentes menores de 15 anos, que é uma estratégia pontual para tentar corrigir cadernetas de vacinação", afirma.

A coordenadora lembra ainda que todas as vacinas de rotina podem ser atualizadas a qualquer momento e quanto mais rápido a criança tem acesso aos imunizantes, mais rápido fica protegida.

Falsa sensação de segurança

Especialistas afirmam que os fatores para a diminuição da cobertura vacinal são múltiplos, mas alguns são especialmente citados por todos os ouvidos pela reportagem: falsa sensação de segurança de que as doenças desapareceram e não voltam mais, pandemia, fake news e mudanças no perfil da população. A falta de campanhas que chamem à vacinação e o “desaparecimento” do Zé Gotinha também explicam.

“Realmente temos visto queda nas coberturas vacinais de forma geral, do calendário infantil, desde 2017. Mas caiu muito mais com a pandemia. Essa queda já vinha há um tempo e tinha vários fatores, principalmente o sucesso da própria vacina. Na medida que as famílias, as crianças, não veem mais a doença, pensam que podem abrir mão da vacina”, explica a infectologista Glória Teixeira.

Outra desmotivação para vacinar são as notícias falsas. “Notícias capciosas que impedem as pessoas de proteger sua saúdes mesmo tendo disponibilidade nos postos — ‘vacina faz mal, vacina dá outra doença, vacina faz você virar jacaré’, parece coisa da Idade Média”, diz a especialista.

"Diminuiu muito o apelo nacional do Ministério da Saúde para a mobilização por vacina e tem um movimento antivacina do próprio dirigente máximo [o presidente Jair Bolsonaro] de não querer se vacinar contra a covid. É uma situação completamente diferente da que vívíamos antes de 2019”, afirma a infectologista.

A professora reclama que o Zé Gotinha, personagem criado para incentivar a vacinação, não aparece mais. “Quando a gente fazia a campanha, as crianças iam encontrar o Zé Gotinha. Era tão bonito, significativo, que uma criança já chamava outra para se vacinar. Nós precisamos retomar esse personagem para essas crianças”.

A coordenadora de imunização de Salvador, Doiane Lemos, afirma que além da falsa sensação de segurança, o Ministério da Saúde aponta mudanças no perfil da população. “Mulheres que antes não trabalhavam e podiam levar as crianças aos postos, hoje são fonte econômica da casa”, diz. Os horários para a vacinação comumente se dão em períodos de trabalho, 8h às 17h. A Secretaria Estadual da Saúde afirma que incentiva as secretarias municipais a criarem horários estendidos.

História da Pólio:

O vírus no Brasil - A presença da poliomielite é registrada no Brasil desde o fim do século XIX, provocando numerosos surtos e epidemias no século XX. Embora a maioria dos países do mundo tenham eliminado a doença, o vírus ainda existe e a pólio é registrada em algumas partes do mundo. O Ministério da Saúde, no lançamento da campanha de imunização deste ano, lembrou que a pólio foi diagnosticada em uma criança de Nova York (EUA) recentemente;

O primeiro surto - Dilene Raimundo do Nascimento é a organizadora do livro ‘A História da Poliomielite’, publicado em 2010. No mesmo artigo do site da Fiocruz acessado pela reportagem, a especialista detalha que em 1911, o médico Fernandes Figueira fez a primeira descrição de um surto de poliomielite no Brasil, no Rio de Janeiro. Em 1930, epidemias também foram registradas em São Paulo e outras capitais;

Opinião pública - Na década de 1950, a poliomielite chamou a atenção da opinião pública brasileira, quando as epidemias cresce-
ram e se espalharam por diversas cidades. A maior epidemia da doença no país já registrada ocorreu no Rio, em 1953, com 746 casos. A doença gerava grande medo pelas graves consequências causadas numa parcela das pessoas atingidas, que perdiam o movimento das pernas, em sua maioria;

As vacinas - Os surtos de pólio nos anos 1950 levaram à mobilização da comunidade científica, que desenvolveu, ainda naquela década, as duas vacinas contra a doença usadas até hoje. O pesquisador e médico norte-americano Jonas Salk foi o responsável pela primeira, contendo o vírus inativado e injetável. A segunda, em gotinhas, e que traz o vírus atenuado, foi criada pelo pesquisador polonês Albert Sabin.

Erradicação - A historiadora Dilene Raimundo do Nascimento, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), relembra no site da instituição que a erradicação da paralisia infantil em território nacional demandou um enorme esforço institucional desde o início da década de 1980 e foi uma grande conquista da saúde pública no início da década de 1990. O ultimo caso registrado no Brasil é de 1989 e em 1994, a pólio foi considerada erradicada por aqui, mas para se manter assim, é preciso manter a cobertura vacinal, porque o vírus não desapareceu;

*Fonte: Site da Fiocruz

Garanta a Proteção:

O quê: Vacinação em Salvador

Quando: De 8 de agosto até 9 de setembro, das 8h às 17h

Onde: Qualquer posto de saúde da rede básica

Vacinas oferecidas: Poliomielite para menores de 5 anos e Multivacinação para menores de 15 anos

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Salvador teve o pior dia de vacinação contra a covid-19, nesta segunda-feira (24), desde a campanha foi iniciada, no dia 19 de janeiro. Apenas 1.246 vacinas foram aplicadas, sendo menos de 900 com a primeira dose. Antes disso, o dia com menor aplicação de vacinas foi 7 de fevereiro, quando 1.359 imunizantes foram aplicados. Já o dia que Salvador mais vacinou foi 15 de maio. Nesta data, 30.233 pessoas receberam a vacina.

“É um dia de muita tristeza pra Salvador. Eu com uma megaestrutura montada pra vacinar 600 pessoas. É o pior dia de vacinação da história de Salvador nessa nesse início da campanha de vacinação”, afirma Leo Prates, em entrevista ao Bahia Meio Dia, nesta segunda-feira(24).

O principal motivo é a falta de vacinas. “Até agora, não sei o horário que vai chegar nem quantas doses vou receber. infelizmente, o maior problema não tenho como resolver, que é a falta de dose da vacina, que é a responsabilidade do Governo Federal”, critica Prates.

A fim de unir o útil ao agradável, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) fará um mutirão par aplicar a segunda dose da vacina contra covid-19 nesta terça-feira (25). Serão vacinadas todas as pessoas que ainda não receberam o imunizante de reforço da vacina de Oxford/Astrazeneca ou CoronaVac, com data de retorno aos postos marcada até sexta-feira (28).

Os soteropolitanos poderão ir diretamente aos postos, sem hora marcada, ou podem fazer o agendamento através do site Hora Marcada (vacinahoramarcada.salvador.ba.gov.br). A relação dos pontos de vacinação para o mutirão será divulgada ainda hoje (24) pela Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS).

Até o início da tarde desta segunda-feira (24), 1.064.826 pessoas foram vacinadas, sendo 721.400 com a primeira dose e 343.426 com a segunda dose. Isso quer dizer que cerca de 25% do total da população soteropolitana foi vacinada com a primeira e aproximadamente 12% dos habitantes completaram o esquema vacinal.

Dentre os vacinados, segundo o vacinômetro da SMS, 62% são do sexo feminino e 38% do masculino. A etnia da maioria que recebeu a vacina é preta ou parda (58%). A faixa etária que mais recebeu vacinas, tanto da primeira quanto segunda dose, foi a de 60 a 69 anos.

Diante da aproximação do inverno, a população precisa se preparar para a circulação do vírus influenza da gripe comum. A imunização é a melhor forma de prevenção contra a doença, que pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir, ao falar ou por meio indireto, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado.

Além da vacinação contra a influenza, existe, neste ano, a imunização contra a covid-19. A doença é causada por um novo vírus da família coronavírus que há algum tempo vem desencadeando resfriados comuns e síndromes respiratórias graves. Apesar de pertencer ao grupo, o Sars-Cov-2 é um agente infeccioso novo e, por isso, não está entre as doenças prevenidas pela vacinação para gripe comum. O imunizante contra o novo vírus está sendo aplicado em todo país e cada estado segue o seu cronograma próprio de acordo com a disponibilidade dos insumos na região.

Para o infectologista Claudilson Bastos, a vacinação contra influenza deve ser realizada mesmo durante a pandemia, assim como as demais vacinas. “É essencial cuidarmos da saúde em um momento de crise sanitária e a vacina contra a gripe comum é a melhor forma de se proteger. Havendo mais pessoas imunizadas contra a influenza, podemos reduzir internações de quadros graves de infecção respiratória, deixando o sistema de saúde focado no tratamento dos casos de pacientes do Sars-CoV-2”, afirma a especialista, pelo serviço de imunização do Sabin em Salvador. A clínica recebeu as doses das vacinas de influenza quadrivalentes, com proteção contra quatro tipos de vírus (AH1N1 + AH3N2 + B Victoria + B Yamagata) atualizadas.

Como a imunização contra o novo coronavírus está acontecendo através do Ministério da Saúde e a vacinação contra gripe comum acontecendo no setor público e privado de forma paralela, é comum que existam dúvidas sobre as duas. o médico Claudilson Bastos esclarece que a vacina da gripe pode ser tomada simultaneamente com outros imunizantes.

“Quem recebeu a aplicação contra covid-19 e já concluiu o esquema vacinal, deve aguardar pelo menos 14 dias antes de receber qualquer outra imunização. Caso tenha sido usada a proteção contra influenza, também é necessário aguardar 14 dias para iniciar o cronograma contra covid”, explica.

O médico, também, reforça que, caso o paciente esteja entre a primeira e a segunda dose da vacina contra covid, é necessário concluir este esquema de imunização para depois de duas semanas iniciar a proteção contra a influenza. “É importante respeitar a data de aplicação dos imunizantes que necessitam de duas doses. A realização de uma só etapa, não garante produção de anticorpos”, lembra Claudilson Bastos.

Crianças menores de seis meses e pessoas infectadas com doenças febris agudas não devem ser imunizadas. Pacientes que apresentarem infecção pelo novo coronavírus devem aguardar a recuperação e esperar pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas para tomarem a vacina contra a gripe comum. Alérgicos ao ovo apresentam um baixo risco de reação com o imunizante da gripe. “A proteção contra a gripe é segura para a maioria dos indivíduos alérgicos, mas são necessárias algumas precauções. Pessoas com história de anafilaxia (confirmadas) a doses anteriores devem tomar a vacina sob observação e aqueles que possuem histórico de alergia a ovo ou derivados e apresentarem apenas urticária, devem ter administrada a vacina influenza sem qualquer cuidado especial”, finaliza o infectologista.

Vale lembrar que a compra do imunizante pode ser realizada pelo e-commerce do Sabin. É possível fazer o agendamento no site da empresa para receber a dose em uma das unidades de imunização ou em domicílio.

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A vacinação para idosos com idades entre 80 e 89 começa nesta segunda-feira (8), em Salvador. A estratégia foi dividida de maneira escalonada. A partir desta segunda, as doses serão destinadas a indivíduos com idade igual ou superior a 85 anos.

Na quinta-feira (11), a imunização será voltada aos cidadãos com idade igual ou superior a 80 anos. A estimativa é alcançar 30 mil pessoas desse público-alvo.

A vacinação desse público-alvo pode acontecer de três formas: drive-thru, ponto fixo ou em casa, a partir do agendamento no site da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Antes de ir aos postos, o idoso ou responsável deve verificar se o nome está na lista no site. Se o nome não estiver na lista, o cadastramento pode ser feito no 5º Centro e, caso o idoso esteja presente, pode receber a vacina no local. As informações são da Secom Salvador.

Confira os pontos de vacinação nesta segunda (8):

 

Drive-thru:
5º Centro, na Avenida Centenário;

Atakadão de Fazenda Coutos, no Subúrbio;

Parque de Exposições, na Avenida Paralela


Modo presencial:

5º Centro, na Avenida Centenário;

USF Plataforma;

USF Cajazeiras/Jaguaripe;

CSU Pernambués

O governador Rui Costa afirmou nesta quarta-feira (3) que vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir prioridade na vacinação de professores. "Estamos ajustando tudo para dar segurança e condições sanitárias e pedagógicas de retorno aos estudantes, professores e demais profissionais da educação", escreveu, no Twitter.

Rui disse ainda que as escolas já estão sendo preparadas para a retomada das aulas presenciais. "Estamos preparando as escolas com mais pias, álcool em gel e equipamentos de proteção. Já fizemos um plano de alternância de turnos de aulas para evitar a lotação das salas", detalhou.

Ele disse ainda que as aulas devem ser retomadas antes que toda a população seja vacinada, e explicou que a data está vinculada ao controle do número de casos de covid-19. "Vamos voltar às aulas, sim. A retomada das atividades escolares acontecerá antes da maioria da população ser vacinada, mas não podemos ser irresponsáveis em estabelecer uma data enquanto a ocupação de leitos e o número de mortes se mantiver nos níveis atuais".

Vamos voltar às aulas, sim. A retomada das atividades escolares acontecerá antes da maioria da população ser vacinada, mas não podemos ser irresponsáveis em estabelecer uma data enquanto a ocupação de leitos e o número de mortes se mantiver nos níveis atuais.

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As campanhas nacionais contra o sarampo, poliomielite e de multivacinação, que encerrariam na última sexta-feira (30), foram prorrogadas e seguem até o próximo dia 30 em Salvador. As doses seguem disponíveis todas as 150 salas de imunização dos postos de saúde do município, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, exceto nos fins de semana e feriados.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), nas três campanhas, até o momento, mais de 45 mil crianças estão protegidas com a atualização da caderneta na estratégia de multivacinação. Já contra a poliomielite, 25 mil menores foram imunizados e mais de 180 mil pessoas estão livres da contaminação pelo sarampo.

"Estaremos com equipes mobilizadas em toda cidade para oferta de vacina contra pólio para crianças. Convocamos ainda os pais que levem os filhos de até 15 anos aos pontos de imunização para as equipes avaliarem a necessidade de atualização da caderneta vacinal. Os adultos de 20 a 49 anos que ainda não se protegeram contra o sarampo também terão acesso a esse imunobiológico", informa a subcoordenadora de Doenças Imunopreveníveis da SMS, Doiane Lemos.