Contra o Operário, Bahia tenta somar primeiros pontos fora do Nordeste na Série B
Com 100% de aproveitamento em casa, o Bahia vive grande fase na Série B. Depois do triunfo sobre o Sport, 1x0, na Fonte Nova, o Esquadrão chegou aos 22 pontos e se consolidou dentro do G4, em 2º lugar. Agora, o time precisa mostrar fora de casa a força que tem como mandante.
Neste sábado (11), o time visita o Operário, no estádio Germano Kruger, na cidade de Ponta Grossa, no Paraná. Entre os objetivos está a conquista da primeira vitória fora da região Nordeste.
Este ano, o Bahia disputou cinco jogos como visitante no Brasileirão e somou pontos apenas diante de adversários nordestinos: 1x0 sobre o Náutico, no estádio dos Aflitos, no Recife, e empate por 1x1 com o CSA, no Rei Pelé, em Maceió.
Quando ultrapassou as fronteiras regionais, a equipe acabou derrotada por Ituano, Vasco e Tombense, todos por 1x0. Até mesmo na Copa do Brasil o Bahia apresentou dificuldade fora de casa. Não passou de um empate por 1x1 com o Azuriz, em Pato Branco-PR, pela terceira fase, e teve que decidir a classificação nos pênaltis.
A campanha do Bahia fora de casa na Série B, inclusive, tem deixado o elenco em alerta. Dos 15 pontos disputados, o clube conquistou apenas quatro, o que equivale a 26,6% de aproveitamento.
“A gente espera que a equipe possa ter o comportamento que vem tendo aqui dentro. A gente não pode esperar a energia do torcedor na arquibancada, porque vai enfrentar uma energia contrária”, disse o técnico Guto Ferreira, na Fonte Nova, após o jogo contra o Sport.
Guto, aliás, rejeitou o carimbo de que é característico dos times treinados por ele ser forte em casa e vulnerável fora. O técnico afirmou que, no próprio Bahia, já montou uma equipe com bom desempenho como visitante. Entre estadual, Nordestão, Série B e Copa do Brasil, o tricolor venceu três dos 15 jogos longe da Fonte Nova este ano.
“Se você pegar histórico nosso, eu não consigo enxergar isso. Porque nas equipes que a gente transitou e montou na sequência, isso não aconteceu. Em 2017, no Bahia, nós ganhamos uma sequência de jogos fora e ninguém fala nada”, iniciou Guto.
“Em 2016, nós trocamos o pneu com o carro andando e a gente não conseguiu as peças para fazer um meio-campo forte. A gente passou a ter em 2017 com Edson, com Renê e Matheus [Sales]. Juninho era um jogador mais leve na condição de segundo volante. O Bahia tinha que ter sustentação e não tinha. Esse ano ganhamos fora de casa, poucas, mas passa pelo nosso meio campo, por essa questão de força e de como o adversário vem. Vamos trabalhar para melhorar isso”, completou.
Mudanças
Por falar em meio-campo, Guto vai ser obrigado a fazer mudanças diante do Operário. Logo de cara, ele não conta com os dois principais volantes: Rezende está com lesão na coxa e Patrick foi suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Emerson Santos e Mugni devem ser os titulares.
Na defesa, Didi também sofreu lesão na coxa e está vetado. Ignácio volta a ficar à disposição após cumprir suspensão. Pelo mesmo motivo de Didi, Marco Antônio completa a lista de desfalques.