Um homem foi soterrado após um desabamento durante uma obra em imóvel, no bairro de Nazaré, na manhã desta segunda-feira (17). O caso aconteceu na Rua Prado Valadares, por volta das 10h. Uma laje desabou e atingiu um operário, que teve ferimentos leves.

Viaturas do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Transalvador foram acionadas para atender a ocorrência.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o homem foi resgatado consciente. Ele foi levado para uma unidade de saúde por uma equipe do 12° BBM/Salvar.

A Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou que realizou uma vistoria no que chamou de "edificação precarizada" onde era feito serviço de limpez. A Codesal isolou a área interna do imóvel.

Segundo o órgão, não foi necessário o isolamento da via. Uma solicitação foi encaminhada à Sedur para dar seguimento com uma vistoria predial.

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Imagens de câmeras de segurança divulgadas nesta segunda-feira (22) mostram o momento em que o entregador Renildo Rebouças Santos, 35 anos, foi agredido no bairro de Nazaré, em 29 de abril, por outro motociclista. Renildo morreu dias depois. Inicialmente, o caso foi registrado como um acidente de trânsito, mas a informação de uma testemunha mudou os rumos da investigação.

A 1ª Delegacia, que investiga o caso, conclui o inquérito hoje. O suspeito pelo crime, identificado como Tiago Lázaro Gonçalves dos Santos de Souza, 23 anos, foi indiciado pelo crime de lesão corporal seguida de morte, que tem pena de 4 a 12 anos de reclusão. "O inquérito foi remetido ao Ministério Público, a quem compete denunciá-lo por esse crime ou não", diz a Polícia Civil em nota.

As imagens mostram um motociclista entrando na contramão na Rua Pedro Veloso e atingindo em cheio a moto de Renildo. Os dois conversam na rua, avaliando prejuízos. No meio do diálogo, o motociclista que estava na contramão dá um soco no rosto de Renildo, que cai no chão e bate a cabeça no meio fio. As imagens mostram uma mulher chegando - é a mãe do agressor, segundo a polícia. Enquanto o homem tira a moto de Renildo de lá, a mulher pega algo no chão, que a polícia investiga se é o celular da vítima, que não foi localizado.

Renildo fica quase 10 minutos desacordado sem receber socorro. Com a chegada de mais pessoas, o agressor troca de blusa e passa a fingir que é uma testemunha ajudando a dar socorro - ele estava próximo de casa. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu Renildo, repassando que o caso era um acidente de trânsito.

O agresssor está em liberdade, pois não foi detido em flagrante. Ele foi ouvido e alegou que agiu em legítima defesa. O rapaz estava voltando para casa de uma festa no momento da batida.

"Ele alegou legítima defesa e as imagens mostram que ele mentiu", disse o delegado Willian Achan à TV Bahia. "Como foi uma situação de surpresa, não deu chance de defesa. E a situação complicou porque ele foi tentar dar socorro sem conhecer as técnicas necessárias e de modo rudimentar. Acredito que isso corroborou para piora da saúde da vítima", acrescenta.

Tiago deve ser indiciado por lesão corporal seguida de morte. "Ele não quis ao dar o soco causar a morte", avalia. A defesa de Tiago disse à TV Bahia que o acusado tem residência e trabalho fixos, que o que aconteceu foi um fato lamentável, durante uma discussão e Tiago prestou "imediatamente" os primeiros socorros para tentar salvar a vítima, e tudo será comprovado no processo.

Renildo deixou esposa e um filho de 3 anos.

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A Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) investiga um surto da doença conhecida como mão-pé-boca no município de Nazaré, Recôncavo baiano, onde pelo menos 16 crianças foram infectadas. Todas são alunas de uma creche e já foram afastadas das atividades.

Em Salvador, ao menos 30 casos estão sendo investigados. O número pode variar, já que a doença não tem notificação compulsória.

“É um vírus altamente contagioso, mas não é grave, pois regride espontaneamente. A doença pode acometer os adultos, algo muito raro, mas é normalmente durante a infância, com mais frequência entre os 6 meses e os 3 anos de idade. Não existe vacina. O médico faz uma intervenção de acordo com a sintomatologia”, explica Audacira Teles, coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), unidade da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab.

A doença tem sinais característicos: inicia-se com febre alta que é sucedida (cerca de dois ou três dias depois) por pequenas vesículas (espécie de bolhas) com líquido que surgem nas mãos, pés e boca – daí o nome. As bolhas vão se rompendo à medida que a doença evolui.

A transmissão ocorre por via oral/fecal, através do contato direto com secreções (por tosse ou espirro) e com objetos como chupetas, brinquedos ou fezes de crianças infectadas.

Por conta da via de contágio oral, tempos frios são mais propícios para a ocorrência de surtos da doença, já que as crianças costumam ficar mais tempo aglomeradas em um mesmo ambiente.

Segundo Audacira Teles, todas as providências em relação às 16 crianças de Nazaré já foram adotadas. “Elas foram afastadas do convívio com outras crianças de cinco a sete dias, tempo de duração da doença”, afirmou.

Na última sexta-feira (6), Miguel Lago Lemos Santos, de 1 ano e 3 meses, começou a sentir febre. “Achei que era por conta de uma vacina que ele tomou no dia anterior. No domingo, além da febre de 38 °C, ele apresentava uns caroços na boca, braços e pernas”, conta o pai de Miguel, o jornalista Davi Lemos.

Miguel foi atendido no Hospital Santa Izabel, em Salvador. “Chegando lá, os médicos que o atenderam disseram que se trata de uma epidemia da síndrome mão-pé-boca, causada por um vírus. Ainda segundo a equipe do Santa Izabel, somente anteontem (segunda) foram mais de 30 casos lá. E muita gente está tratando dessa doença como se fosse catapora. Tem a febre, aparecem as bolhas que coçam bastante, mas não é catapora”, disse Davi.

A coordenadora do Cievs, Audacira Teles, disse que, até o momento, a Sesab não foi informada da situação pelo hospital. “Tomamos conhecimento através da imprensa e determinamos que o Ciev de Salvador faça uma investigação”, declarou Audacira.

Município
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Ciev), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Cristiane Cardoso, informou que a SMS também não foi informada dos possíveis casos da doença atendidos no Santa Izabel.

“Como não é uma doença de notificação compulsória, ou seja, não está na lista no Ministério da Saúde de comunicação imediata, para que faça parte do sistema de notificação e se possa encadear medidas de vigilância e controle, como a dengue, a gente não tem facilidade para saber dos casos”, explicou.

No entanto, Cristiane faz um alerta. “Já observamos alguns casos no Subúrbio Ferroviário e no distrito de Brotas”, afirmou.

Saiba mais sobre a síndrome
Segundo o médico Roberto Sapolnik, coordenador da pediatria do Hospital São Rafael/Rede D’or, a doença mão-pé-boca é comum. “E quando acontece é em surto ou epidemia, porque a transmissão é muito rápida de uma pessoa para outra, pelas vias respiratórias ou pelo contato direto das mãos, inicialmente com febre e dor de garganta, dificuldade para engolir, porque forma pequenas aftas na faringe e no céu da boca, que se espalham por toda mucosa e posteriormente por pequenas pintas e feridas nas mãos, pés e, às vezes, outras partes do corpo, como coxas, glúteos e troncos”, contou Sapolnik.

Como o quadro não é grave, o tratamento é à base de analgésico simples ou anti-inflamatório. “Pode causar muito incômodo, principalmente por conta da deglutição dolorosa. Às crianças devem ser ofertados alimentos de fácil deglutição, como pudins, purês, sucos, papinhas, de característica neutra, nem muito quente, nem muito frio, nem condimentado. Pode-se usar anestésicos tópicos na cavidade oral em forma de spray antes da alimentação e, como as feridas podem causar coceira durante a cicatrização, pode se utilizar também antialérgico”, declarou Sapolnik.

Quanto à contaminação, o coordenador da pediatria do Hospital São Rafael/Rede D’or disse que ocorre até que as feridas estejam cicatrizadas, ao redor de sete a dez dias, “período em que as crianças devem ser afastadas das atividades escolares”. A doença pode também ser transmitida para os adultos da mesma forma.

Ainda de acordo com ele, os pais devem ficar atentos aos seguintes sinais: desidratação (diminuição do xixi), fraqueza ou sinais de infecção por bactérias das feridas (secreção com pus e vermelhidão intensa e inchaço). “Aos primeiros sintomas deve-se procurar atendimento médico para que as orientações sejam adequadas, evitando-se uso de substâncias pouco efetivas e que podem aumentar o desconforto das crianças”, disse.

Fonte: Correio24horas

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