O governo do presidente Jair Bolsonaro está estudando a volta do horário de verão, que foi encerrado no país em 2019. Segundo reportagem de O Globo, o assunto é debatido no Ministério de Minas e Energia e no Palácio do Planalto. A decisão final será do presidente.

Foi Bolsonaro quem optou por encerrar o horário de verão, com apoio de uma avaliação técnica que indicava que do ponto de vista do setor elétrico a economia não era relevante. Agora, o ministério pediu que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) faça novo estudo sobre o tema, levando em conta mudanças em como os brasileiros consomem a energia.

O ministério afirmou ao jornal que ainda não há definição com relação à medida, mas faz pesquisas e avlaiações constantes "com o contexto energético vigente, a fim de manter a segurança energética e a modicidade tarifária ao consumidor brasileiro".

A questão política também deve ser levada em conta, além dos aspectos econômicos, já que o horário de verão mexe com a rotina dos brasileiros.

O horário de verão começou no Brasil em 1931, com a ideia de economizar a energia, aproveitando mais a luz solar. Na Bahia, o horário não é adotado desde 2011.

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O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta sexta-feira (5) que deve acabar com o horário de verão já neste ano.

A declaração foi dada durante café da manhã com jornalistas convidados no Palácio do Planalto.

Segundo Bolsonaro, “está quase batido o martelo” sobre o tema.“Não teremos horários de verão este ano, está quase certo”, disse o presidente.

De acordo com Bolsonaro, a sugestão do fim do horário de verão é do deputado João Campos (PRB-GO) e foi discutida com o Ministério de Minas e Energia.

O fim do horário de verão chegou a ser avaliado em 2017 pelo governo do ex-presidente Michel Temer. Na época, o Ministério de Minas e Energia apontou que a economia gerada havia caído de R$ 405 milhões para R$ 159 milhões.

O motivo da queda na economia foi a mudança no perfil de uso da energia: os picos de consumo estavam nas horas mais quentes do dia devido ao ar-condicionado.

Em 2018, o início de vigência do horário de verão precisou ser alterado para não coincidir com a data da eleição. No entanto, o adiamento causou outro problema porque coincidiu com a data de início das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A mudança causou apreensão porque poderia confundir os candidatos em relação ao fechamento dos portões. 5,5 milhões de estudantes estavam inscritos para a prova.

De acordo com o ministério, o Brasil economizou pelo menos R$ 1,4 bilhão desde 2010 por adotar o horário de verão. Segundo números já divulgados, entre 2010 e 2014, o aproveitamento da luz do sol resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores – média de R$ 208 milhões por "temporada".

Horário de Verão
No horário de verão, parte dos estados do país adianta o relógio em uma hora, geralmente entre os meses de outubro e fevereiro. O período de vigência do horário de verão é variável, mas, em média, dura 120 dias.

O objetivo é economizar energia elétrica, retardando o início da noite e, assim, diminuindo, por exemplo, o acionamento de lâmpadas.

O Horário Brasileiro de Verão foi instituído pelo então presidente Getúlio Vargas, pela primeira vez, entre 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Sua adoção foi posteriormente revogada em 1933, tendo sido sucedida por períodos de alternância entre sua aplicação ou não, e também por alterações entre os Estados e as regiões que o adotaram ao longo do tempo.

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No mundo, o horário diferenciado é adotado em 70 países - atingindo cerca de um quarto da população mundial.

O horário de verão é adotado em países como Canadá, Austrália, Groelândia, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.

Por outro lado, Rússia, China e Japão, por exemplo, não implementam esta medida.

Fonte: G1

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