Retorno às aulas na Rede Municipal de Ensino tem novas rotinas
Para que alunos e professores pudessem retornar às aulas presenciais, uma série de cuidados foram implementados e são seguidos à risca diariamente. Aos poucos, a nova rotina é assimilada por todos. Com base no Protocolo de Biossegurança nas escolas (revisado e atualizado por meio do decreto n° 35.110 de 31 de janeiro de 2022), seguindo as melhores práticas utilizadas com sucesso no Brasil e no mundo para evitar o contágio de alunos, funcionários e professores no ambiente escolar, existe um passo a passo diário realizado em todas as unidades de ensino.
Nara Lúcia Souza Coelho, diretora da Escola Municipal Professora Alita Ribeiro de Araújo Soares - que está localizada em São Marcos e atende em turno integral crianças de 2 aos 6 anos -, explica que logo na entrada os alunos são recebidos com álcool em gel nas mãozinhas, limpam os pés no tapete higiênico e vão para as salas, onde as professoras organizam as mochilas e cada um ocupa seu lugar. Vale lembrar que essa faixa etária não tem obrigatoriedade de usar máscara, mas “ficou combinado entre a escola e os pais que aquelas crianças já adaptadas ao uso da máscara, permanecem assim dentro da escola e levam sempre uma outra para trocarem durante o dia, já que ficam o turno integral”, salienta a diretora.
As refeições têm sido servidas nas salas de aula para evitar misturar as turmas. Também em cada ambiente tem álcool em gel disponível, bem como material de higiene das mãos - sabão e papel toalha - ao alcance das crianças. “Alguns já estão aprendendo a lavar as mãos antes mesmo de entrarem nas salas”, comenta Nara.
Além de a equipe escolar seguir o Protocolo de Biossegurança, antes das aulas, foram feitas reuniões com os pais, por divisão por turmas, para orientação e esclarecimento sobre as regras. Professores e ASGs (Auxiliares de Serviços Gerais) também estudaram o protocolo nos detalhes para garantir o cumprimento de todas as medidas. “A gente usa luvas o tempo todo e logo na abertura da escola varremos as salas e higienizamos tudo com álcool em gel. Isso é feito três vezes por turno, nos intervalos e, antes de entrarmos em cada sala, lavamos as mãos”, afirma a ASG Kacilda Jesus Mota, que atua em escolas da rede municipal há três meses.
Experiência infantil - Mesmo com todo esse aparato de limpeza e cuidados para o enfrentamento do coronavírus, nada chama mais a atenção dos pequenos estudantes do que a possibilidade de desfrutar das alegrias que é estar na escola. A experiência infantil consegue fixar sempre a melhor parte de tudo. As gêmeas Thalia e Chiara, de apenas 4 anos, alunas da Escola Alita Ribeiro, estão indo para a escola pela primeira vez.
Elas seguem todas as orientações, são participativas nas aulas, interagem com as outras crianças e já têm suas preferências entre as atividades: uma gosta da Dança Po Po Po no parquinho e a outra curte as brincadeiras com massinha. “Elas estão super felizes e eu estou muito satisfeita. A estrutura da escola está muito boa e a parte lúdica ajuda muito a criança a querer vir para a escola, que é bonita, nova e toda enfeitadinha especialmente para eles”, destaca Najara Gramacho, mãe das gêmeas.
Aprendizado construído com acolhimento e memórias afetivas
Lidia Maria Gomes da Costa Ribeiro, diretora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Luiz Eduardo Magalhães, na Avenida Bonocô, que atende crianças de 2 a 5 anos, ressalta que os pequenos se adaptam bem às situações. Muitas vezes, é na brincadeira livre ou um momento de recreação e interação com outros da mesma idade que o processo cognitivo começa a florescer, gerando valores, organização do pensamento criativo, assimilação de disciplina e da convivência social. Por isso a importância de as crianças estarem na escola, onde estão também professores e auxiliares preparados para conduzir o aprendizado infantil.
“Nós temos uma equipe de profissionais muito boa. Todos pedagogos com especialização. E tem que ter a questão da emoção, de chegar na criança através da alegria e do amor. Na Jornada Pedagógica, discutimos muito sobre isso. Para que as próximas ações do ano sejam proveitosas, esse período inicial tem que ser consolidado. O que a gente pediu - como gestores - é que eles (os professores) tivessem bastante cuidado ao escolher as atividades, ao falar e como se dirigir às elas. Aguçar os sentidos da criança é o que vai construir a memória afetiva. Tudo o que a gente faz na educação infantil tem o olhar direcionado para o melhor da criança” ressalta.
De olho no mural - No dia a dia das unidades escolares, as coordenações escolares seguem as orientações protocolares e traduzem tudo de maneira direta e clara para os alunos, através de conversas, atividades, brincadeiras, monitoramento das crianças e vale até mesmo o bom e velho mural de avisos, que atualmente traz lembretes como:
• Utilize o antebraço na frente do nariz ao tossir ou espirrar
• Nunca troque de máscara com o colega
• Não trocar de lugar com o colega
• Usar sempre o álcool em gel
• Não abraçar os colegas
• Não compartilhar brinquedos
• Lavar bem as mãos com água e sabão
• Não tirar a máscara
• Respeitar a distância na fila
• Não ficar colocamos as mãos na máscara
• Se for cumprimentar, utilize o cotovelo