Governo anuncia toque de recolher em toda a Bahia a partir desta sexta (19)
O governador Rui Costa anunciou nesta terça-feira (16) uma medida mais drástica para conter o avanço da pandemia do coronavírus na Bahia. Para isso, ele decretou toque de recolher em todo o estado, das 22h às 5h, por sete dias, com possibilidade de prorrogação.
A medida começa a valer nesta sexta-feira (19) e inclui todos os municípios baianos, com exceção das regiões Oeste, Irecê e Jacobina, onde as taxas não estão elevadas. A decisão foi tomada após reunião do governador com prefeitos no final desta tarde, onde ficou definido o toque de recolher.
"O objetivo é evitar a convivência em bares, bebidas, carros de som, enfim, aquelas aglomerações na madrugada, porque em geral estão associadas a bebidas alcoólicas e, portanto, ao descuido nas relações de convivência. Com isso, esperamos preservar vidas humanas e garantir leitos hospitalares para quem precisar. Faço um apelo para que todos os prefeitos nos ajudem nessa mobilização", disse o governador.
O decreto será publicado no Diário da próxima quarta-feira (17) e irá valer por 7 dias. Com isso, atividades comerciais não essenciais estão proibidas a partir do início do toque de recolher. De acordo com Rui, é uma forma "e conter o avanço desse número alarmante que, se continuar crescendo, irá levar ao total colapso do sistema de saúde”.
A Bahia conta com 15 mil casos ativos de coronavírus em seu território, de acordo com números da Secretaria da Saúde no Estado (Sesab). Nesta terça-feira, (16), o boletim epidemiológico da Secretaria sobre a Covid-19 registrou 66 óbitos. Apesar das mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nessa data. Os números têm demonstrado uma tendência de crescimento dos óbitos e de quadros clínicos mais graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. O total de óbitos por coronavírus na Bahia desde o início da pandemia é de 10.864
Neste cenário, o Governo da Bahia abriu novos leitos de terapia intensiva nos municípios de Camaçari, Seabra e Barra nos últimos dias e estão previstas ampliações nas cidades de Ilhéus e Porto Seguro, em um esforço para reduzir a pressão na rede assistencial.
Segundo o Governador Rui Costa, o único hospital de campanha estadual que segue desativado é o da Arena Fonte Nova, que conta com 100 leitos. A Bahia alcançou uma taxa de 74% de ocupação dos leitos de UTI dedicados para atender pacientes com casos mais graves de Covid-19.
“Os dados indicam um risco real de colapso do sistema de saúde e consequente aumento na mortalidade. Nesse momento, apenas medidas de distanciamento social mais severas minimizarão as altas taxas de transmissão do vírus”, afirmou o secretário da saúde, Fábio Vilas Boas.
Rui aproveitou para falar sobre o retorno às aulas presenciais. Ele afirma que para isso acontecer é necessário que três critérios sejam obedecidos: a redução do número de casos ativos, do número de óbitos e das taxas de ocupação de leitos. “Definimos que esses critérios são os requisitos mínimos necessários para que possamos ter um retorno sem colocar em risco a vida de nossos professores, pais, alunos e todos os seus familiares”, afirmou o governador.
Prefeito de Salvador, Bruno Reis defendeu que era necessária a definição desses parâmetros, principalmente pela necessidade de conclusão do ano letivo de 2020 e da pressão que o município pode sofrer por demanda de vagas, caso as médias e pequenas escolas particulares acabem fechando por dificuldades econômicas.
"É preciso uma resposta para a sociedade para não comprometermos em três anos a Educação, dependendo, é claro, da situação da Covid-19 na cidade", disse Bruno.
Secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas testa positivo para covid-19
O secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas Boas, informou na tarde desta terça-feira, através de suas redes sociais, que testou positivo para a covid-19.
Ele permanecerá em isolamento, em casa, cumprindo agenda virtual de trabalho. Ele está apenas com sintomas leves e fazendo uso de medicamentos sintomáticos.
De acordo com o próprio Fábio, esta é a primeira vez em todo o período da pandemia que ele testou positivo para o vírus. Inicialmente, o teste rápido detectou a infecção, que foi posteriormente confirmada pelo teste RT-PCR do Lacen.
Ontem (15), o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) sobre a Covid-19 registrou 63 óbitos e 1796 novos casos da doença.
Com fim das doses, Salvador suspende vacinação contra covid-19
O Secretário Municipal de Saúde de Salvador, Léo Prates, anunciou nesta terça-feira (16) que as doses da vacina para a covid-19 na capital baiana acabaram. Com isso, a campanha de vacinação está suspensa até o recebimento de uma nova remessa do imunizante.
"Lamentamos o fim das primeiras doses da vacina para COVID-19! Nesse momento estamos suspendendo a vacinação em Salvador, para 1ª dose, continuando apenas com a 2ª dose! Aguardamos o recebimento de novas doses do Governo Federal para dar continuidade ao Plano de Vacinação", publicou o secretário.
A previsão era vacinar a população até às 17h, mas em alguns pontos antes de 12h já não havia mais vacina. No Parque de Exposições, por volta das 10h, a fila tinha quase 1 km de extensão quando a vacina terminou. Funcionários saíram em busca de mais doses para atender a demanda.
Na Arena Fonte Nova o atendimento é exclusivo para profissionais de saúde que receberam a primeira dose e que, agora, vão receber a segunda. Porém, muitos idosos com 83 anos ou mais compareceram ao drive thru e o movimento foi tamanho que a coordenação mandou buscar as doses da primeira etapa que ainda estavam sobrando para atender esse público.
No 5º Centro de Saúde Clementino Fraga, nos Barris, o movimento foi intenso desde as primeiras horas. A fila já estava formada antes mesmo do início da vacinação. O resultado dessa corrida aos postos foi o fim das 2.550 últimas doses que sobraram do último lote da CoronaVac enviado para Salvador.
Na cidade, apenas idosos com idades acima de 83 estavam recebendo as primeiras doses da vacina contra a covid-19. "A vacinação das primeiras doses deve ser suspensa hoje. O governo federal nos informou que enviaria [novas doses] no dia 23. Então, até lá, deve ficar suspensa", disse o secretário.
Ainda não há definição de quantas doses Salvador deve receber nessa nova remessa. "Não tem um número exato de quantas doses virão. A gente está esperando a definição do quantitativo. Isso tem complicado nosso planejamento porque não sabemos quantas pessoas poderemos vacinar", pontuou Prates.
Segunda dose
Já a aplicação da segunda dose para quem recebeu a Coronavac vai continuar acontecendo na capital. Diferente do que aconteceu na primeira aplicação, profissionais da saúde podem se dirigir a pontos de fixos de vacinação.
As doses estarão disponíveis para os trabalhadores da saúde em 14 postos fixos: USF Itapuã, Centro de Saúde Péricles Laranjeiras (Fazenda Grande do Retiro), USF Imbuí, CSU Castelo Branco, Centro de Saúde Nelson Piauhy Dourado (Águas Claras), Centro de Saúde Virgílio de Carvalho (Bonfim), USF Colina de Periperi, USF Vista Alegre, USF Tubarão, CSU Pernambués, USF San Martin III, USF Vale do Matatu, USF Resgate e Arena Fonte Nova (parte de cima/superior). Além disso, dois drive-thrus serão montados para a iniciativa, sendo um na Arena Fonte Nova e outro no Centro de Convenções, na Boca do Rio.
Todos os pontos de campanha funcionarão das 8h às 17h, e a expectativa é que aproximadamente 1,4 mil pessoas recebam a segunda dose hoje. Prates alerta para a data exata para receber a segunda dose. "A especificação para a Coronavac é de 28 dias, tem que ser no 28º dia, se tiver 27, não vai ser vacinado", explicou.
E os idosos serão vacinados por equipes volantes da SMS e não precisam se deslocar.
Leitos
A taxa de ocupação de leitos na capital continua preocupando as autoridades. Salvador amanheceu com 33 pessoas aguardando regulação nas UPAs. Esse é o mesmo número dessa segunda (15) sendo que foram reguladas 43. No auge da pandemeia, eram 60 regulações diárias.
Ao todo, a cidade tem 985 leitos exclusivos para covid-19, sendo 579 de UTI e 406 clínicos.
Covid-19: Bahia registra maior número de mortes em 4 meses; Sesab amplia leitos
A Bahia registrou 47 mortes e 3.253 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta (11). No mesmo período, 2.958 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).
Esse é o novo recorde de mortes do ano, e maior registrado por dia desde 2 de outubro de 2020, quando foram registrados 49 óbitos. No entanto, as mortes registradas no boletim desta quinta ocorreram em diversas datas. 42 delas ocorreram em 2021, sendo cinco delas nesta quarta (10), número que ainda pode crescer.
Isso porque, segundo a Sesab, a existência de registros tardios e acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções.
A Sesab confirma uma tendência de aumento do número de óbitos em virtude do crescimento de casos graves, e anuncia que a partir desta sexta (12) serão abertos 20 novos leitos de UTI no Hospital Geral de Camaçari (HGC). O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.543, representando uma letalidade de 1,70%.
Recuperados e ativos
Dos 620.042 casos confirmados desde o início da pandemia, 595.314 já são considerados recuperados e 14.185 encontram-se ativos. Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,87%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.173,46), Itororó (10.788,93), Itabuna (9.908,41), Muniz Ferreira (9.444,89), Conceição do Coité (9.148,50). Na Bahia, 40.990 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
A Bahia registrou 47 mortes e 3.253 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta (11). No mesmo período, 2.958 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).
Esse é o novo recorde de mortes do ano, e maior registrado por dia desde 2 de outubro de 2020, quando foram registrados 49 óbitos. No entanto, as mortes registradas no boletim desta quinta ocorreram em diversas datas. 42 delas ocorreram em 2021, sendo cinco delas nesta quarta (10), número que ainda pode crescer.
Isso porque, segundo a Sesab, a existência de registros tardios e acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções.
A Sesab confirma uma tendência de aumento do número de óbitos em virtude do crescimento de casos graves, e anuncia que a partir desta sexta (12) serão abertos 20 novos leitos de UTI no Hospital Geral de Camaçari (HGC). O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.543, representando uma letalidade de 1,70%.
Recuperados e ativos
Dos 620.042 casos confirmados desde o início da pandemia, 595.314 já são considerados recuperados e 14.185 encontram-se ativos. Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,87%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.173,46), Itororó (10.788,93), Itabuna (9.908,41), Muniz Ferreira (9.444,89), Conceição do Coité (9.148,50). Na Bahia, 40.990 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Bahia registra 3.253 casos de Covid-19 nas últimas 24h; total passa de 620 mil e mortes chegam a 10.543
A Bahia registrou 3.253 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com as informações divulgadas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), nesta quinta-feira (11). As informações fazem parte do boletim diário da pasta que ainda contabiliza 620.042 casos confirmados, desde o início da pandemia.
Do total de casos, 595.314 já são considerados recuperados e 14.185 encontram-se ativos. Segundo dados do boletim, a Bahia totaliza 47 mortes registradas em diferentes datas, o que representa uma letalidade de 1,70%. O total de óbitos no estado é de 10.543.
O boletim também informa que 358.775 pessoas já foram vacinadas contra o coronavírus até às 14h desta quinta. Na sexta-feira (12) serão abertos 20 novos leitos de UTI no Hospital Geral de Camaçari (HGC), reduzindo assim, a pressão na rede assistencial da Região Metropolitana.
Ainda sobre a doença, os casos confirmados de Covid-19 ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,87%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes são: Ibirataia (12.173,46), Itororó (10.788,93), Itabuna (9.908,41), Muniz Ferreira (9.444,89), Conceição do Coité (9.148,50)
De acordo com o boletim da Sesab, 997.868 casos descartados e 144.832 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17h desta quinta-feira.
Na Bahia, 40.990 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma disponibilizada pela secretaria de saúde estadual.
Mortes por raça, cor e sexo
Dentre os óbitos, 56,67% ocorreram no sexo masculino e 43,33% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,15% corresponderam a parda, seguidos por branca com 19,90%, preta com 14,62%, amarela com 0,61%, indígena com 0,14% e não há informação em 9,59% dos óbitos.
O percentual de casos com comorbidade foi de 70,62%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,21%).
Leitos de UTI
Dos 2.125 leitos ativos na Bahia, 1.346 estão pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 63%.
Desses leitos do estado, 1.038 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 72% (749 leitos). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 53%, com 19 das 36 unidades sendo usadas.
Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 54% da ocupação, e a pediátrica com 77%.
Em Salvador, a taxa de ocupação da UTI adulto é de 72% e a pediátrica 59%. Os leitos clínicos adulto e pediátrico estão 73% ocupados.
Bahia registra recorde de mortes no ano e mais 3.450 novos casos de covid-19
A Bahia registrou 44 mortes e 3.450 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta (10). No mesmo período, 3.003 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).
Esse é o maior número de mortes registrado por dia desde 3 de outubro de 2020, quando foram registrados 46 óbitos. No entanto, as mortes registradas no boletim desta quarta ocorreram em diversas datas. 39 delas ocorreram em 2021, sendo cinco delas nesta terça (9).
Dos 616.789 casos confirmados desde o início da pandemia, 592.356 já são considerados recuperados e 13.937 encontram-se ativos.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,86%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (12.166,93), Itororó (10.695,71), Itabuna (9.849,31), Muniz Ferreira (9.444,89), Conceição do Coité (9.133,49).
Na Bahia, 40.888 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Óbitos
De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.496, representando uma letalidade de 1,70%.
Bahia registra 39 mortes e 1.809 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas
A Bahia registrou 39 mortes e 1.809 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,3%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta segunda-feira (8). No mesmo período, 1.952 pacientes foram considerados curados da doença (+0,3%).
Dos 609.755 casos confirmados desde o início da pandemia, 586.131 já são considerados recuperados e 13.212 encontram-se ativos. Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,81%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia ((12.153,87)), Itororó ((10.607,40), Itabuna ((9.710,02), Muniz Ferreira ((9.444,89) e Conceição do Coité ((9.104,97)).
Na Bahia, 40.667 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 39 óbitos que ocorreram em diversas datas. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 10.412, representando uma letalidade de 1,71%.
Vacinação para idosos a partir de 85 anos começa nesta segunda (8)
A vacinação para idosos com idades entre 80 e 89 começa nesta segunda-feira (8), em Salvador. A estratégia foi dividida de maneira escalonada. A partir desta segunda, as doses serão destinadas a indivíduos com idade igual ou superior a 85 anos.
Na quinta-feira (11), a imunização será voltada aos cidadãos com idade igual ou superior a 80 anos. A estimativa é alcançar 30 mil pessoas desse público-alvo.
A vacinação desse público-alvo pode acontecer de três formas: drive-thru, ponto fixo ou em casa, a partir do agendamento no site da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Antes de ir aos postos, o idoso ou responsável deve verificar se o nome está na lista no site. Se o nome não estiver na lista, o cadastramento pode ser feito no 5º Centro e, caso o idoso esteja presente, pode receber a vacina no local. As informações são da Secom Salvador.
Confira os pontos de vacinação nesta segunda (8):
Drive-thru:
5º Centro, na Avenida Centenário;
Atakadão de Fazenda Coutos, no Subúrbio;
Parque de Exposições, na Avenida Paralela
Modo presencial:
5º Centro, na Avenida Centenário;
USF Plataforma;
USF Cajazeiras/Jaguaripe;
CSU Pernambués
Cresce em 45% o número de mortes por causas respiratórias em Salvador
A pandemia do novo coronavírus, que atingiu em cheio o Brasil e já causou a morte de mais de 231 mil pessoas no Brasil - mais de 10 mil na Bahia -, também ajudou a aumentar em 45,3% o número de óbitos por doenças respiratórias em Salvador no ano passado. Elas passaram de 7,3 mil em 2019 para 10,5 mil em 2020. Entre as doenças deste tipo, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) explodiu, registrando crescimento no mesmo período de 574% - aumento de 19 para 109 mortes. Logo em seguida aparecem as mortes por causas indeterminadas, com aumento de 73,1% - salto de 41 em 2019 para 71 no ano passado.
Os dados são do Portal da Transparência do Registro Civil, plataforma administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que utiliza dados da Central de Informações do Registro Civil (CRC). Os números mostram ainda que, em 2020, mais soteropolitanos viveram o luto com a perda de um ente querido. É que, no total, 21.408 pessoas morreram em Salvador, um número 40% maior do que a quantidade de mortes registradas no ano anterior, 15.313 pessoas.
Dessas mortes ocorridas em 2020, 3,6 mil foram de pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado de covid-19. Uma dessas vítimas foi o designer baiano Beto Cerqueira, que morreu no dia 10 de outubro de 2020, após ter ficado 22 dias internado no hospital de campanha da Arena Fonte Nova. Beto tinha 67 anos, tinha dois filhos e era casado há mais de quatro décadas com Sylvia Maria Braga.
“Foi muito dolorido e ainda está sendo. Eu sempre choro quando falo disso. O pior de tudo era que, quando ele estava internado, eu não podia vê-lo, mas todo dia mandava um áudio para ele dizendo que estava junto, que ele ia se recuperar logo. As assistentes sociais que mostravam. Minha filha que foi reconhecer o corpo e até hoje ela sofre também. Fica um sentimento de revolta, pois ele poderia ainda estar aqui conosco”, lamenta Sylvia.
Assim como muitos baianos, ela teve que iniciar o ano de 2021 aprendendo a viver sem o seu companheiro. “Não está sendo fácil. Eu, às vezes, me sinto só. A companhia dele me faz falta. Foram 43 anos de casados, o que é toda uma vida. Está sendo difícil”, confessa.
Motivo
Para a médica pneumologista Larissa Voss Sadigursky, que atende em clínicas privadas de Salvador, não há dúvidas de que o aumento de mortes em 2020, inclusive as por causas respiratórias, está relacionada com a pandemia da covid-19. É que a pandemia sobrecarrega o sistema de saúde.
"Tem várias bactérias e vírus que causam doenças respiratórias, mas a covid-19 é altamente transmissível e afeta muitas pessoas, que precisam de atendimento médico e internação. Isso é todo o problema, pois há um sufocamento no sistema de saúde, algo que a gente viu no mundo todo”, afirma.
No caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave, Larissa lembra que nem todas as mortes são por causa da covid-19 e que o aumento de notificações pode estar relacionado também à presença de outras doenças que causam a SRAG. “A própria pneumonia pode evoluir para uma síndrome grave. Doenças inflamatórias também. Antes da covid-19, as pessoas já morriam por isso. Mas, a presença da pandemia, é claro, afeta no número de mortes”, aponta.
Já o professor Adelmo Machado Neto, que também é médico pneumologista e ensina na Rede UniFTC, está preocupado com o aumento de mortes por causas indeterminadas em 2020, o que pode representar um caso de subnotificação de óbitos por covid-19.
“O excesso de mortes indeterminadas confunde o epidemiologista, pois dentro disso deve ter covid-19, mas outras causas também. Esses erros não são incomuns, às vezes não são intencionais, é fruto de uma falta de conhecimento. Só que os dados precisam ser revistos para que possamos fazer políticas públicas adequadas. Essas mortes indeterminadas precisariam ser avaliadas”, defende.
O professor Anselmo também destaca que nem toda morte por causa respiratória está ligada à covid-19, mas argumenta que há uma necessidade de maior investigação epidemiológica dos casos. “Para dizer que foi covid-19, tem que ter o teste positivo. E pra isso ser possível, é preciso uma persistência na busca diagnóstica, devido aos falsos negativos que os testes podem dar. Conheço pessoas que só na quarta vez que foi testada recebeu a confirmação da doença. As autoridades precisam ter esse cuidado”, relata.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) também aponta a pandemia como o motivo do crescimento de mortes em 2020. "Sem dúvidas, a covid-19 contribuiu com aumento dos óbitos por SRAG. No entanto, as causas indefinidas precisam ser investigadas e não deve-se contabilizar à covid-19", diz a nota.
Adielma Nizarala, médica infectologista da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), também atribui esse crescimento de mortes à pandemia, embora acredite que haja influência da presença de outros vírus nos números. "Nós tivemos ao mesmo tempo a influenza junto com a covid-19. Tudo isso contribui", explica.
Sobre as mortes com causas não identificadas, Nizarala as atribui às mortes em casas, de formas naturais. "Essas não vão para o serviço de verificação de óbito. Não é como as causas violentas, que precisam ir para o Instituto Médico Legal (IML). Não há um serviço que busque identificar qual foi aquela causa específica das mortes não violentas. Isso contribui para o aumento", diz.
Números
Os dados coletados no Portal da Transparência do Registro Civil mostram também que o número de mortes em domicílio disparou na Bahia quando se comparam os anos de 2019 e de 2020, registrando um aumento de 20,9%. As mortes por causas respiratórias fora de hospitais cresceram 20,9%, sendo que novamente a SRAG foi a que registrou a maior variação, de 86%. Também cresceram os óbitos por septicemia (28%) e causas indeterminadas (72%). Os registros de óbitos, feitos com base nos atestados assinados pelos médicos, apontam que 428 baianos morreram de covid-19 em suas casas.
Sobre os óbitos com causas não identificadas, a infectologista Adielma Nizarala, da SMS, cita as mortes em casa.
“Essas não vão para o serviço de verificação de óbito. Não é como as causas violentas, que precisam ir para o Instituto Médico Legal (IML). Não há um serviço que busque identificar qual foi aquela causa específica das mortes não violentas. Isso contribui para o aumento”, diz.
Ainda dentro das mortes por causas respiratórias em Salvador, as que foram por insuficiência respiratória, pneumonia e septicemia praticamente não variaram entre 2019 e 2020. Na primeira houve um pequeno aumento de 1.441 mortes para 1.458. Já os casos de pneumonia e septicemia tiveram uma leve redução de, respectivamente, 2.183 para 1.956 e 3.573 para 3.311 mortes.
Já na Bahia como um todo, houve aumento em 34,6% no número de óbitos por doenças respiratórias, que passaram de 20.862 para 28.096, na comparação entre 2019 e 2020. No estado, as mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também registraran crescimento de 386%, seguido pelas de causas indeterminadas, que registraram aumento de 19,6%. No total, 89.756 pessoas morreram na Bahia em 2020.
Todos esses dados foram coletados do Portal da Transparência na última sexta-feira (5). Os números, no entanto, podem aumentar ainda mais, assim como a variação da média anual, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência.
Fabricante da ivermectina aponta ineficácia de vermífugo contra a covid-19
A farmacêutica Merck, responsável pela produção do vermífugo ivermectina — medicamento integrante do "kit-covid" do Governo Federal — informou que não há dados disponíveis que sustentem a eficácia do remédio contra a covid-19.
"Não acreditamos que os dados disponíveis sustentem a segurança e a eficácia da ivermectina além das doses e dos grupos indicados nas informações de prescrição aprovadas por agências regulatórias", afirma o comunicado.
A empresa se baseia em três pontos chaves que justificam a não-eficácia da medicação: não há base científica para potenciais efeitos terapêuticos contra a doença em estudos pré-clínicos; não há evidência significativa para atividade clínica em pacientes contaminados e a preocupante ausência de dados sobre segurança da substância em grande parte dos estudos.
Em julho do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou que o vermífugo não tinha comprovação científica de eficácia. Apesar disso, a ivermectina seguiu no "kit-covid", além de ser indicada diretamente pelo Ministério da Saúde através de um aplicativo.