A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu incorporar dois medicamentos usados no tratamento para câncer na lista de cobertura obrigatória dos planos de saúde. A decisão, divulgada nesta segunda-feira, 9, foi aprovada em reunião extraordinária da Diretoria Colegiada do órgão realizada na semana passada.

Conforme a ANS, medicamentos para melanoma, tipo de câncer de pele, e câncer de endométrio, um dos tumores ginecológicos mais comuns, terão sua cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde a partir de 1º de novembro deste ano.

Encorafenibe, em combinação com Binimetinibe, para o tratamento de pacientes adultos com melanoma irressecável ou metastático.
Lenvatinibe, em combinação com Pembrolizumabe, para tratamento de pacientes adultas com câncer endometrial avançado.

Os dois medicamentos foram incluídos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

"As propostas de incorporação dessas tecnologias ao rol foram submetidas diretamente à ANS, tendo passado pela 18ª Reunião Técnica da Cosaúde, realizada em julho, e pela Consulta Pública 114, bem como por criteriosa análise técnica", afirmou a ANS.

O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é a lista de coberturas obrigatórias pelas operadoras de planos de saúde a todos os seus beneficiários, que conta com tecnologias disponíveis entre terapias, exames, procedimentos e cirurgias que atendem às doenças listadas na Classificação internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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O Hospital Aristides Maltez vai ampliar em até 30% a capacidade de atendimento a pacientes oncológicos em toda a Bahia. Uma nova edificação será erguida em um terreno desapropriado e cedido pelo governo estadual à instituição filantrópica. O projeto foi apresentado nesta segunda-feira (21), pela secretária da Saúde, Roberta Santana.

Com investimento estimado em R$ 18,6 milhões nas obras, a nova edificação terá mais de 2,7 mil metros quadrados e vai permitir ampliar o tratamento quimioterápico no local.

De acordo o presidente da Liga Bahiana Contra o Câncer (LBCC), Aristides Maltez Filho, que é a entidade mantenedora do HAM, a construção do novo edifício é parte de um processo de modernização e extensão. “Hoje temos duas prioridades: iniciar a construção do edifício ainda esse ano e realizar transplante de medula óssea”, afirma.

Atendimentos

Somente de janeiro a junho de 2023, o HAM realizou 4.637 cirurgias, 6.315 internações, mais de 93,5 mil consultas e ultrapassou a marca de 2,5 milhões de procedimentos.

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O SENAI CIMATEC, a SDS Healthline e a Fundação Bristol Myers Squibb vão lançar, no dia 8 de agosto, a Unidade Móvel do Projeto ProPulmão, com tomografia computadorizada, para diagnosticar precocemente o câncer de pulmão e aumentar as chances de cura de pessoas afetadas. A ação faz parte da agenda do Agosto Branco, mês de conscientização e mobilização em prol do combate ao tabagismo e à prevenção da doença.

O exame de imagem será realizado por equipes de saúde dentro da própria carreta, desenvolvida especialmente para o projeto. Poderão se habilitar para o exame, pessoas com idades entre 50 e 80 anos, fumantes ou ex-fumantes que tenham parado de fumar há, no máximo, 15 anos.

A unidade móvel ficará em Salvador durante o mês de agosto e depois percorrerá as cidades de Serrinha, Santo Antônio de Jesus e Feira de Santana. A meta é realizar um total de três mil exames.

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Todo câncer carrega consigo um mistério: as causas são sempre multifatoriais e às vezes nem os médicos conseguem mapear quando e por que em um corpo antes saudável agora crescem células malignas. Mas no caso do câncer colorretal – causa das mortes de Pelé e Roberto Dinamite -, a ciência já avançou em pelo menos um aspecto: como, passo a passo, prevenir ou aumentar as chances de cura deste que é o terceiro tumor mais letal do mundo.

Desde a morte de Pelé, em 29 de dezembro do ano passado, o câncer no colón (segmento do intestino grosso e o reto) invadiu o vocabulário da população. Mais ainda depois da morte do também ídolo do futebol, Roberto Dinamite, por conta de um tumor no intestino, no dia 8 de janeiro. Na última semana, a cantora Preta Gil tornou o diagnóstico dela público – antes, Simony compartilhou a busca pela cura.

Embora as estatísticas elejam o câncer no cólon como o terceiro mais letal, atualmente, no Brasil, as expectativas de um diagnóstico precoce e de cuidados cotidianos podem não só minimizar o sofrimento como evitar casos. Ano passado, 935 mil pessoas morrem vítimas da doença ao redor do mundo.

As principais causas conhecidas de câncer no cólon são a hereditariedade – ou seja, ter mãe, pai, avô ou avó diagnosticados com a doença – e o estilo de vida. Contra a natureza, não dá para brigar. Mas é possível remediar esse potencial destrutivo e para quem a hereditariedade não é um problema, vencer hábitos destrutivos. Rodrigo Felipe, gastroenterologista e coordenador científico do Itaigara Memorial, indica o passo a passo do que é possível fazer.

O material científico disponível já comprovou, por exemplo, que o sedentarismo aliado a um alto porcentual de gordura no corpo podem ser fatores de risco para o aparecimento de tumores no cólon.

“O estilo de vida é fator de risco e isso já sabemos. Em pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 24,9 kg/m (saiba como calcular seu IMC ao fim desta reportagem), a quantidade de gordura no intestino gera um estado de inflamação crônica do organismo que vai estimular alterações biológicos que podem estimular células cancerígenas”, explica o médico, pesquisador e especialista pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva.

Isso não significa que pessoas com IMC dentro do índice esperado estão livres. O Instituto do Câncer (Inca) destaca que, mesmo entre pessoas visualmente magras, por exemplo, pode haver elevado nível de gordura corporal.

Uma vida fisicamente ativa – a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 300 minutos semanais de atividade física – aliada a uma dieta rica em fibras e laticínios também são recomendadas na prevenção contra tumores no cólon.

“A atividade física ajuda o funcionamento do intestino. Se há consumo desses nutrientes e você se exercita, o trânsito entre a entrada do alimento e a saída das fezes é menor. Essa redução diminui a carcinogênese, processo de formação do câncer”, explica o gastroenterologista.

Outros métodos de prevenção são limitar o consumo de carnes processadas (como salsicha) a 50 gramas por dia e o de carne vermelha a 500 gramas por semana. E, por fim ela: a bebida alcóolica e o cigarro.

“É preciso ter cuidado para não ultrapassar 30 gramas de etanol, o que corresponde a duas latinhas de cerveja ou três chopes ou três tacinhas de vinho. Sobre o tabaco, seus efeitos letais já são bem conhecidos”, diz Rodrigo Felipe.

Como funciona o diagnóstico e cura do câncer colorretal

No último dia 8 de janeiro, a cantora Preta Gil foi internada às pressas na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. As fortes dores abdominais que sentiu naquele dia a levaram ao hospital e são um alerta de possíveis casos de câncer colorretal.

Os principais sintomas da doença variam e podem incluir sangue nas fezes (nem sempre sangue nas fezes indica câncer), diarreia e prisão de ventre alternados, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas) e massa abdominal (tumoração).

No ano passado, de acordo com dados do DataSus, 693 pessoas foram diagnosticadas com a doença no estado da Bahia. A maioria delas (56 casos), pessoas na faixa etária entre 55 e 59 anos – os registros deste ano ainda não estão disponíveis. O número tinha sido maior em 2021, quando os diagnósticos da doença somaram 1.345.

O exame mais recomendado para descobrir se os sintomas indicam tumor no reto ou intestino grosso é a colonoscopia. Sedado, o paciente tem o reto e intestino analisados por uma pequena câmera em procedimento que resulta em fotografias e vídeos analisados pelo médico. Antes do exame, o paciente segue uma dieta específica por dois dias. Se forem detectadas lesões percursoras de câncer, a remoção acontece no momento do exame.

"É um exame que já pode curar, a depender do tamanho da lesão", indica o gastoenterologista Rodrigo Felipe.

Na rede privada, o exame custa de R$ 400 e R$ 2 mil. A variação de preço acompanha o nível de especialidade da equipe médica e a qualidade da clínica, por exemplo. Em Salvador, as referências na rede pública são os hospitais Das Clínicas e o Roberto Santos. Para acessá-los, é preciso de regulação a partir de uma unidade básica de saúde. Nem sempre é rápido - ou simples. Tanto é que, até agosto do ano passado, o número de processos movidos contra o governo estadual por questões relacionadas à regulação geral cresceu 363% em comparação a 2021.

Além da dificuldade de acesso, um desafio ao diagnóstico precoce são os assintomáticos. Por isso, o recomendado é que, a partir dos 45 anos (quando a incidência da doença cresce) a realização de exames seja anual. Em uma pesquisa realizada por um grupo de estudos do curso de Medicina da Unifacs, a partir de dados de mortalidade entre 2008 e 2018, notou-se que, antes dos 40 anos, a mortalidade observada pela doença era quase nula.

"A partir dos 50, existiu um aumento significativo da taxa de mortalidade, especialmente entre os homens", frisou Louriane Cavalcanti, professores e orientadora da pesquisa.

Para a médica, hábitos de vida ou maior acesso aos métodos de diagnóstico podem estar relacionados a esse aumento. No próximo mês de março, como de costume, acontecerá o Março Azul, campanha de sociedades médicos que leva exames de diagnóstico de câncer colorretal a locais afastados de metrópoles e/ou de "difícil acesso". "Muitos que têm sintomas já encontraram dificuldade de fazer exame, imagine aqueles sem", conclui Louriane.

Hoje, a comunidade científica já discute, conta a pesquisadora, a expansão do uso de métodos de triagem para o diagnóstico de câncer colorretal. "Discutimos métodos sensíveis de triagem, como a detecção de hemoglobina humana (sangue) nas fazes com métodos específicos, como imunoquímicos ou DNA. Quem testasse positivo, iria para a colonoscopia".

Na opinião dela, seria uma forma "de triar grandes populações como a nossa", em meio às dificuldades de acesso à rede pública de saúde.

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O Hospital Aristides Maltez, referência no tratamento oncológico no país, completa 70 anos nesta quarta-feira (02). Em sete décadas, a unidade fundada por um grupo de profissionais de saúde liderados pelo ginecologista e professor da Faculdade de Medicina da Bahia (atual Faculdade de Medicina da Ufba), Aristides Maltez, contabiliza quase 7 milhões de consultas e 280 mil cirurgias. Tudo gratuito.

Mas, a instituição, que tem muito o que comemorar pela força de sua história e pioneirismo, precisa de ajuda para manter as portas abertas. A pandemia, que afetou diversos setores da sociedade, deixou o HAM em situação delicada. Nos últimos anos, a instituição opera com déficit mensal de cerca de R$ 2 milhões e tem dificuldade em receber de seus devedores.

O atual presidente da LBCC, Aristides Maltez Filho, conta que tem feito ajustes para tentar equilibrar as despesas, mas que a falta de recursos tem levado a unidade a atrasar em até 30 dias o pagamento de fornecedores.

Gente de todo lugar

O vai e veem de pacientes e visitantes na porta da unidade é intenso e a cada minuto chegam ambulâncias trazendo pessoas de algum dos 417 municípios da Bahia ou de 17 estados da União que também enviam doentes em busca da expertise da equipe do HAM. A unidade é especialista em tratamento de diversos tipos de câncer, principalmente os tumores de mama e próstata.

Atualmente, a receita do hospital é composta 88% por repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) e 12% de doações. A situação mais delicada é com a prefeitura de Salvador que, segundo a administração do HAM, tem uma dívida de R$ 85 milhões com o hospital, contraída, em parte, pela administração do ex-prefeito João Henrique Carneiro.

“Se o hospital parar será uma situação caótica, não apenas para Salvador, mas para toda a Bahia, porque é o único centro especializado em oncologia do estado, não existe outro. Nós orientamos na área de prevenção, incentivamos o ensino e a especialização, o diagnóstico, o tratamento, a cirurgia, a oncologia clínica e a radioterapia. O atendimento é gratuito para toda a população”, afirma Aristidez Maltez Filho.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) afirma que reconhece a importância do Hospital Aristides Maltez, “instituição filantrópica referência para o tratamento dos pacientes oncológicos da Bahia”. Ainda segundo a nota, a pasta “nunca se furtou em manter o diálogo, no intuito de encontrar soluções conjuntas para melhor atender aos pacientes”.

A SMS afirma também que a LBCC possui três processos judiciais contra o Município e que um deles se refere à gestão anterior a 2012, “onde a entidade pleiteia valores que ultrapassaram o teto contratual firmado com a Prefeitura de Salvador, sem anuência prévia da SMS”, diz o texto. A SMS também acrescenta que a prefeitura aguarda decisão judicial sobre o valor devido para pagamento desse primeiro processo e do segundo.

“Já no terceiro processo, a Liga Bahiana pleiteou repasse integral dos recursos mesmo com a diminuição da produção hospitalar face à pandemia do covid-19. Tal medida foi adotada pelo Município que, mesmo com a produção de R$ 100 milhões realizada pelo hospital, efetuou repasse de R$ 122 milhões no exercício de 2020, devidamente amparado por lei. Ou seja, a média da produção ocorrida no ano de 2019 foi integralmente paga ao hospital, não havendo qualquer diminuição de valores mesmo como a sensível diminuição da procura pelos serviços na unidade”, complementa a nota da SMS.

A pasta reafirma ainda o compromisso do Município “em manter o diálogo com a LBCC para resolver o impasse judicial e auxiliar a instituição quanto aos eventuais problemas financeiros que esta respeitada instituição possa estar enfrentando”.

Efeito pandêmico

A pandemia agravou a situação do HAM. Na semana passada, alguns serviços tiveram de ser suspensos porque parte da equipe médica testou positivo para a covid-19. O diretor administrativo da unidade, Washington Couto, conta que na segunda-feira (24) eram 150 profissionais infectados. Quatro dias despois, o número era de 230 e, atualmente, a estimativa é de que 250 trabalhadores estão afastados.

“Na semana passada, suspendemos cirurgias eletivas, ambulatório e o recebimento de novas matrículas. Essa semana, vamos funcionar a triagem com apenas 1/3 da capacidade, ou seja, 25 pacientes. O ambulatório não vai atender pacientes fora de tratamento e a triagem da pediatria será suspensa porque muitas crianças estão testando positivo para covid. Depois de uma semana vamos reavaliar”, afirmou.

Nesta segunda (31), nove pacientes com covid aguardavam regulação no hospital. As visitas estão interrompidas e a vacinação é obrigatória para todos os profissionais. Já as cirurgias eletivas, que estavam suspensas na semana passada, foram retomadas. Segundo a administração, em média, cada paciente custa R$ 3.976,85 mensais ao hospital, por isso, as doações são importantes.

Em 1980, mergulhado em uma crise, a unidade conseguiu melhorar após uma iniciativa da cantora Maria Bethânia, que fez um show beneficente direcionando toda a renda para o hospital. Empresas de publicidade e propaganda também ajudaram nessa retomada. Em 1985, o então governador Antônio Carlos Magalhães incorporou um novo pavilhão, concluindo a planta original. Já Bell Marques e a primeira-dama do estado, Aline Peixoto, ajudaram na construção de uma nova ala, em 2019.

História pioneira

O ano era 1940. Enquanto metade do mundo enfrentava a II Guerra Mundial, o professor Aristides Maltez visitava uma antiga chácara no bairro de Brotas e colocava a pedra fundamental do que seria o futuro Instituto do Câncer da Bahia, nome pensado originalmente para o hospital. Tudo começou com uma situação que inquietava o médico: a quantidade de mulheres pobres com câncer que sofriam em praças e passeios públicos da cidade por falta de dinheiro para fazer um tratamento adequado.

Comovido, o professor Aristez e alguns colegas fundaram a Liga Bahiana Contra o Câncer (LBCC). A chácara foi comprada em 1939 e o médico suou a camisa para convencer o governo do então Estado Novo (ditadura que durou de 1937 a 1946 no Brasil) da necessidade de construir um hospital para cuidar dos pacientes pobres com câncer na Bahia.

Foram 12 anos até a unidade ficar pronta. Ainda no comecinho das obras, o professor Aristidez falou sobre o futuro, conforme registra o acervo histórico do hospital: “A semente do carvalho está lançada. A sua sombra não será, porém, mais para mim; servirá, sim, para dar abrigo aos cancerosos pobres da Bahia”, afirmou, na ocasião. Três anos depois desse discurso, o professor morreu e, em sua homenagem, os co-fundadores da LBCC resolveram trocar o nome da unidade de Instituto do Câncer da Bahia por Hospital Aristides Maltez, inaugurado nove anos depois do falecimento de seu idealizador.

O hospital começou a operar em 2 de fevereiro de 1952. De lá para cá, foram 542.139 pacientes matriculados, 343.207 internações e 205.433 tumores cancerosos tratados. Os números impressionam até mesmo quem está na unidade quase todos os dias, como a manicure Sueli Nascimento, 44 anos.

“Minha mãe teve câncer e foi tratada nesse hospital. Estava aqui quase todos os dias com ela. Agora, minha irmã está com câncer e estamos começando o tratamento. O hospital tem uma estrutura enorme, são muitos pacientes, mas não sabia que eles já tinham feito 7 milhões de consultas [6.861.438 em números precisos]”, admirou-se.

Veja como ajudar o HAM com doações:

Pix
CNPJ: 15180961000100
Razão Social: Liga Bahiana Contra o Câncer
Cartão
É possível também fazer a doação através dos cartões de crédito e débito, através do endereço www.aristidesmaltez.org.br, no ícone ‘doações’.

Depósitos bancários
Banco do Brasil (AG: 3025-2/Conta Corrente: 9892-2);
Santander (AG: 3041/Conta Corrente: 13.000.557-9);
Bradesco (AG: 3679-1/Conta Corrente: 361-1);
Itaú (AG: 0226/Conta Corrente: 47817-0);
Caixa (AG: 1236/Operação: 003/Conta Corrente: 1477-0)

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