Mineração Caraíba quer investir R$ 3 bi para ampliação da unidade industrial em Jaguari
Mineração Caraíba prevê investir R$ 3 bilhões para ampliação de sua unidade industrial pretende investir R$ 3 bilhões para ampliação e modernização de sua unidade industrial no município de Jaguarari, no norte da Bahia. Um protocolo de intenções com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) foi assinado na última sexta-feira (04).
Com capacidade de produção anual de 1.900 toneladas de minério de cobre e seus concentrados, a empresa pretende manter os 2.020 empregos diretos existentes e gerar mais de 800 novos postos de trabalhos.
"É de grande importância para o estado esse novo investimento da Mineração Caraíba que já atua há mais de 51 anos na região norte da Bahia. O empreendimento além de promover novos postos de trabalhos vai gerar desenvolvimento para o interior do estado promovendo qualidade de vida aos baianos." diz Nelson Leal, titular da SDE.
Curaçá: Mineração Caraíba investe R$ 58 milhões na reabertura de mina de cobre no norte do estado
Terceira maior produtora de cobre do país, a Bahia terá um incremento de até 10% na produção do mineral a partir de 2021. O aumento virá da reabertura da mina de Surubim, operada pela Mineração Caraíba em Curaçá, no norte do estado, ao lado do município de Juazeiro. A mineradora investiu R$ 58 milhões no projeto, que tem previsão de início das operações para janeiro e vai abrir 250 novos postos de trabalho diretos.
Segundo o diretor de operações da empresa, Manoel Valério, todos os funcionários que trabalhavam na mina quando ela foi fechada em 2015 foram convidados a retornar aos postos de trabalho. “Eu fui pessoalmente nas comunidades para falar da reabertura do projeto. Convidamos todos que já trabalharam conosco para retornar. A maioria dos nossos postos de trabalho são de mão de obra local, não só no projeto de Surubim, que estamos retomando, como também nas duas minas subterrâneas que operamos aqui na região”, afirma o diretor.
A vida útil estimada da mina a ser reaberta é de seis anos. De acordo com Valério, a Caraíba segue com as pesquisas minerais na região para encontrar novos depósitos minerais no subsolo e ampliar a vida útil da operação.
Utilizado para a fabricação de condutores elétricos e em liga metálicas como latão e bronze, o cobre responde por 18% da produção mineral baiana comercializada em 2020. Ficando atrás apenas do ouro, com 34%. Os números são da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Estado.
O minério de cobre produzido na mina de Surubim será transportado para a unidade de beneficiamento da mineradora, em Juazeiro. No município, a arrecadação de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) em 2020 já passa de R$ 5 milhões, o triplo do obtido em 2019.
Para presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, a CFEM representa a mineração agindo na melhoria do bem estar social através das prefeituras. “Além dos salários e do incremento na cadeia produtiva, que vem diretamente da operação das mineradoras, os prefeitos podem usar esse dinheiro que vem da mineração para investir na melhoria da qualidade de vida da população”, diz Tramm.
Os cinco municípios que lideram a lista de arrecadação neste ano são Jacobina, Juazeiro, Barrocas, Jaguarari e Itagibá, que saiu de zero para R$ 2,5 mi em 2020 graças à extração de níquel, retomada em janeiro. Já a liderança de Jacobina vem principalmente da exploração de ouro.