Diante do estoque crítico dos tipos sanguíneos O-, O+, A- e B-, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) tenta sensibilizar a sociedade para a doação voluntária e regular de sangue. Atualmente no estado funcionam 27 unidades fixas de coleta, sendo seis na capital e 21 no interior.

Em Salvador, o Hemocentro Coordenador, na Av. Vasco da Gama, recebe os doadores de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h às 12h30. No Salvador Shopping, o atendimento ocorre de segunda a sábado, das 9h às 18h e nos hospitais do Subúrbio e Ana Nery, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30. Já no Hospital Irmã Dulce, a coleta funciona de segunda a sexta-feira, das 7h10 às 11h30 e das 13h às 16h. O Hemóvel estacionado na unidade do Salvador Norte Shopping está em manutenção até 9 de agosto, voltando a atender no dia 10 até o final do mês.

Mais informações e o horário de atendimento no interior do estado, podem ser obtidos no site da Hemoba.

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O Hemoba fará um Dia D da doação de medula óssea neste sábado (19) por conta do Dia Mundial do doador. A ação vai acontecer na sede da organização, na Avenida Vasco da Gama, das 7h às 16h, com atendimento por ordem de chegada. A ideia é melhorar os cadastros no banco de doadores de medula óssea na Bahia, que este ano caiu 68%.

De acordo com dados do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), de janeiro a agosto de 2019, o hemocentro registrou 14.595 mil pessoas cadastradas como doadoras. Com a pandemia, o número caiu para 4.589 mil. Para o diretor geral da Hemoba, Fernando Araújo, essa queda está relacionada à pandemia, que diminuiu o número de novos doadores de sangue.

“Ano passado ultrapassamos o teto de 20 mil cadastros até dezembro, que é o determinado pelo Ministério da Saúde. Mas desde o começo da pandemia, temos recebido mais doadores de sangue fidelizados, que, por consequência, também já são cadastrados como doadores de medula. Nossa esperança é captar novos doadores com o dia D”, diz.

O presidente do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC) Roberto Sá Menezes lembra que essa redução de doadores acaba por diminuir a espernça das pessoas em tratamento contra o câncer à espera de uma doação. “É uma luta contra o tempo e, em muitos casos, representa a única esperança de cura dos nossos pacientes”, diz

Quem pode doar
Para doar, é preciso ter entre 18 e 55 anos incompletos, ter boas condições de saúde, preencher um formulário com dados pessoais e realizar a coleta de uma amostra de 5 ml de sangue para testes de compatibilidade.

Os dados pessoais e os resultados dos testes armazenados no sistema são cruzados com os dados dos pacientes que estão precisando do transplante. Em caso de compatibilidade, o doador é chamado para exames complementares e para efetivar a doação.

Os doadores cadastrados têm sua amostra de sangue encaminhada para o Centro de Diagnóstico (CDG) do GACC e para o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) para tipagem de compatibilidade e aguardar até que um paciente com semelhança genética precise de transplante.

Em toda Bahia, mais de 189 mil pessoas são cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). 794 baianos já receberam doação de medula desde 2009, quando foi publicada a portaria que regulamenta o cadastro junto ao Instituto Nacional de Câncer (Redome/INCA). Em Salvador, o procedimento é realizado no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) e no Hospital São Rafael, mas pessoas cadastradas na Bahia podem doar em qualquer estado brasileiro.

Serviço

O quê: Dia D de cadastro de doadores de medula óssea
Quando: Neste sábado, 19 de setembro, das 7h às 16h
Onde: Na sede da Hemoba, na Vasco da Gama

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A situação do estoque de sangue no Hemoba ( Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia) não é boa. O órgão já chegou a ter um déficit de 40% das bolsas de sangue durante a pandemia. A última atualização indicava queda de 17% a menos de bolsas e 15% a menos de candidatos a doação de sangue quando comparado com o mesmo período do ano passado. Virou caso de polícia, mas não no sentido ruim: é que sabendo da situação complicada enfrentada pelo Hemoba a Polícia Militar convidou o seus integrantes para aderirem à campanha “Doe uma gota de carinho”.

O objetivo é sensibilizar e mobilizar tanto a tropa como a sociedade baiana a realizarem a doação de sangue para os bancos da Hemoba que se encontram em situação crítica na capital e interior da Bahia. O exemplo partiu de cima e nesta terça-feira (8/9) o comandante-geral da PM, Anselmo Brandão, fez sua parte e foi o primeiro a doar.

O ato simbólico aconteceu na manhã da terça, na Vila Militar do Centro Administrativo da Bahia (Cab). O Hemoba deixou disponível uma unidade móvel que ficará na Vila Militar até a quarta (9). De acordo com a fundação, além de mobilizar tropas da capital, a Polícia Militar também enviou ofícios para unidades do interior do Estado.

Coordenadora do departamento de Direitos Humanos da PM, a capitã Janaína aponta que o comando da instituição ficou muito sensibilizado ao tomar conhecimento da situação difícil enfrentada pelo Hemoba e entende que é parte do trabalho da corporação mobilizar a tropa em prol de uma causa justa.

“Nos organizamos para mobilizar a sociedade e a tropa e, dessa forma, ajudar a restabelecer a capacidade mínima de bolsas de sangue”, disse a capitã.

São 24 postos de coletas disponíveis além da capital, em cidades como Feira de Santana, Camaçari, Eunápolis, Barreiras, municípios do Recôncavo, Alagoinhas e Vitória da Conquista.

Com a Polícia Militar, a mobilização acontece entre os dias 8 e 11 de setembro. Em Salvador, os postos de coleta ficarão instalados na Vila Policial Militar do CAB nos dias 8 e 9 e na Vila Policial Militar do Bonfim nos dias 10 e 11, das 08h às 17h. As Vilas estarão abertas a quem quiser doar sangue - não apenas militares -, com espaço para triagem e coleta nos Hemóveis.

Parceria

O médico hematologista e diretor da Hemoba Fernando Araújo explica que, dado o cenário de pandemia e isolamento social, os números assustam especialmente pelo aumento das demandas de transfusão com os agravamentos pela covid-19.

“Essa parceria com a Polícia Militar ressalta o compromisso da corporação com a vida do cidadão baiano. A ação é salvar vidas e faz com que honremos cada gesto solidário nesse momento”, diz o médico.

Quatro dos oito tipos sanguíneos disponíveis encontram-se em situação crítica no estoque. São os sangues do tipo A+, A-, O+ e O-. Além disso, as bolsas do tipo B+ estão em estado de alerta.

“O sangue de tipo O+ é o que tem mais saída, é o tipo que tem mais demanda aqui na população baiana. Além disso, o O-, que é o doador universal, também se encontra em estado crítico”, disse o Hemoba em nota.

Ainda segundo a Fundação Hemoba, qualquer pessoa saudável acima dos 18 anos pode doar. O indicado é que pessoas até 59 anos façam essa doação porque o órgão não quer expor pessoas do grupo de risco a sair de casa durante a pandemia. É necessário que o doador tenha o peso acima de 50kg. Menores de idade também podem doar, desde que acompanhados por um responsável legal.

Os doadores precisam apresentar documento original com foto que seja válido em todo o território nacional. Carteira de identidade e de habilitação, por exemplo. Homens podem doar até 4 vezes a cada 12 meses, com intervalo mínimo de 60 dias entre as doações e mulheres podem doar até 3 vezes a cada 12 meses, com intervalo mínimo de 90 dias entre as doações.

É recomendado que o doador ou doadora esteja descansado, alimentado, não tenha ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas e não fume por pelo menos 2 horas antes da triagem.

Atenção: há algumas restrições que são temporárias: pessoas gripadas, resfriadas ou com febre precisam aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para ter a doação liberada. Grávidas também são impedidas de doar, sendo liberadas para fazer o procedimento após 90 dias do parto normal ou 180 da cesárea. Ademais, mulheres nos primeiros 12 meses de amamentação não podem doar. Veja abaixo a lista completa de impedimentos.

Impedimentos temporários
• Ter gripe, resfriado ou febre: espere 15 dias após o desaparecimento dos sintomas;
• Estar grávida;
• Período pós-gravidez (90 dias para parto normal e 180 dias para parto cesariano);
• Período de amamentação (durante os primeiros 12 meses);
• Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impede a doação);
• Ter feito exames/procedimentos endoscópicos nos últimos 6 meses;
• Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis; aguardar 12 meses.

Impedimentos definitivos
• Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade;
• Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatite B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
• Uso de drogas ilícitas injetáveis.

 

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